Para as Bordas da Criação
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Above and Beyond :: Play By Post: Storyteller System (White Wolf) :: Exalted: Deuses e Homens :: Per Ardua Ad Astra (Cenário) :: Introdução: A Solidão dos Homens
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Re: Para as Bordas da Criação
Sonhava com coisas estranhas, seres estranhos e forças estranhas. Era essa visão de Spectre. Uma visão não tão distante de um mundo em pura desordem. A onda o carregava, seu corpo enfraquecia enquanto o Outro perdia o domínio. Mas mesmo assim, um sonho distante.
Juiz, Júri, Executor.
Apenas tolos acreditam que estão sonhando antes de acordar.
Com os poderes no fim e beirando o precipício do controle, as duas formas dividiam uma carne.
Seus movimentos passaram a ser irregulares. Um braço torcia enquanto o outro simplesmente subia e descia. E então parado. E então ambos torcidos. Era o mesmo com o torso, com as pernas e com a cabeça. Tudo virando para um lado, como se cada membro buscasse uma saída, como se cada membro possuísse vida própria. Eles dividiam o comando e o corpo em choque parecia em um colapso crítico .
- Você pode me expulsar, mas eu voltarei. Assim como os outros tentaram. Mas eu voltarei para dominar completamente. Você é fraco e não conseguirá impedir. Fraco para me impedir. Tente. Tente impedi-los também. E acima de tudo, tente impedir o Último. Você... - a risada guinchada explodia enquanto também apagava-se - incapaz. Incapaz.
Aqueles que não reconheciam seus limites encontrariam a morte. Observou com seus próprios olhos a força de Fal Grey e com os mesmos olhos impassíveis, a diferença de força que possuiam.
Estava abaixado com uma das mãos no chão e a outra no rosto. Apanhou um pouco de neve e sentiu sua mão. Sentiu a neve escorrer por entre os dedos. Voltara. A reflexão metafórica fez-se em sua mente - isso é o que sou - a neve que escorre entre os dedos. A sanidade que escorre lentamente e lhe retira o controle. Toda a sabedoria e conhecimento para nada. Nada o preparara para aquilo. O Juiz, aqueles selvagens, para a força existente naquele mundo.
Nada.
Lentamente se levantou. Olhou cada um dos seus. Sem dizer nada, caminhou arrastando-se para o dirigível. Precisavam fugir. Recompor-se.
E de um outro dia para morrer.
Juiz, Júri, Executor.
Apenas tolos acreditam que estão sonhando antes de acordar.
Com os poderes no fim e beirando o precipício do controle, as duas formas dividiam uma carne.
Seus movimentos passaram a ser irregulares. Um braço torcia enquanto o outro simplesmente subia e descia. E então parado. E então ambos torcidos. Era o mesmo com o torso, com as pernas e com a cabeça. Tudo virando para um lado, como se cada membro buscasse uma saída, como se cada membro possuísse vida própria. Eles dividiam o comando e o corpo em choque parecia em um colapso crítico .
- Você pode me expulsar, mas eu voltarei. Assim como os outros tentaram. Mas eu voltarei para dominar completamente. Você é fraco e não conseguirá impedir. Fraco para me impedir. Tente. Tente impedi-los também. E acima de tudo, tente impedir o Último. Você... - a risada guinchada explodia enquanto também apagava-se - incapaz. Incapaz.
Aqueles que não reconheciam seus limites encontrariam a morte. Observou com seus próprios olhos a força de Fal Grey e com os mesmos olhos impassíveis, a diferença de força que possuiam.
Estava abaixado com uma das mãos no chão e a outra no rosto. Apanhou um pouco de neve e sentiu sua mão. Sentiu a neve escorrer por entre os dedos. Voltara. A reflexão metafórica fez-se em sua mente - isso é o que sou - a neve que escorre entre os dedos. A sanidade que escorre lentamente e lhe retira o controle. Toda a sabedoria e conhecimento para nada. Nada o preparara para aquilo. O Juiz, aqueles selvagens, para a força existente naquele mundo.
Nada.
Lentamente se levantou. Olhou cada um dos seus. Sem dizer nada, caminhou arrastando-se para o dirigível. Precisavam fugir. Recompor-se.
E de um outro dia para morrer.
Shen666- Usuário
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Re: Para as Bordas da Criação
Talvez um milagre, talvez o destino, talvez um simples despertar... despertar para o que de fato era, despertar para o que devia de fazer, e sob suas mãos o ato aparentemente impensado de Hector serviria para um fim estratégico ao soterrarem os inimigos com toda aquela neve. Alfadur não sorriu, apenas observou... maravilhado com a verdadeira composição do mundo, centrado nas possibilidades, buscando a Verdade em suas ações futuras, aquilo que teria de valer a pena, aquilo que poderia salva-los e impedir aquele monstro de ferir seu mundo.
Uma pequena falha, graças ao desgaste de tanto lutar contra si mesmo. Alfadur cerrava os olhos para manter aquela proteção e empurrar a Montanha contra os bárbaros. Por isso, não podia salvar Hector da Lança mortal. Um sorriso, ainda timido, diante do ato de Alexander que se colocava à frente daquela arma para neutraliza-la e toma-la em posse. Seus olhos visualizavam o campo e ele via Niume a derrotar os bárbaros restantes assim como Spectre que congelava outros além da proteção de cristal.
Apesar dos pesares, mesmo sem saber, eles agiram como um grupo, agiram a favor de um destino melhor que a morte gelada. Os gritos da selvagem tomavam sua atenção para o objeto voador que se aproximavam. Eram sua carona afinal... chegou a hora de partir! Alfadur preparou-se para seguir até o estranho dirigivel e assim poderiam ir embora deixando Fal Grey e a outra metade de seu exército para trás. Porém, algo acontecia fazendo com que Alfadur interrompesse seus leves passos sobre o vento.
Era Charlie a arriscar um último ataque quase suicida e receber se seu alvo um contra-ataque fulminante. Alfadur cerrou os olhos, não exatamente admirado com o Poder de Fal Grey, afinal, ele próprio sabia que estava fraco e que já era muito ter salvado a todos da avalanche. Fal Grey golpeava o tigre impiedosamente de modo preciso e quase sádico, parecendo um ato de humilhação. Talvez fosse mesmo isto que aquele homem queria.
- Faz muito a quem está cansado, mas pouco vale em sua arrogância e prepotência... - Murmurou Alfadur contra Fal Grey enquanto observava e torcia para que Charlie escapasse até que o pequeno garoto andrógino fosse lançado de volta ao grupo com seu corpo e alma partidos a trombar com a barreira de cristal que se desfazia com o impacto.
- Sim! É hora de ir! Mas não podemos deixa-lo! - Disse a Niume em resposta, já que ela estava próxima dele, sorriu de modo terno e gentil, como em um agradecimento por ela não te-lo abandonado e se dedicado a protege-lo em seu momento mais dificil. As coisas ainda não estavam exatamente boas, afinal, mesmo com todo aquele Poder emanado dele, suas feridas ainda estavam ali a escorrerem o sangue daquela dura batalha. Num breve salto, Alfadur afastou-se de Niume e pairou na direção de Charlie para toma-lo e leva-lo, agora, indefeso depois de tantos golpes. Eles não tinham tempo para mais nada além de irem embora, pois em muito gastaram de seu Poder, e em seu aprendizado nem tudo devia de ser o ideal. Eles tinham de ir, para sobreviverem e em uma outra oportunidade terem sua vingança.
- Obrigado por vir nos salvar. - disse ao pequeno quase adormecido em seus braços, gratidão pura e simplesmente sincera enquanto rumava para o dirigivel. Em seu caminho, Alfadur ainda moveria com sua Vontade alguns montes de neve diante do veículo formando uma rampa de modo a facilitar o embarque sem que o mesmo precisasse pousar. Isto daria mais tempo para que os prisioneiros também embarcassem. Alfadur sabia que os outros conseguiriam vir sem problemas e que Niume estaria junto dele enquanto subisse no veiculo.
Já a bordo, aquela imagem quase surreal se desfazia transparecendo apenas o homem ferido pelo duro combate e que também precisaria de cuidados e um bom descanso. Ele procuraria por algum tripulante para entregar Charlie. - Cuide dele... - Diria a quem viesse recebe-lo, para que cuidasse do jovem que, provavelmente, já receberia a tutela de Hector que certamente se preocuparia muito com o quase destino final de seu pupilo. Agora era só esperar que o veículo fosse embora levando todos os Exaltados e prisioneiros à salvo.
Uma pequena falha, graças ao desgaste de tanto lutar contra si mesmo. Alfadur cerrava os olhos para manter aquela proteção e empurrar a Montanha contra os bárbaros. Por isso, não podia salvar Hector da Lança mortal. Um sorriso, ainda timido, diante do ato de Alexander que se colocava à frente daquela arma para neutraliza-la e toma-la em posse. Seus olhos visualizavam o campo e ele via Niume a derrotar os bárbaros restantes assim como Spectre que congelava outros além da proteção de cristal.
Apesar dos pesares, mesmo sem saber, eles agiram como um grupo, agiram a favor de um destino melhor que a morte gelada. Os gritos da selvagem tomavam sua atenção para o objeto voador que se aproximavam. Eram sua carona afinal... chegou a hora de partir! Alfadur preparou-se para seguir até o estranho dirigivel e assim poderiam ir embora deixando Fal Grey e a outra metade de seu exército para trás. Porém, algo acontecia fazendo com que Alfadur interrompesse seus leves passos sobre o vento.
Era Charlie a arriscar um último ataque quase suicida e receber se seu alvo um contra-ataque fulminante. Alfadur cerrou os olhos, não exatamente admirado com o Poder de Fal Grey, afinal, ele próprio sabia que estava fraco e que já era muito ter salvado a todos da avalanche. Fal Grey golpeava o tigre impiedosamente de modo preciso e quase sádico, parecendo um ato de humilhação. Talvez fosse mesmo isto que aquele homem queria.
- Faz muito a quem está cansado, mas pouco vale em sua arrogância e prepotência... - Murmurou Alfadur contra Fal Grey enquanto observava e torcia para que Charlie escapasse até que o pequeno garoto andrógino fosse lançado de volta ao grupo com seu corpo e alma partidos a trombar com a barreira de cristal que se desfazia com o impacto.
- Sim! É hora de ir! Mas não podemos deixa-lo! - Disse a Niume em resposta, já que ela estava próxima dele, sorriu de modo terno e gentil, como em um agradecimento por ela não te-lo abandonado e se dedicado a protege-lo em seu momento mais dificil. As coisas ainda não estavam exatamente boas, afinal, mesmo com todo aquele Poder emanado dele, suas feridas ainda estavam ali a escorrerem o sangue daquela dura batalha. Num breve salto, Alfadur afastou-se de Niume e pairou na direção de Charlie para toma-lo e leva-lo, agora, indefeso depois de tantos golpes. Eles não tinham tempo para mais nada além de irem embora, pois em muito gastaram de seu Poder, e em seu aprendizado nem tudo devia de ser o ideal. Eles tinham de ir, para sobreviverem e em uma outra oportunidade terem sua vingança.
- Obrigado por vir nos salvar. - disse ao pequeno quase adormecido em seus braços, gratidão pura e simplesmente sincera enquanto rumava para o dirigivel. Em seu caminho, Alfadur ainda moveria com sua Vontade alguns montes de neve diante do veículo formando uma rampa de modo a facilitar o embarque sem que o mesmo precisasse pousar. Isto daria mais tempo para que os prisioneiros também embarcassem. Alfadur sabia que os outros conseguiriam vir sem problemas e que Niume estaria junto dele enquanto subisse no veiculo.
Já a bordo, aquela imagem quase surreal se desfazia transparecendo apenas o homem ferido pelo duro combate e que também precisaria de cuidados e um bom descanso. Ele procuraria por algum tripulante para entregar Charlie. - Cuide dele... - Diria a quem viesse recebe-lo, para que cuidasse do jovem que, provavelmente, já receberia a tutela de Hector que certamente se preocuparia muito com o quase destino final de seu pupilo. Agora era só esperar que o veículo fosse embora levando todos os Exaltados e prisioneiros à salvo.
Dønø_da_Wyrm- Usuário
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Re: Para as Bordas da Criação
O suor escorria da testa de Vaan e juntava-se ao filete de sangue que lentamente escorria da lateral de seu rosto. O gosto amargo do cansaço chegavam até sua boca e doía-lhe a garganta. Em seu pescoço, ela sentia o hálito gelado da morte. Não poderia permitir-se parar, ou esta a alcançaria!
Movimentava-se, esguia como era, entre os bárbaros. Atacava-os, derrubava-os, escondia-se depois, dentro do vazio de seus próprios destinos. Respirava com dificuldade, graças ao combustível gelado que o norte lhe dava. O ar gelado descia cortando, rasgando seus pulmões. Suas pernas estavam cansadas e a menina já não tinha mais o mesmo vigor que possuía no começo da batalha. Quando conseguiu acabar com os poucos remanescenters que estavam póximos a eles, Vaan deteve-se por um mísero segundo, apenas para ver o mundo ruir de novo.Levantou sua cabeça para respirar, mas imediatamente quando soltou o ar, a Sideral sentiu o mundo cair sobre si e os outros.
- !!!
Os olhos instantaneamente se arregalaram, enquanto ela, inerte ainda de sua surpresa e cansaço, mandou as pernas se moverem, mas foi tarde demais. Vaan foi derrubada e sentiu a dor se apoderar de seu tronco. Era difícil respirar entre a poeira, sujeira e sangue. Seus pés moviam-se sem qualquer discrepância, apenas tentando deixar a menina em pé novamente. Precisava se movimentar, precisava buscar algum tipo de abrigo. Sentiu uma pancada em seu braço. O Sangue quente a cobria como um cobertor. Sua mente vagava pelos arredores, em busca de alguma ideia, ajuda, qualquer coisa.Lutava não só contra os selvagens, mas contra todas as possibilidades. Os deuses pregavam brincadeiras cruéis, e esperavam ansiosos pela resposta de seus peões. Essa ideia a irritava.
Levantou-se, por fim, e começou novamente a correr. Correr era um exercício, era uma válvula de escape. Corria para escapar da morte, corria por sua vida, seu poder, seu legado. Porém, principalmente, corria contra os medos e as dúvidas que a buscavam, a encurralavam em cada canto. Seria ela tão capaz como os outros, realmente? Ou era um truque do destino? Nada fizera demais naquele dia, apenas deixava suas pernas guiarem. Fugia, se escondia, lutava quando podia. Não parou de andar, de procurar, mas tudo agora parecia apenas uma ilusão, um truque. Fal Grey era forte demais. Eram muitos, os bárbaros.
Lutou. Lutou, principalmente, contra ela mesma.
Tudo era tão rápido, tão sem sentido que chegava a ser indolor.As cores se misturavam naquele caleidoscópio de terror e Vaan via-se perdida dentro dele. Olhava para os lados, comportava-se como uma criança. Se amaldiçoou por aquilo. Seu braço direito sangrava e os pés doíam, mas o pior golpe ainda estava por vir. O Leão de Marfim fez sua vontade imperar e o mundo curvou-se diante dele. A lança que parecia ter sido trazida do próprio céu seria lançada contra a humanidade, incapaz de se defender. Como isso poderia acontecer? As dúvidas voltavam a gritar. Será que estivera se enganando esse tempo todo?
-GIGANTE!!
Tentou fazer sua voz ser ouvida, sobressair sobre aqueles sons frios de metal, mas, naquele momento, ela sentiu-se tão pequena. Por que Hector simplesmente abrira seus braços para receber o golpe? Estariam tão desesperados assim, para simplesmente esperar o fim? Logo Hector, que se mostrava tão imbatível...
"Não..."
Não, não queria acreditar naquilo. Eram o Legado, e era isso a única coisa que tinha. Os outros tinham terras, tinham uns aos outros, mas ela...A única coisa que possía era a promessa de ter um destino, de ser a responsável pela reconstrução de algo. Como poderiam desistir daquilo?
O brilho esmeralda percorreu todo o desfiladeiro. Vaan ergueu os olhos surpresa pelos sons e a bela cor que quase formava uma aurora boreal. O chão sobre seus pés começaram a tremer e a nuvem branca avançava sobre o campo de batalha. Como os selvagens, o primeiro instinto de Vaan havia sido esconder-se. Correu na direção das carroças, mas outro milagre desceu sobre o local. O escudo verde de Alfadur cobriu a todos ali, e Spectre também ajudava, da maneira que podia. As asas de Alfadur cobriam os Escolhidos, acolhendo-os em sua proteção. Novamente, eles mostravam que podiam mudar o jogo de azar que os deus lhe davam. Era impressionante.
A explosão veio logo depois. Alexander lutava contra a vontade de um deus, do próprio destino. Vaan olhava, admirada, como o homem simplesmente ignorava toda as diversidades, lançando-se, da forma mais ousada, contra o perigo. Sim, mudaria o destino não só dele, mas de todos ali. Como eram engraçados essas criaturas, acreditavam que o destino pertencia aos deuses, ams lutavam, com todas as forças, para mudá-ls a seu favor. Vaan respirou fundo e sentiu, dentro de seu peito, a esperança voltar. Não, não morreria naquele dia, como antes previra. Um sorriso voltou a dançar em sua face e não pôde deixar de sentir sua força, a força de todos, quando Alexander fincou a lança no chão.
"Engole essa, cara de mármore."- deixou o pensamento infantil escapar, enquanto via o dirigível se aproximar. Ao horizonte, Archer acenava, coberto em sangue. Vaan não conhecia-o, mas não pôde deixar de sentir-se feliz por vê-lo.
Então, as dúvidas pareciam ter sumido. As certezas de sua capacidade de driblar o destino estavam novamente tão firmes quanto o solo abaixo de seus pés. Ela olhou para trás, para seus...amigos, sua família, e postou-se na direção do dirigível, até que...
Explosões podiam ser ouvidas. Os céus gritavam pelo deus derrotado e pareciam querer vingança. Quando Vaan olhou, o tigre demoníaco jogou-se contra Fal Grey. Não tinha certeza se aquilo era ou não um ataque suicida, mas, de fato, não era o mais inteligente a se fazer, na opinião da menina. Estavam cansados, feridos e tinham como fugir. Por que lançar-se sobre o homem que claramente era mais forte? Alexander teve dificuldades em defender Hector. Era loucura partir para cima do Leão de Marfim.
Calou-se diante da demonstração de poder, respeitosa. Fal Grey, era, de certo, quase um deus. Golpeava sem remorso, golpeava com vigor e com o que ele julgava justiça. Vaan deu um passo para trás. A raiva misturou-se com o respeito. Fal Grey, afinal, era tão forte e, por que, queria impor sua vontade. Como eles próprios. Vaan, como a Escolhida das 4 Donzelas, naquela hora, não fez mais do que observar. Observou e tentava entender os laços, os destinos, os caminhos e as encruzilhadas daquela batalha. Todos os fins que ali se apresentavam. Mais um ciclo terminava ali.
Com os olhos impassíveis e estranhamente azuis, Vaan viu Charlie ser resgatada. Ela esperou que seus companheiros viessem, seguissem seu caminho até o dirigível e fez o mesmo.
Movia-se nas linhas do destino, tão fáceis e visíveis. Ao ver Archer, parou a seu lado, com o rosto sujo de sangue e poeira. Seu olhar, diferente do horror do campo de batalha e das dúvidas e medos que experimentara hoje, demonstrava a mesma calma da primeira vez que se viram. Sua voz saiu novamente pausada:
- Que bom que sobreviveu. - e olhou o dirigível. - E trouxe amigos.
Esperava agora os seus.
Movimentava-se, esguia como era, entre os bárbaros. Atacava-os, derrubava-os, escondia-se depois, dentro do vazio de seus próprios destinos. Respirava com dificuldade, graças ao combustível gelado que o norte lhe dava. O ar gelado descia cortando, rasgando seus pulmões. Suas pernas estavam cansadas e a menina já não tinha mais o mesmo vigor que possuía no começo da batalha. Quando conseguiu acabar com os poucos remanescenters que estavam póximos a eles, Vaan deteve-se por um mísero segundo, apenas para ver o mundo ruir de novo.Levantou sua cabeça para respirar, mas imediatamente quando soltou o ar, a Sideral sentiu o mundo cair sobre si e os outros.
- !!!
Os olhos instantaneamente se arregalaram, enquanto ela, inerte ainda de sua surpresa e cansaço, mandou as pernas se moverem, mas foi tarde demais. Vaan foi derrubada e sentiu a dor se apoderar de seu tronco. Era difícil respirar entre a poeira, sujeira e sangue. Seus pés moviam-se sem qualquer discrepância, apenas tentando deixar a menina em pé novamente. Precisava se movimentar, precisava buscar algum tipo de abrigo. Sentiu uma pancada em seu braço. O Sangue quente a cobria como um cobertor. Sua mente vagava pelos arredores, em busca de alguma ideia, ajuda, qualquer coisa.Lutava não só contra os selvagens, mas contra todas as possibilidades. Os deuses pregavam brincadeiras cruéis, e esperavam ansiosos pela resposta de seus peões. Essa ideia a irritava.
Levantou-se, por fim, e começou novamente a correr. Correr era um exercício, era uma válvula de escape. Corria para escapar da morte, corria por sua vida, seu poder, seu legado. Porém, principalmente, corria contra os medos e as dúvidas que a buscavam, a encurralavam em cada canto. Seria ela tão capaz como os outros, realmente? Ou era um truque do destino? Nada fizera demais naquele dia, apenas deixava suas pernas guiarem. Fugia, se escondia, lutava quando podia. Não parou de andar, de procurar, mas tudo agora parecia apenas uma ilusão, um truque. Fal Grey era forte demais. Eram muitos, os bárbaros.
Lutou. Lutou, principalmente, contra ela mesma.
Tudo era tão rápido, tão sem sentido que chegava a ser indolor.As cores se misturavam naquele caleidoscópio de terror e Vaan via-se perdida dentro dele. Olhava para os lados, comportava-se como uma criança. Se amaldiçoou por aquilo. Seu braço direito sangrava e os pés doíam, mas o pior golpe ainda estava por vir. O Leão de Marfim fez sua vontade imperar e o mundo curvou-se diante dele. A lança que parecia ter sido trazida do próprio céu seria lançada contra a humanidade, incapaz de se defender. Como isso poderia acontecer? As dúvidas voltavam a gritar. Será que estivera se enganando esse tempo todo?
-GIGANTE!!
Tentou fazer sua voz ser ouvida, sobressair sobre aqueles sons frios de metal, mas, naquele momento, ela sentiu-se tão pequena. Por que Hector simplesmente abrira seus braços para receber o golpe? Estariam tão desesperados assim, para simplesmente esperar o fim? Logo Hector, que se mostrava tão imbatível...
"Não..."
Não, não queria acreditar naquilo. Eram o Legado, e era isso a única coisa que tinha. Os outros tinham terras, tinham uns aos outros, mas ela...A única coisa que possía era a promessa de ter um destino, de ser a responsável pela reconstrução de algo. Como poderiam desistir daquilo?
O brilho esmeralda percorreu todo o desfiladeiro. Vaan ergueu os olhos surpresa pelos sons e a bela cor que quase formava uma aurora boreal. O chão sobre seus pés começaram a tremer e a nuvem branca avançava sobre o campo de batalha. Como os selvagens, o primeiro instinto de Vaan havia sido esconder-se. Correu na direção das carroças, mas outro milagre desceu sobre o local. O escudo verde de Alfadur cobriu a todos ali, e Spectre também ajudava, da maneira que podia. As asas de Alfadur cobriam os Escolhidos, acolhendo-os em sua proteção. Novamente, eles mostravam que podiam mudar o jogo de azar que os deus lhe davam. Era impressionante.
A explosão veio logo depois. Alexander lutava contra a vontade de um deus, do próprio destino. Vaan olhava, admirada, como o homem simplesmente ignorava toda as diversidades, lançando-se, da forma mais ousada, contra o perigo. Sim, mudaria o destino não só dele, mas de todos ali. Como eram engraçados essas criaturas, acreditavam que o destino pertencia aos deuses, ams lutavam, com todas as forças, para mudá-ls a seu favor. Vaan respirou fundo e sentiu, dentro de seu peito, a esperança voltar. Não, não morreria naquele dia, como antes previra. Um sorriso voltou a dançar em sua face e não pôde deixar de sentir sua força, a força de todos, quando Alexander fincou a lança no chão.
"Engole essa, cara de mármore."- deixou o pensamento infantil escapar, enquanto via o dirigível se aproximar. Ao horizonte, Archer acenava, coberto em sangue. Vaan não conhecia-o, mas não pôde deixar de sentir-se feliz por vê-lo.
Então, as dúvidas pareciam ter sumido. As certezas de sua capacidade de driblar o destino estavam novamente tão firmes quanto o solo abaixo de seus pés. Ela olhou para trás, para seus...amigos, sua família, e postou-se na direção do dirigível, até que...
Explosões podiam ser ouvidas. Os céus gritavam pelo deus derrotado e pareciam querer vingança. Quando Vaan olhou, o tigre demoníaco jogou-se contra Fal Grey. Não tinha certeza se aquilo era ou não um ataque suicida, mas, de fato, não era o mais inteligente a se fazer, na opinião da menina. Estavam cansados, feridos e tinham como fugir. Por que lançar-se sobre o homem que claramente era mais forte? Alexander teve dificuldades em defender Hector. Era loucura partir para cima do Leão de Marfim.
Calou-se diante da demonstração de poder, respeitosa. Fal Grey, era, de certo, quase um deus. Golpeava sem remorso, golpeava com vigor e com o que ele julgava justiça. Vaan deu um passo para trás. A raiva misturou-se com o respeito. Fal Grey, afinal, era tão forte e, por que, queria impor sua vontade. Como eles próprios. Vaan, como a Escolhida das 4 Donzelas, naquela hora, não fez mais do que observar. Observou e tentava entender os laços, os destinos, os caminhos e as encruzilhadas daquela batalha. Todos os fins que ali se apresentavam. Mais um ciclo terminava ali.
Com os olhos impassíveis e estranhamente azuis, Vaan viu Charlie ser resgatada. Ela esperou que seus companheiros viessem, seguissem seu caminho até o dirigível e fez o mesmo.
Movia-se nas linhas do destino, tão fáceis e visíveis. Ao ver Archer, parou a seu lado, com o rosto sujo de sangue e poeira. Seu olhar, diferente do horror do campo de batalha e das dúvidas e medos que experimentara hoje, demonstrava a mesma calma da primeira vez que se viram. Sua voz saiu novamente pausada:
- Que bom que sobreviveu. - e olhou o dirigível. - E trouxe amigos.
Esperava agora os seus.
Valkyrja- Usuário
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Re: Para as Bordas da Criação
Niume estava pronta para ir. Mais do que pronta, ela precisava. Nenhum deles estava mais em condições para continuar ali, fingindo que tinham alguma pequena chance de sair dali com vida e sem a ajuda que parecia agora esperar por eles. Ela já tinha se virado quando o rugido do tigre lhe chamou a atenção, e incapaz de acreditar no que via, os olhos apenas se arregalaram.
Ela negou, observando enquanto Fal Grey colocava o tigre em seu devido lugar, abaixo da imponência de um Deus e todo o seu poder. No que mais Niume podia pensar, a não ser na soberba e prepotência de alguem que julgava-se capaz de fazer o que todos juntos jamais teriam conseguido, mesmo unindo todos os recém aflorados poderes? Pensou que era uma criança estupida e idiota, burra a ponto de ir por livre e espontânea vontade em direção a morte da qual todos estavam correndo. Se ela queria morrer, podia fazer isso de forma que Hector sofresse um pouco menos. O homem sofreria, de certo, assim como Niume jamais encontraria vida onde Alfadur não vivesse.
A cena aterradora e de uma crueldade repleta de prazer, tudo que pode fazer foi observar e torcer que o tigre vivesse. O corpo humano, frágil e provavelmente ferido, foi devolvido a eles com uma força capaz de quebrar a proteção criada pelo infernal. Se Fal Grey parecia querer a jovem viva, ela ficou na duvida sobre qual estado queria que ela vivesse. Depois de um ataque como aquele e de ser jogada daquela forma, a garota provalvemente estaria gravemente ferida não fosse um milagre.
Alfadur a carregou, criando uma ponte de neve na direção do dirigível, pela qual Niume também seguiria, logo atrás do companheiro. Juntando-se a Vaan e ao outro desconhecido, que faziam o mesmo. Queria o quanto antes, estar o mais longe dali possível.
Ela negou, observando enquanto Fal Grey colocava o tigre em seu devido lugar, abaixo da imponência de um Deus e todo o seu poder. No que mais Niume podia pensar, a não ser na soberba e prepotência de alguem que julgava-se capaz de fazer o que todos juntos jamais teriam conseguido, mesmo unindo todos os recém aflorados poderes? Pensou que era uma criança estupida e idiota, burra a ponto de ir por livre e espontânea vontade em direção a morte da qual todos estavam correndo. Se ela queria morrer, podia fazer isso de forma que Hector sofresse um pouco menos. O homem sofreria, de certo, assim como Niume jamais encontraria vida onde Alfadur não vivesse.
A cena aterradora e de uma crueldade repleta de prazer, tudo que pode fazer foi observar e torcer que o tigre vivesse. O corpo humano, frágil e provavelmente ferido, foi devolvido a eles com uma força capaz de quebrar a proteção criada pelo infernal. Se Fal Grey parecia querer a jovem viva, ela ficou na duvida sobre qual estado queria que ela vivesse. Depois de um ataque como aquele e de ser jogada daquela forma, a garota provalvemente estaria gravemente ferida não fosse um milagre.
Alfadur a carregou, criando uma ponte de neve na direção do dirigível, pela qual Niume também seguiria, logo atrás do companheiro. Juntando-se a Vaan e ao outro desconhecido, que faziam o mesmo. Queria o quanto antes, estar o mais longe dali possível.
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Re: Para as Bordas da Criação
Hector estava tão imerso, que não pareceu perceber que a Avalanche não os esmagara, que não pareceu perceber que Alexander lhe salvava a vida, não percebeu o gigantesco globo de segurança que lhes protegia da fúria do Norte. Estava longe. Sentia-se um com a vida, um com a morte, um com os espíritos. Sentia-se acima de tudo aquilo.
Até que vieram os gritos. Gritos de morte de bárbaros, gritos de "resistir!", os sussurros indistintos em sua mente sobre um Legado que ainda não entendia, mas que desejava, e que, sentia em seu âmago, lhe pertencia - eram o seu legado. Olhou para todos. Estavam vivos. Pelo modo como havia se sentido, ele... Ele achava que estavam mortos. Ele achava que ele próprio estava morto. Sentia-se tão profundamente mudado, tão profundamente mais matéria espiritual - infernal, mas espiritual, ainda - do que homem, e sentia-se em tamanha paz, ainda em que em meio ao desespero da batalha, que simplesmente lhe parecia inconcebível ainda estarem vivos.
E então Charlie avançou, rompendo a proteção. Hector correu os olhos negros pelo lugar. - CHARLIE! - bradou, em fúria e preocupação. Fúria por não ter permitido aquele ataque. Preocupação por que ela lançava-se a morte. - CHARLIE, CARALHO! - exclamou, e brandiu o martelo contra o chão, acertando-o. Um pequeno pilar de rocha ergueu-se a frente do tigre. ia pará-lo. Ele ia tropeçar... Mas não. Charlie apenas saltou sobre ele.
Maldição.
E então... E então veio a fúria. A demonstração de poder. A dor. Os golpes. A dor que ela sentia, e que ele, que ele sentia como se fosse dele mesmo, como se fosse sofrida em sua carne. - CHARLIE! - urrou, mais uma vez, impotente, ao ver e assistir enquanto seu protegido era espancado, destruído, como se nada fosse... E arremessado em direção a eles. Como uma bala. Estourando a película, arrebentando-se no chão.
Hector tinha os olhos fixos em Fal Grey. Havia dito que a criança sobreviveria... Por ele. Por si. Por Hector. Pelo "maldito". Sua respiração acelerou. Um favor? Lhe fazia um maldito favor, salvando Charlie, enquanto lhes matava? Enquanto lhes atacava? Enquanto tentava proteger o maldito norte, sendo que ELE ERA o norte!? Hector bufou, e, quando abriu a boca e gritou, sua voz lembrava muito um rugido - o rugido da própria terra, e da própria neve. Começou a mover-se. - EU VOU ARRANCAR SUA CABEÇA E ENTREGÁ-LA AOS LOBOS, SEU PEDAÇO DE MERDA! SEU VELHO ESCROTO! EU SOU O NORTE! VOCÊ NÃO PODE PROTEGER NEM OS SEUS SÚDITOS! - e lançou-0se a frente, furioso... Mas, no terceiro passo, caiu - os mais atentos puderam ver, por uma breve fração de segundo, a mesma gigantesca Sombra que havia erguido-se junto de Hector durante a batalha, a segurá-lo no lugar, a impedí-lo de se mover.
"Você não está pronto." - ela sussurrou, em sua mente. - Eu não estou pronto. - Hector murmurou, consigo mesmo. As palavras da Sombra, do Rei Vermelho, lhe pareciam verdades incontestáveis, ditas de si, para si mesmo.
"Ele não pode matar o que já está morto." - " - Ele não pode matar o que já está morto."
"Mas você ainda está vivo. - "- Mas eu ainda estou vivo.. " - e Hector esmurrou o chão, frustrado, antes de se levantar. Olhou para eles. Olhou para o dirígvel. Todos iam para lá. Não confiava neles. Mas precisava. Não confiava no dirígvel. Mas precisava. Não podiam ficar ali.
Seus olhos passaram, um a um, pelo Legado. Carregado de agradecimentos, acenaram para Alexander e para Alfajor. Quando passou pelo homem de além-norte, pediu o corpo de Charlie. - Minha criança. Meus braços. - disse, antes de mover-se, junto de todos, para o dirígivel.
- Leve-nos para Stormgale. Estaremos em segurança. - sua pequena fortaleza era fria, sim. Fria demais, e difícil demais de se chegar, para que pudessem ser atacados a qualquer momento breve - e, caso o fossem, teriam tempo de se preparar.
Em Stormgale, poderiam se preparar para sobreviver.
E ele, poderia se preparar para morrer.
Fal Grey não podia matar o que já estava morto.
Até que vieram os gritos. Gritos de morte de bárbaros, gritos de "resistir!", os sussurros indistintos em sua mente sobre um Legado que ainda não entendia, mas que desejava, e que, sentia em seu âmago, lhe pertencia - eram o seu legado. Olhou para todos. Estavam vivos. Pelo modo como havia se sentido, ele... Ele achava que estavam mortos. Ele achava que ele próprio estava morto. Sentia-se tão profundamente mudado, tão profundamente mais matéria espiritual - infernal, mas espiritual, ainda - do que homem, e sentia-se em tamanha paz, ainda em que em meio ao desespero da batalha, que simplesmente lhe parecia inconcebível ainda estarem vivos.
E então Charlie avançou, rompendo a proteção. Hector correu os olhos negros pelo lugar. - CHARLIE! - bradou, em fúria e preocupação. Fúria por não ter permitido aquele ataque. Preocupação por que ela lançava-se a morte. - CHARLIE, CARALHO! - exclamou, e brandiu o martelo contra o chão, acertando-o. Um pequeno pilar de rocha ergueu-se a frente do tigre. ia pará-lo. Ele ia tropeçar... Mas não. Charlie apenas saltou sobre ele.
Maldição.
E então... E então veio a fúria. A demonstração de poder. A dor. Os golpes. A dor que ela sentia, e que ele, que ele sentia como se fosse dele mesmo, como se fosse sofrida em sua carne. - CHARLIE! - urrou, mais uma vez, impotente, ao ver e assistir enquanto seu protegido era espancado, destruído, como se nada fosse... E arremessado em direção a eles. Como uma bala. Estourando a película, arrebentando-se no chão.
Hector tinha os olhos fixos em Fal Grey. Havia dito que a criança sobreviveria... Por ele. Por si. Por Hector. Pelo "maldito". Sua respiração acelerou. Um favor? Lhe fazia um maldito favor, salvando Charlie, enquanto lhes matava? Enquanto lhes atacava? Enquanto tentava proteger o maldito norte, sendo que ELE ERA o norte!? Hector bufou, e, quando abriu a boca e gritou, sua voz lembrava muito um rugido - o rugido da própria terra, e da própria neve. Começou a mover-se. - EU VOU ARRANCAR SUA CABEÇA E ENTREGÁ-LA AOS LOBOS, SEU PEDAÇO DE MERDA! SEU VELHO ESCROTO! EU SOU O NORTE! VOCÊ NÃO PODE PROTEGER NEM OS SEUS SÚDITOS! - e lançou-0se a frente, furioso... Mas, no terceiro passo, caiu - os mais atentos puderam ver, por uma breve fração de segundo, a mesma gigantesca Sombra que havia erguido-se junto de Hector durante a batalha, a segurá-lo no lugar, a impedí-lo de se mover.
"Você não está pronto." - ela sussurrou, em sua mente. - Eu não estou pronto. - Hector murmurou, consigo mesmo. As palavras da Sombra, do Rei Vermelho, lhe pareciam verdades incontestáveis, ditas de si, para si mesmo.
"Ele não pode matar o que já está morto." - " - Ele não pode matar o que já está morto."
"Mas você ainda está vivo. - "- Mas eu ainda estou vivo.. " - e Hector esmurrou o chão, frustrado, antes de se levantar. Olhou para eles. Olhou para o dirígvel. Todos iam para lá. Não confiava neles. Mas precisava. Não confiava no dirígvel. Mas precisava. Não podiam ficar ali.
Seus olhos passaram, um a um, pelo Legado. Carregado de agradecimentos, acenaram para Alexander e para Alfajor. Quando passou pelo homem de além-norte, pediu o corpo de Charlie. - Minha criança. Meus braços. - disse, antes de mover-se, junto de todos, para o dirígivel.
- Leve-nos para Stormgale. Estaremos em segurança. - sua pequena fortaleza era fria, sim. Fria demais, e difícil demais de se chegar, para que pudessem ser atacados a qualquer momento breve - e, caso o fossem, teriam tempo de se preparar.
Em Stormgale, poderiam se preparar para sobreviver.
E ele, poderia se preparar para morrer.
Fal Grey não podia matar o que já estava morto.
Sarx- Usuário
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Re: Para as Bordas da Criação
Sua armardura negra reluzia contra as chamas das armas.
Alexander sorriu por debaixo de seu elmo, preparado para mostrar tudo o que tinha para Fal Grey.
Com metade do exército destruído, as chances poderiam mudar...
Empunhou a lança com as duas mãos e se preparou para mais uma vez avançar, mas a Morte Branca já estava perante Fal Grey antes que o Cavaleiro continuasse.
A demonstração de seu poder, tão inimaginável quanto fora o arremesso própria lança (além das palavras soberbas do Rei do Norte) foi o bastante para trazer a tona uma verdade cruel.
Percebera, enquanto Charlie caia, o estado patético em que todos estavam.
Por mais que Alexander sentia energia e vontade de continuar, assim como o Tigre, essa não era a mesma realidade para os seus companheiros. E, evidentemente, no combate um a um nenhum dos Escolhidos sairiam vivos contra Fal Grey. Ao menos no presente momento.
- Um verdadeiro guerreiro tem sensatez e reconhece o momento certo de recuar.
Já mais calmo, percebeu que não fosse pela nova armadura negra, ele mesmo estaria morto agora.
Ficou satisfeito por ser capaz de defender a si mesmo desta forma. Por ver como o universo reagia perante a possível queda do Legado.
Mantinha Penitência erguida, mas não mais iria atacar. Controlava seu ímpeto.
Foi o último a se afastar, certificando-se de que ninguém atacaria o grupo.
- Humph. Matenha-se com o Norte, por enquanto. Mas na próxima vez que cruzarmos lâminas, não haverão interrupções!
Apenas por manter sua arma em punho, os bárbaros hesitavam em se aproximar.
Se qualquer um ousasse um movemento hostil, Alexander estaria pronto para empalá-lo.
Se o Leão do Norte buscasse mais luta, Alexander ofereceria, comprando tempo para que todos completassem a fuga.
- Vamos. Rápido.
Olhando os seus aliados, reconhecia que ainda era necessário todos conhecerem melhor cada um e a si mesmos.
Isolados, seus talentos diminuiam, mas lutando em conjunto eles prevaleceriam contra qualquer um.
Moveu-se rapidamente, junto com todos os outros, ao dirigível.
Não entendia como aquilo estava ali, mas precisavam se reagrupar e descansar.
Via a reação dos seus sem entender. Eles aguardavam aquela nave? Conheciam aquelas pessoas?
- Archer. Bom vê-lo vivo. Vamos sair daqui antes que seja tarde...
Alexander apenas acenou para atrair atenção da máquina em movimento, pedindo ajuda.
Junto com os outros, embarcaria se isso fosse permitido prontamente, e esperava que sim...
Alexander sorriu por debaixo de seu elmo, preparado para mostrar tudo o que tinha para Fal Grey.
Com metade do exército destruído, as chances poderiam mudar...
Empunhou a lança com as duas mãos e se preparou para mais uma vez avançar, mas a Morte Branca já estava perante Fal Grey antes que o Cavaleiro continuasse.
A demonstração de seu poder, tão inimaginável quanto fora o arremesso própria lança (além das palavras soberbas do Rei do Norte) foi o bastante para trazer a tona uma verdade cruel.
Percebera, enquanto Charlie caia, o estado patético em que todos estavam.
Por mais que Alexander sentia energia e vontade de continuar, assim como o Tigre, essa não era a mesma realidade para os seus companheiros. E, evidentemente, no combate um a um nenhum dos Escolhidos sairiam vivos contra Fal Grey. Ao menos no presente momento.
- Um verdadeiro guerreiro tem sensatez e reconhece o momento certo de recuar.
Já mais calmo, percebeu que não fosse pela nova armadura negra, ele mesmo estaria morto agora.
Ficou satisfeito por ser capaz de defender a si mesmo desta forma. Por ver como o universo reagia perante a possível queda do Legado.
Mantinha Penitência erguida, mas não mais iria atacar. Controlava seu ímpeto.
Foi o último a se afastar, certificando-se de que ninguém atacaria o grupo.
- Humph. Matenha-se com o Norte, por enquanto. Mas na próxima vez que cruzarmos lâminas, não haverão interrupções!
Apenas por manter sua arma em punho, os bárbaros hesitavam em se aproximar.
Se qualquer um ousasse um movemento hostil, Alexander estaria pronto para empalá-lo.
Se o Leão do Norte buscasse mais luta, Alexander ofereceria, comprando tempo para que todos completassem a fuga.
- Vamos. Rápido.
Olhando os seus aliados, reconhecia que ainda era necessário todos conhecerem melhor cada um e a si mesmos.
Isolados, seus talentos diminuiam, mas lutando em conjunto eles prevaleceriam contra qualquer um.
Moveu-se rapidamente, junto com todos os outros, ao dirigível.
Não entendia como aquilo estava ali, mas precisavam se reagrupar e descansar.
Via a reação dos seus sem entender. Eles aguardavam aquela nave? Conheciam aquelas pessoas?
- Archer. Bom vê-lo vivo. Vamos sair daqui antes que seja tarde...
Alexander apenas acenou para atrair atenção da máquina em movimento, pedindo ajuda.
Junto com os outros, embarcaria se isso fosse permitido prontamente, e esperava que sim...
MR, Léo- Usuário
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Re: Para as Bordas da Criação
Fal Grey não aguardou que seus adversários recuassem. Antes que eles o fizessem, ele já dava às costas e começava a marchar para longe. Seus bárbaros gritavam ofensas e provocações, enquanto o que restava do Legado preparava-se para zarpar.
Quando Hector passou a gritar, no entanto, o homem deteve-se. Seu leão, mais uma vez, bocejou, entediado. Os bárbaros voltaram a correr, avançando em direção ao grupo, enquanto este recuava.
Contudo, mesmo com os bárbaros mais rápidos e mais dispostos, o Legado foi veloz em embarcar no dirigível que, poucos segundos depois, já estava no ar.
Lentamente, viam...
A falha geográfica que deu origem à encosta. Uma centena de pessoas soterradas pela avalanche.
Escravos e mercenários mortos, seu sangue manchando o solo imaculado.
Rastros de um poder infindo.
Ao menos 20 das serpentes gigantes destroçadas.
Ao longe, o vazio... o desolamento que caia sobre o norte.
E bem longe... eles sabiam.
Voz dos Antigos caminhava, preparado para trazer o Devorador de Mundos e silenciar, de uma vez por todas, toda vida existente na Criação.
Quando Hector passou a gritar, no entanto, o homem deteve-se. Seu leão, mais uma vez, bocejou, entediado. Os bárbaros voltaram a correr, avançando em direção ao grupo, enquanto este recuava.
Contudo, mesmo com os bárbaros mais rápidos e mais dispostos, o Legado foi veloz em embarcar no dirigível que, poucos segundos depois, já estava no ar.
Lentamente, viam...
A falha geográfica que deu origem à encosta. Uma centena de pessoas soterradas pela avalanche.
Escravos e mercenários mortos, seu sangue manchando o solo imaculado.
Rastros de um poder infindo.
Ao menos 20 das serpentes gigantes destroçadas.
Ao longe, o vazio... o desolamento que caia sobre o norte.
E bem longe... eles sabiam.
Voz dos Antigos caminhava, preparado para trazer o Devorador de Mundos e silenciar, de uma vez por todas, toda vida existente na Criação.
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