Para as Bordas da Criação
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Rosenrot
Niume
Dønø_da_Wyrm
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Above and Beyond :: Play By Post: Storyteller System (White Wolf) :: Exalted: Deuses e Homens :: Per Ardua Ad Astra (Cenário) :: Introdução: A Solidão dos Homens
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Re: Para as Bordas da Criação
O tigre havia emplacado numa corrida feroz, movia o pescoço, abrindo a mandíbula e abocanhando quem estivesse em seu caminho, mastigava com gosto, com vontade. Mas tudo parecia disposto a virar um caos.
Charlie saltou para o lado, com o susto da queda da serpente, buscou com o olhar o local de onde aquilo havia vindo, rosnou para Hector, e baixou o focinho, observando o chão tremer. Aquilo não era bom.
Charlie levantou o rosto, as narinas fremindo-se em busca de cheiros. Então a voz. As orelhas moveram-se, de um lado para o outro, e rosnou baixo, não gostando tanto daquilo.
- HECTOR!!!! - Berrou, naquela conexão entre todos. Tinham que sair dali, mas ao invés de se juntarem, espalhavam-se feito vermes, feito formigas. Charlie moveu-se de novo, agora na direção do gigante, enfiou-se entre as pernas do homem, erguendo-o e continuando a correr.
- Pro centro! - Charlie disse, num to urgente. - Todos vocês!! - Se a voz - Vaan - tivesse razão, não tinham muito mais tempo.
- Consegue agarrar eles? - Perguntou Charlie para Hector, corria em direção a Niume, era a mais visível no momento, a mais fácil de pegar. Achava que se os conseguisse pegar, conseguiria tirá-los dali. Rosnou, alto de novo, afim de lhes chamar a atenção. Intensificou a corrida. Tentaria primeiro tirar Niume dali, e depois alcançar ou direcionar os outros.
Charlie saltou para o lado, com o susto da queda da serpente, buscou com o olhar o local de onde aquilo havia vindo, rosnou para Hector, e baixou o focinho, observando o chão tremer. Aquilo não era bom.
Charlie levantou o rosto, as narinas fremindo-se em busca de cheiros. Então a voz. As orelhas moveram-se, de um lado para o outro, e rosnou baixo, não gostando tanto daquilo.
- HECTOR!!!! - Berrou, naquela conexão entre todos. Tinham que sair dali, mas ao invés de se juntarem, espalhavam-se feito vermes, feito formigas. Charlie moveu-se de novo, agora na direção do gigante, enfiou-se entre as pernas do homem, erguendo-o e continuando a correr.
- Pro centro! - Charlie disse, num to urgente. - Todos vocês!! - Se a voz - Vaan - tivesse razão, não tinham muito mais tempo.
- Consegue agarrar eles? - Perguntou Charlie para Hector, corria em direção a Niume, era a mais visível no momento, a mais fácil de pegar. Achava que se os conseguisse pegar, conseguiria tirá-los dali. Rosnou, alto de novo, afim de lhes chamar a atenção. Intensificou a corrida. Tentaria primeiro tirar Niume dali, e depois alcançar ou direcionar os outros.
Rosenrot- Usuário
- Mensagens : 214
Data de inscrição : 06/07/2009
Re: Para as Bordas da Criação
Contagem do último turno:
Mercenários: 13
Selvagens: 64
Observação 1: A serpente tem cerca de dez metros de comprimento e cinco de raio.
Observação 2: Esta ação é apenas uma ação incidental. Excetuando a ação do Alfadur e Spectre, que mencionarei o resultado, as demais considerem como se tivessem tido sucesso no que objetivaram e da forma como vocês interpretaram.
Observação 3: Atentem-se às ações dos outros. Estão todos na mesma cena. Sempre que possível, eu postarei nos Eventos Globais ações que envolvam todos. Quando eu não fazê-lo, isso não quer dizer que a ação não o alcançou, apenas que eu não tive a oportunidade de postar lá.
Observação 4: Parabéns. Vocês acabam de sair do level Very Easy de dificuldade e entraram no level Extreme Fucking Hard. Essência passará a ser contada, bem como health levels e penalidades. Ações são livres, mas as consequências sempre vem. Faltam algumas planilhas para eu terminar e tentarei postá-las aqui no fórum.
Abaixo, seguem alguns status que me lembro de cabeça:
Alfadur:
FdV: -1
Sem acesso à essência
Charlie:
Penalidade por dano: -1
Aqueles que tiverem charms em aberto, não se esqueçam que o limite de charms gratuitos é 10. Portanto, assim que alcançarem 10 charms, os demais deverão ser comprados com experiência.
Quando utilizarem charms, vocês tem duas opções: i) colocar o charm entre parenteses, logo após a ação que será reforçada pelo charm.
Exemplo:
Charlie começa a correr (Racing Vitaris).
Se quiserem facilitar minha vida, coloquem o custo em partícula/FdV junto.
Ou ii) Colocar os charms, no final da ação.
Falando de maneira BEM simplificada, os charms podem ser usados da seguinte forma:
SIMPLES: Apenas um charm SIMPLES por turno.
SUPPLEMENTAL: Sempre suplementa uma ação. Se tiver um charm simples, ele irá suplementar este charm.
REFLEXIVO: Pode ser usado quantas vezes quiser e quantos charms diferentes quiser.
AÇÃO EXTRA: Cria uma "cascata" de ações, sem penalidades.
SEMPRE que 02 charms diferentes forem utilizados, estará sendo feito um COMBO. Sugiro que criem os COMBOS fixos, para que sejam como "manobras clássicas" do personagem. Sempre darei alguma recompensa para quem criar os próprios combos e utilizá-los. Os combos devem ser passados para mim, para validação, e eu postarei no tópico do personagem. Um combo deve conter, basicamente, os Charms utilizados e um nome para o combo.
Por fim, os que estiverem descontentes com o personagem e quiserem fazer alguma modificação drástica no personagem (ou mesmo trocá-lo), esta é a chance. Falem comigo até o final de semana.
Boa sorte.
__
A batalha começava a alcançar o seu ápice. Os mercenários, única força organizada que impedia a aproximação ousada dos bárbaros, havia sido esmagada, inclusive, pelos próprios Escolhidos. Tendo sua lealdade no dinheiro, foi apenas uma questão de tempo até que eles começassem a fugir. Não valia a pena morrer se não pudessem gastar o que ganhavam antes.
A derrota começou com o flanco desprotegido. Tomado, rapidamente os bárbaros tomaram o centro e, de lá, atacaram por trás a vanguarda da defesa dos comerciantes.
Escravos foram mortos, carroças saqueadas e, pelo menos duas delas já possuiam um princípio de incêndio. Nenhum dos mercenários sobreviventes pretendiam continuar naquela batalha e já iniciavam uma manobra de evasão.
Raz'Ashid, o líder do bando, era o único que permanecia. Sua vida entregue à Niume para que decidisse se deveria tomá-la ou utilizá-la.
Sem os mercenários para protegê-los, os escolhidos passaram a ser alvos de ataques. Desordenados, furiosos, eles decidiram que era o momento de atacá-los. Eram como animais, desconheciam o medo.
Alfadur havia feito o necessário para escapar, com vida, do ataque de um dos selvagens. Rápido, o homem correu e buscou um lugar relativamente distante (à margem do campo de batalha, próximo a Vaan) e passou a mexer com a pedra.
Seu passageiro sombrio o provocava e tornava impossível concentrar-se na pedra.
"É você montado pelo cavalo?"
A voz veio calma. Lenta. Cada sílaba entonada cuidadosamente, quase robótica. Não havia desprezo, não havia qualquer sentimento. Era uma pergunta, uma constatação do óbvio.
Na pedra, ele sentia que ela era vazia. Faltava algo nela como faltava em Alfadur.
"Acha mesmo que esta pedra vazia irá servir para trazer devolta a sua conexão com a trama? Será mais útil se arremessá-la na cabeça de algum selvagem"
E desta vez a voz era cheia de raiva, desdenhosa, totalmente diferente da anterior. A esta última, Alfadur havia adquirido certa familiaridade.
"Essência. Vida contém essência..."
__
Spectre havia feito o possível para permanecer próximos dos outros dois. Não tão habilidoso quanto Vaan, precisou de bastante calma e cuidado para descer a encosta.
Quando chegou, deparou-se, enfim, com aquela cena. Os Escolhidos ardiam a sua essência e imagens totêmicas de si próprios tomavam o campo de batalha.
"Incontroláveis"
A voz soou em sua mente. Spectre sabia o que isso queria dizer, sabia que eles não mais se sujeitavam ao destino e que, não poderia mais, simpesmente, esperar que eles se deixassem levar pelo acaso. Eles, daquele dia em diante, eram o próprio acaso.
"Acompanhe. Obseve. Quando for o momento. Conduza."
Spectre estava, agora, distante de Vaan. Alfadur, mexendo com a pedra, era o mais próximo, ambos fora da confusão da batalha.
__
E então um uivo cortou o ar. Um uivo tão assustador que fez com que mesmo os escolhidos sentissem uma estranha sensação de mau agouro percorrer suas espinhas. Um novo uivo, meio humano, meio animal e, desta vez, os selvagens pararam o ataque.
Do norte, uma nova horda de selvagens aparecia. Uma fileira larga o suficiente para cobrir todo o espaço da encosta, de ponta a ponta. Às costas dos bárbaros...
Era como um deus diante dos homens, em sua plenitude. Montado sobre um majestoso leão cujo pêlo era tão branco e puro como o marfim. A criatura era enorme, cada passo dado deixava uma pegada de pequenos cristais de gelo para trás.
Vagarosamente, criatura e deus marchavam. Passaram a frente da linha de bárbaros que, estranhemente silenciosos, permaneciam organizados.
A divindade sorriu. Trajava uma armadura feita do mais puro ouro, pesada e majestosa o suficiente para se confundir com o trabalho de algum ferreiro celestial. Em sua mão, uma enorme lança, com lâminas em ambas as pontas. Feita de ouro tão puro quanto a armadura, a lança, que o homem manuseava com apenas uma mão, era envolta em chamas, emanando a mesma luz solar que Niume detinha sobre seu arco.
Quando Hector olhou novamente, viu que era Fal Grey. Ou o que ele havia se tornado.
Mais bárbaros surgiram pela retaguarda e uma nova linha cobriu a única escapatória que eles tinham.
A "escrava" que havia sido liberta por Alfadur não conteve a apreensão em seu olhar furioso. Procurou por Alfadur e, quando o viu, sinalizou para a pedra em sua mãos.
- VIVER!
E Fal Grey deu a ordem.
Como um enxame, os bárbaros caíram sobre os Escolhidos.
Mercenários: 0
Selvagens: 284
NPCs:
Raz'Ashid
"Escrava"
Mercenários: 13
Selvagens: 64
Observação 1: A serpente tem cerca de dez metros de comprimento e cinco de raio.
Observação 2: Esta ação é apenas uma ação incidental. Excetuando a ação do Alfadur e Spectre, que mencionarei o resultado, as demais considerem como se tivessem tido sucesso no que objetivaram e da forma como vocês interpretaram.
Observação 3: Atentem-se às ações dos outros. Estão todos na mesma cena. Sempre que possível, eu postarei nos Eventos Globais ações que envolvam todos. Quando eu não fazê-lo, isso não quer dizer que a ação não o alcançou, apenas que eu não tive a oportunidade de postar lá.
Observação 4: Parabéns. Vocês acabam de sair do level Very Easy de dificuldade e entraram no level Extreme Fucking Hard. Essência passará a ser contada, bem como health levels e penalidades. Ações são livres, mas as consequências sempre vem. Faltam algumas planilhas para eu terminar e tentarei postá-las aqui no fórum.
Abaixo, seguem alguns status que me lembro de cabeça:
Alfadur:
FdV: -1
Sem acesso à essência
Charlie:
Penalidade por dano: -1
Aqueles que tiverem charms em aberto, não se esqueçam que o limite de charms gratuitos é 10. Portanto, assim que alcançarem 10 charms, os demais deverão ser comprados com experiência.
Quando utilizarem charms, vocês tem duas opções: i) colocar o charm entre parenteses, logo após a ação que será reforçada pelo charm.
Exemplo:
Charlie começa a correr (Racing Vitaris).
Se quiserem facilitar minha vida, coloquem o custo em partícula/FdV junto.
Ou ii) Colocar os charms, no final da ação.
Falando de maneira BEM simplificada, os charms podem ser usados da seguinte forma:
SIMPLES: Apenas um charm SIMPLES por turno.
SUPPLEMENTAL: Sempre suplementa uma ação. Se tiver um charm simples, ele irá suplementar este charm.
REFLEXIVO: Pode ser usado quantas vezes quiser e quantos charms diferentes quiser.
AÇÃO EXTRA: Cria uma "cascata" de ações, sem penalidades.
SEMPRE que 02 charms diferentes forem utilizados, estará sendo feito um COMBO. Sugiro que criem os COMBOS fixos, para que sejam como "manobras clássicas" do personagem. Sempre darei alguma recompensa para quem criar os próprios combos e utilizá-los. Os combos devem ser passados para mim, para validação, e eu postarei no tópico do personagem. Um combo deve conter, basicamente, os Charms utilizados e um nome para o combo.
Por fim, os que estiverem descontentes com o personagem e quiserem fazer alguma modificação drástica no personagem (ou mesmo trocá-lo), esta é a chance. Falem comigo até o final de semana.
Boa sorte.
__
A batalha começava a alcançar o seu ápice. Os mercenários, única força organizada que impedia a aproximação ousada dos bárbaros, havia sido esmagada, inclusive, pelos próprios Escolhidos. Tendo sua lealdade no dinheiro, foi apenas uma questão de tempo até que eles começassem a fugir. Não valia a pena morrer se não pudessem gastar o que ganhavam antes.
A derrota começou com o flanco desprotegido. Tomado, rapidamente os bárbaros tomaram o centro e, de lá, atacaram por trás a vanguarda da defesa dos comerciantes.
Escravos foram mortos, carroças saqueadas e, pelo menos duas delas já possuiam um princípio de incêndio. Nenhum dos mercenários sobreviventes pretendiam continuar naquela batalha e já iniciavam uma manobra de evasão.
Raz'Ashid, o líder do bando, era o único que permanecia. Sua vida entregue à Niume para que decidisse se deveria tomá-la ou utilizá-la.
Sem os mercenários para protegê-los, os escolhidos passaram a ser alvos de ataques. Desordenados, furiosos, eles decidiram que era o momento de atacá-los. Eram como animais, desconheciam o medo.
Alfadur havia feito o necessário para escapar, com vida, do ataque de um dos selvagens. Rápido, o homem correu e buscou um lugar relativamente distante (à margem do campo de batalha, próximo a Vaan) e passou a mexer com a pedra.
Seu passageiro sombrio o provocava e tornava impossível concentrar-se na pedra.
"É você montado pelo cavalo?"
A voz veio calma. Lenta. Cada sílaba entonada cuidadosamente, quase robótica. Não havia desprezo, não havia qualquer sentimento. Era uma pergunta, uma constatação do óbvio.
Na pedra, ele sentia que ela era vazia. Faltava algo nela como faltava em Alfadur.
"Acha mesmo que esta pedra vazia irá servir para trazer devolta a sua conexão com a trama? Será mais útil se arremessá-la na cabeça de algum selvagem"
E desta vez a voz era cheia de raiva, desdenhosa, totalmente diferente da anterior. A esta última, Alfadur havia adquirido certa familiaridade.
"Essência. Vida contém essência..."
__
Spectre havia feito o possível para permanecer próximos dos outros dois. Não tão habilidoso quanto Vaan, precisou de bastante calma e cuidado para descer a encosta.
Quando chegou, deparou-se, enfim, com aquela cena. Os Escolhidos ardiam a sua essência e imagens totêmicas de si próprios tomavam o campo de batalha.
"Incontroláveis"
A voz soou em sua mente. Spectre sabia o que isso queria dizer, sabia que eles não mais se sujeitavam ao destino e que, não poderia mais, simpesmente, esperar que eles se deixassem levar pelo acaso. Eles, daquele dia em diante, eram o próprio acaso.
"Acompanhe. Obseve. Quando for o momento. Conduza."
Spectre estava, agora, distante de Vaan. Alfadur, mexendo com a pedra, era o mais próximo, ambos fora da confusão da batalha.
__
E então um uivo cortou o ar. Um uivo tão assustador que fez com que mesmo os escolhidos sentissem uma estranha sensação de mau agouro percorrer suas espinhas. Um novo uivo, meio humano, meio animal e, desta vez, os selvagens pararam o ataque.
Do norte, uma nova horda de selvagens aparecia. Uma fileira larga o suficiente para cobrir todo o espaço da encosta, de ponta a ponta. Às costas dos bárbaros...
Era como um deus diante dos homens, em sua plenitude. Montado sobre um majestoso leão cujo pêlo era tão branco e puro como o marfim. A criatura era enorme, cada passo dado deixava uma pegada de pequenos cristais de gelo para trás.
Vagarosamente, criatura e deus marchavam. Passaram a frente da linha de bárbaros que, estranhemente silenciosos, permaneciam organizados.
A divindade sorriu. Trajava uma armadura feita do mais puro ouro, pesada e majestosa o suficiente para se confundir com o trabalho de algum ferreiro celestial. Em sua mão, uma enorme lança, com lâminas em ambas as pontas. Feita de ouro tão puro quanto a armadura, a lança, que o homem manuseava com apenas uma mão, era envolta em chamas, emanando a mesma luz solar que Niume detinha sobre seu arco.
Quando Hector olhou novamente, viu que era Fal Grey. Ou o que ele havia se tornado.
Mais bárbaros surgiram pela retaguarda e uma nova linha cobriu a única escapatória que eles tinham.
A "escrava" que havia sido liberta por Alfadur não conteve a apreensão em seu olhar furioso. Procurou por Alfadur e, quando o viu, sinalizou para a pedra em sua mãos.
- VIVER!
E Fal Grey deu a ordem.
Como um enxame, os bárbaros caíram sobre os Escolhidos.
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25Slash7- Administrador
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Data de inscrição : 09/07/2009
Idade : 39
Re: Para as Bordas da Criação
Estudavam. As vozes partiam em busca de reconhecimento e controle.
Conhecia, da sua forma, a terra, a guerra e o sangue, mas sabia que não estava acostumado aquele tipo de situação. Viver por outros olhos não era exatamente vivenciar. Algo parecido. Próximo. Forte. Encontrava a resposta na sensação entre brumas oníricas e a lenta e plácida irrealidade da vigília.
Horror e medo escorria em um tom distante. A maldição - sangue - ressoava das mais belas formas. Da fina coloração vermelha à grossa e viscosa mistura com a terra. Alguns conheciam o sangue mais do que seu próprio reflexo. E muitos, no profundo do peculiar ser, conheciam dessa exata maneira. O sangue que nos uni.
Suas próprias reflexões sobre a vida, morte e guerra aguçavam mais a sede omitida. Pensar com eles aguçava a sede. Ver através deles. Ser todos eles. Ouvir...
- DEIXE-ME DESTA VEZ!!!!!!!!!! DEIXE-ME E LHE BANHAREI EM UMA PISCINA DE PURO PRAZER!!!!!!!!!!!!!!!
O aroma. Um único ser. A qualquer momento. Qualquer outro. Tomaria conta. E seria. Tarde. Tarde para. Correr. Sobreviver. Matar.
Dentro da escuridão que lembrava ter nascido, sentiu-se sugado. Estátuas de neve despencando pelo precipício escuro. Desaparecendo enquanto sentia uma paz. Leve e não sentia mais nada. Era ele novamente.
O monge lhe contou sobre o Juiz. Deveria impedi-lo, assim como a Insanidade, a Morte e o Último. Os 4 imprudentes, mas detentores de muito além da força e sabedoria. Raramente alcançado por suas palavras, raramente presentes em sua mente, mas eternamente na cicatriz de suas veias. Eles estavam lá e o corrompiam em sua busca. Precisaria controlá-los para absorver todo o poder, mas isso seria sua própria guerra em um outro dia. Ou assim se concentrava para ser.
Ouvia as palavras de Vaan ecoando em sua mente. As vozes em sua cabeça perdiam o controle com outro intruso, mas logo se acalmaram. Menos ele. Menos.
- Você é fraco. FRACO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ignorou a voz. O quanto pode.
Caindo. Afundando em sua própria mente, em sua própria vida. Sentia metade sendo controlada. Metade. Uma dualidade estranha e familiar.
- Você sabe que não conseguirá ficar por muito tempo.
- Quem irá me expulsar?
A sede crescia.
Como um mero observador, sentia seu corpo sendo movido por estranhas formas. As sombras, como algo pastoso e húmido, escorrendo por entre suas costas, rosto, braços e pernas. Um deles estava no controle e apenas o observaria atentamente.
De início ficou estático. Sentiu o vento, o calor e a onda dos movimentos. Os guerreiros lutavam, a pedra parecia encontrar um par e o grupo novamente se unia. A voz de antes falava entre linhas sensatas e era isso que procurava. A razão em meio ao caos. Spectre conduzia os pensamentos, mas o outro agia.
Eles lutariam por uma saída ou lutariam até a morte? Guardou as palavras da garota em primeiro plano. Acreditava em fugir e recalcular um outro modo de combate. Infelizmente, isso parecia ter ficado para segunda opção.
Inclinado, deitou-se sobre uma pedra.
Puxou sua arma e a apoiou.
Respirou.
Sentiu a preocupação de Niume. A inspiração do Grande Rei e sua estratégia. A coragem e a força de vontade de Alfadur. O poder destrutivo de Alexander. A precisão de Charlie. A adaptação de Vaan. Todos unidos novamente. Sentiu o poder. Não era como eles, mas finalmente estavam juntos de certa forma. O Juiz buscava o domínio de seus segredos.
Da luz e das trevas, do sangue e da terra. Era um ser amaldiçoado e o outro abraçava as sombras enquanto disparava. Buscava vidas alheias para saciar a fome. Comeria depois. Ele comeria depois. Ele. Não Spectre. Não... Sede. Acertava os inimigos. Misturando parte de sua energia vital com a própria pólvora, recarregava para disparar. O outro não fazia controle do quanto estava perdendo, apenas o fazia. O sangue era sua arma e a Legião o alimentava.
As pedras formavam um par. Haveriam mais? Forçava respostas enquanto se mantinha como um simples espectador de um grande espetáculo
Conhecia, da sua forma, a terra, a guerra e o sangue, mas sabia que não estava acostumado aquele tipo de situação. Viver por outros olhos não era exatamente vivenciar. Algo parecido. Próximo. Forte. Encontrava a resposta na sensação entre brumas oníricas e a lenta e plácida irrealidade da vigília.
Horror e medo escorria em um tom distante. A maldição - sangue - ressoava das mais belas formas. Da fina coloração vermelha à grossa e viscosa mistura com a terra. Alguns conheciam o sangue mais do que seu próprio reflexo. E muitos, no profundo do peculiar ser, conheciam dessa exata maneira. O sangue que nos uni.
Suas próprias reflexões sobre a vida, morte e guerra aguçavam mais a sede omitida. Pensar com eles aguçava a sede. Ver através deles. Ser todos eles. Ouvir...
- DEIXE-ME DESTA VEZ!!!!!!!!!! DEIXE-ME E LHE BANHAREI EM UMA PISCINA DE PURO PRAZER!!!!!!!!!!!!!!!
O aroma. Um único ser. A qualquer momento. Qualquer outro. Tomaria conta. E seria. Tarde. Tarde para. Correr. Sobreviver. Matar.
Dentro da escuridão que lembrava ter nascido, sentiu-se sugado. Estátuas de neve despencando pelo precipício escuro. Desaparecendo enquanto sentia uma paz. Leve e não sentia mais nada. Era ele novamente.
O monge lhe contou sobre o Juiz. Deveria impedi-lo, assim como a Insanidade, a Morte e o Último. Os 4 imprudentes, mas detentores de muito além da força e sabedoria. Raramente alcançado por suas palavras, raramente presentes em sua mente, mas eternamente na cicatriz de suas veias. Eles estavam lá e o corrompiam em sua busca. Precisaria controlá-los para absorver todo o poder, mas isso seria sua própria guerra em um outro dia. Ou assim se concentrava para ser.
Ouvia as palavras de Vaan ecoando em sua mente. As vozes em sua cabeça perdiam o controle com outro intruso, mas logo se acalmaram. Menos ele. Menos.
- Você é fraco. FRACO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ignorou a voz. O quanto pode.
Caindo. Afundando em sua própria mente, em sua própria vida. Sentia metade sendo controlada. Metade. Uma dualidade estranha e familiar.
- Você sabe que não conseguirá ficar por muito tempo.
- Quem irá me expulsar?
A sede crescia.
Como um mero observador, sentia seu corpo sendo movido por estranhas formas. As sombras, como algo pastoso e húmido, escorrendo por entre suas costas, rosto, braços e pernas. Um deles estava no controle e apenas o observaria atentamente.
De início ficou estático. Sentiu o vento, o calor e a onda dos movimentos. Os guerreiros lutavam, a pedra parecia encontrar um par e o grupo novamente se unia. A voz de antes falava entre linhas sensatas e era isso que procurava. A razão em meio ao caos. Spectre conduzia os pensamentos, mas o outro agia.
Eles lutariam por uma saída ou lutariam até a morte? Guardou as palavras da garota em primeiro plano. Acreditava em fugir e recalcular um outro modo de combate. Infelizmente, isso parecia ter ficado para segunda opção.
Inclinado, deitou-se sobre uma pedra.
Puxou sua arma e a apoiou.
Respirou.
Sentiu a preocupação de Niume. A inspiração do Grande Rei e sua estratégia. A coragem e a força de vontade de Alfadur. O poder destrutivo de Alexander. A precisão de Charlie. A adaptação de Vaan. Todos unidos novamente. Sentiu o poder. Não era como eles, mas finalmente estavam juntos de certa forma. O Juiz buscava o domínio de seus segredos.
Da luz e das trevas, do sangue e da terra. Era um ser amaldiçoado e o outro abraçava as sombras enquanto disparava. Buscava vidas alheias para saciar a fome. Comeria depois. Ele comeria depois. Ele. Não Spectre. Não... Sede. Acertava os inimigos. Misturando parte de sua energia vital com a própria pólvora, recarregava para disparar. O outro não fazia controle do quanto estava perdendo, apenas o fazia. O sangue era sua arma e a Legião o alimentava.
As pedras formavam um par. Haveriam mais? Forçava respostas enquanto se mantinha como um simples espectador de um grande espetáculo
Última edição por Shen666 em Ter maio 08 2012, 23:09, editado 1 vez(es)
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Re: Para as Bordas da Criação
Niume manteria os olhos em seus alvos, até ter disparado todas as 10 flechas sobre os agressores. (referente ao turno anterior.) Na pequena pausa para que outra surgisse, Niume vislumbrou o brilho lilás da essência de alguém que ela já conhecia. Cada essência era como uma assinatura de cada um deles, em seus tons, cores, intensidades... Cada um deles vibrando de uma maneira única. Ergueu os olhos inquisidores para Vaan, vendo-a cair sobre o solo, os joelhos dobrados. Ela brilhava como a essência do universo. Estranho era ver até mesmo ela ali, todos reunidos no destino mais improvável, longe o bastante de Haffingar e dos caminhos que cada um deles havia escolhido quando partiram. Vaan tinha razão, todos aqueles destinos estavam entrelaçados, todas aquelas vidas deviam seguir juntas.
-Esta certa..
Sussurrou, desviando os olhos dela para o tigre. A enorme criatura rosnava alto, movia a pata para ela e Hector de uma forma até mesmo estranha, afinal, era um tigre. Charlie movia o focinho e entender leitura corporal em meio a uma batalha, não era uma tarefa fácil, ainda mais para se tratar de um felino. Niume acompanhou os gestos até entender que se tratava de todos, percebendo então que Alfadur não estava mais dentro do seu campo de visão e ela não iria a lugar algum sem ele.
Uma nova flecha dourada formou-se em seus dedos, quando ela puxou a fina corda de fogo dourado do arco, mas não a disparou. Moveu-se para procurar o companheiro, mas os olhos encontraram Raz’shid, vivo. Os olhos dela cerraram-se para o homem, ela não queria que os homens aceitassem seus destinos de forma agradável, não queria que aquilo fosse aceitável. Ela era o peso da justiça, era a força do julgamento. Deviam estar cientes de cada atitude seria julgada, que a vontade dos deuses pesava sobre eles, inocentados ou condenados. Raz’shid não era um homem justo, não era um homem bom, em seu julgamento, ele havia sido condenado e ainda assim, algum Deus brincalhão insistia em mate-lo vivo.
Niume o observou de joelho, sentindo o tom desesperado em sua voz, o terror em seus olhos esbugalhados. Agora ele implorava... e o que tinha feito ele quando ela implorou pela vida do companheiro?
-Raz’shid me dará armas. Raz’shid me dará mapas e rezará em meu nome. Raz’shid me servira fielmente e a vida dele é minha. Agora erga-se antes que eu mude de ideia. Liberte essas correntes e deixe o meu povo ir.
Ela referia-se a todos que ele havia acorrentado ali para vender como escravos. A voz era dura e a vida de Raz’shid era dela. Podia acerta-lo antes que ele conseguisse fugir, se tentasse. Ela o manteria seguro para fazer o que ela havia pedido, mas tinha algo mais urgente para cuidar. Precisava achar Alfadur para darem o fora dali.
Niume moveu-se e o som rasgante de algo caindo sobre o campo de batalha a imobilizou por alguns segundos. O enorme corpo ergueu uma fina cortina de neve, mas não escondia a serpente de cartilagem e ossos que havia caído morta ali, ou o homem, cujo o braço brilhava em uma essência esverdeada que saltou de cima do enorme corpo morto. Um segundo de distração como vantagem para que ela pudesse avançar alguns passos na direção para o companheiro havia seguido. O arco e a flecha continuavam armados em suas mãos, prontos para serem disparados a qualquer momento. Os passos tirariam Niume da trajetória do tigre. Não que não quisesse ir com eles, precisava apenas de Alfadur com ela primeiro. Ainda mais agora, com o que ouvia de Vaan dentro de sua mente. Ela suspirou, parecia que os problemas acompanhavam cada passo que eles davam.
-Preciso achar Alfadur primeiro. Seja lá o que for, eu não posso deixa-lo para trás.
Ela esperava que Vaan também pudesse ouvi-la. Niume acreditava nela, estaria pronta para ir. Ela esperava que Alfadur pudesse ouvir suas palavras também e que resolvesse ficar visível para saírem dali o mais rápido possível e ainda com vida. Seja la o que fosse que estivesse preocupando a outra moça, ainda não se sentia preparada o bastante para enfrentar algo com tamanha força.
Niume tornou a erguer o arco. Desta vez, apenas um dos bárbaros era o alvo. Ela usaria apenas o arco ja em mãos, aproveitando-se de todo o seu grande tamanho para usa-lo como arma e deferir golpes contra os bárbaros, começou por um que jogou-se na direção de Raz'shid e depois qualquer um que se aproximasse. ( Excellency - Essence Overwhelming para aumentar a força dos golpes com o arco.) Os mercenários estavam fugindo, seu líder estava mijando de medo nas calças e agora, provavelmente obedecendo as ordens dela. Sem um líder e uma boa chance de viver, os mercenários não continuariam lutando, não eram assim. Eles fugiriam levando o que pudessem e deixando para trás qualquer um que não conseguisse acompanha-los. Os bárbaros eram selvagens, eles lutariam até que não conseguissem mais respirar, matando enquanto conseguissem se mover. Estavam também em maior numero e enquanto estivessem ali, precisava continuar lutando.
Os feixes dourados continuariam a cortar o céu, mais um e outro. Tres, cinco... dez. Dez novos bárbaros estirados no chão sem vida. Precisava ainda mantê-los longe do grupo e garantir que Raz’shid tivesse tempo de libertar os escravos para que cada um deles pudesse lutar por sua própria vida ou fugir. Precisava dar tempo para que Alfadur encontrasse a essência dentro da pedra e que a chama verde voltasse a pulsar dentro do peito.
Os mercenários haviam sido esmagados e os bárbaros avançavam sem medo, parecia que não temiam nem mesmo a força dos escolhidos. Tinham o que havia visto em Raz’shid no começo, uma confiança inabalável em algo muito maior que os escolhidos. O mercenário não havia temido o poder de ambos porque tinha a mulher de gelo consigo. Ele acreditava que o poder dela era maior que tudo, que não haveria inimigo que pudesse enfrenta-la e talvez fosse ela o ponto que ligava os bárbaros aos mercenários, como havia escutado quando ainda estava presa. O mercenário podia ter ameaçado os bárbaros com ela, matado seu povo certo de que nunca seria cobrado. Mas os bárbaros revidaram, eles atacaram sem medo. Por trás deles, só podia existir algo muito mais forte do que os escolhidos, muito mais forte que a mulher de gelo.
As flechas cortavam o céu mas o uivo cortou sua alma. Ela parou o arco no ar antes de puxar uma próxima e sentiu todos os pelos do corpo se arrepiarem. O uivo era assustador e teve uma estranha sensação de mau agouro percorrendo sua espinha. Meio humano, meio animal e os selvagens pararam. Do norte, a nova horda de selvagens fazia o chão tremer abaixo de seus pés. Era milhares, conseguia vê-los, numerosos o bastante para cobrir todo o espaço da encosta. Acima deles, o homem era como um Deus distante dos homens, montado sobre um leão branco como o mais puro marfim. A criatura era enorme.
Marchavam vagarosamente sem que Niume conseguisse desviar os olhos do que via. Um segundo foi o bastante para que ela entendesse, ou achasse que havia entendido. Reconheceu o rosto do traidor e a essência dourada em seu corpo e arco pareceram queimar com mais intensidade e raiva.
Fal Grey. O que ele havia se tornado? Brilhava a mesma essência que Niume. Era como ela? Não.. Era mais forte. Esmagadoramente mais forte.
Os bárbaros não estavam ali para vingar o seu povo. Os bárbaros não temiam mais os mercenários porque agora eram liderados por um Deus. O que eles queriam estava ali, preso bem no centro de toda a bagunça. Os escolhidos.
O homem havia trocado de lado ainda em Haffingar, de mocinho para vilão. Ele era forte e os bárbaros marchavam em suas ordens para eliminar a possível única ameaça viva aos planos do Urso. Ele queria os escolhidos mortos e havia conquistado um exercito feroz com o poder que emanava de sua essência.
Ele ordenou e os bárbaros atacaram. Niume olhou para os lados, subir pela encosta talvez levasse tempo demais. Podiam correr pelo lado com menor quantidade de bárbaros e passar por eles ou arriscarem a encosta livre. De qualquer forma, estariam correndo um risco.
-Arriscado demais para subirmos!! Vamos ter que achar outro jeito!!
Ela gritou enquanto corria na direção de Alfadur. Ela continuaria usando o arco para golpear e se defender.
-Esta certa..
Sussurrou, desviando os olhos dela para o tigre. A enorme criatura rosnava alto, movia a pata para ela e Hector de uma forma até mesmo estranha, afinal, era um tigre. Charlie movia o focinho e entender leitura corporal em meio a uma batalha, não era uma tarefa fácil, ainda mais para se tratar de um felino. Niume acompanhou os gestos até entender que se tratava de todos, percebendo então que Alfadur não estava mais dentro do seu campo de visão e ela não iria a lugar algum sem ele.
Uma nova flecha dourada formou-se em seus dedos, quando ela puxou a fina corda de fogo dourado do arco, mas não a disparou. Moveu-se para procurar o companheiro, mas os olhos encontraram Raz’shid, vivo. Os olhos dela cerraram-se para o homem, ela não queria que os homens aceitassem seus destinos de forma agradável, não queria que aquilo fosse aceitável. Ela era o peso da justiça, era a força do julgamento. Deviam estar cientes de cada atitude seria julgada, que a vontade dos deuses pesava sobre eles, inocentados ou condenados. Raz’shid não era um homem justo, não era um homem bom, em seu julgamento, ele havia sido condenado e ainda assim, algum Deus brincalhão insistia em mate-lo vivo.
Niume o observou de joelho, sentindo o tom desesperado em sua voz, o terror em seus olhos esbugalhados. Agora ele implorava... e o que tinha feito ele quando ela implorou pela vida do companheiro?
-Raz’shid me dará armas. Raz’shid me dará mapas e rezará em meu nome. Raz’shid me servira fielmente e a vida dele é minha. Agora erga-se antes que eu mude de ideia. Liberte essas correntes e deixe o meu povo ir.
Ela referia-se a todos que ele havia acorrentado ali para vender como escravos. A voz era dura e a vida de Raz’shid era dela. Podia acerta-lo antes que ele conseguisse fugir, se tentasse. Ela o manteria seguro para fazer o que ela havia pedido, mas tinha algo mais urgente para cuidar. Precisava achar Alfadur para darem o fora dali.
Niume moveu-se e o som rasgante de algo caindo sobre o campo de batalha a imobilizou por alguns segundos. O enorme corpo ergueu uma fina cortina de neve, mas não escondia a serpente de cartilagem e ossos que havia caído morta ali, ou o homem, cujo o braço brilhava em uma essência esverdeada que saltou de cima do enorme corpo morto. Um segundo de distração como vantagem para que ela pudesse avançar alguns passos na direção para o companheiro havia seguido. O arco e a flecha continuavam armados em suas mãos, prontos para serem disparados a qualquer momento. Os passos tirariam Niume da trajetória do tigre. Não que não quisesse ir com eles, precisava apenas de Alfadur com ela primeiro. Ainda mais agora, com o que ouvia de Vaan dentro de sua mente. Ela suspirou, parecia que os problemas acompanhavam cada passo que eles davam.
-Preciso achar Alfadur primeiro. Seja lá o que for, eu não posso deixa-lo para trás.
Ela esperava que Vaan também pudesse ouvi-la. Niume acreditava nela, estaria pronta para ir. Ela esperava que Alfadur pudesse ouvir suas palavras também e que resolvesse ficar visível para saírem dali o mais rápido possível e ainda com vida. Seja la o que fosse que estivesse preocupando a outra moça, ainda não se sentia preparada o bastante para enfrentar algo com tamanha força.
Niume tornou a erguer o arco. Desta vez, apenas um dos bárbaros era o alvo. Ela usaria apenas o arco ja em mãos, aproveitando-se de todo o seu grande tamanho para usa-lo como arma e deferir golpes contra os bárbaros, começou por um que jogou-se na direção de Raz'shid e depois qualquer um que se aproximasse. ( Excellency - Essence Overwhelming para aumentar a força dos golpes com o arco.) Os mercenários estavam fugindo, seu líder estava mijando de medo nas calças e agora, provavelmente obedecendo as ordens dela. Sem um líder e uma boa chance de viver, os mercenários não continuariam lutando, não eram assim. Eles fugiriam levando o que pudessem e deixando para trás qualquer um que não conseguisse acompanha-los. Os bárbaros eram selvagens, eles lutariam até que não conseguissem mais respirar, matando enquanto conseguissem se mover. Estavam também em maior numero e enquanto estivessem ali, precisava continuar lutando.
Os feixes dourados continuariam a cortar o céu, mais um e outro. Tres, cinco... dez. Dez novos bárbaros estirados no chão sem vida. Precisava ainda mantê-los longe do grupo e garantir que Raz’shid tivesse tempo de libertar os escravos para que cada um deles pudesse lutar por sua própria vida ou fugir. Precisava dar tempo para que Alfadur encontrasse a essência dentro da pedra e que a chama verde voltasse a pulsar dentro do peito.
Os mercenários haviam sido esmagados e os bárbaros avançavam sem medo, parecia que não temiam nem mesmo a força dos escolhidos. Tinham o que havia visto em Raz’shid no começo, uma confiança inabalável em algo muito maior que os escolhidos. O mercenário não havia temido o poder de ambos porque tinha a mulher de gelo consigo. Ele acreditava que o poder dela era maior que tudo, que não haveria inimigo que pudesse enfrenta-la e talvez fosse ela o ponto que ligava os bárbaros aos mercenários, como havia escutado quando ainda estava presa. O mercenário podia ter ameaçado os bárbaros com ela, matado seu povo certo de que nunca seria cobrado. Mas os bárbaros revidaram, eles atacaram sem medo. Por trás deles, só podia existir algo muito mais forte do que os escolhidos, muito mais forte que a mulher de gelo.
As flechas cortavam o céu mas o uivo cortou sua alma. Ela parou o arco no ar antes de puxar uma próxima e sentiu todos os pelos do corpo se arrepiarem. O uivo era assustador e teve uma estranha sensação de mau agouro percorrendo sua espinha. Meio humano, meio animal e os selvagens pararam. Do norte, a nova horda de selvagens fazia o chão tremer abaixo de seus pés. Era milhares, conseguia vê-los, numerosos o bastante para cobrir todo o espaço da encosta. Acima deles, o homem era como um Deus distante dos homens, montado sobre um leão branco como o mais puro marfim. A criatura era enorme.
Marchavam vagarosamente sem que Niume conseguisse desviar os olhos do que via. Um segundo foi o bastante para que ela entendesse, ou achasse que havia entendido. Reconheceu o rosto do traidor e a essência dourada em seu corpo e arco pareceram queimar com mais intensidade e raiva.
Fal Grey. O que ele havia se tornado? Brilhava a mesma essência que Niume. Era como ela? Não.. Era mais forte. Esmagadoramente mais forte.
Os bárbaros não estavam ali para vingar o seu povo. Os bárbaros não temiam mais os mercenários porque agora eram liderados por um Deus. O que eles queriam estava ali, preso bem no centro de toda a bagunça. Os escolhidos.
O homem havia trocado de lado ainda em Haffingar, de mocinho para vilão. Ele era forte e os bárbaros marchavam em suas ordens para eliminar a possível única ameaça viva aos planos do Urso. Ele queria os escolhidos mortos e havia conquistado um exercito feroz com o poder que emanava de sua essência.
Ele ordenou e os bárbaros atacaram. Niume olhou para os lados, subir pela encosta talvez levasse tempo demais. Podiam correr pelo lado com menor quantidade de bárbaros e passar por eles ou arriscarem a encosta livre. De qualquer forma, estariam correndo um risco.
-Arriscado demais para subirmos!! Vamos ter que achar outro jeito!!
Ela gritou enquanto corria na direção de Alfadur. Ela continuaria usando o arco para golpear e se defender.
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Re: Para as Bordas da Criação
Quando cito algum player com quem eu não estava envolvido antes, estou pondo o nome em maiúsculo e em negrito. Segue abaixo como está a situação AGORA, diretamente após o meu turno. O mapa é oficial, com o aval do narrador. Guiem-se por ele.
______________________________________
Hector arregalou os olhos, com a tigresa abaixo de si, enfiando-se por suas pernas, e precisou agarrar-se com força em seus pelos para não simplesmente cair. - Só um! - exclamou, em resposta. Conseguiria agarrar só um. Apontou para Niume, os pensamentos em sintonia perfeita com o de seu protegido-animal, que era bem menos legal que uma onça. - Centro! - assentiu, indicando com o braço a direção para os sete bárbaros que haviam entregue-se a ele.
Quando passaram por NIÚME, Hector não pediu, não falou. Sabia que ela estava em movimento. Sabia que se pedisse ela não ia parar. O gigante fechou seu punho massivo na parte traseira de sua camiseta, erguendo-a do chão como um boneco de algodão e jogando-a a sua frente, sobre as costas do Tigre. - Alfadur está com Spectre! Está seguro! - disse-lhe.
E no centro chegaram, a tempo da voz de Vaan ecoar em sua mente, enquanto descia do tigre. Respirou fundo, travando-se por um instante... E ergueu os olhos, a magnitude da cena erguendo-se sobre eles. Eram... milhares. Eram centenas, na verdade - mas ali, sozinhos em meio a guerra, parecia que a própria morte cavalgava junto, ao lado e acima dos bárbaros, sua risada histérica clamando por suas almas, o norte clamando pelas almas que a ele pertenciam. Engoliu em seco, olhando em volta. Talvez pudessem fugir... Mas não. Os prisioneiros. Vinte vidas alí, que não podiam ser simplesmente abandonadas. As pessoas... Estavam todos condenados. Todos condenados.
Mas não estariam. Era Hector Hrothgar, e o norte tremia em sua voz, não frente a voz dos bárbaros, não frente a voz de um mestre de armas montado em um Leão. Eles iriam viver. Precisavam viver. A existência dependia de suas vozes, e dos ecos que para sempre soprariam.
Concentrou-se. - Todos p'ro centro! Não temos que fugir. Formaremos uma fileira impenetrável. RÁPIDO! - bradou a voz trovejante de Hector em sua mentes. Virou-se, então, para os sete bárbaros assustados, os sete homens que haviam rendido-se a sua vontade em prol da verdade. - Arrumem as carroças! - pediu. - Duas fileiras! Uma no norte, outra no sul, cortando a depressão! Precisamos atrasá-los!
Olhou para Niúme. - Alfadur vai voltar. Ele está com Spectre, e está seguro, e está vindo em sua direção. Você precisa nos ajudar, Niume. Precisa. Suba em uma das carroças. Pegue altura. Dispare as flechas. Limpe o caminho. Deixe que todos cheguem até nós. Por todos os Deuses que você acredita ou não, você precisa fazer isso, criança.
E então virou-se para Charlie. Tão doce, tão leal Charlie. Respirou fundo. - Eu vou ficar bem. - jurou o Rei a seu protegido. - Mas você está cansada, criança. Preciso que vá embora. Que corra o mais rápido que puder. - havia visto como ele havia se movido. Havia visto o quão rápido podia ser. Seu pedido não pareceria tão absurdo, tão improvavel, quanto poderia parecer. Não imaginava que fosse dar certo. Estavam a um dia de viagem de Stormgale - alcançá-lo a tempo de trazer reforços levaria tempo demais, até para o Tigre. Só queria sua criança, seu filho e irmão, o mais longe possível daquele inferno. - Corra com o vento, Charlie, e avise Stormgale o que está acontecendo. Diga que precisamos de ajuda. De nossos melhores soldados. O mais rápido possível. E traga-os de volta. - pedido e comando misturaram-se na voz do gigante barbudo e de olhos gélidos, ainda que bondosos. A sombra já havia sumido - mantê-la gastava uma energia importante que não poderia desperdiçar.
E então Hector, que esperava que o homem, o guerreiro que havia visto com o canto dos olhos derrotar uma gigantesca serpente, fosse tão habilidoso quanto parecia, correu para libertar os escravos. Precisavam de quantas mãos pudessem ter.
______________________________________
Hector arregalou os olhos, com a tigresa abaixo de si, enfiando-se por suas pernas, e precisou agarrar-se com força em seus pelos para não simplesmente cair. - Só um! - exclamou, em resposta. Conseguiria agarrar só um. Apontou para Niume, os pensamentos em sintonia perfeita com o de seu protegido-animal, que era bem menos legal que uma onça. - Centro! - assentiu, indicando com o braço a direção para os sete bárbaros que haviam entregue-se a ele.
Quando passaram por NIÚME, Hector não pediu, não falou. Sabia que ela estava em movimento. Sabia que se pedisse ela não ia parar. O gigante fechou seu punho massivo na parte traseira de sua camiseta, erguendo-a do chão como um boneco de algodão e jogando-a a sua frente, sobre as costas do Tigre. - Alfadur está com Spectre! Está seguro! - disse-lhe.
E no centro chegaram, a tempo da voz de Vaan ecoar em sua mente, enquanto descia do tigre. Respirou fundo, travando-se por um instante... E ergueu os olhos, a magnitude da cena erguendo-se sobre eles. Eram... milhares. Eram centenas, na verdade - mas ali, sozinhos em meio a guerra, parecia que a própria morte cavalgava junto, ao lado e acima dos bárbaros, sua risada histérica clamando por suas almas, o norte clamando pelas almas que a ele pertenciam. Engoliu em seco, olhando em volta. Talvez pudessem fugir... Mas não. Os prisioneiros. Vinte vidas alí, que não podiam ser simplesmente abandonadas. As pessoas... Estavam todos condenados. Todos condenados.
Mas não estariam. Era Hector Hrothgar, e o norte tremia em sua voz, não frente a voz dos bárbaros, não frente a voz de um mestre de armas montado em um Leão. Eles iriam viver. Precisavam viver. A existência dependia de suas vozes, e dos ecos que para sempre soprariam.
Concentrou-se. - Todos p'ro centro! Não temos que fugir. Formaremos uma fileira impenetrável. RÁPIDO! - bradou a voz trovejante de Hector em sua mentes. Virou-se, então, para os sete bárbaros assustados, os sete homens que haviam rendido-se a sua vontade em prol da verdade. - Arrumem as carroças! - pediu. - Duas fileiras! Uma no norte, outra no sul, cortando a depressão! Precisamos atrasá-los!
Olhou para Niúme. - Alfadur vai voltar. Ele está com Spectre, e está seguro, e está vindo em sua direção. Você precisa nos ajudar, Niume. Precisa. Suba em uma das carroças. Pegue altura. Dispare as flechas. Limpe o caminho. Deixe que todos cheguem até nós. Por todos os Deuses que você acredita ou não, você precisa fazer isso, criança.
E então virou-se para Charlie. Tão doce, tão leal Charlie. Respirou fundo. - Eu vou ficar bem. - jurou o Rei a seu protegido. - Mas você está cansada, criança. Preciso que vá embora. Que corra o mais rápido que puder. - havia visto como ele havia se movido. Havia visto o quão rápido podia ser. Seu pedido não pareceria tão absurdo, tão improvavel, quanto poderia parecer. Não imaginava que fosse dar certo. Estavam a um dia de viagem de Stormgale - alcançá-lo a tempo de trazer reforços levaria tempo demais, até para o Tigre. Só queria sua criança, seu filho e irmão, o mais longe possível daquele inferno. - Corra com o vento, Charlie, e avise Stormgale o que está acontecendo. Diga que precisamos de ajuda. De nossos melhores soldados. O mais rápido possível. E traga-os de volta. - pedido e comando misturaram-se na voz do gigante barbudo e de olhos gélidos, ainda que bondosos. A sombra já havia sumido - mantê-la gastava uma energia importante que não poderia desperdiçar.
E então Hector, que esperava que o homem, o guerreiro que havia visto com o canto dos olhos derrotar uma gigantesca serpente, fosse tão habilidoso quanto parecia, correu para libertar os escravos. Precisavam de quantas mãos pudessem ter.
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Re: Para as Bordas da Criação
Alfadur cerrava os olhos, mais uma vez atormentado pelos dizeres nefastos, hora provocando-o, hora apenas descrevendo condições indignas... Caía de joelhos e apertava aquela maldita pedra com as mãos, com quase uma vontade de esmigalha-la em mil pedaços. - Nãaao... NÃAAO!!! Em nada ajuda o que atrapalha!!! - Praguejava, em um ímpeto de insensatez, quase fez o que dizia a voz, mas nem mesmo a mirar contra um alvo, parecendo que ia mesmo jogar longe aquela pedra inútil que não lhe devolvia Poder algum. "Essência é vida", assim dizia a voz estranha, mais uma vez a mostrar algo que Alfadur demorava a compreender, mas o fazia relutar em sua quase estupidez.
O grito da selvagem... a pedra, viver, viver ou morrer? De onde viria o Poder? Ele tinha que saber, tinha de se lembrar, tinha de concentrar-se, não naquela pedra, mas no que sabia do mundo. Ora... de que era feito aquele mundo? Não era ele quem viu Mundos serem feitos e desaparecerem diante de seus olhos sob as vontades de Senhores estranhos? Onde estava a diferença entre aquilo que era um sonho, uma fantasia criada pelos habitantes da Wyld e aquele mundo tão sólido que chamavam de Criação? Tudo... absolutamente tudo... vinha do mesmo lugar, pois onde há Puro Caos há infinito potencial para se criar o que quisesse que fosse criado, incluindo a Vida, vida esta que ele via se desfazer a cada golpe bem sucedido entre os que lutavam. Vida esta que ele viu desaparecer em Haafingar, vidas mais que ele viu se extinguir até mesmo longe das tramas do Destino.
Mais uma vez ele cerrou os olhos, mas agora sua postura seria diferente. Vida... Essência, tudo uma coisa só, ele tinha de arrancar da Vida aquilo que precisava para se tornar relevante naquela história. Mais uma vez ele teria de ignorar suas convicções enquanto erguia-se e buscava com os olhos alguém que pudesse ser seu alvo. Alguém que pudesse arrancar dele todo seu desprezo. Virou-se na direção daquela carroça onde achara a pedra e seus olhos fitaram o bárbaro que tentou golpea-lo. Alfadur segurava a pedra com a mão esquerda e com a mão direita empunhava a espada de Razashid. Era um cálculo simples... Vida mais Morte era igual a Essência, ao menos era o que ele entendia naquele momento.
- AaaaAAAAAAAHHHHH!!!! - Gritou enquanto corria lançando-se para o embate, furioso como nunca antes, mesmo sendo ali um simples mortal. Não havia Poder algum, não havia luzes ou brilhos, nada exuberante ou épico, era quase insignificante diante dos demais que saltavam sobre as montanhas, que devoravam homens, que lançavam flechas divinas ou simplesmente faziam os inimigos obedecerem. Era apenas Alfadur, metade humano, metade Raksha, um único desejo... recuperar a Centelha Divina, e faria isto às custas daquele bárbaro.
Um único golpe, era o que desejava, que o atravessasse, que o degolasse, que o fizesse cair morto e que sua vida insignificante fosse transformada no elemento primordial do qual todas as coisas são feitas, para que Alfadur pudesse novamente sentir-se mais do que um simples mortal e jogar também aquele jogo divino. Ele não queria ignorar Niume, sua protegida que agora tentava protege-lo, não queria ignorar a tentativa de Hector em bolar um plano, tão pouco o menino exótico que se transformou em fera para salva-los. Não queria esquecer os outros que chegavam ali para ajuda-los, não queria ignorar o perigo iminente que vinha montado sobre uma besta com dezenas de lacaios a servi-lo, mas ele tinha que esquecer por alguns segundos aquilo que o rodeava. Precisava viver seu mundo, precisava encontrar a si mesmo antes de poder fazer qualquer coisa pelos outros. Ele só precisava acertar um único golpe e que as coisas fluíssem a seu favor, pois esta era a sua Vontade.
O grito da selvagem... a pedra, viver, viver ou morrer? De onde viria o Poder? Ele tinha que saber, tinha de se lembrar, tinha de concentrar-se, não naquela pedra, mas no que sabia do mundo. Ora... de que era feito aquele mundo? Não era ele quem viu Mundos serem feitos e desaparecerem diante de seus olhos sob as vontades de Senhores estranhos? Onde estava a diferença entre aquilo que era um sonho, uma fantasia criada pelos habitantes da Wyld e aquele mundo tão sólido que chamavam de Criação? Tudo... absolutamente tudo... vinha do mesmo lugar, pois onde há Puro Caos há infinito potencial para se criar o que quisesse que fosse criado, incluindo a Vida, vida esta que ele via se desfazer a cada golpe bem sucedido entre os que lutavam. Vida esta que ele viu desaparecer em Haafingar, vidas mais que ele viu se extinguir até mesmo longe das tramas do Destino.
Mais uma vez ele cerrou os olhos, mas agora sua postura seria diferente. Vida... Essência, tudo uma coisa só, ele tinha de arrancar da Vida aquilo que precisava para se tornar relevante naquela história. Mais uma vez ele teria de ignorar suas convicções enquanto erguia-se e buscava com os olhos alguém que pudesse ser seu alvo. Alguém que pudesse arrancar dele todo seu desprezo. Virou-se na direção daquela carroça onde achara a pedra e seus olhos fitaram o bárbaro que tentou golpea-lo. Alfadur segurava a pedra com a mão esquerda e com a mão direita empunhava a espada de Razashid. Era um cálculo simples... Vida mais Morte era igual a Essência, ao menos era o que ele entendia naquele momento.
- AaaaAAAAAAAHHHHH!!!! - Gritou enquanto corria lançando-se para o embate, furioso como nunca antes, mesmo sendo ali um simples mortal. Não havia Poder algum, não havia luzes ou brilhos, nada exuberante ou épico, era quase insignificante diante dos demais que saltavam sobre as montanhas, que devoravam homens, que lançavam flechas divinas ou simplesmente faziam os inimigos obedecerem. Era apenas Alfadur, metade humano, metade Raksha, um único desejo... recuperar a Centelha Divina, e faria isto às custas daquele bárbaro.
Um único golpe, era o que desejava, que o atravessasse, que o degolasse, que o fizesse cair morto e que sua vida insignificante fosse transformada no elemento primordial do qual todas as coisas são feitas, para que Alfadur pudesse novamente sentir-se mais do que um simples mortal e jogar também aquele jogo divino. Ele não queria ignorar Niume, sua protegida que agora tentava protege-lo, não queria ignorar a tentativa de Hector em bolar um plano, tão pouco o menino exótico que se transformou em fera para salva-los. Não queria esquecer os outros que chegavam ali para ajuda-los, não queria ignorar o perigo iminente que vinha montado sobre uma besta com dezenas de lacaios a servi-lo, mas ele tinha que esquecer por alguns segundos aquilo que o rodeava. Precisava viver seu mundo, precisava encontrar a si mesmo antes de poder fazer qualquer coisa pelos outros. Ele só precisava acertar um único golpe e que as coisas fluíssem a seu favor, pois esta era a sua Vontade.
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Re: Para as Bordas da Criação
Alexander observou a aproximação e as ordens de Fal Grey sentindo um misto de prazer e medo.
A cena era assustadora. De onde surgiram tantos selvagens? E em tão superior vantagem estratégica?
A batalha era claramente impossível de se vencer.
Apenas um milagre...
Sorriu com o canto dos lábios, o rosto sujo de sangue virou para Vaan.
- Estamos reunidos. Já caímos uma vez. É o bastante!
Como se uma descarga de adrenalina o houvesse tomado, o cavaleiro, antes calmamente guardando a espada, falando com a mulher, pôs-se em uma corrida para o centro, onde ainda haviam por volta de 40 selvagens tentando atacar os Escolhidos.
Unidos conseguiriam se organizar e lutando em formação poderiam vencer os bárbaros caóticos...
Ou ao menos segurá-los por tempo o bastante até...
Até o quê?
Não haveriam reforços.
- Onde é o maldito refúgio do Archer?
Um milagre...
A tradição dos Cavaleiros dizia que a poderosa Penitência, nas mãos de um Lightbringer, trazia milagres ao campo de batalha. E as próprias Erínias, servas de Nêmesis, a matrona da Vingança, guiavam a lâmina em retrubuição pela soberba.
Conforme se aproximava do inimigo, sua corrida se tornou pequenos saltos, longas passadas e, com o impulso, ergueu a lança perfurando o peito e rasgando, em seguida, o trapézio do primeiro bárbaro. Já o segundo caiu com um ataque no abdomen.
Retirando a lança, e girando sobre seu próprio eixo, o terceiro se deparou com a afiadíssima lâmina negra lacerando seu rosto em um ataque horizontal.
Transpassou o peito do bárbaro que tentava lhe atacar pela esquerda.
O quinto teve o peito vorazmente atravessado pela valiosa arma.
Avançou. Chamas esverdeadas crepitavam de seu corpo.
Tal qual bela mulher com agulha tece a capa que protege o frio, Alexander transpassava seus oponentes e abandonava corpos inertes pelo chão. E o níveo desfiladeiro transformou-se em rubro, duro chão.
Não fosse por essa agradável nostalgia em rever os amigos de dores, preferia estar lá em cima com as serpentes...
[pra variar, me perco em motes... mas acredito que o único charm de ataque que tenho (e conheço) é o First (Yozi) Excellency! =D]
A cena era assustadora. De onde surgiram tantos selvagens? E em tão superior vantagem estratégica?
A batalha era claramente impossível de se vencer.
Apenas um milagre...
Sorriu com o canto dos lábios, o rosto sujo de sangue virou para Vaan.
- Estamos reunidos. Já caímos uma vez. É o bastante!
Como se uma descarga de adrenalina o houvesse tomado, o cavaleiro, antes calmamente guardando a espada, falando com a mulher, pôs-se em uma corrida para o centro, onde ainda haviam por volta de 40 selvagens tentando atacar os Escolhidos.
Unidos conseguiriam se organizar e lutando em formação poderiam vencer os bárbaros caóticos...
Ou ao menos segurá-los por tempo o bastante até...
Até o quê?
Não haveriam reforços.
- Onde é o maldito refúgio do Archer?
Um milagre...
A tradição dos Cavaleiros dizia que a poderosa Penitência, nas mãos de um Lightbringer, trazia milagres ao campo de batalha. E as próprias Erínias, servas de Nêmesis, a matrona da Vingança, guiavam a lâmina em retrubuição pela soberba.
Conforme se aproximava do inimigo, sua corrida se tornou pequenos saltos, longas passadas e, com o impulso, ergueu a lança perfurando o peito e rasgando, em seguida, o trapézio do primeiro bárbaro. Já o segundo caiu com um ataque no abdomen.
Retirando a lança, e girando sobre seu próprio eixo, o terceiro se deparou com a afiadíssima lâmina negra lacerando seu rosto em um ataque horizontal.
Transpassou o peito do bárbaro que tentava lhe atacar pela esquerda.
O quinto teve o peito vorazmente atravessado pela valiosa arma.
Avançou. Chamas esverdeadas crepitavam de seu corpo.
Tal qual bela mulher com agulha tece a capa que protege o frio, Alexander transpassava seus oponentes e abandonava corpos inertes pelo chão. E o níveo desfiladeiro transformou-se em rubro, duro chão.
Não fosse por essa agradável nostalgia em rever os amigos de dores, preferia estar lá em cima com as serpentes...
[pra variar, me perco em motes... mas acredito que o único charm de ataque que tenho (e conheço) é o First (Yozi) Excellency! =D]
MR, Léo- Usuário
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Re: Para as Bordas da Criação
O cavalo era guiado com maestria por Vaan entre o monte de bárbaros que tentavam, em vão, derrubá-la de sua montaria. Como um velho general, o animal estava acostumado com o campo de batalha, pisando sobre os corpos e seguindo em frente, sem demonstrar medo. O corpo de Vaan ardia no doce correr da Essência. Sentia, dentro de seu peito, o cintilar das diversas estrelas presas no firmamento. Seus olhos estavam tão abertos e focados que pareciam enxergar além dos simples jogos de batalha, dos simples corpos que dançavam aquela dança fúnebre. E, de fato, enxergavam. Era guiada ainda pelas estrelas e avançava, tão certeira como uma fleha. Passava por entre os cadáveres sem sequer sentir algum pesar. Não por ser alheia ao sofrimento ou mortes, mas porque, para Vaan, a morte era um evento que a acompanhava desde sua primeira infância. Sim, as guerras eram algo horrível, mas era o fim de um período, e consequentemente, o início de algo.
As mãos suadas da jovem seguravam com força as rédeas curtas do cavalo. Seus olhos curiosos pararam de pular de bárbaro em bárbaro para focar na direção que vinha aquela imensa energia e o uivo horrendo que rasgou o som imaculado da batalha. Ela exclamou em surpresa ao ver a magnitude do exército que estava marchando para a sua direção. Seu olhar companhou o exército até chegar a seu líder: o belo leão branco mais puro do que a neve que cobria as montanhas, cujo rugido destruiria os ossos da Criação. A figura imponente que o montava, que poderia subjugar os homens. Não sabia quem era aquele homem, não conseguia se lembrar dele, mas sentia, dentro de sua cabeça pulsava, aquele imenso destino, tão avassalador quanto os deuses do inferno. Vaan afastou seu olhar do mesmo, assustada. Tentava buscar dentro de si a mesma determinação que demonstrou para Archer, quando combatiam as serpentes. Suas veias eram ainda preenchidas por sua essência divina e Vaan sentia-se forte, mas a presença de outro inimigo, mais forte, a deixava em dúvidas. Irritou-se e tentou afastar os pensamentos.
Vislumbrou a figura raivosa de Alfadur, dentro de sua loucura e coragem, se aproximar de um selvagem para matá-lo. Se Alfadur estava ali, provavelmente Niume não estava longe. Um calor e uma energia dourada vinha de do lado oposto, indo na direção do Infernal. Lá estava a imponente Niume, que marchava, pisava no solo e cada passo, parecia uma ordem. A terra obedecia, dava espaço para a filha do Sol passar. Parecia, por fim, que todos iriam juntar-se. Sentia a energia de Spectre. Ele estava sim, lá. E se uniria a todos, abaixo do estandarte dos escolhidos, na luta.
Ela guiou seu cavalo para a direção de Niume e Alfadur. Hector também ia em sua direção, com sua voz tão poderosa quanto o próprio trovão. O tigre avançava como o próprio vento. Eram as forças do Destino.
Vaan bateu nas ancas do animal e ergueu-se do arreio, apoiando seu peso nos estribos. Os joelhos levemente flexionados, o tronco para frente. O animal cortava o ar rapidamente até seu destino. Alexander passou próximo dela. A menina pôde ver o sorriso ensanguentado do guerreiro. Por mais que não conhecesse o guerreiro, Vaan não deixou de sentir-se feliz por vê-lo. Após a viagem e a luta contra as Guardiãs do Norte, Vaan aprendera a respeitá-lo, respeitar sua força. Ela sorriu de volta para o guerreiro e iria cumprimentá-lo, mas este passou tão rapidamente, abrindo seu caminho, que Vaan apenas o seguiu. Estavam, finalmente, juntos.
Foi uma sensação estranha. Ao chegar perto de seus companheiros, sentiu uma aproximação dos mesmos que só sentira por uma pessoa, uma pessoa que a longo tempo há abandonou. Vaan sentia as Essências dele, sentia os esforços. Por aquele segundo, ela deu um leve sorriso, mesmo diante de todo o caos. Estavam juntos, poderiam sobreviver. Sua Essência podia ser vista, podia ser sentida por seus companheiros. Seus olhos lilases e cheios de constelação olhavam, inquisitores, para seus inimigos. Via seus destinos e pensava que poderia usar isso a seu favor. Iria guiar seus aliados, iria ajudá-los, assim como os mesmos fariam aquilo por ela.
As mãos suadas da jovem seguravam com força as rédeas curtas do cavalo. Seus olhos curiosos pararam de pular de bárbaro em bárbaro para focar na direção que vinha aquela imensa energia e o uivo horrendo que rasgou o som imaculado da batalha. Ela exclamou em surpresa ao ver a magnitude do exército que estava marchando para a sua direção. Seu olhar companhou o exército até chegar a seu líder: o belo leão branco mais puro do que a neve que cobria as montanhas, cujo rugido destruiria os ossos da Criação. A figura imponente que o montava, que poderia subjugar os homens. Não sabia quem era aquele homem, não conseguia se lembrar dele, mas sentia, dentro de sua cabeça pulsava, aquele imenso destino, tão avassalador quanto os deuses do inferno. Vaan afastou seu olhar do mesmo, assustada. Tentava buscar dentro de si a mesma determinação que demonstrou para Archer, quando combatiam as serpentes. Suas veias eram ainda preenchidas por sua essência divina e Vaan sentia-se forte, mas a presença de outro inimigo, mais forte, a deixava em dúvidas. Irritou-se e tentou afastar os pensamentos.
Vislumbrou a figura raivosa de Alfadur, dentro de sua loucura e coragem, se aproximar de um selvagem para matá-lo. Se Alfadur estava ali, provavelmente Niume não estava longe. Um calor e uma energia dourada vinha de do lado oposto, indo na direção do Infernal. Lá estava a imponente Niume, que marchava, pisava no solo e cada passo, parecia uma ordem. A terra obedecia, dava espaço para a filha do Sol passar. Parecia, por fim, que todos iriam juntar-se. Sentia a energia de Spectre. Ele estava sim, lá. E se uniria a todos, abaixo do estandarte dos escolhidos, na luta.
Ela guiou seu cavalo para a direção de Niume e Alfadur. Hector também ia em sua direção, com sua voz tão poderosa quanto o próprio trovão. O tigre avançava como o próprio vento. Eram as forças do Destino.
Vaan bateu nas ancas do animal e ergueu-se do arreio, apoiando seu peso nos estribos. Os joelhos levemente flexionados, o tronco para frente. O animal cortava o ar rapidamente até seu destino. Alexander passou próximo dela. A menina pôde ver o sorriso ensanguentado do guerreiro. Por mais que não conhecesse o guerreiro, Vaan não deixou de sentir-se feliz por vê-lo. Após a viagem e a luta contra as Guardiãs do Norte, Vaan aprendera a respeitá-lo, respeitar sua força. Ela sorriu de volta para o guerreiro e iria cumprimentá-lo, mas este passou tão rapidamente, abrindo seu caminho, que Vaan apenas o seguiu. Estavam, finalmente, juntos.
Foi uma sensação estranha. Ao chegar perto de seus companheiros, sentiu uma aproximação dos mesmos que só sentira por uma pessoa, uma pessoa que a longo tempo há abandonou. Vaan sentia as Essências dele, sentia os esforços. Por aquele segundo, ela deu um leve sorriso, mesmo diante de todo o caos. Estavam juntos, poderiam sobreviver. Sua Essência podia ser vista, podia ser sentida por seus companheiros. Seus olhos lilases e cheios de constelação olhavam, inquisitores, para seus inimigos. Via seus destinos e pensava que poderia usar isso a seu favor. Iria guiar seus aliados, iria ajudá-los, assim como os mesmos fariam aquilo por ela.
Valkyrja- Usuário
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Re: Para as Bordas da Criação
Hector não estava tão errado em sua afirmação; ainda que lhe restasse um bocado de energia para se gastar, Charlie estava se cansando, e estavam sendo pouco efetivos, achava. Olhou em volta, ao chegarem no centro. Bufou alguma coisa.
Recolheu-se ao centro com os que conseguiam chegar até lá, olhou em volta, sempre observando, enquanto os demais avançavam. Estava inquieto, ao seu modo, aquilo não estava bem, não estava realmente bem. Lambeu os lábios, por um instante. Charlie não tinha grandes pensamentos ou filosofias a respeito de tudo aquilo, era matar ou morrer, e para ele tanto fazia um quanto o outro, eram apenas passagens, ainda que todos parecessem se importar demais com isso.
Cravou as garras no chão por um momento, antes de voltar os olhos para Hector, enquanto ele começava a distribuir ordens, bem como achava que ele faria. Quando voltou-se para si, Charlie o encarou.
Se pudesse, reviraria os olhos. – Você está tentando me matar ou o quê? – Resmungou o felino, bufando, Charlie ergueu-se, as patas apoiando-se em uma das carroças, para olhar acima da pequena barricada.
– Olhe o rapaz. – Disse o felino, referindo-se a Alexander. – Se segurarmos o bastante talvez ele possa limpar o outro lado, uma rota de fuga. Se eu e ele avançarmos pelo outro lado, talvez conseguamos abrir caminho para vocês. Basta segurarem os bárbaros com Fal.
Baixou-se, chacoalhando a cabeçorra de gato, voltou os olhos para Hector, ele era o estrategista, afinal.
Recolheu-se ao centro com os que conseguiam chegar até lá, olhou em volta, sempre observando, enquanto os demais avançavam. Estava inquieto, ao seu modo, aquilo não estava bem, não estava realmente bem. Lambeu os lábios, por um instante. Charlie não tinha grandes pensamentos ou filosofias a respeito de tudo aquilo, era matar ou morrer, e para ele tanto fazia um quanto o outro, eram apenas passagens, ainda que todos parecessem se importar demais com isso.
Cravou as garras no chão por um momento, antes de voltar os olhos para Hector, enquanto ele começava a distribuir ordens, bem como achava que ele faria. Quando voltou-se para si, Charlie o encarou.
Se pudesse, reviraria os olhos. – Você está tentando me matar ou o quê? – Resmungou o felino, bufando, Charlie ergueu-se, as patas apoiando-se em uma das carroças, para olhar acima da pequena barricada.
– Olhe o rapaz. – Disse o felino, referindo-se a Alexander. – Se segurarmos o bastante talvez ele possa limpar o outro lado, uma rota de fuga. Se eu e ele avançarmos pelo outro lado, talvez conseguamos abrir caminho para vocês. Basta segurarem os bárbaros com Fal.
Baixou-se, chacoalhando a cabeçorra de gato, voltou os olhos para Hector, ele era o estrategista, afinal.
Rosenrot- Usuário
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Re: Para as Bordas da Criação
(Como são muitos turnos, minhas ações serão um pouco mais simples quando se tratar de "mera resposta". Vocês são livres para criar estímulos ao cenário e "estilizar" como quiserem. Eu vou interferir quando achar que devo. As ações bem descritas e/ou bem pensadas, continuarão dando bônus, seja na forma de EXP, seja em forma de bonificação na rolagem ou mesmo recuperação de essência.)
Mero espectador. Talvez aquilo definiria bem o que o homem cohecido como Spectre, havia se tornado. Inconscientemente, ele viu o seu corpo ser levado em direção até o centro, onde o grupo começava a se reunir. De arma em punhos, de início ele apenas observou enquanto Alexander dirigia-se à parte centro-sul e começava a liberar a sua fúria. Bárbaro ante sbárbaro...
Spectre olhou para o norte. As linhas de bárbaros e, ainda, as infelizes moscas que ousavam permanecer em seu caminho. Sangue, o "Outro" desejava sangue, deseja se saciar, desejava impor-se.
E assim ele o faria.
Os olhos de Spectre foram tomados por um brilho denso e perturbador, uma mistura de dourado levemente avermelhado. Disparou sua arma. Uma, duas, três vezes. E então passou a gargalhar... sua arma caiu no chão.
__
Raz'Ashid faria como Niume ordenara. O homem, ainda ajoelhado, rastejou até ela e beijou os pés da Solar, resmungava alguma coisa em sua língua nativa, algo que se assemelhava a um agradecimento. Quando ela exigiu a libertação, o homem levantou-se e passou a auxiliar a ordem de Hector. Tinha as chaves consigo e foi apenas uma questão de tempo até que todos estivessem livres novamente.
Procurou por Alfadur e este não parecia estar vivendo um de seus melhores dias. Discutia consigo mesmo enquanto amaldiçoava algo ou alguém que, aparentemente, ele era incapaz de compreender. Apressado, o homem começou a correr na direção de uma das carroças no centro e, quando Niume pensou em segui-lo, sentiu algo a tirar do chão. Rapidamente, ela já estava no centro, com Hector gritando e dando ordens para alguns bárbaros que haviam trocado de lado e os escravos recém libertos.
__
Silêncio. Os bárbaros não faziam qualquer barulho, mesmo aqueles que morriam pela mão dos Escolhidos. Sem que fosse dada a ordem, eles permaneciam passivos, indiferentes à morte.
A encosta era larga o suficiente para comportar 50 homens ombro à ombro, o que obrigava os bárbaros, de ambas extremidades, formarem duas linhas.
Aqueles que estavam no centro e eram os primeiros vitimados pelo ataque de Alexander e Spectre, não tentavam se unir às fileiras. Apenas se afastavam lentamente do centro, sendo mortos um a um.
O vento pareceu parar. E o único som era o grito de agonia e dor dos massacrados. Ao longe, ouviam o som de algo batendo contra o ar, como se fosse uma espécie de motor.
Foi naquele momento que a ordem foi dada. E o silêncio se tornou caos.
__
Alfadur atravessou o bárbaro com a sua arma, a espada cortou carne e vísceras com alguma dificuldade, pela falta de cuidado com a lâmina, mas efetiva.
O homem tombou para trás e sangue começou a escorrer do ferimento. O líquido vermelho, vivo, viscoso. Incontrolável, Alfadur banhou a pedra no sangue, esperando que isso fosse resultar em algo.
E talvez tenha resultado. A pedra começou a emitir um brilho esverdeado, fraco no início, mas que, lentamente, começava a elevar-se, tornar-se mais intenso até que...
O brilho sumiu e uma linha de energia verde alcançou o céu e, quando chegou em determinada altura, estourou um ruído oco, como um disparo. O brilho permaneceu no alto por mais algum tempo até que, finalmente, desapareceu.
A pedra perdeu sua cor e Alfadur teve a certeza que, naquele momento, ela apenas serviria como algo a ser jogado contra alguém.
__
Hector e Charlie estavam no centro do campo. Raz'Ashid ajudava em libertar os escravos presos, junto com alguns poucos selvagens que haviam se curvado perante o poder de Hector. Rapidamente, tão logo estivessem libertor, começaram a seguir as ordens do Gigante. Tinham medo e isso era claro no modo como olhavam, na respiração forte, no tremor de seus corpos, mas percebiam que não tinham qualquer outra opção.
Ao menos dois deles sairam correndo. Nenhum deles consigou passar pela linha de barbaros. Ao menos, não inteiros.
Niume também ali estava, após ter sido "gentilmente" carregada por Hector. Ela viu quando Alfadur saiu correndo e entrou em uma das carroças, como parecia desesperado e irritado com algo. Também viu quando suas mãos ficaram manchadas de sangue e o teto da carroça sofreu um "impacto", com uma luz atravessando e alcançando o céu. Vaan montava um cavalo, que estava visivelmente assustado diante daquela situação. Não aparentava ser um cavalo de guerra e o animal, inquieto, movimentava-se de um lado para o outro.
__
Alexander havia abraçado a sua natureza como alguém que sauda um amigo distante, um velho conhecido que após tanto tempo retornava.
Conforme avançava sobre os bárbaros, ele sentia, sentia dentro de si que aquela sensação, sempre lhe pertenceu, sempre esteve com ele e o prazer proporcionado era algo constante em sua genética, seu espírito.
O homem girou a sua lança e avançou sobre os bárbaros no centro.
__
RESOLUÇÃO
(Estou no escritório, então irei apenas postar os resultados das ações, bem como o gasto de essência e eventual dano)
POSIÇÃO
ALFADUR, NIUME, CHARLIE, VAAN e HECTOR estão no CENTRO
ALEXANDER está no CENTRO-OESTE
SPECTER está no CENTRO-NOROESTE
AÇÔES
Alexander: Ataque
Specter: Ataque
Hector: Coordenar escravos
Bárbaros: Ataque - Combate em Massa (Alexander)
Bárbaros: Ataque - Combate em Massa (Spectre)
Resolução: Alexander
O corpo de Alexander enrijecia, se tensionava diante da ameaça. O guerreiro bradou a sua lança e, como se estivesse diante de uma cerimônia, ergueu a lança ao alto e a girou, cravou no chão e, quando a lâmina atravessou a neve, um raio esmeralda caiu sobre ela.
Empunhou a arma, que agora ardia como o próprio inferno, mas cujo calor não incomodava ao guerreiro. A lâmina blasfema cortava o ar, deixando rastros de energia para trás.
Ataque Alexander (First Excellency):
Sucessos: 11
Dano: 7 sucessos
Resultado: Redução da Magnitude de 2 para 0
Ataque Bárbaros:
Sucessos: 3
Dano: 0
Resultado: Nenhum dano causado
Cadáveres. Foi tudo o que restou quando Alexander terminou de enfrentar todos os bárbaros que se colocaram em seu caminho. Com isso, o grupo que estava no centro, teve tempo o suficiente para organizar e atender às ordens de Hector.
Os bárbaros atacavam Alexander. Mas nenhum golpe foi capaz de fazer qualquer coisa além de pequenos arranhões.
Ataque Spectre (The Titan's Icy Breath):
Sucessos: 5
Dano: 5
Resultado: Redução da Magnitude de 1 para 0
Livre. Estava, finalmente, livre. E, naquela condição, ele estava pronto para colocar o mundo sob a sua visão. Sua distorcida visão de prazer. Disparou uma, duas, três vezes e, em seguida, jogou a arma no chão. Sua "outra" parte, era tola demais para confiar sua vida em brinquedos mundanos.
E então, respirou fundo e, quando o fez, o mundo estremeceu. Spectre ergueu as mãos e as pontas de seus dedos começaram a emanar uma energia gélida, sombria. Suas mãos, abertas e espalmadas, começaram a forçar caminho para a altura da cintura do homem e, enquanto fazia isso, todos sentiam como ele manipulava a própria trama do universo. Baixou os dedos, puxou as linhas e quando, finalmente, chegou até a altura da cintura...
... os bárbaros amontoaram-se sobre ele...
...e um demônio de gelo estourou de dentro do corpo de Spectre, a criatura rugiu, girou, explodiu e farpas e um sopro invernal cobriram todo aquele lado do campo de batalha.
Os bárbaros restantes estavam mortos. Ou congelados.
___
Diante daquela imagem esplendorosa, Fal Grey resolveu, finalmente, dar atenção às crianças que brincavam em sua terra. Naquele instante, ele deu um sinal e começou a avançar em direção aos Escolhidos. Os bárbaros, dos dois lados, avançavam, corriam, gritavam.
Em menos de 1 minuto, eles teriam percorrido todo aquele espaço.
__
Alexander adquire:
Insignificant Embers Intuition (analisa o poder de um alvo)
Vitriolic Corona Endowment (cria uma lança)
3 pontos de essência (Stunt)
Alexander perde:
16 partículas de essência (10+6)
1 Health Level
Spectre adquire:
Titan's Icy Breath (Terrestrial Circle Sorcery)
Spectre perde:
10 motes
Mero espectador. Talvez aquilo definiria bem o que o homem cohecido como Spectre, havia se tornado. Inconscientemente, ele viu o seu corpo ser levado em direção até o centro, onde o grupo começava a se reunir. De arma em punhos, de início ele apenas observou enquanto Alexander dirigia-se à parte centro-sul e começava a liberar a sua fúria. Bárbaro ante sbárbaro...
Spectre olhou para o norte. As linhas de bárbaros e, ainda, as infelizes moscas que ousavam permanecer em seu caminho. Sangue, o "Outro" desejava sangue, deseja se saciar, desejava impor-se.
E assim ele o faria.
Os olhos de Spectre foram tomados por um brilho denso e perturbador, uma mistura de dourado levemente avermelhado. Disparou sua arma. Uma, duas, três vezes. E então passou a gargalhar... sua arma caiu no chão.
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Raz'Ashid faria como Niume ordenara. O homem, ainda ajoelhado, rastejou até ela e beijou os pés da Solar, resmungava alguma coisa em sua língua nativa, algo que se assemelhava a um agradecimento. Quando ela exigiu a libertação, o homem levantou-se e passou a auxiliar a ordem de Hector. Tinha as chaves consigo e foi apenas uma questão de tempo até que todos estivessem livres novamente.
Procurou por Alfadur e este não parecia estar vivendo um de seus melhores dias. Discutia consigo mesmo enquanto amaldiçoava algo ou alguém que, aparentemente, ele era incapaz de compreender. Apressado, o homem começou a correr na direção de uma das carroças no centro e, quando Niume pensou em segui-lo, sentiu algo a tirar do chão. Rapidamente, ela já estava no centro, com Hector gritando e dando ordens para alguns bárbaros que haviam trocado de lado e os escravos recém libertos.
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Silêncio. Os bárbaros não faziam qualquer barulho, mesmo aqueles que morriam pela mão dos Escolhidos. Sem que fosse dada a ordem, eles permaneciam passivos, indiferentes à morte.
A encosta era larga o suficiente para comportar 50 homens ombro à ombro, o que obrigava os bárbaros, de ambas extremidades, formarem duas linhas.
Aqueles que estavam no centro e eram os primeiros vitimados pelo ataque de Alexander e Spectre, não tentavam se unir às fileiras. Apenas se afastavam lentamente do centro, sendo mortos um a um.
O vento pareceu parar. E o único som era o grito de agonia e dor dos massacrados. Ao longe, ouviam o som de algo batendo contra o ar, como se fosse uma espécie de motor.
Foi naquele momento que a ordem foi dada. E o silêncio se tornou caos.
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Alfadur atravessou o bárbaro com a sua arma, a espada cortou carne e vísceras com alguma dificuldade, pela falta de cuidado com a lâmina, mas efetiva.
O homem tombou para trás e sangue começou a escorrer do ferimento. O líquido vermelho, vivo, viscoso. Incontrolável, Alfadur banhou a pedra no sangue, esperando que isso fosse resultar em algo.
E talvez tenha resultado. A pedra começou a emitir um brilho esverdeado, fraco no início, mas que, lentamente, começava a elevar-se, tornar-se mais intenso até que...
O brilho sumiu e uma linha de energia verde alcançou o céu e, quando chegou em determinada altura, estourou um ruído oco, como um disparo. O brilho permaneceu no alto por mais algum tempo até que, finalmente, desapareceu.
A pedra perdeu sua cor e Alfadur teve a certeza que, naquele momento, ela apenas serviria como algo a ser jogado contra alguém.
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Hector e Charlie estavam no centro do campo. Raz'Ashid ajudava em libertar os escravos presos, junto com alguns poucos selvagens que haviam se curvado perante o poder de Hector. Rapidamente, tão logo estivessem libertor, começaram a seguir as ordens do Gigante. Tinham medo e isso era claro no modo como olhavam, na respiração forte, no tremor de seus corpos, mas percebiam que não tinham qualquer outra opção.
Ao menos dois deles sairam correndo. Nenhum deles consigou passar pela linha de barbaros. Ao menos, não inteiros.
Niume também ali estava, após ter sido "gentilmente" carregada por Hector. Ela viu quando Alfadur saiu correndo e entrou em uma das carroças, como parecia desesperado e irritado com algo. Também viu quando suas mãos ficaram manchadas de sangue e o teto da carroça sofreu um "impacto", com uma luz atravessando e alcançando o céu. Vaan montava um cavalo, que estava visivelmente assustado diante daquela situação. Não aparentava ser um cavalo de guerra e o animal, inquieto, movimentava-se de um lado para o outro.
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Alexander havia abraçado a sua natureza como alguém que sauda um amigo distante, um velho conhecido que após tanto tempo retornava.
Conforme avançava sobre os bárbaros, ele sentia, sentia dentro de si que aquela sensação, sempre lhe pertenceu, sempre esteve com ele e o prazer proporcionado era algo constante em sua genética, seu espírito.
O homem girou a sua lança e avançou sobre os bárbaros no centro.
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RESOLUÇÃO
(Estou no escritório, então irei apenas postar os resultados das ações, bem como o gasto de essência e eventual dano)
POSIÇÃO
ALFADUR, NIUME, CHARLIE, VAAN e HECTOR estão no CENTRO
ALEXANDER está no CENTRO-OESTE
SPECTER está no CENTRO-NOROESTE
AÇÔES
Alexander: Ataque
Specter: Ataque
Hector: Coordenar escravos
Bárbaros: Ataque - Combate em Massa (Alexander)
Bárbaros: Ataque - Combate em Massa (Spectre)
Resolução: Alexander
O corpo de Alexander enrijecia, se tensionava diante da ameaça. O guerreiro bradou a sua lança e, como se estivesse diante de uma cerimônia, ergueu a lança ao alto e a girou, cravou no chão e, quando a lâmina atravessou a neve, um raio esmeralda caiu sobre ela.
Empunhou a arma, que agora ardia como o próprio inferno, mas cujo calor não incomodava ao guerreiro. A lâmina blasfema cortava o ar, deixando rastros de energia para trás.
Ataque Alexander (First Excellency):
Sucessos: 11
Dano: 7 sucessos
Resultado: Redução da Magnitude de 2 para 0
Ataque Bárbaros:
Sucessos: 3
Dano: 0
Resultado: Nenhum dano causado
Cadáveres. Foi tudo o que restou quando Alexander terminou de enfrentar todos os bárbaros que se colocaram em seu caminho. Com isso, o grupo que estava no centro, teve tempo o suficiente para organizar e atender às ordens de Hector.
Os bárbaros atacavam Alexander. Mas nenhum golpe foi capaz de fazer qualquer coisa além de pequenos arranhões.
Ataque Spectre (The Titan's Icy Breath):
Sucessos: 5
Dano: 5
Resultado: Redução da Magnitude de 1 para 0
Livre. Estava, finalmente, livre. E, naquela condição, ele estava pronto para colocar o mundo sob a sua visão. Sua distorcida visão de prazer. Disparou uma, duas, três vezes e, em seguida, jogou a arma no chão. Sua "outra" parte, era tola demais para confiar sua vida em brinquedos mundanos.
E então, respirou fundo e, quando o fez, o mundo estremeceu. Spectre ergueu as mãos e as pontas de seus dedos começaram a emanar uma energia gélida, sombria. Suas mãos, abertas e espalmadas, começaram a forçar caminho para a altura da cintura do homem e, enquanto fazia isso, todos sentiam como ele manipulava a própria trama do universo. Baixou os dedos, puxou as linhas e quando, finalmente, chegou até a altura da cintura...
... os bárbaros amontoaram-se sobre ele...
...e um demônio de gelo estourou de dentro do corpo de Spectre, a criatura rugiu, girou, explodiu e farpas e um sopro invernal cobriram todo aquele lado do campo de batalha.
Os bárbaros restantes estavam mortos. Ou congelados.
___
Diante daquela imagem esplendorosa, Fal Grey resolveu, finalmente, dar atenção às crianças que brincavam em sua terra. Naquele instante, ele deu um sinal e começou a avançar em direção aos Escolhidos. Os bárbaros, dos dois lados, avançavam, corriam, gritavam.
Em menos de 1 minuto, eles teriam percorrido todo aquele espaço.
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Alexander adquire:
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Vitriolic Corona Endowment (cria uma lança)
3 pontos de essência (Stunt)
Alexander perde:
16 partículas de essência (10+6)
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Re: Para as Bordas da Criação
O enxame de abelhas se aproximava. Giravam e cercavam, sem perdão, o solo que os Escolhidos tentavam, a todo custo, defender. Eram muitos e logo engoliriam a todos. No meio daquele caos, como se não só o bastasse, Vaan lutava contra sua própria montaria. Sua expressão era séria e franzia a testa, típica de alguém que estava realizando um trabalho árduo.
-Ooou, cavalinho! - falou para o animal, enquanto o mesmo girava no sem eu próprio eixo e balançava sua cabeça, deixando claro que o lugar não o agradava. Logo ele explodiria e jogaria Vaan ao chão.
No calor da batalha, a Essência de Alexander brilhava como a esmeralda mais pura da Criação. O homem impunha sua presença, sua força, com tanta maestria, que Vaan achou que mesmo Fal Grey temeria sua morte, caso enfrentasse o cavaleiro. Niume era carregada e Hector e Charlie estavam próximos. Spectre também defendia seu espaço, tão cruel e frio quanto o deus de gelo que se tornara.
O som do vácuo foi ouvido e Vaan levou os olhos lilases para a direção do general em seu leão branco. Sentia que muitas surpresas desagradáveis ainda apareceriam dentro daquela batalha e nãos eria interessante para e nem ninguém ficar para conferi-las.
“ Inércia...” - A palavra ecoou nos pensamentos de Vaan, enquanto a menina lembrava-se da sabedoria e aviso do corvo de marfim. A Inércia os mataria. Trincou os dentes e olhou para aquele campo de batalha e todas as possibilidades ali apresentadas. Não eram eles os responsáveis pelo destino da Criação? Que fossem então!
Diante do medo, Vaan tocou o animal, que foi na direção da linha do sul. Sentia o suor escorrer por sua têmpora. O coração palpitava em seu peito e o medo era quase paralisante. E se não voltasse? E se caísse diante deles? Eram tantas possibilidades que Vaan sentiu o ímpeto de parar....
...Mas não iria. Teria que ver o que os aguardava.
Ainda instável, a montaria parecia seguir sem um rumo fixo e poderia mudar de direção a qualquer momento. Os poucos bárbaros que restavam a frente da fileira de soldados estavam em má formação e tentavam fugir da batalha, após ver Alexander estraçalhar seus companheiros. Não se lembrava de fazer aquilo antes, mas, como tudo naquele dia fatídico, tentou. Vaan tirou os pés dos estribos e, utilizando as mãos, equilibrou-se. Com os joelhos flexionados, nas costas do animal, preparava-se para saltar. Após um segundo, o tempo que Vaan ficara nas costas do animal, o mundo decidiu parar para ver a demonstração de poder da Sideral. Vaan saltou para trás, com tanta confiança quanto um pássaro se atiraria em um penhasco. Usou a Essência para impulsioná-la para cima, onde jogou sua cabeça para trás e girou. Como uma estrela cadente, deixando belos rastros de brilho lilás, Vaan caíra com ambos os pés no ombro de um bárbaro, afundando-o no chão.
O vento se espalhou graças ao golpe, e junto com ele, círculos lilases poderiam ser vistos, que começavam no copro da jovem e depois aumentavam seu raio, como uma explosão. A cena era tão bela que, provavelmente, seria lembrada para sempre. Antes de um piscar de olhos, Vaan já quebrava a mandíbula do bárbaro ao lado com o cotovelo esquerdo – seu braço de Malfeas -, erguendo seu corpo, usando-o para dar mais força aos movimentos. Sua Essência explodia e Vaan dançava como um fantasma no meu dos vivos. Era difícil vê-la, era difícil tocá-la. Evitava o combate direto e movimentava-se um pouco abaixada, pegando suas vítimas sempre de surpresa. Era furtiva, era a morte que chegava sem sequer avisar. Como uma sombra, atacava de onde menos se esperava e usava as linhas dos destinos como seu disfarce. Abria seu caminho, indo na direção das linhas inimigas, podia ver já parte dos soldados que avançavam. Mais um bárbaro. Vaan girou para o lado sem um som e pareceu fugir da mente de seu inimigo. Seu pé esquerdo elevou-se e com a força do giro. Jogou o homem no chão com a força de seu pé em sua nuca. O belo som dos ossos se quebrando. Era uma sinfonia. Se Iron pudesse vê-la agora... Mal colocou o pé no chão e seu pé direito já joelho direito já voava contra as costas do infeliz que virava-se para fugir. Não ficava parada em algum lugar, sempre em movimentação. Em cada passo, um selvagem caía.
Escondida nas trevas da batalha e dentro dos destinos dos que lá estavam presentes, Vaan passou e viu, com os olhos arregalados, os primeiros soldados, tão determinados, tão perigosos. Do meio dos soldados, escondia em suas sombras, o primeiro soldado sentiu seu pescoço ser perfurado por algo que lembrava uma ponta de uma lança rústica. Vaan tinha a perna de trás esticada e a da frente flexionada. Os dedos de seu braço atravessaram uma garganta e antes que aquele soldado terminasse sua viagem ao solo, Vaan deixou sua mão escorregar até o ombro do homem. Pegando impulso, ela jogou a perna para acertar o pescoço do soldado ao lado. Uma perna atingiria, a outra logo seguiria. e usou os ombros do caído para caísse. Cairia sobre seus pés e com o joelhos flexionados e a coluna baixa, seguiria para o próximo ataque. Passou por um soldado,a seu lado e puxou seu braço. Girou e parou atrás do mesmo, deslocando o ombro do infeliz. Chutou atrás de seu joelho e quebrou seu pescoço.
Sem parar, olhou para frente, vendos e era possível escapar pelo sul. Contava que os outros a seguissem.
Não parava de se movimentar,e vitando os ataques.
-Não podemos mais ficar aqui. Alguma... - respirou. - Alguma arma será usada...e eu não quero ficar aqui pra ver qual é.
Seu coração queria sair por sua boca, seu sour manchava o solo. Seus pés não paravam. A morte a buscava e ele fazia de tudo para enganá-la. Sentia o cheiro de medo, e ele não era apenas dos soldados e bárbaros. Vinha dela também.
-Talvez consigamos abrir o caminho lá. O norte pode esperar. Não quero ir na direção do rei leão. Fora isso, não pdoemos ficar aqui, parados. Eles não são organizados como um exército de verdade. Se formos espertos, passaremos.
Falou com o canal aberto, para que todos ouvissem. Prosseguiu:
-Gigante, pode fazer uma parede ou algo assim? talvez, se pudéssemos dividí-los ou fazer uma espécie de funil...
-Ooou, cavalinho! - falou para o animal, enquanto o mesmo girava no sem eu próprio eixo e balançava sua cabeça, deixando claro que o lugar não o agradava. Logo ele explodiria e jogaria Vaan ao chão.
No calor da batalha, a Essência de Alexander brilhava como a esmeralda mais pura da Criação. O homem impunha sua presença, sua força, com tanta maestria, que Vaan achou que mesmo Fal Grey temeria sua morte, caso enfrentasse o cavaleiro. Niume era carregada e Hector e Charlie estavam próximos. Spectre também defendia seu espaço, tão cruel e frio quanto o deus de gelo que se tornara.
O som do vácuo foi ouvido e Vaan levou os olhos lilases para a direção do general em seu leão branco. Sentia que muitas surpresas desagradáveis ainda apareceriam dentro daquela batalha e nãos eria interessante para e nem ninguém ficar para conferi-las.
“ Inércia...” - A palavra ecoou nos pensamentos de Vaan, enquanto a menina lembrava-se da sabedoria e aviso do corvo de marfim. A Inércia os mataria. Trincou os dentes e olhou para aquele campo de batalha e todas as possibilidades ali apresentadas. Não eram eles os responsáveis pelo destino da Criação? Que fossem então!
Diante do medo, Vaan tocou o animal, que foi na direção da linha do sul. Sentia o suor escorrer por sua têmpora. O coração palpitava em seu peito e o medo era quase paralisante. E se não voltasse? E se caísse diante deles? Eram tantas possibilidades que Vaan sentiu o ímpeto de parar....
...Mas não iria. Teria que ver o que os aguardava.
Ainda instável, a montaria parecia seguir sem um rumo fixo e poderia mudar de direção a qualquer momento. Os poucos bárbaros que restavam a frente da fileira de soldados estavam em má formação e tentavam fugir da batalha, após ver Alexander estraçalhar seus companheiros. Não se lembrava de fazer aquilo antes, mas, como tudo naquele dia fatídico, tentou. Vaan tirou os pés dos estribos e, utilizando as mãos, equilibrou-se. Com os joelhos flexionados, nas costas do animal, preparava-se para saltar. Após um segundo, o tempo que Vaan ficara nas costas do animal, o mundo decidiu parar para ver a demonstração de poder da Sideral. Vaan saltou para trás, com tanta confiança quanto um pássaro se atiraria em um penhasco. Usou a Essência para impulsioná-la para cima, onde jogou sua cabeça para trás e girou. Como uma estrela cadente, deixando belos rastros de brilho lilás, Vaan caíra com ambos os pés no ombro de um bárbaro, afundando-o no chão.
O vento se espalhou graças ao golpe, e junto com ele, círculos lilases poderiam ser vistos, que começavam no copro da jovem e depois aumentavam seu raio, como uma explosão. A cena era tão bela que, provavelmente, seria lembrada para sempre. Antes de um piscar de olhos, Vaan já quebrava a mandíbula do bárbaro ao lado com o cotovelo esquerdo – seu braço de Malfeas -, erguendo seu corpo, usando-o para dar mais força aos movimentos. Sua Essência explodia e Vaan dançava como um fantasma no meu dos vivos. Era difícil vê-la, era difícil tocá-la. Evitava o combate direto e movimentava-se um pouco abaixada, pegando suas vítimas sempre de surpresa. Era furtiva, era a morte que chegava sem sequer avisar. Como uma sombra, atacava de onde menos se esperava e usava as linhas dos destinos como seu disfarce. Abria seu caminho, indo na direção das linhas inimigas, podia ver já parte dos soldados que avançavam. Mais um bárbaro. Vaan girou para o lado sem um som e pareceu fugir da mente de seu inimigo. Seu pé esquerdo elevou-se e com a força do giro. Jogou o homem no chão com a força de seu pé em sua nuca. O belo som dos ossos se quebrando. Era uma sinfonia. Se Iron pudesse vê-la agora... Mal colocou o pé no chão e seu pé direito já joelho direito já voava contra as costas do infeliz que virava-se para fugir. Não ficava parada em algum lugar, sempre em movimentação. Em cada passo, um selvagem caía.
Escondida nas trevas da batalha e dentro dos destinos dos que lá estavam presentes, Vaan passou e viu, com os olhos arregalados, os primeiros soldados, tão determinados, tão perigosos. Do meio dos soldados, escondia em suas sombras, o primeiro soldado sentiu seu pescoço ser perfurado por algo que lembrava uma ponta de uma lança rústica. Vaan tinha a perna de trás esticada e a da frente flexionada. Os dedos de seu braço atravessaram uma garganta e antes que aquele soldado terminasse sua viagem ao solo, Vaan deixou sua mão escorregar até o ombro do homem. Pegando impulso, ela jogou a perna para acertar o pescoço do soldado ao lado. Uma perna atingiria, a outra logo seguiria. e usou os ombros do caído para caísse. Cairia sobre seus pés e com o joelhos flexionados e a coluna baixa, seguiria para o próximo ataque. Passou por um soldado,a seu lado e puxou seu braço. Girou e parou atrás do mesmo, deslocando o ombro do infeliz. Chutou atrás de seu joelho e quebrou seu pescoço.
Sem parar, olhou para frente, vendos e era possível escapar pelo sul. Contava que os outros a seguissem.
Não parava de se movimentar,e vitando os ataques.
-Não podemos mais ficar aqui. Alguma... - respirou. - Alguma arma será usada...e eu não quero ficar aqui pra ver qual é.
Seu coração queria sair por sua boca, seu sour manchava o solo. Seus pés não paravam. A morte a buscava e ele fazia de tudo para enganá-la. Sentia o cheiro de medo, e ele não era apenas dos soldados e bárbaros. Vinha dela também.
-Talvez consigamos abrir o caminho lá. O norte pode esperar. Não quero ir na direção do rei leão. Fora isso, não pdoemos ficar aqui, parados. Eles não são organizados como um exército de verdade. Se formos espertos, passaremos.
Falou com o canal aberto, para que todos ouvissem. Prosseguiu:
-Gigante, pode fazer uma parede ou algo assim? talvez, se pudéssemos dividí-los ou fazer uma espécie de funil...
Valkyrja- Usuário
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Re: Para as Bordas da Criação
O Outro então olhou ao redor. Olhava os cadáveres, observava os mortos com um incêndio de poder e prazer crescendo dentro de si. Os congelados parcialmente, presos na jaula de gelo. Mortos. Desgraça. Sangue. Sede.
- Que incrível banquete para... mim.
Riscou o ar e a mão de um ser congelado soltou-se. Apanhou-a antes de tocar o chão. Abafava a risada maldita dentro de si.
Ele não enxergava cadáveres, ele enxergava troféus empilhados. Spectre, de sua cadeira perdida, levantava-se inquieto contra ele.
O Juiz.
Não entendia. O Cego lhe avisou sobre os poderes ocultos daqueles seres, mas estranhava tamanha força guardada. O Juiz usaria toda a força em seu corpo para demonstrar o espetáculo de seus poderes.
Girando seu rosto em direção ao centro do combate, apontou para seus próximos alvos. Ali. Mais seres para pisar, mais seres para seu genocídio.
- Vamos beber enquanto isso.
Tomou parte do sangue não congelado daquela mão e a soltou. O sentido aguçado da sede apenas explodira ao toque da gota que escorria dentro de si. Mais sangue. Precisava, urgia.
Com a energia dourada flamejante em seus olhos, o resquício de sua antiga magia tomava conta do local enquanto pequenas farpas de gelo subiam ao toque de seus passos. Possuia o controle e se deliciava com cada estalo que o corpo dava aos seus comandos. Disparou em direção ao centro.
Próximo do local, as pequenas farpas envolta de seus pés cresciam, como se a excitação escorria a magia por seu corpo. Todos seriam julgados. A aura perturbadora que o rodeava escapava através da voz, dos olhos e de seus movimentos.
- A sentença...
A risada, dessa vez não abafada, cortava o ar junto do vento gélido como as farpas de antes. Elas perfuravam o medo e a tristeza de cada ser ao seu redor. Perante a justiça, só existia a verdade. E a verdade é que todos eles só encontrariam um fim.
- ... morte.
Isso estava longe de seu alcance. Ele vai ficar até se esgotar, pensou Spectre.
E então, começou a caminhar. E esperou. Venham, bárbaros. Apresentem-se perante o meu tribunal. Eu sou a única justiça.
Balançou a mão que ainda sangrava para um lado. Os guerreiros que corriam e estavam naquele lado poderiam ver uma pequena balança se formando de sangue. Usando a adaga na outra mão, cortou o filete que prendia o suporte arrendondado. Ao tocar o chão, o sangue, as trevas e o gelo se mesclavam. Pilares de gelo subiram embaixo dos soldados que se aproximavam e empalavam tudo que se opunha em seu caminho.
Não iria fugir. Os outros ali estavam aos cuidados de Spectre e não iria feri-los, mas isso não significava os ouvir e seguir suas péssimas estratégias. O Juiz julgaria bárbaro por bárbaro naquele campo e destruiria alma por alma naquele mundo.
Contemplem minha força.
Mostrava seu poder a todos. Inclusive para os 19. Principalmente...
Spectre lutava dentro de seu corpo enquanto observava uma magia que não possuia ser conjurada por mãos tão suas. Iria recuperar o controle a qualquer custo. As vozes nada falavam, mas assim como o Juiz, julgavam cada ato seu.
- Que incrível banquete para... mim.
Riscou o ar e a mão de um ser congelado soltou-se. Apanhou-a antes de tocar o chão. Abafava a risada maldita dentro de si.
Ele não enxergava cadáveres, ele enxergava troféus empilhados. Spectre, de sua cadeira perdida, levantava-se inquieto contra ele.
O Juiz.
Não entendia. O Cego lhe avisou sobre os poderes ocultos daqueles seres, mas estranhava tamanha força guardada. O Juiz usaria toda a força em seu corpo para demonstrar o espetáculo de seus poderes.
Girando seu rosto em direção ao centro do combate, apontou para seus próximos alvos. Ali. Mais seres para pisar, mais seres para seu genocídio.
- Vamos beber enquanto isso.
Tomou parte do sangue não congelado daquela mão e a soltou. O sentido aguçado da sede apenas explodira ao toque da gota que escorria dentro de si. Mais sangue. Precisava, urgia.
Com a energia dourada flamejante em seus olhos, o resquício de sua antiga magia tomava conta do local enquanto pequenas farpas de gelo subiam ao toque de seus passos. Possuia o controle e se deliciava com cada estalo que o corpo dava aos seus comandos. Disparou em direção ao centro.
Próximo do local, as pequenas farpas envolta de seus pés cresciam, como se a excitação escorria a magia por seu corpo. Todos seriam julgados. A aura perturbadora que o rodeava escapava através da voz, dos olhos e de seus movimentos.
- A sentença...
A risada, dessa vez não abafada, cortava o ar junto do vento gélido como as farpas de antes. Elas perfuravam o medo e a tristeza de cada ser ao seu redor. Perante a justiça, só existia a verdade. E a verdade é que todos eles só encontrariam um fim.
- ... morte.
Isso estava longe de seu alcance. Ele vai ficar até se esgotar, pensou Spectre.
E então, começou a caminhar. E esperou. Venham, bárbaros. Apresentem-se perante o meu tribunal. Eu sou a única justiça.
Balançou a mão que ainda sangrava para um lado. Os guerreiros que corriam e estavam naquele lado poderiam ver uma pequena balança se formando de sangue. Usando a adaga na outra mão, cortou o filete que prendia o suporte arrendondado. Ao tocar o chão, o sangue, as trevas e o gelo se mesclavam. Pilares de gelo subiram embaixo dos soldados que se aproximavam e empalavam tudo que se opunha em seu caminho.
Não iria fugir. Os outros ali estavam aos cuidados de Spectre e não iria feri-los, mas isso não significava os ouvir e seguir suas péssimas estratégias. O Juiz julgaria bárbaro por bárbaro naquele campo e destruiria alma por alma naquele mundo.
Contemplem minha força.
Mostrava seu poder a todos. Inclusive para os 19. Principalmente...
Spectre lutava dentro de seu corpo enquanto observava uma magia que não possuia ser conjurada por mãos tão suas. Iria recuperar o controle a qualquer custo. As vozes nada falavam, mas assim como o Juiz, julgavam cada ato seu.
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Re: Para as Bordas da Criação
Fim da epifania. Nem divino, nem humano... ao que parecia, nada mudara nele e aquilo tudo de nada adiantou. Vozes em sua mente? Essência é vida? Sangue? Almas? Aquele brilho verde rompia o teto da carroça e estourava para se dissipar em seguida. Alfadur apenas olhava tudo aquilo e depois a pedra vazia de qualquer coisa além do que parecia ser. Uma simples pedra. Ali mesmo a deixaria como se não tivesse qualquer valor, pois realmente não tinha, afinal, assim ele sentiu. Não poderia ser diferente se nada mais acontecesse a seu favor, e simplesmente, não acontecia.
- Hora de viver a realidade, tal qual ela realmente é... - Murmurou para si mesmo deixando o interior da carroça e, obviamente, para qualquer um que o visse não veria mais do que um simples homem, embora estivesse com as roupas já em farrapos e sujas de sangue alheio, era bem diferente de todos aqueles semi-deuses e suas acrobacias mágicas que, ao menos para o bem de todos, estavam funcionando. Alfadur olhou os que estavam por ali, nao tinha ainda uma consciencia da situação em que o grupo se encontrava, mas bastou alguns olhares para ver o obvio. Dois grupos de bárbaros cercando as únicas passagens naquele vale, um dos grupos tinha a companhia de um inimigo mais poderoso.
Apesar de não sentir nada mais além de si mesmo ele ouvia a mensagem vinda de Vaan que temia por um ataque fulminante vindo sabe-se lá de onde. Claro... ela tinha razão. Eles não podiam ficar ali, não podiam esperar pelos inimigos. Eram um grupo menor, mesmo que composto por alguns individuos mais poderosos. Eles não iriam vencer e os pobres cativos de Razashid morreriam.
- A mulher sobre o cavalo tem razão. Ficar aqui é esperar pela morte. - Fitou a Hector e também aos outros que poderiam ouvi-lo. - Acho que ouvi o tigre dizer para irmos ao outro lado... é uma boa opção. Abrir caminho pelo outro lado do vale ao menos permitirá que os prisioneiros fujam!
Disse ele enquanto ainda se dirigia ao centro e com a espada que carregava apontou os presentes sugerindo uma nova opção estratégica que mesclasse as principais idéias que surgiram ali: - Você e você... - Apontou Charlie e Alexandre - ... façam como disse Charlie. Abram caminho pelo outro lado. Os outros podem proteger os prisioneiros de bárbaros que atravessarem este bloqueio! - Olhou então Niume que provavelmente não devia de estar feliz sendo carregada por Hector "daquele jeito", mas não havia tempo para reclamações. - Niume... você pode ajudar na retaguarda a impedir a aproximação do outro grupo de bárbaros! Também podemos queimar as carroças para deixar o caminho mais difícil a eles! - Por fim observava o homem da fala estranha, mas que criava algo bastante interessante e eficiente contra aquele bárbaros. - Ah... isto que você está fazendo está bom... só não esqueça de correr para o outro lado quando tiver a chance! - Falaria aquilo a Spectre, embora talvez não fosse tão otimista a ponto de acreditar que aquele homem o entenderia ou seguiria algum conselho seu.
Na sua condição atual, era o melhor que podia oferecer ao grupo. Se seguissem sua sugestão, que não era mais do que a mistura de duas propostas já feitas, Alfadur ficaria com os que seguissem juntos aos prisioneiros a fim de protege-los de grupos menores de bárbaros que viessem a atravessar o bloqueio de carroças ou se esquivarem das possíveis investidas de Charlie e Alexander. Caso não seguissem aquela sugestão, bem... não havia outra coisa a fazer senão esperar pelo embate iminente e fazer seu melhor para proteger aquelas pessoas inocentes e ajudar seus colegas de batalha Exaltados.
- Hora de viver a realidade, tal qual ela realmente é... - Murmurou para si mesmo deixando o interior da carroça e, obviamente, para qualquer um que o visse não veria mais do que um simples homem, embora estivesse com as roupas já em farrapos e sujas de sangue alheio, era bem diferente de todos aqueles semi-deuses e suas acrobacias mágicas que, ao menos para o bem de todos, estavam funcionando. Alfadur olhou os que estavam por ali, nao tinha ainda uma consciencia da situação em que o grupo se encontrava, mas bastou alguns olhares para ver o obvio. Dois grupos de bárbaros cercando as únicas passagens naquele vale, um dos grupos tinha a companhia de um inimigo mais poderoso.
Apesar de não sentir nada mais além de si mesmo ele ouvia a mensagem vinda de Vaan que temia por um ataque fulminante vindo sabe-se lá de onde. Claro... ela tinha razão. Eles não podiam ficar ali, não podiam esperar pelos inimigos. Eram um grupo menor, mesmo que composto por alguns individuos mais poderosos. Eles não iriam vencer e os pobres cativos de Razashid morreriam.
- A mulher sobre o cavalo tem razão. Ficar aqui é esperar pela morte. - Fitou a Hector e também aos outros que poderiam ouvi-lo. - Acho que ouvi o tigre dizer para irmos ao outro lado... é uma boa opção. Abrir caminho pelo outro lado do vale ao menos permitirá que os prisioneiros fujam!
Disse ele enquanto ainda se dirigia ao centro e com a espada que carregava apontou os presentes sugerindo uma nova opção estratégica que mesclasse as principais idéias que surgiram ali: - Você e você... - Apontou Charlie e Alexandre - ... façam como disse Charlie. Abram caminho pelo outro lado. Os outros podem proteger os prisioneiros de bárbaros que atravessarem este bloqueio! - Olhou então Niume que provavelmente não devia de estar feliz sendo carregada por Hector "daquele jeito", mas não havia tempo para reclamações. - Niume... você pode ajudar na retaguarda a impedir a aproximação do outro grupo de bárbaros! Também podemos queimar as carroças para deixar o caminho mais difícil a eles! - Por fim observava o homem da fala estranha, mas que criava algo bastante interessante e eficiente contra aquele bárbaros. - Ah... isto que você está fazendo está bom... só não esqueça de correr para o outro lado quando tiver a chance! - Falaria aquilo a Spectre, embora talvez não fosse tão otimista a ponto de acreditar que aquele homem o entenderia ou seguiria algum conselho seu.
Na sua condição atual, era o melhor que podia oferecer ao grupo. Se seguissem sua sugestão, que não era mais do que a mistura de duas propostas já feitas, Alfadur ficaria com os que seguissem juntos aos prisioneiros a fim de protege-los de grupos menores de bárbaros que viessem a atravessar o bloqueio de carroças ou se esquivarem das possíveis investidas de Charlie e Alexander. Caso não seguissem aquela sugestão, bem... não havia outra coisa a fazer senão esperar pelo embate iminente e fazer seu melhor para proteger aquelas pessoas inocentes e ajudar seus colegas de batalha Exaltados.
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Re: Para as Bordas da Criação
Niume rosnou como se o tigre feroz fosse ela e não Charlie. Remexeu, praguejou e quando se calou, ficou evidente que sentia mais do que uma simples contrariedade. Ela era explosiva e quando a explosão não vinha, era sinal de haviam realmente conseguido ergue-la acima da curta paciência. Ela odiava receber ordens em tom de intransigência, odiava ser obrigada a fazer qualquer coisa que oprimisse sua própria vontade e seus instintos. Hector a pegou como se ela fosse uma selvagem e faltou apenas joga-la sobre os ombros. Em um momento de mais tranquilidade, ela talvez, tivesse entendido a atitude quase emergencial, mas enquanto era carregada, só podia pensar que o homem era um bruto estupido, exatamente como tinha imaginado na primeira vez em que o vira, ainda em Haffingar.
Mas resmungar e praguejar de nada tinham adiantado. Ela foi carregada da mesma forma, levada na direção oposta de onde Alfadur estava e solta ali, no centro do pequeno e desorganizado circulo de carroças. No olho do furacão. Ali, ela ouviu o silencio tornasse caos e sobre que havia outro juiz impondo seu julgamento, agora sobre eles. Ela rapidamente colocou-se de pé, tendo ainda em mãos, o arco que tinha usado para matar os inimigos poucos segundos antes. O mundo girava tão rápido que instantes, estariam todos mortos.
Raz’shid libertou os escravos como ela tinha ordenado e ela cumpriria sua palavra, de protege-lo como faria com os outros ali. Viu a carroça onde Alfadur estava liberar um feixe de luz verde, que apagou-se tão rápido quanto tinha surgido e infelizmente, ela só pode pensar que a selvagem estava errada, a pedra de nada tinha adiantado para o companheiro, apenas lhe dilacerado a alma, obrigando-o a matar alguém. Alexander saudava a morte como se abraçasse um antigo amigo, era uma inspiração. Só havia uma saída para continuarem vivos e essa saída era matar. A morte caminhava na direção deles trajando uma armadura dourada e montada em um leao branco e por mais honroso que fosse morrer em batalha, não queria estar ali quando ela chegasse.
Vaan passou diante de seus olhos equilibrando-se sobre as costas do equino. Seria cômico, se a ocasião fosse outra e a moça era quase graciosa em toda a sua ação. Ela caiu sobre os ombros do bárbaro, afundado-o no chão enquanto deixava rastros da essência lilás pelo ar. Ali no centro, quase não haviam bárbaros além dos que Hector tinha feito mudar de lado e tudo que Niume pode fazer, foi ajudar os bárbaros a virarem as carroças. Apenas observar de nada ajudaria, embora ela não concordasse com a ideia de ficarem presos ali no meio.
-Ela tem razão. Não podemos mais continuar aqui!! Vamos ficar presos no olho do furacão e ser totalmente destruídos!
Gritou ela com os outros, concordando com a fala de Vaan. Eram poucos, não aguentariam estender aquela batalha por horas e em minutos, seriam dizimados.
-Podemos passar pelo lado com menor numero, se nos organizarmos, como ela diz.
A ideia de sair dali era com certeza muito mais atrativa, além do mais, Vaan tinha toda a razão. Se pudessem dividi-los..
Niume viu Alfadur se aproximar. Por um instante, desejou estar em casa. Desejou o frio e o silencio do castelo de gelo de volta. Por um instante, ela quis nunca desejar conhecer os humanos como ela. Se morressem ali, passaria a eternidade do pós-vida se culpando, Alfadur viveria, se ela não tivesse insistido tanto com ele para conhecer o mundo além das geleiras. Em meio a desejos que não poderiam mais realizar, ela ouviu a ideia dele e concordou. Sair pelo lado com menos bárbaros era a única chance que tinham de escapar. Ela estava com eles naquilo.
-Certo!
Acentiu ela sobre o que seria a sua parte. Ela seguiria ao fim do grupo, atirando flechas nos bárbaros mais rápidos que tentasse acerta-los por trás e para cuidar também de qualquer desapercebido que pudesse atacar o grupo enquanto fujiam.
-Vamos manter os refugiados no centro... Seguros entre nós!
Ela teria pedido para Alfadur ficar perto dela, onde ela pudesse protege-lo, mas não queria ofende-lo, achou melhor que ele escolhesse onde ficar.
-Vamos!
Mas resmungar e praguejar de nada tinham adiantado. Ela foi carregada da mesma forma, levada na direção oposta de onde Alfadur estava e solta ali, no centro do pequeno e desorganizado circulo de carroças. No olho do furacão. Ali, ela ouviu o silencio tornasse caos e sobre que havia outro juiz impondo seu julgamento, agora sobre eles. Ela rapidamente colocou-se de pé, tendo ainda em mãos, o arco que tinha usado para matar os inimigos poucos segundos antes. O mundo girava tão rápido que instantes, estariam todos mortos.
Raz’shid libertou os escravos como ela tinha ordenado e ela cumpriria sua palavra, de protege-lo como faria com os outros ali. Viu a carroça onde Alfadur estava liberar um feixe de luz verde, que apagou-se tão rápido quanto tinha surgido e infelizmente, ela só pode pensar que a selvagem estava errada, a pedra de nada tinha adiantado para o companheiro, apenas lhe dilacerado a alma, obrigando-o a matar alguém. Alexander saudava a morte como se abraçasse um antigo amigo, era uma inspiração. Só havia uma saída para continuarem vivos e essa saída era matar. A morte caminhava na direção deles trajando uma armadura dourada e montada em um leao branco e por mais honroso que fosse morrer em batalha, não queria estar ali quando ela chegasse.
Vaan passou diante de seus olhos equilibrando-se sobre as costas do equino. Seria cômico, se a ocasião fosse outra e a moça era quase graciosa em toda a sua ação. Ela caiu sobre os ombros do bárbaro, afundado-o no chão enquanto deixava rastros da essência lilás pelo ar. Ali no centro, quase não haviam bárbaros além dos que Hector tinha feito mudar de lado e tudo que Niume pode fazer, foi ajudar os bárbaros a virarem as carroças. Apenas observar de nada ajudaria, embora ela não concordasse com a ideia de ficarem presos ali no meio.
-Ela tem razão. Não podemos mais continuar aqui!! Vamos ficar presos no olho do furacão e ser totalmente destruídos!
Gritou ela com os outros, concordando com a fala de Vaan. Eram poucos, não aguentariam estender aquela batalha por horas e em minutos, seriam dizimados.
-Podemos passar pelo lado com menor numero, se nos organizarmos, como ela diz.
A ideia de sair dali era com certeza muito mais atrativa, além do mais, Vaan tinha toda a razão. Se pudessem dividi-los..
Niume viu Alfadur se aproximar. Por um instante, desejou estar em casa. Desejou o frio e o silencio do castelo de gelo de volta. Por um instante, ela quis nunca desejar conhecer os humanos como ela. Se morressem ali, passaria a eternidade do pós-vida se culpando, Alfadur viveria, se ela não tivesse insistido tanto com ele para conhecer o mundo além das geleiras. Em meio a desejos que não poderiam mais realizar, ela ouviu a ideia dele e concordou. Sair pelo lado com menos bárbaros era a única chance que tinham de escapar. Ela estava com eles naquilo.
-Certo!
Acentiu ela sobre o que seria a sua parte. Ela seguiria ao fim do grupo, atirando flechas nos bárbaros mais rápidos que tentasse acerta-los por trás e para cuidar também de qualquer desapercebido que pudesse atacar o grupo enquanto fujiam.
-Vamos manter os refugiados no centro... Seguros entre nós!
Ela teria pedido para Alfadur ficar perto dela, onde ela pudesse protege-lo, mas não queria ofende-lo, achou melhor que ele escolhesse onde ficar.
-Vamos!
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Re: Para as Bordas da Criação
O sangue de seus inimigos escorria e Alexander sentiu intenso júbilo por aqueles que caiam.
Satisfação.
Envolvido por inimigos, poucas chances de sobreviver, ínfimas possibilidades de escapar.
E ainda o Cavaleiro estava satisfeito em estar no campo de batalha, em sentir mais uma vez a guerra nas mãos, em trazer a retribuição aos traidores.
Com a lança em punho, ansiando por avançar mais, Alexander retrocedeu cuidadosamente para se aproximar dos seus.
Os poucos bárbaros que ainda restavam não avançavam. Inteligente. Lutar unidos seria mais conveniente.
Sentiu essência estourando no alto e observou a luz da carroça, criada por Alfadur. Ponderou por um instante se aquele foi um sinal de socorro, mas percebeu que algo havia se esvaido dos olhos dele. Ainda assim, viu que o homem não perdeu sua determinação tampouco a vontade de viver.
Ouviu tanto Vaan, quanto Niume e Alfadur.
Sim. Sair era necessário... Porém...
- Nenhum de nós se encontrará com Voharum hoje, mas fugir ainda não parece o mais fácil de alcançar.
Não quantos, mas onde. Esse era o problema.
E a área em que se encontravam era bastante estratégica, porém não a seu favor.
Ao ouvir dos outros sobre proteger os escravos, Alexander via um absurdo.
Mal escapariam eles mesmo e a vontade de acolher seguidores era tanta que tinham que salvar os escravos?
Eles apenas atrapalhariam, a verdade era simples.
Sua utilidade provavelmente se limitaria em desperdiçar ataques dos bárbaros e ganhar mais tempo para os Escolhidos... Poucos segundos.
Mas olhando as lágrimas, o pânico e a lealdade, compreendia a necessidade em protegê-los.
Foram jogados naquele destino terrível sem escolhas. As próprias almas berrando por socorro. Que precisava ser atendido.
Imaginava se Raz'Ashid teria alguma capacidade em combate e com quanto afinco a mulher selvagem lutaria para sustentar a própria vida.
Nenhum sinal de Archer e, obviamente, se ele pensasse em vir encontrar o grupo mudaria de opinião rapidamente ao se deparar com a horda do norte...
Lembrou das suas palavras.
O arquiteto, a doutrina, o refúgio. Malditos enigmas sem respostas.
Então, admirou o demônio de gelo com prazer.
A gargalhada de Spectre,
Sorriu ao avanço de Vaan.
O caminho pelo sul era um pouco mais estreito, o que significava mais de duas fileiras para encontrarem terra aberta, além da dificuldade terrível em correr por entre bárbaros avançando em formação, além de enfurecidos.
A maneira que eles silenciaram antes do ataque preocupou Alexander. Talvez eles não fossem meros selvagens...
Atentava-se especialmente a Vaan e Spectre. Talvez a pequena viagem que compartilharam serviu para os unir um pouco mais, apesar de suas diferenças.
E foi então que percebeu.
O Leão avançava, carregando a esquecida fúria dos deuses.
Alexander apreciava seu brilho dourado com extremo desprezo.
E sua essência mais uma vez se apoderou do Cavaleiro.
Cá estava o tirano do norte. Que se assoberbou sobre todas as tribos e forçou sua lealdade.
Os olhos do cavaleiro brilhavam com uma luz verde que pulsava juntamente com as chamas em Penitência, erguida em suas mãos.
E por um momento, ele nada fez além de analisar.
[Insignificant Embers Intuition]
- Vaan, tem certeza que tem algo MAIS além do homem no Leão?
Mais uma vez queria ficar e lutar. Seu ânimo queria o sangue daquele par aos deuses.
Queria ver o Sol caindo!
Isso se a divindade fosse possível de derrubar.
Sua imponência mostrava o contrário, mas o olhar sombrio de Alexander delineava a essência e via não apenas demonstrações de glória, mas capacidade de alcançar os feitos gloriosos.
Ele analisou Fal Grey, ansioso por combatê-lo.
Ainda eram 6 Escolhidos.
E Spectre provou seu valor, com feitiços que iam além do esperado.
Do lado oposto, apenas um homem divino...
Junto, claro, haviam os 200 bárbaros aparentemente impassíveis pela clara demonstração de poder de todos os Escolhidos.
Mas a certeza da vitória é o excesso que pode levar qualquer um a queda.
Restava certificar-se que eram páreo para Fal Grey. E Alexander veria isso agora.
Pois os já caídos são sempre os mais difíceis de derrubar...
- Se o líder tombar, não sobrará mais ninguém. E o exército que Hector queria inventar no norte estará aqui para clamarmos como nosso.
Satisfação.
Envolvido por inimigos, poucas chances de sobreviver, ínfimas possibilidades de escapar.
E ainda o Cavaleiro estava satisfeito em estar no campo de batalha, em sentir mais uma vez a guerra nas mãos, em trazer a retribuição aos traidores.
Com a lança em punho, ansiando por avançar mais, Alexander retrocedeu cuidadosamente para se aproximar dos seus.
Os poucos bárbaros que ainda restavam não avançavam. Inteligente. Lutar unidos seria mais conveniente.
Sentiu essência estourando no alto e observou a luz da carroça, criada por Alfadur. Ponderou por um instante se aquele foi um sinal de socorro, mas percebeu que algo havia se esvaido dos olhos dele. Ainda assim, viu que o homem não perdeu sua determinação tampouco a vontade de viver.
Ouviu tanto Vaan, quanto Niume e Alfadur.
Sim. Sair era necessário... Porém...
- Nenhum de nós se encontrará com Voharum hoje, mas fugir ainda não parece o mais fácil de alcançar.
Não quantos, mas onde. Esse era o problema.
E a área em que se encontravam era bastante estratégica, porém não a seu favor.
Ao ouvir dos outros sobre proteger os escravos, Alexander via um absurdo.
Mal escapariam eles mesmo e a vontade de acolher seguidores era tanta que tinham que salvar os escravos?
Eles apenas atrapalhariam, a verdade era simples.
Sua utilidade provavelmente se limitaria em desperdiçar ataques dos bárbaros e ganhar mais tempo para os Escolhidos... Poucos segundos.
Mas olhando as lágrimas, o pânico e a lealdade, compreendia a necessidade em protegê-los.
Foram jogados naquele destino terrível sem escolhas. As próprias almas berrando por socorro. Que precisava ser atendido.
Imaginava se Raz'Ashid teria alguma capacidade em combate e com quanto afinco a mulher selvagem lutaria para sustentar a própria vida.
Nenhum sinal de Archer e, obviamente, se ele pensasse em vir encontrar o grupo mudaria de opinião rapidamente ao se deparar com a horda do norte...
Lembrou das suas palavras.
O arquiteto, a doutrina, o refúgio. Malditos enigmas sem respostas.
Então, admirou o demônio de gelo com prazer.
A gargalhada de Spectre,
Sorriu ao avanço de Vaan.
O caminho pelo sul era um pouco mais estreito, o que significava mais de duas fileiras para encontrarem terra aberta, além da dificuldade terrível em correr por entre bárbaros avançando em formação, além de enfurecidos.
A maneira que eles silenciaram antes do ataque preocupou Alexander. Talvez eles não fossem meros selvagens...
Atentava-se especialmente a Vaan e Spectre. Talvez a pequena viagem que compartilharam serviu para os unir um pouco mais, apesar de suas diferenças.
E foi então que percebeu.
O Leão avançava, carregando a esquecida fúria dos deuses.
Alexander apreciava seu brilho dourado com extremo desprezo.
E sua essência mais uma vez se apoderou do Cavaleiro.
Cá estava o tirano do norte. Que se assoberbou sobre todas as tribos e forçou sua lealdade.
Os olhos do cavaleiro brilhavam com uma luz verde que pulsava juntamente com as chamas em Penitência, erguida em suas mãos.
E por um momento, ele nada fez além de analisar.
[Insignificant Embers Intuition]
- Vaan, tem certeza que tem algo MAIS além do homem no Leão?
Mais uma vez queria ficar e lutar. Seu ânimo queria o sangue daquele par aos deuses.
Queria ver o Sol caindo!
Isso se a divindade fosse possível de derrubar.
Sua imponência mostrava o contrário, mas o olhar sombrio de Alexander delineava a essência e via não apenas demonstrações de glória, mas capacidade de alcançar os feitos gloriosos.
Ele analisou Fal Grey, ansioso por combatê-lo.
Ainda eram 6 Escolhidos.
E Spectre provou seu valor, com feitiços que iam além do esperado.
Do lado oposto, apenas um homem divino...
Junto, claro, haviam os 200 bárbaros aparentemente impassíveis pela clara demonstração de poder de todos os Escolhidos.
Mas a certeza da vitória é o excesso que pode levar qualquer um a queda.
Restava certificar-se que eram páreo para Fal Grey. E Alexander veria isso agora.
Pois os já caídos são sempre os mais difíceis de derrubar...
- Se o líder tombar, não sobrará mais ninguém. E o exército que Hector queria inventar no norte estará aqui para clamarmos como nosso.
MR, Léo- Usuário
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Health Levels: (Lethal) 5/7
Acc/SoakL/Ess/EssP: 11/6/16-16/22-37
Re: Para as Bordas da Criação
Movimentavam-se vagarosamente. Muitas ordens eram proferidas e nenhuma, realmente, colocava-os para fora daquele inferno de gelo.
Vaan eliminava alguns poucos remanescentes que ali estavam. Fazia-o de forma graciosa, demonstrando uma habilidade quase inata para o combate que flui no campo de batalha. Suas mortes eram silenciosas, rápidas.
Alfadur entregava o jogo e recolhia suas cartas. Com a pedra em sua mão, ainda, voltou a notar as palavras "Liga Haslanti" e seu raciocínio, após algum tempo, percebeu que a pedra não era alguma espécie de milagre para ele recuperar o seu poder, mas, tão somente, um aparato de utilidade diária, talvez militar, para a Liga Haslanti, um amontoado de tribos do norte, conhecida por seus veículos voadores.
Spectre acreditava que ainda não era o fim do que era capaz de fazer. Mais uma vez, canalizou a sua essência em direção à destruição. Essência esta que, lentamente, ele começava a sentir esmorecer. O que o lembrava de que o poder dentro de si era contido, não infinito.
Niume assumiu a retaguarda do grupo. Com arco em punhos, a garota aproveitou de seus recém descobertos sentidos aguçados, munida de sua arma celestial, e disparou flechas contra os bárbaros que se aproximavam. Ao longe, ela era capaz de ver Fal Grey, que ainda que não estivesse na mesma linha dos bárbaros agressores, ele já se aproximava e chegaria, provavelmente, apenas alguns segundos atrás do primeiro impacto.
Alexander conteve a sua fúria para se deter sobre o líder dos selvagens. Seus olhos brilharam por um instante para que pudesse olhar no próprio tecido da Criação. O que viu, não foi nada reconfortante. Fal Grey era mais poderoso, a essência fluia com liberdade envolta dele como se ele houvesse se acostumado, rapidamente, a aquela condição de arma divina. Em termos númericos, Fal Grey deveria ser ao menos 3 vezes mais forte do que ele.
RESOLUÇÕES
Posição: Todos próximos ao centro, à caminho do sul. Spectre e Alexander um pouco mais destacados. Niume na retaguarda.
O LEGADO
Spectre (Terrestrial Circle Sorcery)
Niume (Disparos nos que se aproximam pelo norte)
OS PUROS
Ataque dos bárbaros do sul:
Eram como animais. Passavam por sobre cadáveres, uivavam como lobos dispostos a matar para ter o seu quinhão. Não, não eram mais humanos, longe disto. Em sua mente, a certeza de que aquele dia apenas terminaria com uma vitória ao seu deus.
Os bárbaros mais rápidos já haviam alcançado o grupo e, sem hesitação, o ataque começava:
MASS COMBAT (Solar First Excelency)
Sucessos:
1d10=8, 1d10=5, 1d10=2, 1d10=5, 1d10=1, 1d10=10, 1d10=6, 1d10=7, 1d10=3, 1d10=10, 1d10=8, 1d10=2, 1d10=7, 1d10=10, 1d10=4, 1d10=7, 1d10=6, 1d10=3, 1d10=5, 1d10=3= 11 sux
Sucessos Remanescentes (para critério de dano a ser recebido):
Charlie: 6
Vaan: 3
Alexander: 5
Alfadur: 4
Hector: 6
Niume: 4
Dano:
1d10=1, 1d10=8, 1d10=8, 1d10=8, 1d10=9, 1d10=7, 1d10=6, 1d10=10, 1d10=4, 1d10=7, 1d10=6, 1d10=10, 1d10=4, 1d10=10= 9 sux
Charlie: 4 Health Levels = 3/7
Vaan: 2 Health Levels = 5/7
Alexander: 1 Health level = 5/7
Alfadur: 6 Health level = 1/7
Hector: 4 Health Level = 3/7
Niume: 5 Health level = 2/7
Resultado:
O Ataque foi feroz. Os bárbaros, rapidamente, amontoaram sobre o grupo. Cortavam, rasgavam e enfrentavam aqueles falsos deuses. Eram muitos e, ainda que infinitamente mais fracos, individualmente, do que qualquer um ali, eles faziam dos números a sua força.
Os escolhidos devolviam o ataque, livravam-se, atacavam devolta. A idéia de que pereceriam se lutassem como mortais, tornava-se mais intensa agora.
Ataque dos bárbaros do norte:
Do norte, eles avançavam. Rápidos, agressivos e pouco se importando. Viam os obstáculos colocados em seu caminho, mas aquilo parecia tão simples, tão simplório perante um exército que tem um deus ao seu lado.
Enquanto eles avançavam, o Leão de Marfim, derramava seus milagres sobre o campo de batalha.
O Leão de Marfim
Sua energia emanava livremente, cristalizada em uma lança feita da mais pura energia solar. Ele a girou no alto e, conforme o fazia, fagulhas de essência crepitavam pelo ar.
Quando energia o suficiente foi canaliza, ele a arremessou. E quando o fez, o espaço se rasgou.
A arma rasgou os obstáculos que haviam à sua frente como se fossem papel, em seguida foi certeira contra o alvo mais imponente do grupo (Hector).
(Rolagem)
Independentes
Escravos e desertores uniam-se e corriam para qualquer direção que tinham a oportunidade de correr. Ajudavam quando ordenado, mas por medo de represália.
Raz'Ashid permanecia junto de Niume. Libertou quem foi capaz de libertou e, em seguida, aguardou pela chance de salvar-se. Eles eram escolhidos, deveriam ter um plano B.
A Selvagem, por sua vez, atentou-se à Alfadur quando ele ativou a pedra. Fez para ele um sinal de negativo.
- Ouviram!!
Ela gritou. Parecia haver uma mistura de raiva com alívio em sua expressão.
- Resistir!
Bateu com o punho direito contra a mão esquerda, virou-se em direção ao sul e avançou. Se ninguém havia tomado a frente, ela tomaria, ainda que, apesar de sua ferocidade, fosse bem menos apta para isso do que os Escolhidos.
Ao longe, o som de algo se chocando, uma espécie de batida contra o vento, tornava-se mais próximo.
Ataque da "Selvagem":
1d10=6, 1d10=9, 1d10=5, 1d10=9, 1d10=3, 1d10=10, 1d10=10, 1d10=4, 1d10=1, 1d10=6, 1d10=9= 7 sux
Dano:
1d10=7, 1d10=3, 1d10=1, 1d10=10, 1d10=6, 1d10=10, 1d10=1, 1d10=10, 1d10=9, 1d10=8, 1d10=9= 7 sux
Resultado: 5 de dano
Era uma questão de sobrevivência. A mulher via os milagres que caiam sobre os homens, mas ficava indiferente a isto. Sabia que, chegado o momento correto, tudo oq ue restava, era a sua própria determinação.
Mortal, ciente de sua miserabilidade, ela lançou-se como um animal na frente inimiga. Não tinha armas, seus ataques eram, basicamente, seus próprios punhos e unhas afiadas. Improvisava, atacava, bradava e sangrava. Em alguns segundos, ela deixara um rastro de mortos para trás. A tempo, virou-se para o grupo:
- Resistir!
Bradou, enquanto arrancava a tráqueia de um selvagem.
Vaan eliminava alguns poucos remanescentes que ali estavam. Fazia-o de forma graciosa, demonstrando uma habilidade quase inata para o combate que flui no campo de batalha. Suas mortes eram silenciosas, rápidas.
Alfadur entregava o jogo e recolhia suas cartas. Com a pedra em sua mão, ainda, voltou a notar as palavras "Liga Haslanti" e seu raciocínio, após algum tempo, percebeu que a pedra não era alguma espécie de milagre para ele recuperar o seu poder, mas, tão somente, um aparato de utilidade diária, talvez militar, para a Liga Haslanti, um amontoado de tribos do norte, conhecida por seus veículos voadores.
Spectre acreditava que ainda não era o fim do que era capaz de fazer. Mais uma vez, canalizou a sua essência em direção à destruição. Essência esta que, lentamente, ele começava a sentir esmorecer. O que o lembrava de que o poder dentro de si era contido, não infinito.
Niume assumiu a retaguarda do grupo. Com arco em punhos, a garota aproveitou de seus recém descobertos sentidos aguçados, munida de sua arma celestial, e disparou flechas contra os bárbaros que se aproximavam. Ao longe, ela era capaz de ver Fal Grey, que ainda que não estivesse na mesma linha dos bárbaros agressores, ele já se aproximava e chegaria, provavelmente, apenas alguns segundos atrás do primeiro impacto.
Alexander conteve a sua fúria para se deter sobre o líder dos selvagens. Seus olhos brilharam por um instante para que pudesse olhar no próprio tecido da Criação. O que viu, não foi nada reconfortante. Fal Grey era mais poderoso, a essência fluia com liberdade envolta dele como se ele houvesse se acostumado, rapidamente, a aquela condição de arma divina. Em termos númericos, Fal Grey deveria ser ao menos 3 vezes mais forte do que ele.
RESOLUÇÕES
Posição: Todos próximos ao centro, à caminho do sul. Spectre e Alexander um pouco mais destacados. Niume na retaguarda.
O LEGADO
Spectre (Terrestrial Circle Sorcery)
Niume (Disparos nos que se aproximam pelo norte)
OS PUROS
Ataque dos bárbaros do sul:
Eram como animais. Passavam por sobre cadáveres, uivavam como lobos dispostos a matar para ter o seu quinhão. Não, não eram mais humanos, longe disto. Em sua mente, a certeza de que aquele dia apenas terminaria com uma vitória ao seu deus.
Os bárbaros mais rápidos já haviam alcançado o grupo e, sem hesitação, o ataque começava:
MASS COMBAT (Solar First Excelency)
Sucessos:
1d10=8, 1d10=5, 1d10=2, 1d10=5, 1d10=1, 1d10=10, 1d10=6, 1d10=7, 1d10=3, 1d10=10, 1d10=8, 1d10=2, 1d10=7, 1d10=10, 1d10=4, 1d10=7, 1d10=6, 1d10=3, 1d10=5, 1d10=3= 11 sux
Sucessos Remanescentes (para critério de dano a ser recebido):
Charlie: 6
Vaan: 3
Alexander: 5
Alfadur: 4
Hector: 6
Niume: 4
Dano:
1d10=1, 1d10=8, 1d10=8, 1d10=8, 1d10=9, 1d10=7, 1d10=6, 1d10=10, 1d10=4, 1d10=7, 1d10=6, 1d10=10, 1d10=4, 1d10=10= 9 sux
Charlie: 4 Health Levels = 3/7
Vaan: 2 Health Levels = 5/7
Alexander: 1 Health level = 5/7
Alfadur: 6 Health level = 1/7
Hector: 4 Health Level = 3/7
Niume: 5 Health level = 2/7
Resultado:
O Ataque foi feroz. Os bárbaros, rapidamente, amontoaram sobre o grupo. Cortavam, rasgavam e enfrentavam aqueles falsos deuses. Eram muitos e, ainda que infinitamente mais fracos, individualmente, do que qualquer um ali, eles faziam dos números a sua força.
Os escolhidos devolviam o ataque, livravam-se, atacavam devolta. A idéia de que pereceriam se lutassem como mortais, tornava-se mais intensa agora.
Ataque dos bárbaros do norte:
Do norte, eles avançavam. Rápidos, agressivos e pouco se importando. Viam os obstáculos colocados em seu caminho, mas aquilo parecia tão simples, tão simplório perante um exército que tem um deus ao seu lado.
Enquanto eles avançavam, o Leão de Marfim, derramava seus milagres sobre o campo de batalha.
O Leão de Marfim
Sua energia emanava livremente, cristalizada em uma lança feita da mais pura energia solar. Ele a girou no alto e, conforme o fazia, fagulhas de essência crepitavam pelo ar.
Quando energia o suficiente foi canaliza, ele a arremessou. E quando o fez, o espaço se rasgou.
A arma rasgou os obstáculos que haviam à sua frente como se fossem papel, em seguida foi certeira contra o alvo mais imponente do grupo (Hector).
(Rolagem)
Independentes
Escravos e desertores uniam-se e corriam para qualquer direção que tinham a oportunidade de correr. Ajudavam quando ordenado, mas por medo de represália.
Raz'Ashid permanecia junto de Niume. Libertou quem foi capaz de libertou e, em seguida, aguardou pela chance de salvar-se. Eles eram escolhidos, deveriam ter um plano B.
A Selvagem, por sua vez, atentou-se à Alfadur quando ele ativou a pedra. Fez para ele um sinal de negativo.
- Ouviram!!
Ela gritou. Parecia haver uma mistura de raiva com alívio em sua expressão.
- Resistir!
Bateu com o punho direito contra a mão esquerda, virou-se em direção ao sul e avançou. Se ninguém havia tomado a frente, ela tomaria, ainda que, apesar de sua ferocidade, fosse bem menos apta para isso do que os Escolhidos.
Ao longe, o som de algo se chocando, uma espécie de batida contra o vento, tornava-se mais próximo.
Ataque da "Selvagem":
1d10=6, 1d10=9, 1d10=5, 1d10=9, 1d10=3, 1d10=10, 1d10=10, 1d10=4, 1d10=1, 1d10=6, 1d10=9= 7 sux
Dano:
1d10=7, 1d10=3, 1d10=1, 1d10=10, 1d10=6, 1d10=10, 1d10=1, 1d10=10, 1d10=9, 1d10=8, 1d10=9= 7 sux
Resultado: 5 de dano
Era uma questão de sobrevivência. A mulher via os milagres que caiam sobre os homens, mas ficava indiferente a isto. Sabia que, chegado o momento correto, tudo oq ue restava, era a sua própria determinação.
Mortal, ciente de sua miserabilidade, ela lançou-se como um animal na frente inimiga. Não tinha armas, seus ataques eram, basicamente, seus próprios punhos e unhas afiadas. Improvisava, atacava, bradava e sangrava. Em alguns segundos, ela deixara um rastro de mortos para trás. A tempo, virou-se para o grupo:
- Resistir!
Bradou, enquanto arrancava a tráqueia de um selvagem.
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Re: Para as Bordas da Criação
(Complementando. A selvagem baixou a magnitude dos bárbaros de 6 para 5).
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Re: Para as Bordas da Criação
Aquilo parecia estar acontecendo com outra pessoa. Era simples assim, de verdade - o gigante do Norte já havia estado em batalhas, já havia matado pessoas, já havia conquistado lares e tomado posses. Era o primogênito de um Império, afinal de contas - e, se Impérios por todo o mundo eram lugares duros nos quais se crescer, um Império de gelo era ainda mais. Lugares duros geravam pessoas duras... Mas não importava o quão duro fosse, quantas mortes houvesse visto, nada, nem ninguém, em todo o mundo, poderia prepará-lo para aquilo.
Eram... sete. Sete semi-deuses - ou alguma coisa assim, não sabia dizer ao certo, dois selvagens que ele não compreendia, e sete bárbaros. Dezesseis, ao todo. E, a frente deles.... Estendiam-se milhares. Milhões. Talvez mais. Não podia realmente contar - não paravam de se mover, e pareciam uma onda... Uma onda interminável.
Não sabia dizer exatamente o que os outros estavam fazendo. Havia se perdido um pouco naquilo, naquela... Súbita sensação de fragilidade. Nunca havia sentindo-se tão poderoso em toda a sua vida, mas, também, nunca sentira-se tão frágil, tão pequeno, e tão mortal, quanto sentia-se vendo aquela maré avançar. Olhava para as pessoas que falavam com ele, para Alfadur, para Vaan, para Charlie, mas não as via. Viu o Tigre - viu que não fugiu, como ele imaginava, e aquilo o intristeceu - mas até isso durou apenas segundos, frações, momentos.
Viu os bárbaros mais rápidos que avançavam, e quando eles lhe atacaram, se defendeu... Mas não era como se estivesse realmente ali. Estava ali, em si mesmo, mas além de si mesmo. Sentia-se parte do mundo - talvez nunca houvesse sentido-se em ligação maior com os espíritos do que naquele momento, naquela experiência de quase morte, de pré-morte. Sentia-se parte da neve. Parte da montanha, ainda mais. Era quase como se pudesse enxergar através das árvores na encosta - viu-se evitando um bárbaro, viu-se girando o martelo e passando-lhe uma rasteira com ele, antes de esmagar-lhe a cabeça contra o chão. Viu enquanto os outros lutavam. Enquanto lutavam não mais por algo grande, por um legado, por uma vida - enquanto lutavam por si mesmos, por suas vidas. Viu os bárbaros que morriam, e morria com eles - e ainda que sua morte lhe agradasse, como a punição por um crime horrendo, também entristecia, pois eram seu povo.
E então viu Fal Grey. Viu a lança que vinha em sua direção. Hector não fez menção de se mover - fechou os olhos, abrindo os braços, sentindo a neve que vinha do céu e o sangue que vinha dos homens lhe banhando o corpo semi-nu. Entregava-se ao Rei da Coroa Ensanguentada. Entregava-se a seu próprio corpo, e a si mesmo, e a terra, e ao mundo, e a neve, e ao sangue, e a dor, e aos espíritos. Haviam outros mundos, além daquele. Não queria morrer. Mas talvez os quisesse mortos mais do que desejava viver, também. Não sabia, ao certo. Queria Fal Grey, morto. Pela traição. Por ter sido tudo que podia ser, por tê-lo visto mais como um pai do que o próprio pai, e por, agora, ver aquela lança vindo em sua direção.
Entregava-se de corpo e alma a criatura dentro de si - e, quando o fez, encontrou alí a maior de todas as sensações de liberdade. De paz. Sentia-se encher de ódio e fúria, mas nunca sentira-se mais calmo. Mais leve. Mais livre. Mais feliz. - Talvez... - ele disse, e disse em tom baixo. Não sabia se poderiam ouvir. - Talvez vocês queiram correr. - prosseguiu, no mesmo tom.
E então abriu os olhos, sua essência inundando-o, a neve caindo com mais força, seus pés esmagando o chão. Sentiu o peso de uma coroa em sua cabeça. Sentiu o frio da neve e do sangue que congelava, das feridas abertas que paravam de sangrar, cauterizadas pelo frio.
O martelo girou com violência, acertando a encosta ao lado deles. Eles não teriam tempo. Ninguém teria. Que a montanha viesse a baixo. Que a fúria do norte caísse sobre os bastardos que o traíam.
Era Hector Hrothgar. Era o sangue da montanha. Era violência, era fúria, era força, era frio e proteção. Era Hector Hrothgar. Era o norte. Era o tremor que se espalhava pela encosta. Era a avalanche que se formava, que descia como dedos gélidos do último inverno.
Era o Rei da Coroa Ensanguentada. Era o Rei que Reinava Onde os Homens Não Sobreviviam. E a avalanche lhe pertencia, assim como o Norte. E em seu reino, só sobreviviam os que eram permitidos. O Legado permaneceria intacto.
Era sua Vontade. E sua Vontade era a Lei.
Eram... sete. Sete semi-deuses - ou alguma coisa assim, não sabia dizer ao certo, dois selvagens que ele não compreendia, e sete bárbaros. Dezesseis, ao todo. E, a frente deles.... Estendiam-se milhares. Milhões. Talvez mais. Não podia realmente contar - não paravam de se mover, e pareciam uma onda... Uma onda interminável.
Não sabia dizer exatamente o que os outros estavam fazendo. Havia se perdido um pouco naquilo, naquela... Súbita sensação de fragilidade. Nunca havia sentindo-se tão poderoso em toda a sua vida, mas, também, nunca sentira-se tão frágil, tão pequeno, e tão mortal, quanto sentia-se vendo aquela maré avançar. Olhava para as pessoas que falavam com ele, para Alfadur, para Vaan, para Charlie, mas não as via. Viu o Tigre - viu que não fugiu, como ele imaginava, e aquilo o intristeceu - mas até isso durou apenas segundos, frações, momentos.
Viu os bárbaros mais rápidos que avançavam, e quando eles lhe atacaram, se defendeu... Mas não era como se estivesse realmente ali. Estava ali, em si mesmo, mas além de si mesmo. Sentia-se parte do mundo - talvez nunca houvesse sentido-se em ligação maior com os espíritos do que naquele momento, naquela experiência de quase morte, de pré-morte. Sentia-se parte da neve. Parte da montanha, ainda mais. Era quase como se pudesse enxergar através das árvores na encosta - viu-se evitando um bárbaro, viu-se girando o martelo e passando-lhe uma rasteira com ele, antes de esmagar-lhe a cabeça contra o chão. Viu enquanto os outros lutavam. Enquanto lutavam não mais por algo grande, por um legado, por uma vida - enquanto lutavam por si mesmos, por suas vidas. Viu os bárbaros que morriam, e morria com eles - e ainda que sua morte lhe agradasse, como a punição por um crime horrendo, também entristecia, pois eram seu povo.
E então viu Fal Grey. Viu a lança que vinha em sua direção. Hector não fez menção de se mover - fechou os olhos, abrindo os braços, sentindo a neve que vinha do céu e o sangue que vinha dos homens lhe banhando o corpo semi-nu. Entregava-se ao Rei da Coroa Ensanguentada. Entregava-se a seu próprio corpo, e a si mesmo, e a terra, e ao mundo, e a neve, e ao sangue, e a dor, e aos espíritos. Haviam outros mundos, além daquele. Não queria morrer. Mas talvez os quisesse mortos mais do que desejava viver, também. Não sabia, ao certo. Queria Fal Grey, morto. Pela traição. Por ter sido tudo que podia ser, por tê-lo visto mais como um pai do que o próprio pai, e por, agora, ver aquela lança vindo em sua direção.
Entregava-se de corpo e alma a criatura dentro de si - e, quando o fez, encontrou alí a maior de todas as sensações de liberdade. De paz. Sentia-se encher de ódio e fúria, mas nunca sentira-se mais calmo. Mais leve. Mais livre. Mais feliz. - Talvez... - ele disse, e disse em tom baixo. Não sabia se poderiam ouvir. - Talvez vocês queiram correr. - prosseguiu, no mesmo tom.
E então abriu os olhos, sua essência inundando-o, a neve caindo com mais força, seus pés esmagando o chão. Sentiu o peso de uma coroa em sua cabeça. Sentiu o frio da neve e do sangue que congelava, das feridas abertas que paravam de sangrar, cauterizadas pelo frio.
O martelo girou com violência, acertando a encosta ao lado deles. Eles não teriam tempo. Ninguém teria. Que a montanha viesse a baixo. Que a fúria do norte caísse sobre os bastardos que o traíam.
Era Hector Hrothgar. Era o sangue da montanha. Era violência, era fúria, era força, era frio e proteção. Era Hector Hrothgar. Era o norte. Era o tremor que se espalhava pela encosta. Era a avalanche que se formava, que descia como dedos gélidos do último inverno.
Era o Rei da Coroa Ensanguentada. Era o Rei que Reinava Onde os Homens Não Sobreviviam. E a avalanche lhe pertencia, assim como o Norte. E em seu reino, só sobreviviam os que eram permitidos. O Legado permaneceria intacto.
Era sua Vontade. E sua Vontade era a Lei.
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Re: Para as Bordas da Criação
O fim... era o que parecia ser... sem forças, sem um Poder evidente, agora, ferido pelas laminas e garras daquele povo selvagem. O seu plano, que era o plano de todos, iria falhar... porque todos demoraram demais a se decidirem, porque todos ainda não sabiam o que eram e se esqueciam de apenas agirem, porque até mesmo um simples mortal pode agir, viver, morrer tentando, tentar sem morrer, mas jamais morrer sem tentar.
Seu sangue manchava suas roupas já desgastadas pelas intempéries de muitos momentos, o sangue escorria como se não houvesse mais como parar aquela terrível hemorragia. Seus olhos viam, com um olhar atônito, o seu mundo prestes a deixar de existir a cada golpe impossível de ser evitado. A espada em sua mão escorregava pelos dedos molhados de vermelho, caindo ao chão coberto de neve como se fosse a arma de mais uma vítima daquela terrível guerra. Suas pernas não pareciam capazes de segurar o peso de seu corpo, dobrando-se para que os joelhos suportassem o impacto no chão.
Olhou para um lado e viu Niume, aquela que jurou proteger, uma humana entre bestas, a inspiração de um povo que fugira do terror dos pesadelos eternos. Agora ela brilhava como um sol e isto o fez sorrir brevemente, como se acreditasse que talvez ela pudesse sobreviver a tudo aquilo. Olhou para o outro lado e neste caminho seus olhos veriam breves silhuetas de prisioneiros desesperados a clamar por misericórdia, bárbaros enfurecidos a atacarem todos indiscriminadamente, o lampejo de uma lança a cortar o ar no sentido de Hector e, por fim, a selvagem que tentou ajuda-lo, que parecia triste por ve-lo daquele modo, mas ao mesmo tempo, disposta a continuar lutando... Viver, morrer tentando, tentar sem morrer, mas jamais morrer sem tentar.
Seus olhos se fechavam e à partir dali somente um milagre poderia salva-lo, não só a ele, mas a todos que estavam ali à mercê do suposto homem e suposto deus.
(à Partir daqui, o resultado sei lá do que depende, mas...rs)
Se o milagre tivesse de acontecer, teria de vir dele e não de outros, porque se ele era um Escolhido, se ele era o Legado, ele teria de sobreviver, ele teria de suportar, ele teria de vencer. Mais uma vez o imaginário se confundia com o real, a ilusão que se torna palpável, o mundo dos sonhos a despertar, como todas as coisas dentro e fora da Criação, todas elas feitas de uma única coisa capaz de mover e ser a pura e simples Existência. Como um dejavu, a reprise de uma história, ele, Alfadur, era aquele ser decaído prestes a morrer... e assim seria... a espada de seu criador, uma lâmina fria de matéria perfeita, seu corpo a ser transpassado pro si mesmo, como desejou aquele ser de Vontade infinita cujas asas encobriam a Criação. Ele devia morrer para que pudesse renascer e de seu sangue a jorrar por terríveis feridas brotaria a mais pura Essência a brilhar para todos que quisessem ve-lo ou tentassem ignora-lo. Era seu Legado... não morrer sem tentar. Onde mortais furiosos fazem o trabalho dos deuses, onde uma simples selvagem arranca de sua alma motivação para vencer dezenas de inimigos, onde alguém que sempre amou brilhava como um estandarte divino, onde desconhecidos se uniam para defender uns aos outros e outros tantos desconhecidos de um monstro... não havia Espaço nem Tempo para desistir de viver e de sonhar com seu mundo. Não havia Espaço nem Tempo que não pudesse ser tomado como seu.
Era seu desejo, era seu sonho, aquilo que imaginou e que deveria ser real, Seus joelhos não se dobravam mais, seus pés não mais tocavam a neve, pois agora era ele quem decidia onde e como estar. Suas asas cobriam o campo de batalha, sua Vontade penetrava na alma de todos e seu desejo era que tudo terminasse... com o fim daqueles que ousaram ferir os seus, que ousaram oprimir seus inocentes, que ousaram atentar contra aqueles que vieram a seu socorro. Seus olhos, sua mente, sua Alma, tudo em si... via e sentia o possível último ato de Hector antes de receber o último e fulminante golpe. Quando a neve descesse pelo vale, a Vontade de Alfadur se oporia àquela força da natureza, moveria as toneladas de neve em um único sentido, faria a avalanche fluir na direção do exército inimigo a fim de cobri-los e enterra-los em seu campo de batalha e poupar os que estivessem com ele.
Mas Hector ainda poderia ser salvo também, pois assim desejou Alfadur e, se em um gesto, desviava a montanha de neve de seu caminho, a outra montanha feita de carne, osso e Essência também seria desviada... um gesto rude para com um companheiro de batalha, mas que poderia ser suficiente para tira-lo do caminho daquela lança mortal que, segundo sua vontade, se fincaria na neve aprofundando-se na mesma para jamais ser encontrada novamente por aquele que a disparou contra os seus.
- Vá embora... desapareça com sua guerra ou desapareça da própria Vida!"
Era o que diria Alfadur ao homem que lançava bárbaros contra todos, que lançava a si mesmo e suas armas contra ele e os outros. Fal Grey, que se tornou um Inimigo, que merecia o mesmo trágico destino daqueles bárbaros enterrados na neve, mas que ainda sim recebia de Alfadur uma segunda chance.
Seu sangue manchava suas roupas já desgastadas pelas intempéries de muitos momentos, o sangue escorria como se não houvesse mais como parar aquela terrível hemorragia. Seus olhos viam, com um olhar atônito, o seu mundo prestes a deixar de existir a cada golpe impossível de ser evitado. A espada em sua mão escorregava pelos dedos molhados de vermelho, caindo ao chão coberto de neve como se fosse a arma de mais uma vítima daquela terrível guerra. Suas pernas não pareciam capazes de segurar o peso de seu corpo, dobrando-se para que os joelhos suportassem o impacto no chão.
Olhou para um lado e viu Niume, aquela que jurou proteger, uma humana entre bestas, a inspiração de um povo que fugira do terror dos pesadelos eternos. Agora ela brilhava como um sol e isto o fez sorrir brevemente, como se acreditasse que talvez ela pudesse sobreviver a tudo aquilo. Olhou para o outro lado e neste caminho seus olhos veriam breves silhuetas de prisioneiros desesperados a clamar por misericórdia, bárbaros enfurecidos a atacarem todos indiscriminadamente, o lampejo de uma lança a cortar o ar no sentido de Hector e, por fim, a selvagem que tentou ajuda-lo, que parecia triste por ve-lo daquele modo, mas ao mesmo tempo, disposta a continuar lutando... Viver, morrer tentando, tentar sem morrer, mas jamais morrer sem tentar.
Seus olhos se fechavam e à partir dali somente um milagre poderia salva-lo, não só a ele, mas a todos que estavam ali à mercê do suposto homem e suposto deus.
(à Partir daqui, o resultado sei lá do que depende, mas...rs)
Se o milagre tivesse de acontecer, teria de vir dele e não de outros, porque se ele era um Escolhido, se ele era o Legado, ele teria de sobreviver, ele teria de suportar, ele teria de vencer. Mais uma vez o imaginário se confundia com o real, a ilusão que se torna palpável, o mundo dos sonhos a despertar, como todas as coisas dentro e fora da Criação, todas elas feitas de uma única coisa capaz de mover e ser a pura e simples Existência. Como um dejavu, a reprise de uma história, ele, Alfadur, era aquele ser decaído prestes a morrer... e assim seria... a espada de seu criador, uma lâmina fria de matéria perfeita, seu corpo a ser transpassado pro si mesmo, como desejou aquele ser de Vontade infinita cujas asas encobriam a Criação. Ele devia morrer para que pudesse renascer e de seu sangue a jorrar por terríveis feridas brotaria a mais pura Essência a brilhar para todos que quisessem ve-lo ou tentassem ignora-lo. Era seu Legado... não morrer sem tentar. Onde mortais furiosos fazem o trabalho dos deuses, onde uma simples selvagem arranca de sua alma motivação para vencer dezenas de inimigos, onde alguém que sempre amou brilhava como um estandarte divino, onde desconhecidos se uniam para defender uns aos outros e outros tantos desconhecidos de um monstro... não havia Espaço nem Tempo para desistir de viver e de sonhar com seu mundo. Não havia Espaço nem Tempo que não pudesse ser tomado como seu.
Era seu desejo, era seu sonho, aquilo que imaginou e que deveria ser real, Seus joelhos não se dobravam mais, seus pés não mais tocavam a neve, pois agora era ele quem decidia onde e como estar. Suas asas cobriam o campo de batalha, sua Vontade penetrava na alma de todos e seu desejo era que tudo terminasse... com o fim daqueles que ousaram ferir os seus, que ousaram oprimir seus inocentes, que ousaram atentar contra aqueles que vieram a seu socorro. Seus olhos, sua mente, sua Alma, tudo em si... via e sentia o possível último ato de Hector antes de receber o último e fulminante golpe. Quando a neve descesse pelo vale, a Vontade de Alfadur se oporia àquela força da natureza, moveria as toneladas de neve em um único sentido, faria a avalanche fluir na direção do exército inimigo a fim de cobri-los e enterra-los em seu campo de batalha e poupar os que estivessem com ele.
Mas Hector ainda poderia ser salvo também, pois assim desejou Alfadur e, se em um gesto, desviava a montanha de neve de seu caminho, a outra montanha feita de carne, osso e Essência também seria desviada... um gesto rude para com um companheiro de batalha, mas que poderia ser suficiente para tira-lo do caminho daquela lança mortal que, segundo sua vontade, se fincaria na neve aprofundando-se na mesma para jamais ser encontrada novamente por aquele que a disparou contra os seus.
- Vá embora... desapareça com sua guerra ou desapareça da própria Vida!"
Era o que diria Alfadur ao homem que lançava bárbaros contra todos, que lançava a si mesmo e suas armas contra ele e os outros. Fal Grey, que se tornou um Inimigo, que merecia o mesmo trágico destino daqueles bárbaros enterrados na neve, mas que ainda sim recebia de Alfadur uma segunda chance.
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Re: Para as Bordas da Criação
Os inimigos cairam em cima dos Escolhidos com determinação superior a de homens.
A imagem do avanço, juntamente com a imponência do Leão de Marfim, intimidava a todos...
Ataques de todos os lados, alguns acertos, pouca força, alguns cortes...
Alexander admirava pasmo o que identificou do poder de Fal Grey. Mas este olhar maravilhado, talvez até desesperado, imediamente se transformou em violência.
Ele desprezava todos os bárbaros por seguirem cegamente um deus traiçoeiro, por brandar indiscriminadamente os Escolhidos como 'falsos deuses'.
Meros fantoches...
Ao perceber a distorção de essência que o Leão iniciou, e seu olhar em direção ao Rei de Gelo e Sangue, Alexander avançou brutalmente, como há instantes atrás.
Estava cercado, mas nada que esses mortais tolos pudessem fazer o impediria de continuar.
Avançou para a esquerda e uma mera passada foi o bastante para um bárbaro se preparar para a defesa, flexionando os joelhos e protegendo o peito.
Mas os olhos do mortal não acompanhavam os movimentos do Cavaleiro.
Com uma passada rápida, já estava em cima do homem, usando o próprio corpo do bárbaro como ferramente para pavimentar seu caminho.
Um breve salto e usou a perna tensionada do oponente como degrau, em seguida o ombro e, então, saltou. A força das pernas do Cavaleiro foi o bastante para levar o bárbaro ao chão.
Para Alexander, o mundo andava em uma velocidade diferente. A adrenalina dominava seu corpo, via os movimentos de todos a sua volta detalhadamente, devagar. De relance, vislumbrava o poderoso Fal Grey girando a lança sobre sua cabeça.
E o Cavaleiro prosseguia. Lança preparada, Alexander caía com um grito sobre mais inimigos. Na queda, empalou o que quer que estivesse em seu caminho, penetrando a lança no chão, com corpos atravessados. Soltou a própria arma, que permanecia a queimar como um inferno verde.
Ergueu-se entre Hector e Fal Grey.
O homem já havia arremesado sua lança, queimando, pronta para impalar os nossos.
Alexander compreendia a velocidade, a força, o poder. Em sua concentração, ele buscava a compreensão, a aceitação e o auxílio daquele que é "seu único aliado, seu pior inimigo"...
- Eu sei porque me escolheu.
A forma a sua frente tinha gênero dúbio. Acreditava ser um homem, pela força e atrocidade que exalava.
Sabia que a sua "capa" também eram suas asas. Sabia que sempre o temeu, o detestou... Sem se importar com o que ou quem fosse.
- A Retribuição precisa ser trazida sobre este mundo. Sinto isso dentro de mim com muito mais força agora.
A forma não se moveu. Mas Alexander sentiu um sorriso... Ou seria apenas sua imaginação?
- Os traidores devem pagar com a vida. E um legado miserável também deve pagar. Essa é a verdadeira justiça dos deuses...
Ele mesmo.
... Seu único aliado, seu pior inimigo.
[Pathetic Distraction Rebuked]
Sua própria essência explodiu quando a lança de Fal Grey encontrou suas mãos:
A rubra chama brilhante queimando seus dedos, porém, ele resistiu.
A lâmina e o ouro cortando sua palma, mas ele não tremia, não sucumbia.
Sua mente estava limpa; seus olhos, concentrados.
Seu coração... Sua Essência...
Livres.
- RRRRRRWWWWWAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!
Urrando mais alto que um vulcão explodindo, o Escolhido segurou firme a 'arma divina' e a cravou no solo, com tamanha força que metade de arma se perde no subterrâneo, abrindo rachaduras por todo o campo de batalha.
Alexander, sua Essência... Intensamente queimava...
Com ele, vermelho e verde flamejando em sua volta.
Da arma no chão, as rachaduras se tornavam em iguais chamas.
Ofegante, Alexander quer sangue, precisa trazer à tona aquilo que foi esquecido por eras.
Ele sente tudo, sem saber as palavras, sem saber realmente a verdade. Mas a verdade queima em seu ânimo e essa chama fortalece seu espírito, engrandece seu ódio.
Em seguida, a mão direita encontrou sua lança. O Escolhido carregava um longo e satisfeito sorriso no rosto.
Inesperadamente, Hector trouxe abaixo seu Martelo, com o ruído do mais terrível trovão.
Olha ao redor, temendo pelos seus. Abraçou a irmandade entre aqueles que agora lutavam com ele pela Criação.
O Gigante derrubava a própria montanha, e Alexander segurando a sua lança com a destra e a de Fal Grey com a canhota mantém-se queimando, mantém-as queimando.
Ele se prepara para Resistir à fúria do Rei da Coroa Ensanguentada.
O Cavaleiro se foca para não perder o chão e queimar. Protegendo a si mesmo e aos seus.
[André, me empolguei com o Dragon King Slice, como falei... Sorry exageros e pondere como preferir.
Algo mencionável sobre este post é que o Intimacy do Alexander de repulsa ao Malfeas está se alterando para criaturas vindas dos deuses, como os Solares e Lunares.]
A imagem do avanço, juntamente com a imponência do Leão de Marfim, intimidava a todos...
Ataques de todos os lados, alguns acertos, pouca força, alguns cortes...
Alexander admirava pasmo o que identificou do poder de Fal Grey. Mas este olhar maravilhado, talvez até desesperado, imediamente se transformou em violência.
Ele desprezava todos os bárbaros por seguirem cegamente um deus traiçoeiro, por brandar indiscriminadamente os Escolhidos como 'falsos deuses'.
Meros fantoches...
Ao perceber a distorção de essência que o Leão iniciou, e seu olhar em direção ao Rei de Gelo e Sangue, Alexander avançou brutalmente, como há instantes atrás.
Estava cercado, mas nada que esses mortais tolos pudessem fazer o impediria de continuar.
Avançou para a esquerda e uma mera passada foi o bastante para um bárbaro se preparar para a defesa, flexionando os joelhos e protegendo o peito.
Mas os olhos do mortal não acompanhavam os movimentos do Cavaleiro.
Com uma passada rápida, já estava em cima do homem, usando o próprio corpo do bárbaro como ferramente para pavimentar seu caminho.
Um breve salto e usou a perna tensionada do oponente como degrau, em seguida o ombro e, então, saltou. A força das pernas do Cavaleiro foi o bastante para levar o bárbaro ao chão.
Para Alexander, o mundo andava em uma velocidade diferente. A adrenalina dominava seu corpo, via os movimentos de todos a sua volta detalhadamente, devagar. De relance, vislumbrava o poderoso Fal Grey girando a lança sobre sua cabeça.
E o Cavaleiro prosseguia. Lança preparada, Alexander caía com um grito sobre mais inimigos. Na queda, empalou o que quer que estivesse em seu caminho, penetrando a lança no chão, com corpos atravessados. Soltou a própria arma, que permanecia a queimar como um inferno verde.
Ergueu-se entre Hector e Fal Grey.
O homem já havia arremesado sua lança, queimando, pronta para impalar os nossos.
Alexander compreendia a velocidade, a força, o poder. Em sua concentração, ele buscava a compreensão, a aceitação e o auxílio daquele que é "seu único aliado, seu pior inimigo"...
- Eu sei porque me escolheu.
A forma a sua frente tinha gênero dúbio. Acreditava ser um homem, pela força e atrocidade que exalava.
Sabia que a sua "capa" também eram suas asas. Sabia que sempre o temeu, o detestou... Sem se importar com o que ou quem fosse.
- A Retribuição precisa ser trazida sobre este mundo. Sinto isso dentro de mim com muito mais força agora.
A forma não se moveu. Mas Alexander sentiu um sorriso... Ou seria apenas sua imaginação?
- Os traidores devem pagar com a vida. E um legado miserável também deve pagar. Essa é a verdadeira justiça dos deuses...
Ele mesmo.
... Seu único aliado, seu pior inimigo.
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Sua própria essência explodiu quando a lança de Fal Grey encontrou suas mãos:
A rubra chama brilhante queimando seus dedos, porém, ele resistiu.
A lâmina e o ouro cortando sua palma, mas ele não tremia, não sucumbia.
Sua mente estava limpa; seus olhos, concentrados.
Seu coração... Sua Essência...
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Urrando mais alto que um vulcão explodindo, o Escolhido segurou firme a 'arma divina' e a cravou no solo, com tamanha força que metade de arma se perde no subterrâneo, abrindo rachaduras por todo o campo de batalha.
Alexander, sua Essência... Intensamente queimava...
Com ele, vermelho e verde flamejando em sua volta.
Da arma no chão, as rachaduras se tornavam em iguais chamas.
Ofegante, Alexander quer sangue, precisa trazer à tona aquilo que foi esquecido por eras.
Ele sente tudo, sem saber as palavras, sem saber realmente a verdade. Mas a verdade queima em seu ânimo e essa chama fortalece seu espírito, engrandece seu ódio.
Em seguida, a mão direita encontrou sua lança. O Escolhido carregava um longo e satisfeito sorriso no rosto.
Inesperadamente, Hector trouxe abaixo seu Martelo, com o ruído do mais terrível trovão.
Olha ao redor, temendo pelos seus. Abraçou a irmandade entre aqueles que agora lutavam com ele pela Criação.
O Gigante derrubava a própria montanha, e Alexander segurando a sua lança com a destra e a de Fal Grey com a canhota mantém-se queimando, mantém-as queimando.
Ele se prepara para Resistir à fúria do Rei da Coroa Ensanguentada.
O Cavaleiro se foca para não perder o chão e queimar. Protegendo a si mesmo e aos seus.
[André, me empolguei com o Dragon King Slice, como falei... Sorry exageros e pondere como preferir.
Algo mencionável sobre este post é que o Intimacy do Alexander de repulsa ao Malfeas está se alterando para criaturas vindas dos deuses, como os Solares e Lunares.]
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Re: Para as Bordas da Criação
Perante os deuses, crianças por todos os lados. Reconhecia grandes atos e seus poderes, mas não os considerava. Nenhum deles havia o seu conhecimento, a sua vivência, ou seu tamanho. Nenhum.
Aqueles tolos guerreiros achavam que poderiam vencer uma guerra contra o destino. Achavam-se acima de toda a criação. Eles brincavam com seus poderes como os jovens brincam de esmagar formigas.
Perante os deuses eles se dividiram. Acreditaram na vitória. Acreditaram em sua essência.
Aqueles tolos.
Dividiam-se.
Divididos. A dualidade novamente. A Legião.
Não há lado. Apenas o fim. O julgamento. Não havia lado. Apenas ele. E os outros 18. O primeiro. Mas agora, ele. O outro ainda estava preso no torpor de sua mente. E lá ele ficaria até terminar.
- Não vire suas costas para os segmentos do mundo. - Pouco a pouco, Spectre recobrava parte da consciência.
- Eu sou o Juiz e pertence a mim a última palavra
Os guerreiros se dividiam. A avalanche se aproximava. A lança. A essência. O poder.
- Minha palavra.
Não havia muito tempo.
Juiz, Júri, Executor.
A luz dourada avermelhada resplandeceu diante dele. Em seus olhos, ao seu redor, tornando o frio mais frio e o ar espesso, mortal. Em um momento seus braços estavam juntos, no seguinte, separados. Uma corrente de pura energia desprendia-se deles e a aura que o dominava sugava a essência de todos os círculos, de todo o passado e do próprio Malfeas. A energia finita era substituída pela força de seu sangue.
Dentro de sua cabeça e no fundo de todo aquele caos, algumas das vozes cantavam - Juiz, Júri, Executor. Juiz, Júri, Executor. Juiz, Júri, Executor. Spectre não estava certo se elas se espalhavam pelo campo de batalha, mas elas o dominavam por todos os lados na escuridão que ainda o afogava.
Juiz, Júri, Executor.
Seu corpo escurecia e perdia a luz. A escuridão se tornara gelo. A neblina. O demônio em seu corpo ousava novamente. Como um sinal de ordem, inclinou-se para trás e uma das mãos subira aos céus. De sua ordem, o ar se expandiu, como um sopro expulsando-o. Repentinamente, fez-se a união, e de baixo para cima, a parede de gelo.
Ali dentro, no fundo e em todo aquele estranho vivo, o monstro morava. Ali um deles se fazia presente e deixava sua marca.
Em meio à parede, a névoa congelante destruia músculo por músculo dos bárbaros próximos, e o último sopro era do miasma congelante em suas almas.
Aqui nas sombras não há abençoados e escolhidos. O gelo será o túmulo dos julgados. A avalanche descia, o Leão, a Lança. A procissão continuava:
Juiz, Júri, Executor.
Aqueles tolos guerreiros achavam que poderiam vencer uma guerra contra o destino. Achavam-se acima de toda a criação. Eles brincavam com seus poderes como os jovens brincam de esmagar formigas.
Perante os deuses eles se dividiram. Acreditaram na vitória. Acreditaram em sua essência.
Aqueles tolos.
Dividiam-se.
Divididos. A dualidade novamente. A Legião.
Não há lado. Apenas o fim. O julgamento. Não havia lado. Apenas ele. E os outros 18. O primeiro. Mas agora, ele. O outro ainda estava preso no torpor de sua mente. E lá ele ficaria até terminar.
- Não vire suas costas para os segmentos do mundo. - Pouco a pouco, Spectre recobrava parte da consciência.
- Eu sou o Juiz e pertence a mim a última palavra
Os guerreiros se dividiam. A avalanche se aproximava. A lança. A essência. O poder.
- Minha palavra.
Não havia muito tempo.
Juiz, Júri, Executor.
A luz dourada avermelhada resplandeceu diante dele. Em seus olhos, ao seu redor, tornando o frio mais frio e o ar espesso, mortal. Em um momento seus braços estavam juntos, no seguinte, separados. Uma corrente de pura energia desprendia-se deles e a aura que o dominava sugava a essência de todos os círculos, de todo o passado e do próprio Malfeas. A energia finita era substituída pela força de seu sangue.
Dentro de sua cabeça e no fundo de todo aquele caos, algumas das vozes cantavam - Juiz, Júri, Executor. Juiz, Júri, Executor. Juiz, Júri, Executor. Spectre não estava certo se elas se espalhavam pelo campo de batalha, mas elas o dominavam por todos os lados na escuridão que ainda o afogava.
Juiz, Júri, Executor.
Seu corpo escurecia e perdia a luz. A escuridão se tornara gelo. A neblina. O demônio em seu corpo ousava novamente. Como um sinal de ordem, inclinou-se para trás e uma das mãos subira aos céus. De sua ordem, o ar se expandiu, como um sopro expulsando-o. Repentinamente, fez-se a união, e de baixo para cima, a parede de gelo.
Ali dentro, no fundo e em todo aquele estranho vivo, o monstro morava. Ali um deles se fazia presente e deixava sua marca.
Em meio à parede, a névoa congelante destruia músculo por músculo dos bárbaros próximos, e o último sopro era do miasma congelante em suas almas.
Aqui nas sombras não há abençoados e escolhidos. O gelo será o túmulo dos julgados. A avalanche descia, o Leão, a Lança. A procissão continuava:
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Re: Para as Bordas da Criação
A mulher era ousada. Seu exército havia sido dizimado, suas armas partida ao meio. De sua armadura feita de ossos de dragão, nada restava, além de trapos e sangue. Ajoelhada perante Rei, que a questionava porque ela insistia, ela balbuciou:
- Eu vivi cada dia da minha vida... escolhendo uma razão digna para morrer. Você não tem o direito de me tirar isto.
__
A pancada foi forte o suficiente para estremecer a base da superfície sólida. Camadas de gelo que sustentavam a parte mais alta, começaram a desmoronar. Com o braço esticado, aguardando pelo fim, Hector sentia que havia se tornado algo mais, dado um passo a frente em sua evolução.
Seu corpo havia se tornado a representação da violência gélida do norte, da obsessão impassível que os reis tem sobre o que lhe pertence. Mais forte, maior, mais aterrador. Hector havia dado o primeiro passo em direção à imortalidade como rei e deus dos homens.
(Hector adquire By Rage Recast)
Sua essência transbordou, corrompeu e fragmentou a encosta. Segundos depois, terra e gelo se misturavam e criavam um túmulo para os Escolhidos.
__
- Se você tornou-se humano? Por que ainda estou aqui?
A consciência de Alfadur se expandia. Aquela questão, não era apenas a voz de sua consciência fragmentada no momento da Exaltação, mas era, a prova inequívoca, de que ele estava acima dos homens.
(Alfadur adquire Factual Determination Analysis)
E então ele despertou.
Seus olhos deixaram de ver a imagem opaca da Criação. Ele via além agora, ele via mais. Via a essência, em sua forma mais clara, mais natural, mais primal. Via a Criação pelo que ela é, suas mecânicas, seus engenhos.
Ergueu o olhar e via as pedras caindo em sua direção e na direção do que chamavam de Legado. Todos vitimados pelo último ato desesperado do Rei da Coroa Ensaguentada.
Olhou para cada um deles e viu a essência pelo que eram compostos. Viu os escravos, Raz'Ashid e a Selvagem em seus padrões simplórios.
E então, olhou para si e percebeu que... não fluia essência. Não havia qualquer essência em seu corpo, não havia o fluir livre pelos seus chakras.
Mas...
(Alfadur adquire Essence Dissection Stare)
Havia essência por toda a Criação. Por que ele se submetia a utilizar a sua, quando todo o universo estava à sua disposição?
E então veio a agressão da natureza. Mas agora, Alfadur tinha consciência de que era maior a sua vontade do que a vontade da Criação.
Foi o seu poder, afinal, que havia construído as Leis da Criação.
As Leis que regiam à Criação, eram suas leis.
E ele forçou a sua vontade sobre a natureza.
(Alfadur adquire Mind Hand Manipulation)
Aquilo seria o suficiente para salvá-lo, porque era este o seu desejo.
Mas talvez, apenas talvez, não seria o suficiente para salvar os seus. O que, a aquela altura, revelava-se meramente um incômodo, pois a Criação haveria de curvar-se perante o que ele desejava.
Suas asas se estenderam ao redor de todo o Legado e, pouco a pouco, a luz que emanava dela, começou, pouco a pouco, à cristalizar-se, até formar uma barreira que cobria ao redor, endurecendo as leis naturais em uma força tangível.
(Alfadur adquire Crystal Fire Barrier Technique)
Seus aliados eram protegidos da violento ataque natural. As pedras caiam, mas não eram capazes de trespassar a barreira, ainda que, para isso, Alfadur precisava concentrar-se em dobro. Tanta concentração que foi incapaz de mover Hector. Ele tinha de se focar em manter a barreira.
Os bárbaros eram soterrados ou impedidos de se aproximar, excetuando alguns poucos que foram abrigados pela proteção de Alfadur, mas que estavam assustados demais para fazer alguma coisa. Viam a imagem totêmica de Hector, as Asas de Alfadur que se estendia no ar e causava distorções no espaço.
Eles viam aquilo.
E ouviram quando a lança de Fal Grey trespassou o entulho e atravessou a barreira, fazendo um som semelhante ao de vidro se quebrando.
A arma tinha um destino. O coração do antigo protegée de Fal Grey.
__
E houve uma explosão. A colisão da essência esmeralda de Alexander e da essência dourada de Fal Grey. A blasfêmia de um contra a santidade de outro.
[Alexander utiliza Pathetic Distraction Rebuke]
Alexander sentia que segurava o próprio sol em suas mãos. A energia do Solar ardia, queimava, como se deter a arma fosse opor-se à vontade dos deuses.
Ele não sentia mais nada além do fluir da energia em suas veias, do ardor em suas mãos que se espalhava por todo o seu corpo.
Ele era forte demais. A essência do Solar dominava o Infernal como se este devesse submeter-se, ajoelhar-se perante a sua vontade.
Não. Aquilo não era o suficiente.
[Alexander utiliza First Excellency]
Seus chakras, sua vontade, sua força. Tudo isso se dirigiu para as mãos do Escolhido. Pouco a pouco, a lâmina começava a penetrar o torax do escolhido, trespassar sua armadura que, pouco a pouco, começava a derreter diante de tamanha energia.
Urrava. Urrava de dor, urrava pelo esforço necessário para impedir o desejo de alguém que, como ele, era capaz de mudar o mundo.
Mas não. Não sucumbiria.
[Alexander canaliza Virtude - 1 WP utilizado]
Estava determinado, certo de que era o que deveria ser feito. Sua energia transbordava, pulsava pela terra que estremecia diante de tamanha demonstração de poder.
A lâmina queimava, aproximava-se mais e o guerreiro já sentia sua pele começar a ser perfurada, seu corpo inteiro estremecer.
E então houve uma explosão, seguida de um grito de dor tão intenso, que acordaria os mortos. A energia dourada havia consumido a energia esmeralda e pedra, areia e terra subiam aos céus, trazendo uma cortina de fumaça.
Quem olhasse para o chão, veria uma poça de sangue formar-se.
E quando a cortina de fumaça baixou...
... Alexander havia cravado a lança de Fal Grey no chão. Seu corpo coberto por uma armadura feita dos blasfemos metais de Malfeas, que envolvia todo o seu corpo. A armadura parecia viva, pulsava junto com o coração do Escolhido.
Em seu abdomem, o ferimento causado. Mas o escolhido resistiu.
[Alexander adquire Viridian Exoesqueleton]
__
E quando a fumaça baixou. Tudo o que restava era um cemitério de cadáveres congelados. O demônio de gelo havia soprado sua morte por sobre os poucos bárbaros que restavam e o escudo criado por Alfadur, agora havia encontrado reforço na vontade de Spectre.
Atônitos. As linhas de bárbaros foram incapazes de resistir a afronta do Legado que, agora, encontrava-se exausto.
Um vento auspicioso soprou, e mais uma vez, o destino deles foi sussurrado...
Reevahkiin
__
Resultado:
Hector utilizou X motes de essência
Alfadur utilizou X motes de essência e X de WP
Alexander utilizou x motes de essência e X de WP
Magnitude da unidade sul dos Bárbaros: Redução de 5 para 1
Morale Check: Fail
__
Os bárbaros começavam a se espalhar e fugir, desesperados.
A linha do norte havia se detido e aguardavam um comando de Fal Grey para continuar.
- Resistir!!!
A selvagem gritou, enquanto, hesitante, começava a se levantar do meio daquela bagunça. Ao redor, havia apenas terra, gelo e pedra. A linha sul dizimada, a linha norte paralisada.
O som de pancada contra o vento começou a se intensificar.
Do outro lado, Fal Grey observava e a visão de raiva e frustração era clara em seus olhos.
Mas ele nada disse. Apenas comando o mundo para se curvar e a essência dourada começou a fluir novamente.
No sul, a imagem de Archer aparecia. Um estado lastimável, cheio de cortes e ferimentos, seus braços empapados em sangue.
Atrás dele...
- RESISTIR!
A selvagem gritou.
Atrás de Archer, a imagem de um dos veículos voadores da liga Haslanti. Ele flutuava baixo, próximo ao solo.
A selvagem apontava na direção e bradava. Era a opção deles sairem daquele inferno de gelo e reagruparem.
A linha norte, marcharia novamente.
- Eu vivi cada dia da minha vida... escolhendo uma razão digna para morrer. Você não tem o direito de me tirar isto.
__
A pancada foi forte o suficiente para estremecer a base da superfície sólida. Camadas de gelo que sustentavam a parte mais alta, começaram a desmoronar. Com o braço esticado, aguardando pelo fim, Hector sentia que havia se tornado algo mais, dado um passo a frente em sua evolução.
Seu corpo havia se tornado a representação da violência gélida do norte, da obsessão impassível que os reis tem sobre o que lhe pertence. Mais forte, maior, mais aterrador. Hector havia dado o primeiro passo em direção à imortalidade como rei e deus dos homens.
(Hector adquire By Rage Recast)
Sua essência transbordou, corrompeu e fragmentou a encosta. Segundos depois, terra e gelo se misturavam e criavam um túmulo para os Escolhidos.
__
- Se você tornou-se humano? Por que ainda estou aqui?
A consciência de Alfadur se expandia. Aquela questão, não era apenas a voz de sua consciência fragmentada no momento da Exaltação, mas era, a prova inequívoca, de que ele estava acima dos homens.
(Alfadur adquire Factual Determination Analysis)
E então ele despertou.
Seus olhos deixaram de ver a imagem opaca da Criação. Ele via além agora, ele via mais. Via a essência, em sua forma mais clara, mais natural, mais primal. Via a Criação pelo que ela é, suas mecânicas, seus engenhos.
Ergueu o olhar e via as pedras caindo em sua direção e na direção do que chamavam de Legado. Todos vitimados pelo último ato desesperado do Rei da Coroa Ensaguentada.
Olhou para cada um deles e viu a essência pelo que eram compostos. Viu os escravos, Raz'Ashid e a Selvagem em seus padrões simplórios.
E então, olhou para si e percebeu que... não fluia essência. Não havia qualquer essência em seu corpo, não havia o fluir livre pelos seus chakras.
Mas...
(Alfadur adquire Essence Dissection Stare)
Havia essência por toda a Criação. Por que ele se submetia a utilizar a sua, quando todo o universo estava à sua disposição?
E então veio a agressão da natureza. Mas agora, Alfadur tinha consciência de que era maior a sua vontade do que a vontade da Criação.
Foi o seu poder, afinal, que havia construído as Leis da Criação.
As Leis que regiam à Criação, eram suas leis.
E ele forçou a sua vontade sobre a natureza.
(Alfadur adquire Mind Hand Manipulation)
Aquilo seria o suficiente para salvá-lo, porque era este o seu desejo.
Mas talvez, apenas talvez, não seria o suficiente para salvar os seus. O que, a aquela altura, revelava-se meramente um incômodo, pois a Criação haveria de curvar-se perante o que ele desejava.
Suas asas se estenderam ao redor de todo o Legado e, pouco a pouco, a luz que emanava dela, começou, pouco a pouco, à cristalizar-se, até formar uma barreira que cobria ao redor, endurecendo as leis naturais em uma força tangível.
(Alfadur adquire Crystal Fire Barrier Technique)
Seus aliados eram protegidos da violento ataque natural. As pedras caiam, mas não eram capazes de trespassar a barreira, ainda que, para isso, Alfadur precisava concentrar-se em dobro. Tanta concentração que foi incapaz de mover Hector. Ele tinha de se focar em manter a barreira.
Os bárbaros eram soterrados ou impedidos de se aproximar, excetuando alguns poucos que foram abrigados pela proteção de Alfadur, mas que estavam assustados demais para fazer alguma coisa. Viam a imagem totêmica de Hector, as Asas de Alfadur que se estendia no ar e causava distorções no espaço.
Eles viam aquilo.
E ouviram quando a lança de Fal Grey trespassou o entulho e atravessou a barreira, fazendo um som semelhante ao de vidro se quebrando.
A arma tinha um destino. O coração do antigo protegée de Fal Grey.
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E houve uma explosão. A colisão da essência esmeralda de Alexander e da essência dourada de Fal Grey. A blasfêmia de um contra a santidade de outro.
[Alexander utiliza Pathetic Distraction Rebuke]
Alexander sentia que segurava o próprio sol em suas mãos. A energia do Solar ardia, queimava, como se deter a arma fosse opor-se à vontade dos deuses.
Ele não sentia mais nada além do fluir da energia em suas veias, do ardor em suas mãos que se espalhava por todo o seu corpo.
Ele era forte demais. A essência do Solar dominava o Infernal como se este devesse submeter-se, ajoelhar-se perante a sua vontade.
Não. Aquilo não era o suficiente.
[Alexander utiliza First Excellency]
Seus chakras, sua vontade, sua força. Tudo isso se dirigiu para as mãos do Escolhido. Pouco a pouco, a lâmina começava a penetrar o torax do escolhido, trespassar sua armadura que, pouco a pouco, começava a derreter diante de tamanha energia.
Urrava. Urrava de dor, urrava pelo esforço necessário para impedir o desejo de alguém que, como ele, era capaz de mudar o mundo.
Mas não. Não sucumbiria.
[Alexander canaliza Virtude - 1 WP utilizado]
Estava determinado, certo de que era o que deveria ser feito. Sua energia transbordava, pulsava pela terra que estremecia diante de tamanha demonstração de poder.
A lâmina queimava, aproximava-se mais e o guerreiro já sentia sua pele começar a ser perfurada, seu corpo inteiro estremecer.
E então houve uma explosão, seguida de um grito de dor tão intenso, que acordaria os mortos. A energia dourada havia consumido a energia esmeralda e pedra, areia e terra subiam aos céus, trazendo uma cortina de fumaça.
Quem olhasse para o chão, veria uma poça de sangue formar-se.
E quando a cortina de fumaça baixou...
... Alexander havia cravado a lança de Fal Grey no chão. Seu corpo coberto por uma armadura feita dos blasfemos metais de Malfeas, que envolvia todo o seu corpo. A armadura parecia viva, pulsava junto com o coração do Escolhido.
Em seu abdomem, o ferimento causado. Mas o escolhido resistiu.
[Alexander adquire Viridian Exoesqueleton]
__
E quando a fumaça baixou. Tudo o que restava era um cemitério de cadáveres congelados. O demônio de gelo havia soprado sua morte por sobre os poucos bárbaros que restavam e o escudo criado por Alfadur, agora havia encontrado reforço na vontade de Spectre.
Atônitos. As linhas de bárbaros foram incapazes de resistir a afronta do Legado que, agora, encontrava-se exausto.
Um vento auspicioso soprou, e mais uma vez, o destino deles foi sussurrado...
Reevahkiin
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Resultado:
Hector utilizou X motes de essência
Alfadur utilizou X motes de essência e X de WP
Alexander utilizou x motes de essência e X de WP
Magnitude da unidade sul dos Bárbaros: Redução de 5 para 1
Morale Check: Fail
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Os bárbaros começavam a se espalhar e fugir, desesperados.
A linha do norte havia se detido e aguardavam um comando de Fal Grey para continuar.
- Resistir!!!
A selvagem gritou, enquanto, hesitante, começava a se levantar do meio daquela bagunça. Ao redor, havia apenas terra, gelo e pedra. A linha sul dizimada, a linha norte paralisada.
O som de pancada contra o vento começou a se intensificar.
Do outro lado, Fal Grey observava e a visão de raiva e frustração era clara em seus olhos.
Mas ele nada disse. Apenas comando o mundo para se curvar e a essência dourada começou a fluir novamente.
No sul, a imagem de Archer aparecia. Um estado lastimável, cheio de cortes e ferimentos, seus braços empapados em sangue.
Atrás dele...
- RESISTIR!
A selvagem gritou.
Atrás de Archer, a imagem de um dos veículos voadores da liga Haslanti. Ele flutuava baixo, próximo ao solo.
A selvagem apontava na direção e bradava. Era a opção deles sairem daquele inferno de gelo e reagruparem.
A linha norte, marcharia novamente.
25Slash7- Administrador
- Zodíaco :
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Data de inscrição : 09/07/2009
Idade : 39
Re: Para as Bordas da Criação
Tinham muita coisa a dizer, em verdade, bastante pelo que podia notar, coisa demais para se pressupor, para 'planejar', mas nada além de palavras, vazias e perdidas em meio a eloquência de sons, de cheiros e sensações, nunca sentimento, não podia-se dizer sentimento, não conhecia o real significado disso, talvez lealdade, mas apenas e só, o resto eram apenas sensações, tão voláteis quanto o tempo do Norte, indo e vindo, perdendo-se e achando.
Não existia ação, reação, sempre acontecia.
Perdeu-se, no teor da guerra, no soluçar dos berros e no brando das espadas: não tinha sido constituído para a guerra, essa lhe era estranha, não lhe era irmã ou companheira, distante, não lhe pertencia e tudo acontecia diante de seus olhos, imóveis, buscando compreender. Não se compreende o que não se conhece.
– A morte é uma opção?
– Não. – Ele tinha lhe dito, tempos atrás, nunca se lembrou de seu nome – nunca lhe contara, na verdade – mas isso não importava para Charlie, ou Charlote, ou Charles.
– O que é, então?
– Um meio.
Movia-se, sem exatamente saber por que, sentia o sangue – o seu ou de outrem não podia afirmar -, mas era apenas isso... Era só o que sentia. O respirar, o sabor, cheiro. Não via mais cores, tudo era tão monocromático como fora em outra hora, junto ao Corvo. Sons viam, cortando-se em seus ouvidos tão bem aguçados, perdendo-se na profusão de acontecimentos, tudo movia-se tão devagar e desacelerado que pensou talvez tratar-se de um sonho. Quando havia dormido?
Tinha dormido?
Como uma explosão, moveu-se para a frente – ou achava que o fazia – e agarrou a cabeça, puxo-a para fora do corpo, mastigando, sorvendo do sangue, o que era aquilo? O que era aquilo que faltava? Faltava algo? As perguntas se perderam, não via mais nada, Hector desaparecera, as rochas, a neve e os bárbaros. Olhava o …
Não existia verdade nenhuma.
Moveu a cabeça, quando retornou ao mundo, ainda desacelerado, ainda sem cor, viu a neve, os rochedos de gelo que cediam, havia luz também, forte, poderosa pairando em direção à Hector. Ele tinha aberto os braços, aceitado por aceitar. Não se interfere no desejo de um homem, nunca se faz. Não notou quando suas patas agarraram-se a carroça, e içaram o pesado corpo para cima, quebrando, desmontando e saltou para fora do cercado que havia sido improvisado, esse tão falho, tão frágil.
Você está por si próprio agora, nós não salvaremos você. Seu esquadrão de salvamento está muito exausto
Não era raiva, não era rancor ou prazer, nem desejo e tão pouco esperança. Era a ausência, agora sabia. Era a ausência de tudo isso e muito mais, Charlie era oco, era vazia. Fragmentado em seus próprios fantasmas - que não eram fantasmas afinal - e despedaçada em todos os sentidos. Era isso que lhe movia, afinal. O Vazio.
Fique de pé. Você já teve o suficiente.
Era o vazio, o despedaçar de tudo. Nunca havia sido homem ou mulher, nunca havia sido criador ou criatura. Era um meio, era vazio. A morte não era uma opção, era a razão, o motivo, o objetivo... Era um meio; pode sentir quando as patas grandes esmagaram corpos, pode ouvir os sons, ainda que nada isso lhe trouxesse além de sons e da sensação da pele contra a pele, o focinho manchava-se de rubro, veloz, Morte Branca avançava, como uma praga diante de seus algozes, ainda que seu objetivo fosse apenas um, e nada além.
[Racing Vitaris]
Charlie os havia deixado para trás, enquanto rasgava, devorava, rugia e pisoteava. Jogara-se no meio dos bárbaros – ou o que quer que havia restado deles – em direção a Fal, seu objetivo afinal, os bárbaros eram apenas um meio, Fal sempre tinha sido o objetivo. Avançaria, deixando seu rastro de destruição, de avareza e morte para trás, como antes, mas Charlie não se preocupou em olhar para trás, de maneira alguma.
Para de olhar para trás, você já sabe onde esteve.
Nunca fora apegado a lembranças, porém também não se questionava porque aqueles pequenos fragmentos lhe surgiam à mente naquele instante, fases de um ensinamento que nunca poderia revelar a ninguém, nem mesmo a Hector, era parte de seu juramente afinal. Parte de um pacto, parte de algo maior que si, ainda que há muito tempo houvesse deixado de acreditar em tal coisa. Havia agora aceitado que era vazio, e com o vazio se encontrava, se completava e movia-se.
Nada além, nada à frente nem atrás. Apenas ele, o vazio, e Fal Grey.
Não comparava Fal com um traidor, nunca o conhecera de verdade para julgar seu caráter ou suas ambições. Era só mais um homem, lutando com outros homens, por terra, por poder, pelo que quer que fosse.
Não eram mais homens lutando com outros homens. Eram algo maior.
[Thousandfold Typhoon Hand – Não sei se dá pra fazer um combo com o Racing, mas se for possível só me dizer como.]
E como algo maior, lutariam como algo maior, morreriam como algo maior. Charlie, Charlote, Charles sorriam, para si, por si, dentro e fora. Como crianças, como traiçoeiras travessuras da vida. Era como se lembrava de ter ouvido, uma vez: Primeiro vem as risadas, depois as mentiras. Por último o tiroteio. E agora era apenas questão de tempo, talvez de sorte, ainda que Charlie não acreditasse na segunda. Sabia – ou talvez não – que Fal parecia imensuravelmente mais forte, mas Fal também provavelmente não esperava um ataque direto, ou algo tão repentino. Não pensava mais, haviam pensado demais por todo aquele tempo, dançado no campo de batalha uma dança que Charlie desconhecia. Era seu momento, e se não o fosse, nem tudo era silêncio no salão dos mortos!
Como o vento, como a neve, feroz como a morte, vazia como a partida, Charlie avançou, no silêncio ou no som, era o precursor, era a Morte, em seu mais belo e veloz momento, e era tudo que precisava ser, tudo que queria ser naquele instante. Ninguém se põe contra a decisão de homem. Ninguém se opõe a decisão de um Deus.
O tempo tinha deixado de fazer sentido, de ter razão, sentiu as patas flexionando-se, o impulso vindo de si, para si, da Criação, as garras se expondo, a mandíbula se abrindo e o salto que lhe levantava acima dos homens, acima do que era mortal, do que era tão frágil e tocável. Qual eram as probabilidades? Quais eram realmente as chances? Não pensava a respeito. Deixara todos para trás, talvez fosse simplesmente o tempo que teriam para fugir, ou para continuarem a dançar entre os mortais, para fazerem seus jogos.
Ninguém deve se por entre a decisão....
Gargalhou, sem som, sem riso ou sem voz. Loucura? Talvez. Não. Era apenas o vazio. Charlie nunca havia temido a morte. Nunca tinha lhe sido um medo real, ou próximo, daqueles que te faz perder a cabeça. A morte era apenas parte do processo, haviam ensinado a Charlie. Não se pode evitar. Ela apenas acontece, e derruba a todos os homens, todas as criaturas. E traria, para ela ou para Fal esse processo, talvez para ambos, talvez para nenhum deles. A morte era uma amante cruel, às vezes te abandonava no leito, com vazias sensações e levando suas expectativas, às vezes lhe encontrava na curva, de surpresa lhe deixando de calças arriadas.
A Morte era traiçoeira. Talvez por isso tão sublime. Tão amiga e irmã.
E assim, no Vazio, livre de sentimentos, livre de amarras, Charlie lançou-se contra Fal Grey. A bocarra aberta em direção a sua cabeça, as garras expostas para contra seu peito. Transportava a Morte, e a passaria a diante. Como uma praga, como um...
Legado.
Não existia ação, reação, sempre acontecia.
Perdeu-se, no teor da guerra, no soluçar dos berros e no brando das espadas: não tinha sido constituído para a guerra, essa lhe era estranha, não lhe era irmã ou companheira, distante, não lhe pertencia e tudo acontecia diante de seus olhos, imóveis, buscando compreender. Não se compreende o que não se conhece.
– A morte é uma opção?
– Não. – Ele tinha lhe dito, tempos atrás, nunca se lembrou de seu nome – nunca lhe contara, na verdade – mas isso não importava para Charlie, ou Charlote, ou Charles.
– O que é, então?
– Um meio.
Movia-se, sem exatamente saber por que, sentia o sangue – o seu ou de outrem não podia afirmar -, mas era apenas isso... Era só o que sentia. O respirar, o sabor, cheiro. Não via mais cores, tudo era tão monocromático como fora em outra hora, junto ao Corvo. Sons viam, cortando-se em seus ouvidos tão bem aguçados, perdendo-se na profusão de acontecimentos, tudo movia-se tão devagar e desacelerado que pensou talvez tratar-se de um sonho. Quando havia dormido?
Tinha dormido?
Como uma explosão, moveu-se para a frente – ou achava que o fazia – e agarrou a cabeça, puxo-a para fora do corpo, mastigando, sorvendo do sangue, o que era aquilo? O que era aquilo que faltava? Faltava algo? As perguntas se perderam, não via mais nada, Hector desaparecera, as rochas, a neve e os bárbaros. Olhava o …
Ao sol que despontou,
À rosa que surgiu,
Às Montanhas que nos cercam,
À lua que brilha no infinito,
Ao sagrado Manto do Trono
À Toda Soberania do Rei.
Ofereço a verdade contida em meu coração.
À rosa que surgiu,
Às Montanhas que nos cercam,
À lua que brilha no infinito,
Ao sagrado Manto do Trono
À Toda Soberania do Rei.
Ofereço a verdade contida em meu coração.
Não existia verdade nenhuma.
Moveu a cabeça, quando retornou ao mundo, ainda desacelerado, ainda sem cor, viu a neve, os rochedos de gelo que cediam, havia luz também, forte, poderosa pairando em direção à Hector. Ele tinha aberto os braços, aceitado por aceitar. Não se interfere no desejo de um homem, nunca se faz. Não notou quando suas patas agarraram-se a carroça, e içaram o pesado corpo para cima, quebrando, desmontando e saltou para fora do cercado que havia sido improvisado, esse tão falho, tão frágil.
Você está por si próprio agora, nós não salvaremos você. Seu esquadrão de salvamento está muito exausto
Não era raiva, não era rancor ou prazer, nem desejo e tão pouco esperança. Era a ausência, agora sabia. Era a ausência de tudo isso e muito mais, Charlie era oco, era vazia. Fragmentado em seus próprios fantasmas - que não eram fantasmas afinal - e despedaçada em todos os sentidos. Era isso que lhe movia, afinal. O Vazio.
Fique de pé. Você já teve o suficiente.
Era o vazio, o despedaçar de tudo. Nunca havia sido homem ou mulher, nunca havia sido criador ou criatura. Era um meio, era vazio. A morte não era uma opção, era a razão, o motivo, o objetivo... Era um meio; pode sentir quando as patas grandes esmagaram corpos, pode ouvir os sons, ainda que nada isso lhe trouxesse além de sons e da sensação da pele contra a pele, o focinho manchava-se de rubro, veloz, Morte Branca avançava, como uma praga diante de seus algozes, ainda que seu objetivo fosse apenas um, e nada além.
[Racing Vitaris]
Charlie os havia deixado para trás, enquanto rasgava, devorava, rugia e pisoteava. Jogara-se no meio dos bárbaros – ou o que quer que havia restado deles – em direção a Fal, seu objetivo afinal, os bárbaros eram apenas um meio, Fal sempre tinha sido o objetivo. Avançaria, deixando seu rastro de destruição, de avareza e morte para trás, como antes, mas Charlie não se preocupou em olhar para trás, de maneira alguma.
Para de olhar para trás, você já sabe onde esteve.
Nunca fora apegado a lembranças, porém também não se questionava porque aqueles pequenos fragmentos lhe surgiam à mente naquele instante, fases de um ensinamento que nunca poderia revelar a ninguém, nem mesmo a Hector, era parte de seu juramente afinal. Parte de um pacto, parte de algo maior que si, ainda que há muito tempo houvesse deixado de acreditar em tal coisa. Havia agora aceitado que era vazio, e com o vazio se encontrava, se completava e movia-se.
Nada além, nada à frente nem atrás. Apenas ele, o vazio, e Fal Grey.
Não comparava Fal com um traidor, nunca o conhecera de verdade para julgar seu caráter ou suas ambições. Era só mais um homem, lutando com outros homens, por terra, por poder, pelo que quer que fosse.
Não eram mais homens lutando com outros homens. Eram algo maior.
[Thousandfold Typhoon Hand – Não sei se dá pra fazer um combo com o Racing, mas se for possível só me dizer como.]
E como algo maior, lutariam como algo maior, morreriam como algo maior. Charlie, Charlote, Charles sorriam, para si, por si, dentro e fora. Como crianças, como traiçoeiras travessuras da vida. Era como se lembrava de ter ouvido, uma vez: Primeiro vem as risadas, depois as mentiras. Por último o tiroteio. E agora era apenas questão de tempo, talvez de sorte, ainda que Charlie não acreditasse na segunda. Sabia – ou talvez não – que Fal parecia imensuravelmente mais forte, mas Fal também provavelmente não esperava um ataque direto, ou algo tão repentino. Não pensava mais, haviam pensado demais por todo aquele tempo, dançado no campo de batalha uma dança que Charlie desconhecia. Era seu momento, e se não o fosse, nem tudo era silêncio no salão dos mortos!
Como o vento, como a neve, feroz como a morte, vazia como a partida, Charlie avançou, no silêncio ou no som, era o precursor, era a Morte, em seu mais belo e veloz momento, e era tudo que precisava ser, tudo que queria ser naquele instante. Ninguém se põe contra a decisão de homem. Ninguém se opõe a decisão de um Deus.
O tempo tinha deixado de fazer sentido, de ter razão, sentiu as patas flexionando-se, o impulso vindo de si, para si, da Criação, as garras se expondo, a mandíbula se abrindo e o salto que lhe levantava acima dos homens, acima do que era mortal, do que era tão frágil e tocável. Qual eram as probabilidades? Quais eram realmente as chances? Não pensava a respeito. Deixara todos para trás, talvez fosse simplesmente o tempo que teriam para fugir, ou para continuarem a dançar entre os mortais, para fazerem seus jogos.
Ninguém deve se por entre a decisão....
Gargalhou, sem som, sem riso ou sem voz. Loucura? Talvez. Não. Era apenas o vazio. Charlie nunca havia temido a morte. Nunca tinha lhe sido um medo real, ou próximo, daqueles que te faz perder a cabeça. A morte era apenas parte do processo, haviam ensinado a Charlie. Não se pode evitar. Ela apenas acontece, e derruba a todos os homens, todas as criaturas. E traria, para ela ou para Fal esse processo, talvez para ambos, talvez para nenhum deles. A morte era uma amante cruel, às vezes te abandonava no leito, com vazias sensações e levando suas expectativas, às vezes lhe encontrava na curva, de surpresa lhe deixando de calças arriadas.
A Morte era traiçoeira. Talvez por isso tão sublime. Tão amiga e irmã.
E assim, no Vazio, livre de sentimentos, livre de amarras, Charlie lançou-se contra Fal Grey. A bocarra aberta em direção a sua cabeça, as garras expostas para contra seu peito. Transportava a Morte, e a passaria a diante. Como uma praga, como um...
Legado.
Rosenrot- Usuário
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Re: Para as Bordas da Criação
Era uma questão de sobrevivência, parecia claro o bastante para todos, não parecia? Então por que apenas a selvagem parecia erguer-se diante da batalha com a única certeza de que era viver, ou morrer? Por que apenas ela lançava-se como um animal a frente inimiga de mãos nuas e corpo humano, deixando um rastro de mortos para trás enquanto eles, os escolhidos, conseguiam apenas a indecisão? Justo ela, que tinha sido sempre tão decidida, tão cheia de si, tão arrogante e confiante, tão irritantemente rígida e inclinada a batalha disposta ao que quer fosse, justo ela agora se sentia como se girasse em meio a luta como uma barata tonta e sem rumo.
“Resistir!”
Gritava a selvagem. E parecia que apenas ela conseguia ver alguma chance em resistir. Mas, ela era apenas humana. Uma humana lutando com Deuses, uma batalha onde os Deuses é que sentiam medo. Não devia então ser o oposto? Claro que era. Se apenas ela conseguia a força que todos deixavam escapar, então seguiria o exemplo. Não importava o quanto já estava ferida ou o quanto seu próprio sangue misturava-se ao sangue inimigo em suas roupas.
Niume cerraria os olhos e rangeria os dentes para fazer o que devia ser feito, não importando o preço. Ela cuidava da retaguarda sem medir esforços. Se fosse preciso, atiraria flechas até os dedos sangrarem, arrancaria a essência da própria vida, se necessário fosse para continuar erguendo seu poder diante dos bárbaros. Qual o sentido de ser um Deus, se teme tudo que grita abaixo de seus pés?
Bastava deixar que a fúria fluísse. Que o sangue queimasse e que por um minuto, fosse a nortenha caçando na floresta outra vez. A nortenha que não temia o destino, a filha da tempestade que não temia a morte. A mãe a havia sentenciado a morte, a natureza, havia lhe sentenciado a morte e estava viva. Sobrevivia porque o coração em seu peito deseja viver, viver acima de qualquer medo. Bastava deixar que a fúria fluísse.
Mas, nem todos ali pareceram igualmente dispostos a lutar não importando o fim. Ao menos, foi a primeira coisa que pensou quando Hector abriu os braços e aceitou a morte que cavalgava montada sobre a lança dourada. Porque simplesmente desistir? Porque não continuar tentando? Porque, baixar o martelo e enterrar a todos na mesma sepultura? Se ele queria tanto assim desistir enquanto a morte parecia rápida e indolor, então que fizesse isso sozinho. Egoísta. Foi o que ela pensou. Mas, talvez, a egoísta fosse apenas ela, olhando a montanha sem enxergar de fato os motivos daquele homem para ceder. Quem poderia julga-lo ou condena-lo por decidir a hora de ir? Quem poderia julga-lo por talvez, desejar dar a todos, uma morte rápida e gelada, poupando-os das armas inimigas e da dor? Era apenas uma questão de sobrevivência.
E a terra tremeu abaixo de seus pés....
Amor. Niume podia aceitar a desistência de outros. Podia aceitar a desistência de alguém que mal conhecia. Podia aceitar a morte levar qualquer um ali num abraço silencioso, até mesmo a si própria, mas ele? Isso estava acima de tudo que ela consentiria em silencio. O sangue dele manchava as roupas em trapos e manchava a alma inconquistada do sol que ela carregava. Se não era capaz de protege-lo, então porque desejar todo aquele poder? Porque ser tão forte, tão viva, quando o homem que amava ajoelhava-se no chão, ferido, entregando os pontos e o mundo que ele tinha mostrado a ela?
O homem que amava...? Amava...Os dedos apertavam-se em punhos cerrados, apertando as unhas contra a palma das mãos enquanto era quase capaz de desejar igualmente desistir. Se ele não desejava seguir em frente, era porque ela não havia conseguido protege-lo como desejou, porque ela havia falhado, sido desobediente mais uma vez, agido e errado. Ela queria perder para que ele ganhasse, queria aprender para ensina-lo. Sem ele, não havia estrada a frente, sem ele, o resto do mundo não importava. Por ele, ela daria a própria vida.
Era o elo perdido entre a Deusa do Destino, dona do destino dos homens e de seus pecados e a garota humana. Um conflito de toda a grandeza que explodia dentro dela e de tudo que havia aprendido a ser.
Niume negou, recusando-se a aceitar o destino daquela forma. Recusando-se a desistir enquanto o sangue ainda pulsasse. Não queria e não iria, morrer ali daquele jeito e para Alfadur, enquanto ela vivesse, ele também não teria escolha. Viveria. A morena correu na direção dele, de alguma forma tinha que faze-lo levantar. De alguma forma, tinha que alcança-lo antes que a avalanche os acertasse. Segundos...
A essência de Hector transbordou, corrompendo a encosta. A neve começou a despencar e depois, apenas um piscar de olhos. Niume tinha curvando-se onde estava, quase próxima a Alfadur. O corpo havia tampado a cabeça com os braços, um reflexo diante da certeza de um impacto que não aconteceu. Os sons estavam por toda a parte, mas o corpo nada sentia além do tremor da terra. Caos. Era a única palavra em que conseguia pensar.
Quando abriu os olhos, perdeu-se na certeza de estar viva, ou morta. As asas de Alfadur estendiam-se ao redor de todos eles e a luz que emanava delas, cristalizava, criando uma barreira que endurecia as leis naturais e guardava a todos eles. Como uma barreira de vidro que quebrou-se ao ser transpassada pela lamina.
Mais um leve fechar de olhos, contraindo-os e quando tornou a abri-los, Hector ainda estava lá. E vivo. A frente dele, Alexander, igualmente vivo. O guerreiro tinha parado a lança de Fal Grey com apenas uma das mãos. Tudo aquilo parecia tão surreal que Niume teve a certeza de que estava viva.
-Impossível....
Sussurrou para si mesma, espantada e porque não maravilhada com tamanha demonstração de poder. O peito puxava o ar com força e o soltava com agilidade, mas um pequeno sorriso desenhava-se em sua face suja. O alivio de ainda sentir a vida pulsar dentro de cada um deles. E desde quando ela se importava tanto?
Quando a fumaça baixou, tudo que viu era o restante do que antes havia sido um campo de batalha, agora preenchido por um exercito morto e congelado e não guerreiros destemidos com um Deus acima de suas cabeças. O impossível tornava-se possível a cada pulsar. A roda do destino havia novamente girado a favor deles.
“Resistir!”
Tornou a gritar a selvagem e dessa vez, parecia mais fácil seguir o que ordenava a voz da mulher. Niume ergueu-se, como se vislumbrasse algum outro universo além daquele que havia conhecido. As feridas ardiam, o sangue parecia congelar e cortar a pele enquanto ainda escorria das feridas, mas isso não importava agora. Tinham uma chance, uma nova chance. E ela não estava disposta a perde-la outra vez com discussões inconclusivas e decisões difíceis.
Não restava nada ali para eles além de cadáveres e um Deus que precisava apenas de tempo para superar a raiva e a frustração para incendiar a coragem nos bárbaros que restavam e quando isso acontecesse, ela queria estar bem longe, com todos eles. A guerreira olhou a embarcação que se aproximava deles voando baixo, próxima ao chão.
-É a nossa chance!
Reforçou os gestos da selvagem, apontando na direção da embarcação como se aquilo fosse uma ordem. Dali, buscava os olhos de Alfadur. Ela iria com eles, sem mais estratégias de guerra.
-Vamos logo!
O chamado incluiria Raz’shid, se assim o homem desejasse. Nada faria para impedi-lo, se ele quisesse ficar ali um pouco mais. Não havia mais o que ainda pudessem fazer ali.
“Resistir!”
Gritava a selvagem. E parecia que apenas ela conseguia ver alguma chance em resistir. Mas, ela era apenas humana. Uma humana lutando com Deuses, uma batalha onde os Deuses é que sentiam medo. Não devia então ser o oposto? Claro que era. Se apenas ela conseguia a força que todos deixavam escapar, então seguiria o exemplo. Não importava o quanto já estava ferida ou o quanto seu próprio sangue misturava-se ao sangue inimigo em suas roupas.
Niume cerraria os olhos e rangeria os dentes para fazer o que devia ser feito, não importando o preço. Ela cuidava da retaguarda sem medir esforços. Se fosse preciso, atiraria flechas até os dedos sangrarem, arrancaria a essência da própria vida, se necessário fosse para continuar erguendo seu poder diante dos bárbaros. Qual o sentido de ser um Deus, se teme tudo que grita abaixo de seus pés?
Bastava deixar que a fúria fluísse. Que o sangue queimasse e que por um minuto, fosse a nortenha caçando na floresta outra vez. A nortenha que não temia o destino, a filha da tempestade que não temia a morte. A mãe a havia sentenciado a morte, a natureza, havia lhe sentenciado a morte e estava viva. Sobrevivia porque o coração em seu peito deseja viver, viver acima de qualquer medo. Bastava deixar que a fúria fluísse.
Mas, nem todos ali pareceram igualmente dispostos a lutar não importando o fim. Ao menos, foi a primeira coisa que pensou quando Hector abriu os braços e aceitou a morte que cavalgava montada sobre a lança dourada. Porque simplesmente desistir? Porque não continuar tentando? Porque, baixar o martelo e enterrar a todos na mesma sepultura? Se ele queria tanto assim desistir enquanto a morte parecia rápida e indolor, então que fizesse isso sozinho. Egoísta. Foi o que ela pensou. Mas, talvez, a egoísta fosse apenas ela, olhando a montanha sem enxergar de fato os motivos daquele homem para ceder. Quem poderia julga-lo ou condena-lo por decidir a hora de ir? Quem poderia julga-lo por talvez, desejar dar a todos, uma morte rápida e gelada, poupando-os das armas inimigas e da dor? Era apenas uma questão de sobrevivência.
E a terra tremeu abaixo de seus pés....
Amor. Niume podia aceitar a desistência de outros. Podia aceitar a desistência de alguém que mal conhecia. Podia aceitar a morte levar qualquer um ali num abraço silencioso, até mesmo a si própria, mas ele? Isso estava acima de tudo que ela consentiria em silencio. O sangue dele manchava as roupas em trapos e manchava a alma inconquistada do sol que ela carregava. Se não era capaz de protege-lo, então porque desejar todo aquele poder? Porque ser tão forte, tão viva, quando o homem que amava ajoelhava-se no chão, ferido, entregando os pontos e o mundo que ele tinha mostrado a ela?
O homem que amava...? Amava...Os dedos apertavam-se em punhos cerrados, apertando as unhas contra a palma das mãos enquanto era quase capaz de desejar igualmente desistir. Se ele não desejava seguir em frente, era porque ela não havia conseguido protege-lo como desejou, porque ela havia falhado, sido desobediente mais uma vez, agido e errado. Ela queria perder para que ele ganhasse, queria aprender para ensina-lo. Sem ele, não havia estrada a frente, sem ele, o resto do mundo não importava. Por ele, ela daria a própria vida.
Era o elo perdido entre a Deusa do Destino, dona do destino dos homens e de seus pecados e a garota humana. Um conflito de toda a grandeza que explodia dentro dela e de tudo que havia aprendido a ser.
Niume negou, recusando-se a aceitar o destino daquela forma. Recusando-se a desistir enquanto o sangue ainda pulsasse. Não queria e não iria, morrer ali daquele jeito e para Alfadur, enquanto ela vivesse, ele também não teria escolha. Viveria. A morena correu na direção dele, de alguma forma tinha que faze-lo levantar. De alguma forma, tinha que alcança-lo antes que a avalanche os acertasse. Segundos...
A essência de Hector transbordou, corrompendo a encosta. A neve começou a despencar e depois, apenas um piscar de olhos. Niume tinha curvando-se onde estava, quase próxima a Alfadur. O corpo havia tampado a cabeça com os braços, um reflexo diante da certeza de um impacto que não aconteceu. Os sons estavam por toda a parte, mas o corpo nada sentia além do tremor da terra. Caos. Era a única palavra em que conseguia pensar.
Quando abriu os olhos, perdeu-se na certeza de estar viva, ou morta. As asas de Alfadur estendiam-se ao redor de todos eles e a luz que emanava delas, cristalizava, criando uma barreira que endurecia as leis naturais e guardava a todos eles. Como uma barreira de vidro que quebrou-se ao ser transpassada pela lamina.
Mais um leve fechar de olhos, contraindo-os e quando tornou a abri-los, Hector ainda estava lá. E vivo. A frente dele, Alexander, igualmente vivo. O guerreiro tinha parado a lança de Fal Grey com apenas uma das mãos. Tudo aquilo parecia tão surreal que Niume teve a certeza de que estava viva.
-Impossível....
Sussurrou para si mesma, espantada e porque não maravilhada com tamanha demonstração de poder. O peito puxava o ar com força e o soltava com agilidade, mas um pequeno sorriso desenhava-se em sua face suja. O alivio de ainda sentir a vida pulsar dentro de cada um deles. E desde quando ela se importava tanto?
Quando a fumaça baixou, tudo que viu era o restante do que antes havia sido um campo de batalha, agora preenchido por um exercito morto e congelado e não guerreiros destemidos com um Deus acima de suas cabeças. O impossível tornava-se possível a cada pulsar. A roda do destino havia novamente girado a favor deles.
“Resistir!”
Tornou a gritar a selvagem e dessa vez, parecia mais fácil seguir o que ordenava a voz da mulher. Niume ergueu-se, como se vislumbrasse algum outro universo além daquele que havia conhecido. As feridas ardiam, o sangue parecia congelar e cortar a pele enquanto ainda escorria das feridas, mas isso não importava agora. Tinham uma chance, uma nova chance. E ela não estava disposta a perde-la outra vez com discussões inconclusivas e decisões difíceis.
Não restava nada ali para eles além de cadáveres e um Deus que precisava apenas de tempo para superar a raiva e a frustração para incendiar a coragem nos bárbaros que restavam e quando isso acontecesse, ela queria estar bem longe, com todos eles. A guerreira olhou a embarcação que se aproximava deles voando baixo, próxima ao chão.
-É a nossa chance!
Reforçou os gestos da selvagem, apontando na direção da embarcação como se aquilo fosse uma ordem. Dali, buscava os olhos de Alfadur. Ela iria com eles, sem mais estratégias de guerra.
-Vamos logo!
O chamado incluiria Raz’shid, se assim o homem desejasse. Nada faria para impedi-lo, se ele quisesse ficar ali um pouco mais. Não havia mais o que ainda pudessem fazer ali.
Niume- Usuário
- Mensagens : 111
Data de inscrição : 02/02/2012
Sheet
DV/MDV: (Dodge) 6/5
Health Levels: (Lethal) 2/7
Acc/SoakL/Ess/EssP: 13/2/16-16/37-37
Re: Para as Bordas da Criação
[Ação Incidental]
Charlie avançou em direção à Fal Grey que, rapidamente, havia iniciado a sua marcha contra os Escolhidos.
Marcha esta que foi detida diante da ameaça vinda do tigre demônio que, impetuosamente, acreditava que seria capaz de findar aquele conflito agora, naquele instante.
As Fal Grey parou. Seu leão, preguiçosamente, bocejou, como se ficasse incomodado com o fato de ter sido necessário se deter.
Do outro lado, Charlie avançava, deixava bárbaros pelo caminho, atacava, matava, rasgava, sua essência fluindo, numa esperança de ignorar a dor e o cansaço que sentia.
Dor e cansaço que Fal Grey sentiu.
Quando a garota saltou, seu corpo não respondeu como deveria. Estava cansada. Estava ferida. Havia sido atacada por uma horda de bárbaros e sobrevivido, por pouco, á uma avalanche. Como se não bastasse, antes de sua transformação, tinha sido apunhalada por um refugiado.
Saltou. E, quando ela o fez, Fal Grey, com sua aparência soturna, expressão imovível, também se moveu.
Ele estendeu a mão esquerda e desferiu um tapa no focinho do tigre enquanto este ainda estava no alto. Um tapa tão violento, que Charlie pensou que sua mandíbula fosse se quebrar.
[Break the Storm - Contra Ataque]
Atordoado, o tigre caiu no chão, cambaleou e alguns bárbaros ameaçaram avançar, mas foram detidos.
Fal Grey olhou para Hector que, em sua imponência, havia se sacrificado. Ferido, machucado. Fal Grey olhava e, talvez, apenas talvez, visse aquele que houvesse, no passado, sido seu mais promissor aluno, sua família.
- Você sobreviverá... por causa do maldito.
Enfiou uma das mãos na mandíbula inferior do tigre demônio e, como se seu peso nada significasse, o ergueu no alto.
Fechou o punho direito, sua essência brilhou por um instante, um único instante.
Pois no instante seguinte, a imagem totêmica e gloriosa do Leão de Marfim, havia tomado o campo de batalha. Uma imagem gigantesca, que alcançava algo em torno de 10 metros de altura. Pois no instante seguinte, quando o leão urrou, Charlie sentiu seu mundo ruir.
- A Retribuição de Voharun - sussurrou Fal Grey.
Combo:
Solar Combination (Extra Attack)
Heaven Thunder Hammer (Supplement)
Crashing Wave Throw (Instant)
Lightning Strike Twice (Permanent)
Os movimentos de Fal Grey eram lentos, quase previsíveis. Contudo, tão logo o punho dele chocou-se contra o estomago da Escolhida, o que deveria ter sido um único impacto, resultou em seis impactos diferentes, cada um em um ponto do chakra vital de Charlie.
[Solar Combination]
Cada golpe resultou em um estrondo, o ressoar de um trovão, uma explosão de essência.
Charlie foi arremessada para o alto, seu corpo girando, lentamente se desfazendo, até que ela assumisse a forma humana.
[Heaven Thunder Hammer]
Quando alcançou 30 metros de altura, Fal Grey desapareceu e surgiu ao lado dela, seu corpo brilhando, seguido pela imagem totêmica do Leão.
[Lightning Strikes Twice]
Estava em câmera lenta, parecia flutuar enquanto o corpo de Charlie perdia a velocidade e começava a cair. Fal Grey a segurou pelo pescoço.
- Apenas eu... posso... proteger... o... norte.
[Crashing Wave Throw]
O totem desapareceu, condensado na ponta dos dedos de Fal Grey, que agora brilhavam intensamente, como uma estrela.
A mão espalmada sobre o rosto de Charlie. A segurou e a arremessou em direção ao grupo. A garota(o) atravessou o ar, como um cometa. Antes que qualquer coisa pudesse ser feita, ela se chocou contra o escudo de Alfadur, despedaçando-o o por completo. Em seguida, "explodiu" no chão, abrindo um buraco com cerca de 10 metros de raio.
Fal Grey estava sobre seu leão. Seus selvagens parados, apenas observavam a demonstração de poder.
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