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Introdução: Deuses e Homens

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Mensagem por 25Slash7 Seg Jan 30 2012, 20:55

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Mensagem por 25Slash7 Seg Jan 30 2012, 20:56

(O jogo está aberto em fase de introdução, enquanto todos os jogadores não entram. É tempo de se familiarizar com os personagens e fazer os reajustes necessários. Quando iniciarem, coloquem a quanto tempo o personagem está em Haafingar.)
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Mensagem por Sarx Seg Jan 30 2012, 21:52

Haviam deixado a fortaleza menor dos Hrothgar, onde agora habitavam, na manhã anterior. O local, situado em Haafingar - ainda que a pelo menos uma semana de viagem da fortaleza principal, era composto de um castelo pequeno, alguns acres com moradia para plebeus, estábulos, e só.

Viajaram em poucas pessoas. Hector, Charlie e seis homens de sua guarda - a Montanha Negra, ainda que comumente desprezasse os costumes da nobreza, ainda era um homem sensato o suficiente para saber que era apenas um homem e, como parte da realeza, um alvo para mercenários e ladrões. E independente do favor dos espíritos, não acreditava poder enfrentar muitos homens sozinho. Não era bom dar razão para o azar, afinal de contas.

Os homens, todos, vestiam armaduras negras e cinzentas, brilhantes e com longos mantos densos e brancos para protegê-los do frio terrível que fazia em Haafingar. Hector vestia-se de modo parecido ao dos guardas, ainda que menos protegido - vestia grossas calças de lã cinzenta, botas de couro negro, um cinto branco, uma cota de malha prateada, um casaco de couro cozido, marrom-escuro, e o denso manto a lhe proteger dos ventos. Havia neve em suas barbas, e em seus cabelos também. O cavalo que montava, um garanhão malhado, vijava sem carga, com exceção do pesado martelo de guerra de seu cavaleiro.

A formação vinha simples - Hector e três homens na frente, a grande carruagem, onde Charlie e ele dormiam e guardavam suas coisas, vinha puxada por dois cavalos no meio. Atrás dela, duas mulas carregavam provisões, sacos de dormir, e etc, e atrás destas os outros três homens, o do meio carregando o grande estandarte com o emblema pessoal de Hector - a floresta de gelo, a montanha negra, e o martelo no meio.

Aproximavam-se da cidade, quando a figura do urso despontou-se, e o gelo tomou a alma tão calorosa de Hector, seu cavalo - e outros dois - relinchando brevemente, reclamando. Franziu o cenho claro, coçando a barba. Aquilo era estranho. Apertou as ancas do animal, esperando que todos acelerassem também, afim de chegarem a cidade mais rapidamente.
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Mensagem por Valkyrja Seg Jan 30 2012, 22:11

Tudo a sua volta era apenas uma mancha tangível de negro. Um negro tão denso que sequer mexer-se nele parecia possível. Seus olhos estavam bem abertos e ela sentia aquela escuridão não só apertando-a, mas também adentrando fundo, até enroscar em todo seu coração. Não havia como gritar, não havia como respirar. Ao fundo, ela podia ouvir vozes antigas, vozes novas e uivos, todos pedindo socorro ou jurando guerras. Não havia clemência para aqueles que choravam. No fim, ela podia ver apenas uma pequena luz, uma luz que brilhava fracamente, mas que agora chamava toda sua atenção. Quando aquelas vozes notaram que ela se distanciava e gritavam por ela, Vaan finalmente abriu os olhos.

Piscou algumas vezes seus olhos estranhos e olhava o teto estranho. Não conhecer aquele local a deixou tanto perplexa como levemente irritada. Seus pulmões doíam e seus olhos lutavam para se acostumar com aquela visão da cabana negra. O cheiro forte de ervas incomodava. Colocou-se sentada e olhou em volta, tentando reconhecer algum rosto. Sentia uma agitação festiva fora de sua tenda. A garota fez um esforço tremendo e se levantou.


(Só um post rapidinho!^^ Vou terminar a ficha!)
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Mensagem por Rosenrot Ter Jan 31 2012, 08:53

Charlie não era muito a favor dessa coisa de peregrinação - para Charlie, era aquilo que Hector estava fazendo -, mas ainda sim o acompanhava sem reclamar. Aproveitava também para conhecer um pouco mais das coisas, das pessoas dos lugares por onde eventualmente passavam.

Estava, naquele dia em questão, deitado no cavalo, as costas apoiadas no pescoço do animal, viajava uns passos à frente de Hector, com as pernas cruzadas e apoiadas no lombo do equino, Charlie apoiava o bloco de papel na perna, e desenhava Hector para passar o tempo.

Usava roupas folgadas, num tom único de cor, um cinza grafite, sem adornos ou apetrechos, usava também um grande casaco de pele. A Katana estava presa à sela do animal, do lado direito e o arco ao lado esquerdo. Não mostrava muita preocupação sobre o dia em questão, sempre exibindo aquele seu tão comum aspecto sereno, parecia tranquila.

Mas seu pequeno momento de paz pareceu esvair-se, ao notar o modo quase inquieto que Hector assumiu, e como aumentava a velocidade do galope, assumindo a frente. Charlie arqueou uma das sobrancelhas e sentou-se no cavalo - graças ao modo que esteva, encontrava-se de costas para a cabeça do animal. Se virou, sentando-se direito no animal, e acompanhou com o olhar toda a movimentação. - Para que toda essa pressa, grandalhão? - Falou num tom normal de voz, buscando acompanhá-lo.
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Mensagem por 25Slash7 Ter Jan 31 2012, 16:06

HECTOR e CHARLIE

Tirando um ou outro susto com animais silvestres, que se aproximaram demais dos cavalos a ponto de fazer com que estes se assustassem, a viagem ocorreu de maneira relativamente tranquila e tediosa, como deve ser qualquer viagem como aquela.

Não tardou para que começassem a serem cobertos pelas sombras do Monte que abrigava Haafingar. Ao longo do caminho, homens cortavam madeira e, ao ver a pequena comitiva, interrompiam o seu trabalho, tomavam água, recuperavam o ar e então voltavam aos seus serviços. Havia um certo nervosismo no modo como olhavam. Haafingar, afinal, não era acostumada a receber homens armados.

Aceleraram seus passos mas não tiveram tempo de chegar até a recepção dada pelo Ancião. Quando alcançaram a entrada, estes já se dirigiam em direção ao templo. Dois homens, trajando mantos monásticos e carregando, cada um deles, um bastão, interporiam-se no caminho, mas nada diriam, aguardando que Hector e sua comitiva declarassem suas intenções. Eles os conheciam, haviam ouvido falar da "Montanha Negra", mas isto não os impedia de demandar esclarecimentos quanto as armas.

Viajantes eram aceitos quando do momento da Noite Infinda, mas havia uma desconfiança natural em relação à armas.

VAAN

E enquanto abria os olhos foi que recebeu um jorro de água fria em seu rosto, estremecendo-a e acelerando o processo de voltar à consciência.

- Você dormiu por tempo demais.

A imagem ainda era turva. Piscou os olhos algumas vezes mas nada viu, tentou se levantar e percebeu, então, que seu braço esquerdo estava envolto em em tiras brancas, de onde era possível ver uma mancha de sangue seco já formada.

Procurou, então, a fonte do som. Aquela voz, ela conhecia. Sim, era a mesma voz que havia a acompanhado através de longas e dolorosas sessões de treinamentos. Era a voz que lhe disse "Volte viva" antes que ela houvesse iniciada "a travessia".

- Algumas coisas mudaram. Muitas coisas mudaram.

Ele então fez uma pequena pausa. Vaan deitou novamente, seu corpo praticamente desabando sobre a cama. Ela quis sentir que algo incomodava a sua companhia, mas tudo o que teve como resposta foi a afirmação peremptória e sem sentimentos.

- Por alguma razão, teu destino não existe mais. E para nós, você também não existe mais. Teu treinamento está acabado, já que você não será capaz de se juntar.

Uma nova pausa se fez.

- O que quer que você tenha quebrado quando esteve "lá"...

Respirou fundo.

- Eu não posso remendar.

Ouviu mais alguma movimentação, mas nada. Sua visão ainda estava turva e ela era incapaz de ver. Seus sentidos resumiam-se no atordoamento que lhe acometia após recém despertar do que parecia ter sido um coma de anos. Tentava se mexer, mas pareceu que estava amordaçada.

- Eu devo retornar para Yu Shan. Algo... - e agora ela finalmente foi capaz de captar um sentimento real de preocupação - alguma coisa irá acontecer e aqui, eu sou inútil.

E novamente Vaan fechou os olhos e os abriu. Desta vez a imagem do quarto da estalagem onde estava, tornou-se clara. Mas não havia ninguém ali. Se alguém ali estivesse, havia ido embora... bem como o nome que ela carregava, evadindo da mente da garota.

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Mensagem por Sarx Ter Jan 31 2012, 21:21

Hector virou a cabeça para o lado, um pouco para trás, ao notar que Charlie, assim como os outros homens, apressava o passo, vindo atrás dele em direção a cidade. O grandalhão piscou uma vez. - Não sentiu isso? - perguntou, olhando para Charlie como se fosse algo que apenas um cego não poderia ver. - Há algo estranho ar. - e voltou a olhar para frente, os olhos cinzentos movendo-se de encontro aos portões de entrada de Haafingar. Teria ele, tão cedo, após apenas um dia de viagem, encontrado o motivo de sua viagem - sua, nas palavras de Charlie, 'peregrinação'?

Suspirou, desgostoso, quando notou que não haveriam de alcançar a recepção a tempo. Em seu singelo - ou não tão singelo assim - preconceito com tudo que não era realmente humano, acreditava que o homem-urso - que havia retirado de seus homens alguns múrmurios curiosos e assustados, e um arregalar de olhos do próprio Montanha - era a fonte do frio que sentiria em sua alma. Mas continuou na mesma marcha, ao lado de Charlie e seguido pelos primeiros três homens, deixando para trás os da retaguarda com a mula e a carroça.

Imaginou que seriam barrados. Não gostava de apresentações. Não gostava de dar títulos. Respirou de modo profundo, entregando aos homens um de seus sorrisos calorosos. " - Deixamos o Forte para uma viagem que consideravamos ser longa, caros Guardas." - explicou. " - Havia me esquecido do festival. Se for problema, posso deixar o martelo no comboio." - evitava a palavra 'carruagem'. Era muito... pomposa. Muito esnobe. Comboio era melhor.

Jogou o olhar brevemente para Charlie. Conhecia-o bem o suficiente para saber que ela se recusaria a abandonar as facas, ainda que talvez aceitasse se livrar do arco - por isso que não havia citado a criança.
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Mensagem por Rosenrot Qua Fev 01 2012, 12:02

- Um dos cavalos deve ter peidado. - Disse Charlie, sobre o 'algo estranho no ar', arrancando alguns risos dos rapazes. Mas brincadeiras a parte, Charlie também tinha sentido algo esquisito, não que se atentasse muito aquilo, de qualquer forma.

Acelerou o passo, para poder acompanhar. Charlie estava ao lado de Hector, quando foram abordados, e observava a conversa sem um real interesse, sorria, quando era encarada e medido, nas dúvidas comuns sobre si.

Ao que Hector falou sobre as armas, Charlie arqueou levemente uma das sobrancelhas. Supirou. Entregaria o arco e a katana sem reclamações, se fosse pedido, mas não permitiria que lhe levassem as lâminas menores, ocultas em suas vestes. - É claro que.... - Disse Charlie. - A responsabilidade da guarda de tais armas é exclusiva de vocês, se garantirem que nada há de acontecer, creio que podemos cedê-las temporariamente. O que me diz, Sir Hector?
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Mensagem por Valkyrja Qua Fev 01 2012, 16:11

Sentiu vontade de tossir. O choque da água gelada no rosto antes coberto poor suor foi tão grande que a jovem sentia como se estivesse nascendo de novo. A voz longe chegava ecoando, mas o tom suave e familiar trouxe conforto. Um conforto que ela não sentia fazia muito tempo. Passou a mão direita por seus olhos. Seu braço esquerdo estava pesado demais e ela quase sentia como se não fosse dela. Olhou a mancha seca de sangue e soube que a sensação estranha fora devido ao ferimento.

-Há quanto tempo você está aí? Quanto tempo eu dormi?

Sua voz rouca saía entre tosses. A menina sentia-se tonta, mas esboçou um sorriso. Havia voltado então! Voltado viva e seu mestre com certeza fora recebê-la! Porém, por que então aquela voz tão fria? Tão distante? Era como se falasse com um mero desconhecido. Vaan tentou olhar o rosto de seu tutor, mas por algum motivo, já não conseguia ver nele a expressão calorosa e animada, que sempre a cativava. Sentiu seu corpo cair ao ouvir aquelas palavras. O que tinha mudado? Ela fechou seus olhos e concentrou-se, mas não obtivera nenhuma resposta. Será que não se concentrara direito?

Sentiu um baque quando escutou a próxima sentença e podia perceber que seu coração parou. O que ele queria dizer? Abriu a boca para falar, mas sua voz desobedecia. Queria mexer os braços, pernas, queria ir até ele, mas era impossível. Vaan tentou observá-lo de novo, enquanto ouvia o que ele dizia. Ela arregalou seus olhos, vendo-o partir. Fechou os olhos e os abriu rapidamente, sentando-se na cama.

Sua visão estava normal e via a bacana rústica em que estava acomodada. Olhou para seus pés. Ainda usava a calça de montaria preta e as botas por cima delas, até os joelhos. As botas eram de um metal pouco encontrado na Criação: um prateado rústico, porém muito flexível e durável. Um pequeno espiral azul brotava da sola do pé e subia até a canela. Seu tronco era cobreto por uma cota de malha grossa e negra, trançada e reforçada com correntes de bronze. Usava uma leve armadura sobre o peito, que lhe cobria os braços até sua metade. Os cabelos eram de um castanho bem claro, repicados e curtos. Em uma das orelhas, usava um brinco em forma de gota, de um azul profundo e escuro como o espaço. Ele possuía uma corrente que era presa na cartilhagem interna da orelha. Uma pequena e fina trança descia do lado esquerdo da nuca.

Levantou-se ainda tonta da cama, indo até a porta. Abriu de leve a porta para ver o que acontecia lá fora. Seus olhos se machucaram com a claridade e ela piscou algumas vezes antes de notar festividades e os estranhos que estavam chegando ao longe. Olhou ao redor, na cabana, para ver se tinha havia mais alguém ali. Queria saber sobre seu mestre. Ela abriu novamente a porta, com o braço esquerdo e o viu todo enfaixado, até sua mão. Vaan deixou a porta voltar e passou a mão direita no pescoço, percebendo falhas que pareciam ser cicatrizes, mas que pulsavam como pequenas veias. Subiu até o rosto e sentiu algo estranho logo abaixo dos olhos, em uma pequena área na maçã do rosto. Pareciam...escamas? Desceu até o braço, com o olhar amedrontado. Desenrolou sua mão e não pôde acreditar no que via. Naquela hora, um grito de terror pôde ser ouvido.
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Mensagem por 25Slash7 Qui Fev 02 2012, 16:01

HECTOR e CHARLIE

Se fossem outros dias, olhariam com estranheza para aquelas pessoas. Contudo, a proximidade com o Festival da Noite Infinda, tornava aquele tipo de surpresa em algo esperado.

Algumas pessoas diziam serem capazes de se comunicarem com seus ancestrais durante o festival. Outros, por sua vez, atormentado pelas mortes terríveis dos antepassados, iam até o Festival para que pudessem rezar e desejar que os mortos "passassem", que deixassem para trás os seus grilhões.

Alguns procuravam respostas para perguntas, outros procuravam direções. Fato é, havia um motivo diferente para cada um que se curvasse perante a prece do Guardião Esmeralda.

Os interesses por trás da visita, não os interessava. Como muitos de seus fundadores vieram de Lookshy, o costume de "não se intrometer na vida dos outros" era algo forte ali. Todos tinham segredos.

Os dois guardas olharam para o "comboio" e fizeram uma análise breve da ameaça. Sabiam que a família do Montanha Negra não era o tipo de família baderneira e que, de certa forma, seria bom ter alguém como eles na cidade. Ouviram os argumentos de Hector e, em seguida, de Charlie, a estranha figura daquele grupo. Os guardas se entreolharam e um deles afastou-se, retornando alguns momentos depois, arrastando um baú.

- Guardem as armas nesse baú. Manteremos uma pessoa para cuidar dos seus pertences. Há um espaço aberto próximo a estalagem.

E então o guarda que arrastava o baú, começou a levá-lo até o espaço para onde eles haviam sido direcionados.

VAAN

O que quer que você tenha quebrado quando esteve "lá"...

Aquelas palavras começavam a fazer algum sentido naquele momento. As sensações, a imagem distorcida que o seu braço havia assumido, a sensação de que algo importante havia sido partido ao meio, esmigalhado.

A garota tonteou, recuou alguns passos e foi incapaz de atravessar a porta sem antes recuperar o fôlego. À sua volta, não havia qualquer indício de seu tutor. A cabana estava vazia, tirando um vaso vazio, onde outrora deveria ter havido água.

Até poucos dias atrás, ela tinha um propósito definido, ela tinha um destino. Hoje, tudo o que ela possuía para si, era a incerteza decorrente dos erros cometidos.

Teria ela não sido boa o suficiente para a travessia?

Do lado de fora, as pessoas brincavam e falavam alto, o cheiro de comida alcançava a garota. Indiferente se ela havia perdido ou não o seu rumo, o destino continuaria a fluir.

TODOS

O sol já alcançava por volta do meio dia. A movimentação se intensificava conforme os preparativos para o festival daquela noite iam, enfim, se concretizando. Pelo portão, era possível ver que o número de viajantes havia aumentado e que, inclusive, alguns mercados haviam vindo para tentar vender mercadorias exóticas, que incluíam tecidos, especiarias e bugigangas. Ao menos um deles, diziam vender objetos com propriedades mágicas e livros com conhecimentos proibidos aos homens. Alguns Dragon Blooded, ostentando suas armaduras cravadas na mais preciosa e pura Jade, procuravam uma refeição quente na estalagem. Devotos, já se curvavam perante o local onde aconteceria a cerimônia e rezavam aos ancestrais, aguardando por alguma direção.


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Mensagem por Sarx Sex Fev 03 2012, 13:41

Hector riu, sempre muito bem humorado, quando Charlie sugeriu que o cavalo havia peidado. - É. Talvez. - disse, balançando a cabeça por um momento. A tinta azul-escura das runas em sua careca haviam secado recentemente, entregando a elas uma tonalidade bonita e brilhante.

Diante do que Charlie dizia, Hector virou-se, desprendendo o martelo de batalha de suas fivelas no cavalo. - Cuidado - advertiu. A arma era fodidamente pesada e, tendo sido feita para Hector, era bastante grande. Talvez um homem só não conseguisse segurá-la. Mas logo seguida entregou-a. Não entregou o punhal, mas este era utilizado apenas para rituais, logo, não via muito problema.

Fez um sinal com as mãos e disse para os seis homens da guarda entregarem as armas. A maioria chiou um pouco, não gostando da idéia, mas acabaram por ceder, enchendo o baú com suas espadas. Não entregaram os escudos, entretanto.

O "comboio" que o homem viu era razoavelmente grande, tendo espaço em seu interior para duas camas de tamanho razoavel, livros, e sofás nos quais se viajar sentado. Tinha janelas fechadas, e, na frente, um condutor, sentado no banco e guiando os cavalos.

Depois que entraram, os homens, incluindo Hector e Charlie, acabaram por deixar os cavalos no estábulo, afim de se moverem com mais facilidade pela cidade e deixarem os animais sendo escovados, alimentados, e tudo o mais. O Norte não era gentil, nem mesmo com as montarias.

Dois homens de Hector acabaram por ficar com ele e, caso se separassem, dois insistiram em ir com Charlie. Diziam que a cidade estava muito cheia, e que era perigoso que pessoas conhecidas andassem sozinhas, principalmente desarmadas. Os outros dois foram liberados, e estes foram buscar um bordel.

Quando viu os mercadores, Hector deu seu jeito de chamar a criança - caso já não estivessem juntos. Ele próprio estava muito interessado nos livros "com conhecimento proibido" e nos objetos mágicos - tinha certeza que a maioria seria pura bobagem, mas não custava dar uma olhada.

Não se preocupou em ir rezar, e não deu atenção aos Dragon Bloodeds.
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Mensagem por Dønø_da_Wyrm Sáb Fev 04 2012, 00:01

Finalmente era a hora de partir. Depois de muito tempo, talvez anos, Alfadur sentia-se preparado para abandonar seu refúgio e adentrar os reinos humanos. Ele tinha de faze-lo algum dia, tinha de tornar real seu sonho, tinha de dar valor à nova vida que propôs a si mesmo e aos seus que o seguiam com fidelidade. Alfadur conhecia as histórias daquele povo, sabia que naquela época aconteceria um evento importante, evento onde forasteiros eram bem vindos desde que dispostos a respeitar seus anfitriões. Era a oportunidade ideal para descer a cordilheira e seguir até Haafingar, faltava-lhe apenas um estímulo inicial, talvez uma opinião mais otimista de seus conselheiros. Dentre os seus havia os mais indiferentes que o acompanharam para alcaçarem a liberdade, mas também havia os que realmente confiavam que Alfadur lhes daria algo melhor do que um monte de gelo e neve, pois também ansiavam por um lar e eram estes que o incentivaram a seguir viagem até Haafingar a fim de encontrar aquele povo um tanto arredio mas que também possuía sonhos e uma história de duras batalhas e grandes dificuldades para contar. Niume certamente era uma destas pessoas, insutisasmada com a novidade, ansiosa por conhecer novos lugares, pessoas, por ver algo mais do que aquele território gelado. Não que ela não gostasse de onde vivia, mas ela precisava alimentar sua curiosidade e insistiria para que Alfadur tivesse coragem de "pegar estrada".

A caravana seria formada por 10 homens de armas e 5 serviçais que o acompanhariam além de Niume. Dentre os serviçais havia os que cuidassem de roupas, comida e manutenção da caravana. Apesar da geografia difícil, era necessário muitas provisões para uma viagem longa, por isso, a caravana possuia duas carruagem pequenas. Uma para os surprimentos e serviçais e outra para Alfadur e Niume. Elas eram acompanhadas dos batedores que mantinham vigilância constante e não pareciam nem um pouco incomodados com o frio intenso daquela região.

Todos os homens de armas estavam montados em cavalos brancos como a neve e vestiam armaduras e capas de mesma cor que poderia facilmente camufla-los naquele tipo de terreno. Mesmo as carruagens possuiam uma cor alva bem clara e até as rodas pareciam pintadas de branco. Claro que as pessoas de Haalfingar poderiam estranhar aquela comitiva, mas aquele era um dia de festa para eles, oferecido também a forasteiros, por isso, haveriam de trata-los bem.

Com o céu mais claro por ser meio-dia, a luz faria as carruagens brilharem um pouco, parecendo bem bonitas e elegantes, mas não havia qualquer brasão que denunciasse a origem daqueles viajantes. Os homens de armas mantinham-se aquietados em seus cavalos com as lanças de pé enquanto esperavam a abordagem da guarda local. Alfadur e Niume continuavam dentro da carruagem esperando que alguém de Haafingar viesse recebe-los. Ele não entraria em terras de outros sem permissão, não seria nada cortez para alguém que "desceu a serra" em busca de Alianças e ofertas de amizade.
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Mensagem por Rosenrot Sáb Fev 04 2012, 14:25

Charlie seguiu com Hector, não tinha mesmo a intenção de passear por ai por si só, até mesmo porque não tinha ninguém para matar naquele lugar. Deixou a montaria sem problemas nos estábulos, pedindo gentilmente que dessem uma olhada nos cascos dos cavalos, jogou algumas moedas para os sujeitos lá.

Charlie parecia bem distraído enquanto movia-se, e mostrava-se interessar-se por tudo. O que mais às vezes chamava a atenção de Charlie eram os tecidos. Gostava muito de tecidos, e de costurar as próprias roupas. Assim como alguns bugigangas que achava que podiam ser uteis mais tarde. Mas em fato, não comprou muita coisa. Um tecido ou outro, talvez algumas tiras de couro ou pele.

Observou os livros que Hector se interessava, mas diferente dele, não nutriu interesse nenhum, e aos Dragonblooded, dispensou tanta atenção quanto Hector o fez.

– Lugar feliz, huh? – Comentou Charlie, observando outros tecidos.
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Mensagem por 25Slash7 Sáb Fev 04 2012, 14:29

ALFADUR e NIUME
Contato visual: Charlie e Hector

Dar uma nova vida.

Aquele era o tipo de pensamento de muitas pessoas que inclinavam-se em direção à Haafingar. A tranquilidade da cidade, o agradável frio, sempre presente e raramente rigoroso, as bebidas quentes, a aprazível culinária... haviam tantos motivos para se afastar dos grandes centros que ir para Haafingar era o mesmo que procurar um renascimento em um mundo diferente daquele habituados as longas e cruéis guerras entre homens e deuses.

Quando a caravana liderada por Alfadur começou a despontar no horizonte, seguindo a longa estrada até uma terra de homens solitários, pôde-se sentir uma leve sensação de alívio. O mundo poderia estar mergulhado em caos, mas a velha Haafingar, ali perdurava. Das chaminés escapulia fumaça, junto com o doce aroma de comida. Pela estrada, o som da madeira sendo partida enquanto era cortada por machados afiados e passados de pai para filho. Não tardou para que chegassem aos portões da cidade logo após um outro comboio entrar.

- Mais um?

Disse um dos homens, fazendo uma expressão um tanto surpresa. Sabia que o trânsito para aqueles lados aumentava durante o festival, mas era aquele a segunda caravana em menos de uma hora.

- O que acha?

- Acho melhor fazermos a mesma coisa.

Um deles se adiantou, estendeu a mão a frente, solicitando que parassem, e então se pronunciou.

- Preciso que mantenham todas as armas guardadas. É um dia de festas e as armas podem ser colocadas de lado por essa noite. Poderão pegá-las pela manhã.

O outro, que havia acabado de retornar após arrastar o tal bau até um outro canto, fez um sinal, mostrando onde um "comboio" havia estacionado. Num canto próximo, um outro guarda estava de pé, guardando os pertences do grupo de Hector.





Última edição por 25Slash7 em Sáb Fev 04 2012, 14:48, editado 1 vez(es)
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Introdução: Deuses e Homens Empty Re: Introdução: Deuses e Homens

Mensagem por 25Slash7 Sáb Fev 04 2012, 14:48

HECTOR e CHARLIE

O homem achou que seria capaz de erguer a arma e colocá-la dentro da caixa.

Ledo engano.

Tentou erguê-la, mas foi incapaz. Era pesado demais. Seu rosto contorceu-se numa expressão de desaprovação consigo mesmo, ainda que fosse esperada sua incapacidade em levantar a arma.

- Acho melhor... que o Senhor coloque a arma aí.

Pareceu visivelmente constrangido. Tão logo tudo houvesse sido guardado no bau, um outro soldado se aproximaria e colocaria-se ao lado da caixa, para a vigiar. Aquele que havia os conduzido até aquele lugar, retornaria para o portão.

Hector, habituado a aquele clima militar, pôde sentir aqueles homens não eram soldados. Pareciam treinados, tinham postura e os corpos levemente preparados, provavelmente fossem habilidosos no manejo do bastão, mas, contudo, definitivamente não eram soldados. Talvez houvessem exceções, quem poderia saber...

Foram em direção ao mercado e passaram os olhos pelo que ali era vendido. Havia um grupo razoável de pessoas transitando por ali, gastando seus pedaços de jade com quinquilharias.

- Especiarias! Pimenta! Condimentos!

- Seda!

- Livros! Livros! Artefatos! Veiam ver as maiores maravilhas de uma Era dos Sonhos!

Estes últimos eram vendidos por um homem com a típica expressão de um vagabundo. O rosto rijo, magro, com olhos fundos e negros. Mantinha um sorriso desafiador, como se ousasse aos seus compradores serem espertos apenas por comprar dele.

- Ah, vejo alguém que sabe o que quer? O que me diz? Gostaria de um Mapa para uma ruína intocada? Talvez um dessas pedras mágicas? Veja, senhor, Veja e sei que irá gostar.

E colocou a frente dele o mapa, em papel velho e com escritas em língua estranha. Ao lado, um colar, com uma gema azul escura. Um outro colar, este de uma gema esbranquiçada, como se fosse feita de leite pastoso. Ao lado uma adaga.

- O que me diz? Cada um uma surpresa, cada um uma magia. Magia diferente para mim. Diferente para você. Diferente para o seu amigo aí do lado.

E então puxou o desenho de um homem.

- Talvez desenhos autografados pelo Guardião Esmeralda? Tenho certeza que suas esposas adorariam.
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Mensagem por Dønø_da_Wyrm Sáb Fev 04 2012, 15:00

Os guardas esperavam pela ordem de Alfadur que fitou Niume com um meio sorriso, murmurou baixo a ela... " - Chegamos..." quase que de forma redundante, já que era obvio que eles estavam já em Haafingar. Ele mesmo abria a porta da carruagem para sair e ordenava a um dos servos que fizessem como disse o homem que os abordara. Os guardas fariam acampamento onde fosse permitido para se revezarem em vigia por causa dos suprimentos, mas poderiam entrar na cidade sem armas de acordo com o revezamento. Eram homens de armas treinados e acostumados com este tipo de rotina. A maioria era visualmente humana, embora pudessem ter algum tipo de marca mais imperceptível, resultado das abominações dos confins do mundo. Todos eles obedeceriam ás ordens ajuntando as carruagens e levando os cavalos para os estabulos a fim de cuidarem deles.

Alfadur aproximou-se dos que os abordaram e os saudou com uma expressão educada e gentil, tipica de uma pessoa de educação nobre e que busca manter uma boa impressão.

" - Bom dia... sou Alfadur Zorgerdr, e esta é Niume Zorgerdr. Viemos de terras ao norte além da Montanha Vermelha para participar dos festejos..."

Aproveitou para apresentar sua companheira de viagem e confidente, sem fazer menção do tipo de relação que eles tinha, embora pudessem pensar que tratava-se de uma parente por te4r o mesmo sobrenome.
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Mensagem por Sarx Sáb Fev 04 2012, 15:07

Da parte de Hector, não houve um "Eu te disse", ou qualquer coisa assim - apenas sorriu brevemente, desmontou do garanhão e abaixou-se para pegar o pesado martelo do chão. Era pesado até mesmo dentro de suas próprias mãos, mas, já tão acostumado, a pressão do ferro e do couro na mão era, de certa forma, gostosa. Depositou-o no grande baú com cuidado, antes de montar de novo e se despedir dos guardinhas com bastões, afim de entrar na cidadela.

Notou, é claro, o modo como nenhum daqueles homens parecia ser um soldado ou um homem de armas - nenhum deles havia tido instrução apropriada e longa o suficiente, ao que tudo indicava. Provavelmente eram "cavaleiros livres" - um título menos grosseiro para se referir a moradores que haviam sido ensinados de modo rudimentar o básico do combate e postos para trabalhar, geralmente em guerras. Estranho que a guarda de Haafingar fosse composta destes, entretanto - era uma cidade importante, ainda que pacata, e não deveria ser tão desprotegida. Tentaria entender aquilo... Mas depois.

Hector riu, do que Charlie falava. - Feliz, feliz. Muito feliz. - disse, apenas, olhando em volta, analizando as pessoas. Estavam felizes, realmente. Metade estaria chorando quando o Guardião Esmeralda começasse. Um terço dos que sobrassem estaria em crise quando percebesse que havia gastado o que não divia com o que não precisava. Os outros dois terços talvez estivessem realmente felizes.

Quando o vendedor os abordou, Hector conversou muito calmamente. - Vejo, vejo! Mostre que verei, vamos lá. - e riu-se. Não se preocupou em chamar Charlie, tão entretida estava o menino com seus tecidos.

E então observou. Um mapa para ruínas intocadas. Era inteligente o suficiente para saber que nenhum lugar para onde existia um mapa era realmente intocado. As jóias ele colocou nas mãos, em silêncio, sentindo as texturas, as temperaturas - até aproximou-as do ouvido, sem medo de parecer ridículo, como quem tenta ouvir alguma coisa. Nada. Não sentia nada. Era de se esperar.

- Não tenho esposas. - explicou. Era um dos motivos de acabar por ter se tornado a Montanha Negra, também - havia quase se casado uma ou duas vezes, mas não nutria grande interesse no matrimônio por obrigação, tão comum. Olhou brevemente para seus guardas, a comprar especiarias e outras coisas. Não deu-se ao trabalho de explicar que achava que o Guardião Esmeralda era provavelmente só um homem. Chamaria atenção indesejada.

Depositou as pedras na mesa, e analisou a adaga por um momento. Devolveu-os. - Então. O senhor tem artefatos de verdade, ou só os desse tipo? - perguntou com um sorriso de quem sabe das coisas. Não estava bravo, não estava irritado, nem mesmo incomodado, na verdade.
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Mensagem por Niume Sáb Fev 04 2012, 15:23

Finalmente tinham partido. Há anos, Niume aguardava por aquele momento tanto quanto Alfadur. Ansiava por algo melhor do que monte de neve, ansiava por um lar e por encontrar aqueles que eram como ela, na aparência, pois no fundo não havia nenhuma diferença, eram iguais. Tudo que conhecia dos humanos vinha das histórias que o homem lhe contava, pois pouco havia restado deles em sua memoria, o tempo havia carregado as pequenas lembranças. Precisava ver mais do mundo do que o castelo enfiado na montanha e não hesitou em motivar o desejo do mestre. Levou muito tempo para que decidissem finalmente descer a cordilheira, Niume seguia com Alfadur dentro da carruagem enquanto seu cavalo seguia atrás da caravana, junto a carruagem de mantimentos.

Ela lutava consigo mesma para manter-se sentada ali com ele, ao invés de estar do lado de fora, contando os galopes para chegarem à cidade. As mãos poliam um dos punhais com uma lentidão quase forçada, imaginando que se estivesse bem concentrada em algo, chegariam sem que sentisse o tempo passar. Alguém sempre dizia aquilo a ela na esperança de que ela alguma vez obedecesse, mas não funcionava, pensou ela, ainda contava os segundos. Segundos estes que pareceram horas, até que a carruagem finalmente parou. Não precisou do aviso de Alfadur, já que era obvio que tinham chegado, mesmo assim, acenou levemente com a cabeça. As mãos guardaram o punhal no encaixe dentro da bota da perna esquerda, e levantou-se, seguindo o homem para fora da carruagem. A jovem desprendeu a espada que trazia presa a cintura e estendeu para um de seus guardas, para que a colocasse junto com o resto das armas.

Niume acompanhou Alfadur até os guardas e os saudou com a mesma expressão educada e gentil, embora os olhos traíssem que não era tão nobre quanto o senhor parecia ser.

-Bom dia..

Disse com um pequeno aceno de cabeça, mas nesta hora os olhos já observavam a cidade atrás deles.


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Mensagem por Rosenrot Sáb Fev 04 2012, 15:23

Charlie logo perdeu o interesse nos objetos que Hector tanto olhava, afastou-se alguns passos, para provar uma comida ou outra, por pura curiosidade e conhecimento. Gostava de conversar, também, então estava sempre batendo papo com alguém.

Conversou com uma garota, cheio de sorrisos e elogios. E depois com um rapaz, cheia de delicadezas e gentilezas. Praticava, esbanjava o carisma que parecia natural a si. Depois de um tempo, cansou-se, e voltou a se aproximar de Hector.

– Você não vai achar nenhum Deus aí. – Comentou, sempre crítica a todo aquele espiritualismo do grandalhão.
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Mensagem por 25Slash7 Sáb Fev 04 2012, 15:33

HECTOR e CHARLIE

O vendedor riu alto consigo e encarou Hector com aquela displicência tão única aos vagabundos e vendedores de promessas.

- Ora...

E uma voz surgiu por trás do ombro forte da Montanha Negra.

- Ele não irá lhe dizer. Não vende pelo dinheiro, vende pelo prazer em enganar.

E aquela voz era reconhecível mesmo no mais denso turbilhão. Era Fal Grey, seu instrutor, um verdadeiro mestre de armas. Os cabelos brancos, o rosto marcado por um corte horizontal que deixou uma cicatriz na altura do nariz, do lado esquerdo ao direito do rosto. Era diferente de Hector, com uma compleição atlética e nem de longe tão robusta quanto o grandalhão. Não carregava armas consigo, mas era bem conhecida a sua fama de transformar qualquer coisa em algo letal.

- Como bom desafiador, ele também gosta de ser desafiado.

Colocou a mão sobre o ombro de Hector e o empurrou, suavemente, para o lado, pegando a pedra esbranquiçada em suas mãos.

- Alguns destes objetos não lhe permitem sentir nada até que...

E então Hector sentiu o fluir da essência pelo corpo de seu mentor em direção à pedra, como se estabelecessem um vínculo. Aquela "doação" de energia ao universo era algo que Hector ainda não havia sido capaz de aprender, por mais que fosse habilidoso em ouvir espíritos e, as vezes, até servir como fonte canalizadora de energia, ele tinha dificuldades em colocar a sua própria essência à disposição.

- O que é importante as vezes só é importante porque ninguém o viu antes.

E colocou a gema branca a frente do olho de Hector que, como de súbito, sentiu uma invasão de energia para dentro de si. De alguma forma, seu cérebro havia passado a compreender com velocidade o número exato de coisas e de pessoas à sua volta.

Foi quando Charlie falou e o velho Mestre de Armas virou-se para ela.

- Você continua radiante, não é?

Deu uma piscadela para o garoto, antes de deixar a pedra na mão de Hector. Ao longe, ouviram uma movimentação estranha na entrada.
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Mensagem por 25Slash7 Sáb Fev 04 2012, 15:39

NIMUE

A sensação de estar viajando era algo diferente do qual estava acostumada. Viver no limiar da Criação, próxima de onde tudo o que era real se despedaçava, tornava um ato corriqueiro como o mero deslocamento em uma prolongada sensação de estranheza.

Se outrora houveram momentos onde ela sentiu uma dúzia de aromas no ar, agora ela sentia apenas o gelo em seu nariz e corpo. As sensações eram mais uniformes, mais lógicas. Quando se aproximaram da cidade, ela não sentiu enxofre ou rosas no ar, mas meramente o delicioso cheiro de carne cozida e doces. Quando desceu da carruagem, sentiu os pêlos de seu corpo eriçarem e uma sensação de conforto e arrepio, que apenas os padrões definidos da Criação, seriam capazes de criar.

De um lado, talvez, sua natureza humana desejasse por aquilo.




ALFADUR E NIMUE
Ouvem os gritos: Hector e Charlie.

Os dois guardas olharam para todos que faziam parte daquela comitiva, detendo seus olhos sobre cada um deles, antes de dar continuidade às formalidades.

Os nomes não era conhecidos, o que causou-lhes certa estranheza, tendo em vista que haviam poucas pessoas com posses por aquela região. Talvez fossem de muito longe...

Do lado externo da entrada, havia um espaço amplo onde o grupo de soldados poderia acampar, sem causar grandes transtornos ao trânsito pela estrada.

- Muito bem, se vocês...

E foi então que notaram que um dos homens trazia consigo uma marca, algo que distorcido para sempre a sua condição de humano. Ele girou o bastão com a habilidade que possuia e colocou-se em posição de combate.

- Quem são vocês?! De onde vem?!?!

Alfadur poderia notar que o problema havia sido, especificamente, por conta de alguma mutação aparente. Os povos do norte eram assombrados por tribos de humanos degenerados, cuja mutação da Wyld havia tocado não apenas o corpo, mas também a mente.

O homem pareceu nervoso.
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Mensagem por Sarx Sáb Fev 04 2012, 15:50

Gostava de observar Charlie, e o fazia, deixando que os olhos seguissem a criança - não importava a idade, Charlie sempre lhe seria uma criança - enquanto ela jogava seus jogos de agrados e sedução, enquanto divertia-se provando as comidas exóticas que não eram tão comuns assim no norte gelado. Talvez até chegasse a encontrar frutas cítricas. Hector imaginava que ela gostaria de frutas cítricas. Havia desviado brevemente os olhos do vendedor para focar-se em Charlie, e agora voltava-os a ele.

Diante do "Ora", Hector apenas manteve a postura sorridente - e, diante do que a menina a seu lado dizia, apenas suspirou. - Deuses não precisam ser encontrados, criança. - explicou-lhe.

- Mil diabos... Será possível? - disse, quando ouviu a voz e virou-se para trás, observando seu antigo tutor e Mestre de Armas atual da fortaleza principal dos Hrothgar, Fal Grey. Riu, alegre, ao revê-lo. A maioria das lembranças que tinha com o homem envolviam hematomas, dores, e um gosto misto de sangue, terra e gelo. Mas ainda assim, sorria ao vê-lo. Bons tempos haviam sido aqueles, nos quais fugia das infernais aulas teóricas de etiqueta e atormentava Fal Grey a ensiná-lo mesmo quando não era hora do treino de armas.

E então, quando o homem fez o que fez - Hector pareceu nem mesmo perceber que fora empurrado para o lado, pegando a pedra e "ativando-a" daquela forma, a Montanha Negra arregalou os olhos. - Seu grandissíssimo filho de uma puta! - exclamou, com ares de riso. - Me matei de aprender as coisas sozinho e você sabia fazê-las, diabo! - e riu, em um misto de choque e diversão pelo inesperado... E, quando a pedra foi posta em frente a seus olhos, Hector arregalou os olhos, piscando algumas vezes, surpreso. Aquiloe ra... Incrível, realmente.

Guardou a pedra branca na mão. Ia comprá-la, sem dúvida nenhuma. - E as outras? - perguntou ao antigo Mestre, sem medo de mostrar que não era nenhum gênio. - A outra pedra e a adaga. Funcionam? - perguntou, antes de notar a movimentação estranha na entrada. Grande como era, ficou também nas pontas dos pés, tentando ver o que acontecia, com um pouco de curiosidade, mas não muita - eram aglomerações. As pessoas acabariam fazendo coisas estranhas, de hora em hora...

E então ouviu os gritos e, de longe, viu a situação - os guardas estavam barrando alguém. Respirou fundo. Como um dos nobres locais, sentia-se um tanto quanto "no dever" de ajudar a manter a ordem. Mas estava sem suas armas. E não queria realmente arranjar confusão com estranhos que nunca antes havia vindo sem que eles tivessem feito algo obviamente errado - não pareciam tê-lo feito, pelo que conseguia ver da situação. Mas os homens da guarda não eram preparados... Assoviou, dando as costas ao vendedor, a Charlie e ao antigo mestre por um instante, chamando os dois homens da própria guarda que estavam alí. Podiam estar desarmados, mas ainda tinham armaduras, emblemas e escudos - era um pouco mais intimidador. - Deêm uma mão p'ro pessoal no portão, ok? - pediu, e eles acenaram afirmativamente, afastando-se em direção a confusão.
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Mensagem por Dønø_da_Wyrm Sáb Fev 04 2012, 16:01

Alfadur não parecia portar armas, não parecia nem um pouco agressivo, ao contrário, se preparou bastante para esta viagem a ponto de esperar ter autocontrole suficiente até mesmo para enfrentar suas maldições pessoais. Ele não estava ali apenas por um mero capricho, ele tinha outras motivações para fazer aquela viagem e nao permitiria que um contratempo como o daquele homem agressivo o prejudicassem. Por alguns instantes ele chegou a cerrar os olhos, ele podia de algum modo tentar intimida-lo mesmo aparentemente indefeso, mas sua consciencia o alertava para jamais fazer algo assim. Ele tinha de aceitar o fato de que era bem prossivel, bem provavel, que alguem acabasse desconfiando dele ou de sua gente.

Realmente Alfadur nao era o unico em sua comitiva que possuia algum tipo de "problema" relativo a estas deformidades, exceto Niume que não possuia qualquer tipo de marca. A melhor coisa a ser feita naquele momento era agir com diplomacia e manter a boa educação. Ele teria de arriscar transparecer fragilidade para nao chocar com os conceitos daquele povo.

" - Viemos do norte, senhor. Por favor, abaixe esta arma... como pode ver, tenho homens guerreiros comigo, que me protegeram ao longo desta viagem e sao capazes de derrotar qualquer fera das montanhas, mas todos eles são gentis em aceitar as regras de sua casa. Estão desarmados como eu, á merce de suas leis. Deseja fazer de um visitante inocente o alvo de seu bastão?"

Alfadur perguntou ao homem sem se aproximar, respeitando o espaço dele, respeitando aquele momento mais tenso. Não se dizia certo ou errado, apenas inocente, o que de fato era. Esperaria pelo bom senso do homem ou de outros que pudessem intervir naquela situação desagradavel.
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Mensagem por Rosenrot Sáb Fev 04 2012, 16:03

Charlie revirou os olhos, de maneira bem visível e debochada, quando Hector respondeu aquilo. Tinha cruzado os braços e aberto a boca para dizer algo, mas calou-se ao ouvir a voz do sujeito que se aproximava. Arqueou brevemente uma das sobrancelhas.

Definitivamente não gostava daquelas coisas espirituais. Deu um passo para o lado, quando ele pegou a pedra daquele jeito na mão, e começou a dar lições a Hector. Charlie observou, ainda que seu interesse fosse muito curto, mas atentou-se um pouco mais ao decorrer do processo. Suspirou no final.

Charlie sorriu, um sorriso aberto e bonito, quando ele voltou-se a si falando aquilo, e apenas se curvou de leve. – Muito gentil da sua parte. – Agradeceu. – Mas a curiosidade me consome, o que faz aq... – Não terminou a frase, porém, ao ouvir o grito. Charlie não era tão alto, e teve que se esticar aqui e ali para tentar observar o que acontecia, com o canto dos olhos, viu o que Hector ordenava. – Vou com eles. – Disse, começando a mover-se. Não era um pedido de permissão, estava apenas notificando.
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Mensagem por Niume Sáb Fev 04 2012, 16:39

Niume não se preocupava com os olhares dos guardas, não sobre ela, mas sobre o resto. Estava tão acostumada a eles e suas pequenas deformações, que acabava se esquecendo de que eram visíveis. Nem sequer se lembrava de que era a única puramente humana entre eles. Ela já estava prestes a dar os primeiros passos para adentrar a cidade quando ouviu a exaltação do guarda e virou-se novamente na direção do grupo. Os olhos passaram pelo guarda posicionado para ataque e cerrou levemente os punhos. Aquela atitude a irritava imensamente, seriam barrados porque um dos seus tinha uma pequena marca? Só se passasse por cima dela, será que aquele guarda conseguia?

Ao contrario de toda a passividade e tranquilidade que Alfadur demonstrava diante daquela situação, Niume reagia de forma totalmente aposta. A desatenção virou foco, voltado totalmente aos guardas e se Alfadur não tivesse se adiantado, ela provavelmente teria pegado os punhais antes de qualquer outra palavra, mas a intervenção do homem a parou, sabia que se agisse como sempre agia, estragaria toda a viagem e voltariam para casa sem nem sequer terem tido tempo de olhar o lugar. E mais do que segurar o impulso, teve também que segurar a língua.

Ela aproximou-se de seu mestre e parou ao lado dele, encarando o guarda como se tivesse mil espadas dentro dos olhos.
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