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Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas

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Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas Empty Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas

Mensagem por 25Slash7 Seg Nov 23 2015, 13:36

Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas XBbRNEO

Você vive em Thorns. Na Região chamada de Província dos Rios, ou, como é vulgarmente conhecida, Terra dos Carniceiros.

Apesar do nome agressivo, Thorns goza de um status de privilégio entre os Reinos do Leste, já que é uma das últimas civilizações tributárias ao Reino e, portanto, suportada pelas forças da Dinastia dos Dragões.

Você vive em um lugar que, pela diplomacia e esperteza, fez valer o seu papel de lealdade ao Reino, mantendo o conflito com os demais reinados da Provícia dos Rios, dentro do aceitável.

E talvez, por viver em uma das grandes civilizações, você deve ter ouvido falar de muitas coisas. Do que dizem por aí, por ruas, salões e tavernas.

Você já ouviu falar de Nexus. Uma grande cidade próxima da afamada Lookshy. Lá, terra da escória, onde mercenários e ladrões realizam todo tipo de tráfico. Terra daqueles que querem ser esquecidos, que jogam suas vidas e almas em dados viciados pelas esquinas escuras e úmidas e cometem pecados sem fins, como se o próprio céu fechasse os olhos para aqueles que ali vivem.

Ouviu de Lookshy, o braço militar da Confederação dos Rios. Ouviu da força militar e da contínua dedica-se ao auto aperfeiçoamento intelectual e militar, com um comprometimento quase ingênuo em manter a paz na Província dos Rios. É uma terra de zêlo e perfeição, de homens e mulheres que fazem frente ao poderio do Reino , por trás de largos muros e sob o auspício de poderosas armas esquecidas, de uma era de ouro e sonhos.

Mas não foi apenas sobre isso que eles falam por aí.

Falam sobre deuses. Deuses dos poços, das dunas, das vilas. Existem muitos deuses por aí. Muitos deles, com más intenções. Eles demandam adoração e oferendas em troca de proteção. A cada ano eles exigem mais. A cada ano, eles oferecem menos.

Dizem que existem monstros por aí. Lagartos gigantes que aterrorizam o deserto, tubarões tão grandes quanto a coluna de um templo e criaturas de fogo que descem dos céus e caem como raios vermelhos sobre a Criação, em busca de vítimas que nunca mais são vistas.

Devem ter lhe dito sobre as ruínas. Para que não vá para as cidades abandonadas tomadas pela areia e pela sombra. Fuja dos sussurros, dos olhos vítreos sobre as águas. Existem prêmios aqui e lá, eles dizem: talvez você tenha ouvido falar do mausóleo de deuses de outrora.

Você já deve ter ouvido falar do norte. Apesar da neve, há terra fértil lá e cidades feitas de gemas preciosas, onde cada homem tem um acre de terra e um poço de água.

Você deve ter ouvido falar do sul, onde a terra se encontra com o céu e se torna um gigante lago de fogo. Talvez você tenha visto as chamas no horizonte. Terra de saqueadores monstruosos e criaturas de fogo que rastejam sob a areia.

Dizem por aí que há lugares no Oeste dos Picos de Fogo e no Leste das Montanhas do Verão. Você deve ter ouvido dos lagos sem fim do norte. Dos bárbaros que vivem além do mundo.

Sim, há muita coisa que você deve ter ouvido.

Provavelmente não passam de mentiras.


Orientações

Papéis
Os personagens devem ser heróicos ou ter potencial para o heroísmo. Eles não precisam ser "bons", mas devem ter a faísca necessária para incendiar a Criação. Seja como renovação. Seja como destruição.

Nós Exaltados. Nós jovens escolhidos
Os personagens deverão ser jovens. Nenhum personagem deverá ter mais que trinta anos (a menos que seja algo essencial ao background). A idade recomendada é de 18 anos.

Exaltação
Os personagens não sabem qualquer coisa sobre Solares ou mesmo sobre o termo Exaltado. A exaltação será definida pelo narrador, de acordo com o conceito do personagem (jogadores poderão sugerir qual exaltação querem receber). Os "Charms" (poderes) poderão ser escolhidos pelos jogadores.


Min-Maxing
Personagens poderão ter "5" em apenas duas habilidades. O conceito do personagem deverá explicar esses "5".
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Mensagem por 25Slash7 Seg Nov 30 2015, 12:42

Vozes.

Thorns era uma míriade de vozes e cores. Sons que se espalhavam por toda a extensão do Distrito dos Herdeiros, recebendo toda a sorte de pessoas.

O motivo das celebrações era notório. Era, afinal, o Festival do Crepúsculo, ocasião em que as portas da cidade se abriam para receber todos aqueles que estivessem interessados em celebrar à vida ao Estilo de Thorns.

Era durante o festival que as ruas da cidade desdobravam-se em um amontado de cores, enquanto seus habitantes desfilavam por sobre estradas de pedra envoltos em tecidos coloridos. Os muros das casas e repartições eram adornados com flores e outros penduricalhos. Cheiros de todos os tipos preenchiam os sentidos. Aromas florais, incensos, condimentos. Pulsava vida, por aquela cidade em uma das raras ocasiões em que os visitantes de outras partes da Confederação, poderiam se esquecer dos tempos de conflito bélico entre Thorns e Lookshy.

Aliás, justiça seja feita... é verdade que os espíritos mais pragmáticos dos herdeiros do Shogunato, habituados à mentalidade espartana, não encontrariam muito sentido em toda a festa de cores que Thorns se apresentava. Contudo, nem mesmo o mais sério general de Lookshy, poderia negar a beleza que impregnava aquele lugar.

Era, como dito, dias de encantos. Por dois dias seguidos, findando no Crepúsculo do segundo dia, o Distrito dos Herdeiros, berço do poder de Thorns, o qual concentrava as construções que abrigavam não apenas o governo da cidade, como, também, o local de repouso do Autocrata, do Rei e da Rainha. Ali era, também, o lugar em que as guildas faziam sua morada, abrindo portões e especializações para aqueles que não se contentavam em, meramente, reproduzir objetos e outras formas de arte como um ato sem coração, sem vida.

O Distrito dos Herdeiros era o coração de Thorns. No centro da cidade, além das enormes e belíssimas construções de mármore e jade, haviam praças espaçosas, preenchidas por verdes e com belíssimas árvores que se erguiam até a altura destes mesmos edifícios. Árvores fortes, adornadas por pequenas lamparinas de papel que ardiam, delicadamente, por dias, como os desejos dos cidadãos. O céu, de um azul denso, como se pintado a mão pelos senhores da Criação, ao anoitecer, era coberto por outros tantos pequenos balões de papéis, que se misturavam as incontáveis estrelas que cintilavam sobre as vidas dos mortais.

Pelas praças, as pessoas se aglutinavam. Barracas eram montadas, vendendo deliciosos quitutes de outras partes do mundo. Forjas eram improvisadas. Canções eram cantadas. Poemas declamados. Debates debatidos. Mesmo o mais desafortunado, andava entre ricos, trajando suas vestes mais coloridas. Diplomatas caminhavam entre corredores e se espremiam. Acordos eram selados. Nomes eram sussurrados. Bugigangas eram vendidas como artefatos de poder de um lado, enquanto mercenários discutiam preços e alvos.

Era, afinal, o Crepúsculo de belos dias que viriam para Thorns.
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Mensagem por Valkyrja Seg Nov 30 2015, 21:30

No meio da bagunçada Thorns, no meio da alegria e da beleza das cores e flores da cidade, ela caminhava com passos firme e decididos. Seus olhos de uma estranha tonalidade prateada passavam rapidamente por cada pessoa, cada barraquinha e enfeite brega pendurado pelas paredes.

Pelos deuses. Por que precisava ser tão colorido? Tão... barulhento?

A quantidade de cerveja que tomara ontem, ela não tinha certeza. Só se lembrava que havia deixado boa parte dos homens para trás. Ela deu um meio sorriso quando lembrou disso. Se divertia com a cara de desaforo que eles faziam sempre que ela pedia mais uma bebida, quando todos haviam parado.

Virou uma esquina e bateu de ombros com um casal. Eles pediram desculpas e seguiram seu caminho, rindo. Já Asera apenas ajeitou seu capuz e continuou seu caminho. Bufou e cerrou os olhos quando dobrou a esquina, com os raios do sol direto em seus olhos. A praça estava cheia. Respirou fundo e continuou a caminhar entre as pessoas, já não se importando em esbarrar nelas. Que saíssem do caminho.

Derrubou copos, pisou em pés e de leves empurrões nos bêbados. Foi xingada algumas vezes, mas sequer ligou. Parou, por acaso, ao lado de uma barraca de waffles. Comprou um e seguiu seu caminho enquanto comia. Passou por um muro e arrancou o enfeito de flores simplesmente porque ele tampava sua visão direta. Jogou-o no chão, em cima de uma poça do que ela acreditava ser bebida.

Por fim, parou no meio de uma encruzilhada que fervilhava de pessoas e música. Ela olhou para um lado, olhou para o outro. Deu a última mordida em seu Waflle, limpando delicadamente os lábios vermelhos com os dedos.

Suspirou. Achou que encontrar artigos antigos, assim como livros de histórias e ritos antigos seria fácil no Festival do Crepúsculo. Mas não estava sendo nada disso.
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Mensagem por Beholder Qui Dez 03 2015, 18:19

Finalmente chegou em Thorns, foi uma viagem longa que teria sido muito mais tranquila se tivesse gastado com uma montaria ou transporte, mas cerveja e jogos pareciam mais interessantes e pôde conhecer “as belezas do campo” no caminho.

Thorns, festival do Crepúsculo, promessas de esbórnia, e com o conflito armado, dinheiro.

Nos portões da cidade olhou sisudo para todas aquelas cores, encarou a cidade como encararia um inimigo… somente por um momento, logo abriu um enorme sorriso e respirou fundo sentindo aquele cheiro de sujeira e urina disfarçado com incensos. Aquele era o lugar, tinha que ser.

Bateu o barro das botas e foi andar andar por algumas ruas procurando uma boa espelunca para ficar, um lugar que tivesse cara de confusão. Viu uma garota com calças de couro justas comendo waffle numa esquina, olhou a bunda dela, muito magra e muita roupa, precisaria comer muito mais waffles. Não perdeu tempo e voltou a andar em busca de comida, bebida e prostitutas. Encarou uma fachada que prometia isso tudo à ele, abriu a algibeira e olhou descontente as poucas moedas la no fundo. Não ia dar pra mais que umas duas noites, talvez uma só se ficasse bêbado demais… com certeza uma só, precisava de um trabalho urgente.

Fechou a algibeira e entrou na espelunca indo em direção ao balcão.
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Mensagem por Shen666 Sex Dez 04 2015, 12:45

Parou de meditar. Levantou e arrumou o quarto. Era bem simples e pequeno, apenas uma cama, uma escrivaninha e uma cadeira. Abriu as janelas. O silêncio e vazio daqui contrastava a cidade lá fora. Gostava do silêncio, mas tinha vezes que não. Precisa decidir entre qual dos dois gostaria mais nesse momento.

Seria um dia complicado e os outros sacerdotes e clérigos já estavam preparados para atender quem precisasse. Esses tipos de comemorações podem causar diversos problemas.

- Não irá sair?

Devolveu o olhar de Fraus.

Contemplava seu momento, mas sentia falta daquelas cores todas.

- Há tempos que não deixa esse lugar. Se precisar de sua ajuda, mando um mensageiro.

Pelas ruas, passeava tranquilo observando as pessoas e os estandes. Sorriu para uma criança que se escondia atrás de seus pais. Sorriu para as pessoas que observavam o festival por seus janelas e varandas. Alguns eram rostos conhecidos, o que ajudou a tornar o cenário mais natural e familiar. Não lembrava a última vez que saíra do santuário.

Sentiu o vento e o aroma. Estava contente.

Entre as vozes, cantorias e poemas, um deles o alcançava...

O primeiro áureo da natureza a verdejar
Sua maior e mais difícil cor para si velar
A prematura folha no seguinte é flor
[Somos pequenos, mas somos muitos]
Um momento de vida de uma dor sem cor
[Somos muitos, somos pequenos]
Esta folha desencanta em folha embora
[Nós estávamos aqui antes da ascensão]
E do Eden se afoga em melancolia outrora
[Estaremos aqui durante a queda]
descende a manhã, ante a aurora, que mascara
em chamas, ouro nenhum vida se tornara...

Então se repete.

Olhou para o céu da manhã. Caminhava sem destino.
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Mensagem por 25Slash7 Seg Dez 07 2015, 12:23

Asera passava tempo demais reclamando, consigo mesma, de todas as cores e alegrias daquele lugar. Chafurdava em seu próprio amargor enquanto buscava o que quer que pudesse lhe auxiliar em o que quer que estivesse procurando.

Alegres, as pessoas comemoravam, indiferente à ela. Em mais de uma ocasião, homens e mulheres, embriagados pelo vinho barato (mas melhor do que o vinho caro de outras regiões) convidavam-na à tirar aquelas roupas e vestir coisas mais confortáveis. "Divirta-se", diziam entusiasmados "Logo o Crepúsculo virá e os dias amargos com ele".

Haveria tempo, afinal, para o mal humor.

Deslocou-se por entre multidões, degustou de um waffle quentinho com uma cobertura doce feita de avelã, cujo aroma impregnava suas narinas e, em seguida, voltou seus sentidos para as Celebrações a tempo de ver a imagem desleixada de alguém que, pelas vestes, parecia-se com um tipo de guerreiro. Não aqueles refinados que floresciam nos campos de treinos de Thorns, mas daqueles sujos que dividem latrinas e trincheiras com soldados. Viu ele fazer umae xpressão de desinteresse antes de dirigir-se em direção à uma das hospedagens da cidade, de modo que não foi surpresa para a garota ao perceber que aquela era mais conhecida pela fartura de cerveja rala do que pela limpeza dos quartos.

Sozinha novamente, ela poderia seguir seu caminho diante da imensidão do Distrito do Herdeiro. Seus olhos, àquela altura, já notavam alguns vendedores que pareciam vender obras de ocultismo. No fundo, contudo, duvidava que encontraria algo realmente relevante por ali... conhecimentos arcanos eram, raramente, vendidos sob à luz do Sol.

__

Quando Sengann adentrou à taverna, sentiu, quase de imediato, seus instintos lhe forçarem a dar um passo para a direita. Instinto este que ele havia aprendido a não ignorar e que, normalmente provava-se correto.

Como naquela vez.

A imagem de um homem de cabeça raspada e cheio de tatuagens no rosto, sendo arremessado pela imagem atlética de um outro homem de pele parda e cujas roupas eram um amontoados de panos de tons acizentados, foi uma calorosa recepção.

Era caos, afinal. O tipo de ambiente que homens como Sengann chamavam de lar.

O careca estava atordoado. Havia cheiro de cerveja e sangue ao redor. Homens bradavam, faziam brindes enquanto algumas outras mulheres poucas mulheres, todas de tez morena e cuja pele era coberta apenas por uma fina camada de tecido feito de algodão, andavam e se ofereciam aos bêbados. Divirtiam-se também, de certa forma.

- Bem vindo, guerreiro, bem vindo! Esta é a casa do Cavalo Preto! Seja bem vindo.

Enquanto falava, esfregava as mãos uma nas outras, tentando tirar um pouco de sangue que havia ficado. Era jovem, no máximo trinta anos, com um forte sotaque da Língua do Fogo (povo que vive em dunas, no sul da Criação).

- Ah, mas este parece ser teu primeiro dia aqui! O que precisa? Mulheres, cervejas? Tem muitas! São minhas irmãs, verdade! Mas não se confunda! Minha cara pode ser feia mas, os deuses foram bons e não deram nem a minha cara e nem o meu pau para elas!!! HAH HAH HAH Entre, entre!

Foi para trás do balcão.

O ambiente era nada muito grande. Haviam mesas espalhadas pelo corredor. Por trás do balcão, uma escada levava para o andar de cima. No centro, uma fogueira ardia, queimando um leitão assado, cujo cheiro de especiarias do sul eram um atrativo aos sentidos.

__


A vida do lado de fora era como Ikelus se lembrava. Havia vida ali.

Seus professores questionavam a vida reclusa dele. "Você é jovem demais e está matando a sua vida aqui. Vá ver as coisas. Largue os livros".

Mas era teimoso e os períodos fora do santuário tornavam-se cada vez mais raros.

Mas aquele não era, afinal, um dia como qualquer outro. Era dia de festival, de celebração. E, talvez, seria um bom momento para quebrar a rotina.

Vagaroso, como era de se esperar de alguém contemplativo como Ikelus, ele observava, digeria toda e cada informação ao seu redor. Seus olhos pareciam ávidos pela míriade de cores e informações ao redor. O tempo em reclusão passava, é verdade, mas o apreço pelo que era bonito, não abandonava.

Sentou-se em uma das praças onde grupos de pessoas estendiam panos sobre a grama verdejante e comiam doces e outros quitutes. Ali próximo, uma mulher de roupas típicas das cortes de Thorns, lábios vermelhos e o rosto pálido pelo uso propósital e excessivo de pó de arroz, tocava um banjo simples, acompanhando os acordes com uma voz suave, encantadora.

- O que seria do mundo sem mulheres, não é?

Como um furacão, um rapaz de seus vinte e três anos, de cabelos escuros e espetados, olhos de um tom arroxeado, marotos, sentou-se ao seu lado.

Era Diones, um de seus companheiros de santuário. Conhecido como um dos menos aptos a seguir qualquer tipo de vida de reclusão, mas, que lá estava, por conta de alguma punição severa de seu pai, um Dinasta que vivia na Ilha Imperial.

Pelo que se lembrava. Diones estava proibido de sair por Fraus. Algo a ver com a nova garota que ajudava com a limpeza dos quartos.

- Resolveu sair daquele pedacinho do paraíso nosso?? Rapaz, eu não consigo compreender como você passa tanto tempo ali. Não mesmo... - ficou em silêncio um segundo, olhando ao redor - estava procurando por algo? Ou o Fraus te chutou para fora??
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Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas Empty Re: Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas

Mensagem por Valkyrja Qua Dez 09 2015, 23:09

Asera continuava a caminhar por entre os edifícios e as largas ruas de Thorns. Seu humor parecia não melhorar muito, por mais que olhasse para as cores que ornamentavam a cidade e seus alegres cidadãos. Aquilo parecia uma perda de tempo.

Andava um pouco sem rumo, perguntava a alguns mercadores, de maneira despreocupada e sem esperança, se havia algum livro ou objeto que remetesse à magia. Passava por entre algumas bancas, via e tocava diversos utensílios, depois pegava os livros e os folheava. Alguns, simplesmente atirava sobre a bancada de novo. Outros, ela se demorava um pouco mais, analisando as figuras, lendo algumas poucas frases e virava-os de lado, a fim de contemplá-los mais. No fim, acabava por sequer dar um sorriso, e os devolvia à pilha.

Isso se repetiu por algumas horas. Admitiu que o prazer de simplesmente olhara s coisas a deixava feliz. Quando o vendedor era bonito, ela arriscava um leve meio sorriso, mas saía sem sequer dizer adeus.

Entretanto, dentro de seu prazer aparentemente sem interesse, ela prestava atenção nos livros e coisas que via. Não queria deixar passar nenhum tesouro escondido.

Quanto ao Waffle, o cheiro era delicioso. Antes de dar a primeira mordida, viu um sujeito que parecia não ter tomado banho há alguns meses entrar em uma taverna. Pelos deuses! O que era aquele cinto de javali?!

Deu de ombros, comendo o Waffle e sorrindo ao sentir seu sabor. Por fim, olhou em volta e suspirou. Maldita cidade, sem os livros que queria. Mas era uma maldita cidade bonita. Ela comeu o waffle e seguiu pela rua e pela praça, parando em uma larga mesa de madeira, onde muitos comiam, conversavam e bebiam. A música estava no ar e ela tinha a barriga quente pelo waffle.

A beleza de Asera parecia ressaltar sempre que ela era seca. E sendo seca, ela fez o pedido. Uma cerveja, grande. E ele poderia trazer mais uma sempre que o copo estivesse vazio.

Pro inferno com Thorns e seus livros perdidos. Iria beber e quem sabe, brincar na cidade.
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Mensagem por Shen666 Qui Dez 10 2015, 10:37

- Seria um mundo sem mulheres.

Respondera tentando ser engraçado, mas sabia que soara sem graça. Não era muito bom nisso.

- E sem música?

Essa simplicidade em cada nota o transportava. Naquele momento, esquecia Diones ao seu lado e sentia a eternidade do fugaz. Então, sem se dar conta, a simpatia em seu rosto era tomada pela sombra que o acompanhava. Nessas horas, seu rosto era tão severo como de um antigo frio e nada amigável.

- Acho que... - precisava pensar um pouco, não queria parecer mal educado - de certa forma você pode dizer que fui chutado.

Olhava para o seu companheiro pensando nas diferenças ali presentes. Ele cheio de vida e vontade de se libertar vivendo em um local que não cabia a ele; nem ele, talvez.

- Em um dia como esse, às vezes gostaria de sentir como você. - as palavras saíam sem perceber que estavam além da consciência.

Aquelas pessoas comiam e cantavam. Sorriam, gritavam e aproveitavam. A distância além da física.

- Não procuro nada. Só sai sem rumo para observar... - considerando o castigo, devolveu a pergunta com um olhar tranquilo - Mas e você, não deveria ajudar no santuário em um dia como hoje?
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Mensagem por 25Slash7 Ter Dez 15 2015, 14:52

Havia pouca confusão pelas ruas de Thorns. Havia, sem dúvida, um tanto de pessoas embriagadas e trôpegas por todos os cantos, alguns exageros, euforia, mas pouca confusão. Soldados, cujas armaduras pareciam mais prestar-se à estética (já que pareciam ser feita de prata ou algum outro tipo de liga), permaneciam de lanças em punho, espalhados por todos os lados. Alguns deles, deixavam de lado suas atribuições e se distraiamcom um ou outro divertimento da cidade, algo que os visitantes de Lookshy entenderiam como uma ofensa às regras mais básicas do estado de guerra.

Mas bom... não estávamos em guerra.

A aquela altura, o Sol já começava a se por no horizonte. No céu, um verdadeiro tapetede lamparinas de papel que se confundiam com as outras tantas estrelas do firmamento.

Asera sentou-se à uma mesa e aproveitou do dia. Bebeu e comeu até sentir-se satisfeita. Seus sentidos se deleitaram com os sons, comas vozes. Por mais que fosse do tipo reclusa, voltada para a indiferença, era difícil manter-se completamente alheio a aquele lugar.

Permaneceu, contudo, atenta a todo e qualquer tipo de manifestação que pudesse leva-la em direção ao conhecimento que buscava. Não encontrou. Sabia que poderia haver alguém vendendo algo, mas sabia, também, que se isto fosse verdade, precisaria saber o que procurava.

- Você não parece vinda daqui.

As palavras vieram como um estalo, repentinas. Ao seu lado, a imagem de um homem que trajava uma peça de tecido que assemelhava-se a uma toga. Em seus antebraços haviam braceletes de ouro e jade. Seu rosto era oculto por trás de uma máscara dourada, completamente lisa, que ocultava tudo do nariz para cima. Os cabelos esbranquiçados e cuidadosamente arrumados em um rabo de cavalo, contudo, permaneciam a vista, assim como os largos brincos de argola que ele usava.

A máscara não era algo completamente estranho. Durante os festivais, era normal que as pessoas se vestissem com adornos que não costumavam fazer rotineiramente.

- Você ficará para ver o desfile do Rei? É ssempre divertrido ver a expressão que o General de Lookshy faz quando vê o Rei e a Rainha cheio de pompa.

Enquanto dizia isso, ele colocou uma garrafa de algo que, pelo cheiro, parecia-se com vinho. Ofereceu a garota.

___

O rapaz ao lado de Ikelus sorriu quando ele fez aquela pergunta. Diones não era, de fato, das almas mais sensíveis que haviam no Santuário. Mas, por ser ele próprio, ao seu modo, um incompreendido, ele nutria uma certa paciência com aqueles como ele: os desajustados.

- Você adoraria se sentir como eu. Não tenho dúvida. Até a hora que o meu pai me pegasse pela orelha e me arrastasse por quatro kilometros. Acho que aí você mudaria de ideia. E tudo isso porque eu não quis participar dos debates da guilda... pff... aquele velho é louco.

Ikelus virou-se para o som de um choro ao seu lado. Viu uma garotinha, de lá seus cinco anos, caída no chão e com um amontoado de doces tombados sobre a grama. Ao seu lado, um homem sorridente a ajudou a se levantar, falou alguma coisa e saíram.

- Talvez isso seja um problema. Não procurar nada. Parece que os dias começam a se arrastar. Você não acha? Não consigo acreditar que não tenha nada que você queira. Olhe ao redor, quanta coisa acontecendo - sorriu. Um sorriso largo, de orelha à orelha - daria para conquistar o mundo em um único dia! Hah!

Ele sorria. Não se preocupou em responder a pergunta sobre ajudar no Santuário. Pensava que seria óbvio que ele precisava ajudar e que estava ali sem autorização. Bem como que ele não dava a mínima para isto.
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Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas Empty Re: Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas

Mensagem por Beholder Ter Dez 15 2015, 18:29

Caminhou sorrindo até o balcão, gostou do lugar.

- Quero tudo o que meu dinheiro pode comprar, inclusive um pedaço gorduroso daquele leitão. Eespero que sua cerveja seja escura e forte como um cavalo preto! HA HA HA HA!

Enquanto esperava o homem retornar com a comida e bebida procurou sorrir e gesticular para as garotas, mas isso era apenas uma desculpa para passar os olhos por todo local com mais cuidado olhando possíveis ameaças e algo que chame a atenção, desde cedo aprendeu que tavernas podiam ser tão perigosas quanto batalhas no campo, pois aqui os guerreiros abaixavam a guarda.

Virou de volta para o balcão, ajeitando a algibeira numa posição mais segura. Pegou a caneca e tomou um grande gole.

- Então, homem, além de comida, putaria e bebida eu procuro trabalho para minhas armas e pensei que bem… você é a pessoa certa para me ajudar com isso, afinal qualquer dinheiro que chegue às minhas mãos acabarão indo parar nas suas. HA HA HA HA HA
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Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas Empty Re: Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas

Mensagem por Shen666 Seg Dez 21 2015, 10:37

Às vezes era confuso interagir com as pessoas. Não sabia o que esperar delas. Nem das sombras. O céu roubava sua atenção distraidamente e não fazia ideia do que fazer nessas horas. Apenas que sentia falta de conversar dessa forma e era mais agradável do que lembrava.

Não sorriu de volta, mas seu olhar demonstrava gratidão se prestasse atenção.

- Sentir apenas, só esse sentir que está exposto em você como sua própria pele. Não todo o fardo que leva em sua vida, mas esse espírito livre incompreendido que é somente seu e é capaz de seguir todos os caminhos e voltar para criar todos os outros que não estavam lá antes. Como se para isso só precisasse atravessar uma esquina ou duas.

Olhou ao redor novamente se atentando à vida que fluía bem ali. Poderia desejar qualquer coisa, realizar qualquer coisa. O quanto isso era verdade?

- Fraus uma vez disse que a certeza é que nunca vamos encontrar nada que procuramos, e que a outra certeza é que sempre precisamos procurar o que sonhamos. Mesmo sabendo que nunca vamos encontrar, o maior dever de todos para nós mesmos é procurar. Nunca esqueci disso. - fez uma pausa - Penso a respeito constantemente e, sim, tem dias que parecem semanas.

E noites que parecem anos. E coisas que nos procuram mas não o contrário então o céu está lá ele precisa estar lá e estará lá.

- E quanto a você, Diones... o que procura?
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Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas Empty Re: Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas

Mensagem por Valkyrja Seg Dez 21 2015, 13:47

Era impossível não ser abraçada pelo clima festivo de Thorns. Bem que Asera tentou não se deixar levar pelas canções, risadas e pelas danças, mas não conseguiu. Por mais que não fizesse questão de festejar com outras pessoas, ela bebeu até sentir vontade e rir sozinha.

Algumas vezes, mandava sorrisos para jovens bonitos, outras vezes simplesmente fechava a cara e ficava pensando, contando e repetindo frases sozinha. Mesmo bêbada, não costumava puxar conversa com outras pessoas, embora, mesmo que não admitisse para ela mesma, tenha sentido vontade de dançar enquanto ouvia uma música de um bando de trovadores de gosto duvidoso. Mexeu os pés abaixo da mesa.

Bebia em goles longos e rápidos, quando ouviu a voz estranha. A princípio, não achou que fosse com ela, até sentir a aproximação do homem. Afastou a caneca dos lábios, ainda a segurando, e olhou para o homem, com o rosto um pouco virado para o lado. Em seu rosto não havia um sorriso. Talvez o homem tivesse percebido que havia uma expressão de quem fora interrompido, e que não gostou.

Ela passou os olhos pelos braços – ouro e jade – e pelas roupas do homem. Quem usaria aquele tipo de roupa? Depois, seu olhar subiu até o rosto da figura: cabelos presos e argolas. E aquela máscara? O que era aquilo?

Ela observou-se aproximar e ainda não disse nada. Quando o homem sentou-se e ofereceu-lhe o vinho, ela deu um gole da própria caneca que ainda segurava. Suas palavras também vieram em um estalo:

- Quem é você? – franziu um pouco a testa, enquanto examinava o rosto. Talvez a máscara estranha e sua curiosidade em saber como era o rosto do homem e quem ele era não a deixaram mandá-lo embora.
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Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas Empty Re: Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas

Mensagem por 25Slash7 Seg Jan 11 2016, 14:41

Sengann

O ambiente da taverna era o que sse podia esperar. Nada do qual Sengann já não estivesse habituado.

Havia perigo. Óbvio. Homens e mulheres portavam armas e ostentavam expressões que eram um misto de ameaça com embriaguez, mas, de alguma forma, o instinto do guerreiro não lhe apontava nenhuma espécie de perigo imediato.

Não conseguia relaxar completamente. As cicatrizes por sob sua pele não permitiriam. Mas, ao menos uma parte, relaxou por um momento.

Tomou a cerveja amarga e meio quente com avidez, piscou para as mulheres da taverna (ao menos aquelas que não pareciam dispostas a cortar a sua garganta) e teve beijos soprados e olhadelas como resposta.

- Trabalho você diz? Ora! Nada me faz mais feliz do que clientes que pagam suas contas! Exceto por aquele barro matutino! Aaah, eu adoro o cheiro de latrina limpa pela manhã! Parece que estou Castigando o mundo por cada vez que ele me fodeu! HAH HAH HAH Mas bom, bom, veja só, eu não soube de nenhuma companhia que esteja contratando espadas, mas, se você tiver confiança, deverá haver um pequeno torneio em homenagem à monarquia. Se você for um dos últimos a cair, com certeza terá alguma proposta. Disso não tenho dúvida, meu mais novo melhor amigo. Aliás, confio tanto em você, que, olhe só, vou lhe adiantar mais um trago que você pagará quando ganhar!

Mais uma vez ele gargalhou alto e deu uma ordem para que fosse servida mais uma caneca para o guerreiro.

O Torneio a qual ele se referia era uma tradição durante a celebração. Nele, 40 guerreiros (vinte de cada lado) se enfrentariam perante a nobreza de Thorns. O vencedor receberia uma premiação generosa, o suficiente para sustentar qualquer vagabundo apenas na esbórnia por um mês.

__

Ikelus

Diones fez uma expressão de relaxo.

- Por que precisamos estar sempre procurando por algo?

Ikelus soube que ele não quis cair em um discurso cliché sobre buscas e ecncontros, ou outras questões existenciais. Sabia, que o próprio rapaz, era, aos olhos de qualquer um, alguém perdido, ainda que ele não se sentisse assim. Achava-se, pelo contrário, muito bem encontrado, o que era um reflexo naquela expressão desencanada de Diones.

- Deixo meu pai com suas procuras intermináveis. Eu tenho apenas aquilo que encontro. Como por exemplo... essa festa enorme! Veja só!

E apontou em direção a uma movimentação que começava a ocorrer pelas ruas (continua mais a frente).

Asera

O estranho riu um riso discreto, contido. Fez um gesto, como se estivesse brindando à garota e deu um gole direto da garrafa que havia oferecido à ela anteriormente.

- Peço desculpas pela falta de modos. Acho que você vai me entender. Mas é que, no meio dessa bagunça....devo ter deixado meu copo em algum lugar que não me recordo.

Ele olhou para ela, de baixo para cima. Seus lábios, a única janela de expressões visiveis em seu rosto, permaneceram rijos, imóveis, enquanto a olhava.

- Eu? Ora, o que importa! Eu sou um homem com uma missão! Uma grata missão! Sou um mensageiro e tenho uma mensagem - bom, se eu não tivesse uma, não poderia assim ser chamado. Mas tive que interromper meu trabalho ao vê-la pelos cantos daqui, contendo sua vontade de dançar. Pensei "ora, por que não?". E aqui estou. Agora com duas mensagens. Uma delas, para dividir meu vinho com você. A outra, para ser dita apenas aos ouvidos do Monarca.

Estava embriagado e isto não era difícil perceber. Pelas roupas, talvez fosse algum membro do Conselho da Monarquia de algum outro estado. Possuía um leve aroma adocicado ao seu redor, como se lavanda se mesclasse ao vinho. Parecia asseado, com roupas limpas e, se não fosse o caminhar meio vacilante, facilmente seria tratado como um nobre.

- Mas! Se quer um nome, me chame de Antenor. E eu conheço cada canto desta cidade - inclusive os mais escondidos, se quer saber . Beba comigo!

Ofereceu, novamente, o vinho, logo após ter dado um novo trago.


Todos

Quando a noite já começava a se aproximar e o Sol esconder-se em um horizonte alaranjado, uma centena de soldados, portando espadas em suas cinturas e empunhando hastes com flâmulas que ostentavam a cor das bandeiras de Thorns, começaram a abrir espaço, um cordão de soldados que partiam desde o prédio do governo da cidade, até a praça central, onde uma enorme árvore, de tronco grosso e cuja altura facilmente alcançava em torno de 30 metros, erguia-se imponente. Em seus galhos, haviam espinhos grandes como punhos e estendiam-se em galhos que emergiam em direção ao chão e ao céu.

De dentro do prédio, saíram quatro figuras. O homem era Sexter Erulus, no Rei de Thorns. Trajava uma armadura de jade verde que refletia mesmo a mais branda fonte de luz. Em sua mão esquerda, carregava um escudo com o símbolo de uma folha solitária. Não haviam armas junto dele. Ainda assim, havia algo de imponente na imagem daquele homem de meia idade, cujos cabelos ondulados, enegrecidos, eram presos por um laço vermelho, um presente, dizia-se, da própria Imperatriz.

Ao seu lado, a mulher que poderia ter causado a ruptura de reinos caso assim houvesse decidido. Sesus Elene. Contrário ao seu marido, trajava um vestido de tom carmim, que contrastava com os cabelos avermelhados como o mais denso e irracível fogo. Seus olhos tinham uma chama que era possível ser vista à distância e a sua beleza seria cantada ainda por gerações a vir. Carregava em sua mão um báculo, cuja haste era da altura da mulher (pouco menos de 1,70) e que, em sua ponta, em meio a adornos de jade, havia a imagem de uma árvore, como a do centro de Thorns.

Eram eles. O escudo e a ordem da Cidade.

Logo atrás, o capitão da guarda real da cidade. Ao seu lado, a conselheira da cidade.

O Arauto bradou:

- Quando hordas de demônios desceram sobre os virtuosos dinastas que aqui resistiam, um deles, detentor do sangue do Excelentíssimo Sexter Erulus, nosso amado e querido rei, fincou aqui, seu espírito e seu escudo e nenhum demônio pôde trespassar a sua fé. Sua vontade.

Sua voz elevava-se acima daquela da multidão que, pouco a pouco, começava a aquietar-se, como se despertasse de um transe. O Arauto apontou em direção à árvore.

- E foi neste local que ele, com seu corpo, sua vontade, serviu como um bastião para que as forças virtuosas da Imperatriz se reagrupassem e revidassem às forças demoníacas que caiam sobre nossos antepassados. O Festival do Crepúsculo é uma celebração à nossa amada cidade. Mas também um lembrete, de que apesar do que dizem, nós também somos feitos de madeira dura, de vigor e resistência. De beleza, de aromas e de cores. Dito isto... sendo esta a última noite do Festival do Crepúsculo, Vossa Majestade, o Rei Sexter Erulus, determina a abertura do Torneio do Bastião Solitário, em homenagem à sua linhagem que, generosamente, nos protege por gerações e gerações. Honrem seus nomes e suas reputações!

Ao fim das palavras, mais uma centena de pessoas saíram de dentro do prédio, mas, desta vez, não eram soldados. Eram garçons em togas verdes que serviam vinho branco a todo cidadão da cidade, enquanto pedaços de pão eram distribuídos por carroças.

As pessoas aplaudiam, gritavam juras de amor aos seus governantes que, agora, dirigiam-se em direção ao Campo Lendas dos Sesus, um espaço destinado a eventos como aqueles, onde homens se degladiariam. Um palanque ao centro, algumas barracas nas extremidades e um tapetão verde de grama bela e viva, com ocasionais manchas de carmim.
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Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas Empty Re: Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas

Mensagem por Valkyrja Ter Jan 12 2016, 21:59

- Não se preocupe. Sua falta de modos não é pelo copo perdido, mas por não ter dito seu nome antes.

Ela deu mais um trago na bebida, desviando os olhos do homem para sua própria caneca Asera notou, com tristeza, que ela estava vazia.

-Mas não tem problema, já estamos resolvidos, não é? Quanto a mim, pode me chamar de.... – deu o último gole. – Pode me chamar do que achar mais apropriado.

Depois, finalmente deitou seus olhos blasés no homem. Ela portava um tipo de fisionomia misteriosa. Ele não saberia dizer se aquele meio sorriso era de deboche ou apenas uma careta de bêbada. E seu olhar... Bem, seu olhar parecia ter uma profundidade sobrenatural. Ela ainda o olhava, hipnotizante.

-Mas não permitirei nomes chulos. – e riu. A bebida parecia estar fazendo efeito.

Ainda com o copo vazio, Asera ouvia o homem, prestando atenção no que conseguia captar de seu rosto. Aquele cabelo branco estava melhor penteado do que o dela própria, ela pensou, sem deixar de rir. O fato de não ver o rosto do homem a estava deixando um pouco inquieta.

- Hoje alguém trabalha? – enfatizou a palavra. Seus olhos viajavam pelas roupas do homem. Quem ele era?

Por fim, deu os ombros e olhou a garrafa que Antenor gentilmente estendia. Que mal haveria, afinal? Estava em uma droga de festival, estava cercado de bêbados. Que dançasse com um Bêbado asseado, pelo menos.

- Já que deixou de entregar uma mensagem importante por um brinde e uma dança, não vejo porque não aceitar.

A mulher pegou o vinho que Antenor oferecera, brindando com o mesmo e logo depois, bebendo. Logo após, com um sorriso enigmático, levantou-se e puxou o braço do homem. De maneira educada, tentaria tirar a máscara do rapaz. Estava curiosa.

- Primeiro, me mostre como vocês nessa cidade que insiste em jogar sua alegria na minha cara emburrada dançam. Depois, talvez, bem TALVEZ, me mostre algum lugar escondido de Thorns.


Como todos na cidade, Asera juntou-se ao grupo para ver seus governantes passarem. Olhava atentamente, mas suas feições deixaram de ter o tom leve das festividades para voltar a ter uma fisionomia fechada, de olhar misterioso e, para alguns, cruel.

O Descendente d Dragão Imaculado e a Estrategista. Não podia dizer que não eram um casal impressionante. OU pelo menos, a bebida e a apresentação os faziam assim.

Ouvia as palavras e, mesmo que demonstrasse não estar interessada nas histórias de sucesso dos outros, Asera conhecia a lenda da grande árvore e de sua representação. Por fim, quando as juras de amor aos líderes chegaram, junto com o vinho e a música que voltara a tocar, seu rosto ficou menos pesado.

-Por que não vamos ver este festival de carnificina? Ouvi dizer que o verde fica lindo em contraste com o vermelho.

E sorriu.
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Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas Empty Re: Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas

Mensagem por Beholder Qua Jan 13 2016, 13:49

_Vejo que tem bons olhos e sabe ver um campeão quando vê, ou que talvez eu tenha pago o dobro pelo último trago. HAHAHAHAHA

Virou a segunda caneca da cerveja local de uma só vez, até que a segunda caneca ela já não parecia tão ruim.

_Se socar alguns bostas num torneio vai me trazer dinheiro, que assim seja. Obrigado e guarde mais dessa cerveja e algumas bocetas pra quando eu voltar com o dinheiro. Hahahahaha

Saiu da taverna a tempo de ver o anúncio dos governantes. Apesar de transmitirem tanta grandeza isso não impressionava muito, o Mercenário, afinal eles só eram grandes porque o povo acreditava nisso.

Esperou o anúncio acabar e parou um homem perguntando onde seria o torneio e saiu em direção ao seu ouro.
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Mensagem por 25Slash7 Qui Jan 14 2016, 13:15

Asera

As expressões de Antenor transformavam-se em sorrisos e risadas que acompanhavam cada gracejo feito pela garota, o que reforçava o ambiente agradável que ambos conseguiram construir.

Com satisfação, ele preencheu o copo, até então vazio, com o vinho do qual bebia. Asera sentiu o toque adocicado da bebida lhe umedecer os lábios, em algo que se assemelhava a uma agradável mistura de frutas vermelhas. Era, de maneira facilmente perceptível, um vinho que não se encontrava em qualquer bodega, vindo, de certo, de alguma safra exclusiva da qual o estranho tinha acesso.

Ergueu-se quando puxado, mas, com um gesto educado, deteve a mão de Asera quando esta tentou lhe retirar a máscara.

- Ah, o costume das festas dizem que, ao fim dos festivais, as máscaras devem cair. Afinal, como os deuses poderiam caminhar entre os mortais se seus semblantes estivessem expostos?

A expressão que se seguiu foi uma de incógnita, que impossibilitava compreender se era alguma brincadeira, embriaguez ou a mais uma verdade que o mensageiro confessava. Sobre ele. Sobre terceiros. Quem saberia, naquele instante?

Antenor não pareceu dar muita importância para toda a liturgia que seguiu. Apenas resmungou algo como se questionasse a validade daquilo tudo se, um dia, tudo teria um fim.

Quando Asera sugeriu assistirem aoo combate que haveria entre os inscritos, Antenor deu um passo para trás, distanciando-se dela. Por trás da máscara, a garota pôde sentir o peso do olhar do homem sobre si.

- Sim. Poderíamos ver. Ou... eu poderia lhe mostrar um dos segredos dessa cidade. Mortes acontecem todos os dias, mas... a verdadeira história por trás da Celebração. O que você me diz? Por que não me acompanha até os portões da cidade?

E estendeu a mão, aguardando a resposta dela.

Sengann

Sob o som de risadas e promessas de retorno, o mercenário saiu da taverna e dirigiu-se ao centro, onde toda a movimentação ocorria.

A plebe impressionava-se com tudo aquilo. Queriam acreditar em algo, em alguém e, mais do que isso, adoravam ganhar comida e beebida sem terem que pagar por isso.

Encerrada a apresentação, foi até o Campos dos Sesus (como era chamado) e dirigiu-se a um dos homens que ali pegavam assinaturas. Antes de responder, olhou de baixo para cima aquele que tentava se inscrever:

- Bom... sempre vem uns tipos rústicos como você, não é mesmo?? - respirou fundo, bufando. Era magricela, tinha gestos meio afeminados e trajava as roupas típicas dos membros da corte - Pois bem, se quer participar, assine aqui... ou coloque essa sua mãozinha delicada e faça o desenho de um cachorro ou o que quiser ao lado do seu nome. Se você morrer ou perder um braço, uma perna, ou, cruzes, a cabeça, não será dada qualquer quantia para a sua família. Também não emprestamos armas. Cada guerreiro leva apenas o que tem contigo. Você poderá tomar ou exigir um resgate daqueles que vencer. Err... acho que é isso, querido. O prêmio será entregue aos três últimos a cair.

Empurrou um pergaminho em direção ao homem, junto com um tinteiro e uma pena de escrita.
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Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas Empty Re: Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas

Mensagem por Beholder Qui Jan 14 2016, 13:50

_Só alguns? Bom, então vai ser mais fácil do que eu imaginei…

Pegou o papel da mão do homem e fez o melhor que conseguia numa assinatura, que era na verdade escrever somente o primeiro nome.

_ Agora homenzinho, não precisa se preocupar em avisar minha família nem nada e serei generoso com você ainda! Cortarei o pau de um dos adversários e trarei de presente pra você quando tudo acabar, e quem sabe eu não esteja tão feliz que te deixe lamber o meu?! HAHAHAHAHAHAHA

Após deixar o papel assinado se dirigiu para o local de preparação dos participantes, nunca esteve em muitos torneios de luta, não era chegado a espetáculos, mas quem sabe não descobriria uma nova diversão?

O lugar era como imaginou, algo num misto de acampamento de batalha com camarim de dançarinas. Avaliou os homens ali, procurando por quem seria um problema. Já tinha certa ideia desenhada na cabeça de como lutaria. Começou a lembrar de outras batalhas e reparou que existiam brancos nas suas lembranças, é como se algumas vezes fosse tomado por uma fúria que apagava seu cérebro humano, ficasse como um javali selvagem. Passou a mão pelo cinturão como se fizesse carinho num animal de estimação. Nisso sua mão já escorregou para o cabo da espada larga…

_ checado…

… para a adaga na bota…

_ aqui…

… tirou o machado das costas e conferiu a lamina…

_ perfeito…

… guardou o machado e olhou a lança no colo e o escudo encostado do lado, sentiu-se pronto.

_ Ah! Quase me esqueço desses brinquedos novos!

Bateu contra as costelas sentindo os três machados de arremesso ali.
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Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas Empty Re: Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas

Mensagem por 25Slash7 Qui Jan 14 2016, 14:55

- Ai, que nojo!

O escrevente fez um gesto com as mãos como se quisesse que Sengann se afastasse logo. Suas narinas se fecharam, a expressão facil foi uma de desgosto.

- Cansado dessa ralé... ai ai. Ó, olá, senhor!! Que lindo o Sr está... digo, que lindo dia para lutar!

As palavras foram dirigidas a um homem montado sobre um cavalo e trajando uma armadura com as mesmas cores da bandeira de Thorns. Provavelmente, algum dos nobres e herdeiros da família real que, ainda, não havia exaltado ( e que, pela idade, talvez não viesse a exaltar, já que aparentava beirar os trinta).

Sengann dirigiu-se para a direção onde os guerreiros se aglomeravam. Havia um ferreiro velho e sujo de carvão que faria/fazia reparos simples nos equipamentos dos competidores. Dos muitos guerreiros, a maior parte refletia a cultura de Thorns: isto é soldados com roupas e equipamentos pomposos, mas que careciam do olhar furioso que apenas aqueles que haviam estado em uma parede de escudos, conheceriam.

Provavelmente, viam aquilo tudo como uma peça de teatro ou alguma outra expressão cultural.

No entanto, sabia que não poderia subestima-los, já que os guerreiros de Thorns eram vistos como exímios esgrimistas em combates individuais, além de alguns deles estarem em montarias.

Haviam, contudo, também alguns estrangeiros. Facilmente identificava, entre as poucas mulheres ali presentes, alguém de origem em Lookshy, vez que a armadura assemelhava-se ao estilo do lugar (armadura de Samurai). Outro homem, portava a espada de lâmina curva que os habitantes mais ao sul carregavam.

Também parecia haver alguns camponeses, de armas improvisadas arriscando a sorte. Outros poderiam ser membros da milícia que faziam a guarda dos feudos thornianos.

Por fim, daqueles que se destacavam como "elefantes sobre o poste", estava a imagem de um jovem que mal havia saído da puberdade, portando espada e escudo. Pelos trajes, o Mercenário provavelmente imaginava se tratar de alguém vindo de algum povo bárbaro ou vilarejo pobre, que estava passando por uma espécie de batismo de fogo.

- Inscrições encerradas! Aqueles que estiverem prontos, preparem-se e vão para o time que lhes foi escolhido!

Um garoto de aproximadamente 14 anos, provavelmente um pajem, passava pelos participantes ofertando que retirassem um laço de dentro de um saco de veludo. Cada laço, nas cores verde e vermelho, significariam o time que ele estaria, devendo permanecer amarrado, a vista dos outros.
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Mensagem por Valkyrja Qui Jan 14 2016, 14:56

Ela não sabia dizer se era a bebida ou apenas o prazer de entregar-se a uma boa conversa. O fato era que ela deixou-se levar pelo homem. Mais intimamente, pelo mistério que era Antenor. Gostaria de sabe mais sobre ele e sentia que, caso conseguisse, seria um conhecimento exclusivamente seu. Asera gostava de sentir-se diferente, sentir-se dona de coisas que para a maioria, era negado.

Ela bebeu o vinho em goles gostosos, depois olhou o copo e olhou Antenor, com uma das sobrancelhas arqueadas. Ergueu a mão que segurava a taça.

-Ora ora, não me arrependi de experimentar. Me pergunto o que mais você tem aí.

Ela recolheu a mão quando ele a afastou, mas não era muito chegada a humildades. Segura de si, segurou o braço do homem. Parecia não ligar se ele permitiria ou não. Ela observou o sorriso dele, e não deixou de ficar mais atraída. Não necessariamente por Antenor, mas pela aura que ele possuía. Ele poderia ser apenas, como dizia, um mensageiro. Entretanto, Asera queria deixar o conto seguir.

-Caminhando como humanos. Não dizem que somos feitos a sua semelhança?

E ela riu, jogando levemente sua cabeça para trás. Asera parecia saber que era bonita, e seus movimentos, sua confiança, a deixavam mais atraente.

Quando ele fez a proposta, Asera fechou o rosto e cruzou os braços. Pareceu recobrar um pouco da sobriedade. Algo dizia que não deveria, mas sua curiosidade, sua ânsia de descobrir aquele mistério, eram mais fortes.

- Desde que prometa preservar minha dignidade, não vejo por que não.

E deu um meio sorriso, pegando a mão do homem.
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Mensagem por Shen666 Sex Jan 15 2016, 12:10

Não precisamos, pensou sem dizer uma única palavra. Mas então, o que somos além dos clichés...

perdidos éramos todos sigam a caravana da alegria preste atenção no que demonstram suas faces suas caras suas emoções bastam o que os olhos recitam e os lábios balançam além disso veja só quem chegou aqueles que sentido caminham e vamos então lá está a marca também do local vamos então olhe aqui e seremos achados dos confusos e perdidos

Não sabia o que sentia daquelas palavras e dos governantes, mas se sentiu pequeno de certa forma. Não pela grandeza que parecia esclarecida pela apresentação, e sim pela aura de poder claro naquelas figuras. Observava em silêncio e demonstrava atenção no que era dito.

Um torneio. Não tinha interesse em lutar, mas, de qualquer forma, descobrira interesse naquele show todo.

- Vamos assistir? - disse ao companheiro que mal parecia ouvi-lo naquele instante.

Eles passam. Nós seguimos.

A adrenalina cruza esse instante que parece trazer sentido naquela visão que se apresenta. Uma linha que não precisa calcular a consequência do que irá acontecer além do que acontece e do futuro nada espera. Desse flagelo morre o que era e intercala o agora e apenas ele. Fecha os olhos e pensa o que essas pessoas viveram ou vivem e então imagina o que pode vir além disso. Vive mais dentro do que fora e está na hora de viver fora. A mudança caminha junto destas pessoas e o Crepúsculo vai mostrar o além de certa forma. A sensação de um prólogo o preenche de ideias, mas o futuro é um local proibido e o céu está ali para ele. Então tudo bem, hora de parar e caminhar. Vamos ver o que acontece?

- Diones, acho que quero beber alguma coisa... é uma festa afinal.
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Mensagem por 25Slash7 Sex Jan 15 2016, 16:26

(Eu havia planejado dar uma aditanda nas ações do Shen, para que elas ficassem, dentro da mesma linha temporal que os demais. Contudo, como ele ficará alguns dias fora, vou tocar com Valkyrja e Beholder e o personagem do Shen eu assumo pontualmente)


Asera

Era fácil perceber que a atenção de Antenor estava totalmente dedicada à Asera. Não havia se preocupado em compreender se isto era o intento dela ou se era algo natural para a mulher, que, com facilidade, ia entre extremos de sociopatia até desenvoltura e interesse por terceiros.

Quando ela lhe pediu uma promessa, o homem fez um gesto resignando e, sorrindo enquanto começava a lhe conduzir, disse: "Claro. A menos que você me peça o contrário".

De lá, seguiram por entre a multidão. Enquanto todos se aglomeravam para assistir o pequeno torneio em homenagem aos monarcas, o casal fazia o caminho inverso.

Deslocaram-se por entre pequenas e simples casas, comércios e pessoas embriagadas. Sem dificuldade, adentraram os quartéis dentro dos muros do castelo, onde até soldados, aproveitando a distração dos superiores, bebiam despreocupadamente. Subiram escadas, passaram por corredores que levaram até o topo do muro. O som das multidões, o fedor de vinho e de flores havia dado lugar ao aroma campestre e o silêncio noturno.

- Aqui.

Estavam sobre os portões que separavam a Capital de Thorns dos demais feudos sob domínio do protetorado. Os portões haviam sido fechados (como era costumeiro a aquele horário) e apenas dois sentinelas faziam a guarda do topo. Viram o casal, mas não deram qualquer atenção. Provavelmente estavam de saco cheio em ter que estar ali numa noite como aquela.

Sem pressa, serviu mais vinho para Asera. Em seguida, serviu-se. Movimento a taça entre seus dedos, sinalizando um brinde à garota.

- Você sabe o que significa o Crepúsculo?? Festival do Crepúsculo. - seus lábios se estreiteram em um sorriso contido - O Crepúsculo significa o fim, o inverno, a proximidade da morte. O que eles fazem aqui é uma oração aos mortos, aqueles que se foram. Mandam mensagens... - apontou em direção as lamparinas que ainda subiam ao céus em delicados balões vermelhos de papel - para que se lembrem, não se esqueçam. Para que os mortos não se sintam sozinhos.

Fez uma pequena pausa, como se algum pensamento súbito houvesse lhe tomado a atenção. Retomou.

- O que você pensa disso? Você teme a morte? Você perdeu pessoas?

Em nenhum instante, seu tom perdia o aspecto sereno, tranquilo. Falava baixo, como se fossem confissões ditas apenas à ela.

Ikelus

"o Crepúsculo vai mostrar o além...a sensação de um prólogo...o céu está ali.... o que acontece??"

Aquelas palavras ressoaram. Não apenas na cabeça de Ikelus. Mas... além. De alguma forma, o rapaz sentiu uma sensação estranha, como se a própria trama da realidade houvesse sido tocada. Seus sentidos, como se em um despertar repentino, se aguçaram. Os sons tornaram-se mais intensos, as cores mais vívidas.

Olhou para o céu. Viu uma das lamparinas ardendo, brilhante em frente à um tapete enegrecido coberto por estrelas que já morreram. Faltou ar em seus pulmões.

- Ikelus? Ikelus? Você está bem??

As palavras pareciam distantes, como vindas de um sonho ruim.

Levantou-se em um movimento brusco. Algo o chamava. Algo acontecia. E ele precisava estar lá. Ele precisava testemunhar.

Sem nada dizer, deixou Diones sozinho e afundou-se na multidão de máscaras e vozes em busca do que quer que estivesse lhe chamando.
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Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas Empty Re: Introdução: Sob um Céu Sem Estrelas

Mensagem por Valkyrja Dom Jan 17 2016, 21:05

Ela deixou-se conduzir. Asera simplesmente não ligava. Havia bom vinho e havia coisas para serem descobertas. O que mais precisava? Algumas vezes na vida, era bom deixar-se levar pelo curso das cosias e pessoas.

E lá se foi, passando pelo resto das pessoas que iam até onde a carnificina ia começar. Ela olhava para a multidão, enquanto ria e analisava os rostos das pessoas. Era divertido ir contra a maré, ir aonde ninguém prestava atenção. Esse era o começo de grandes feitos e ideias.

Não admitiu, mas entrar nos quartéis foi uma surpresa. Jamais imaginou que adentrar prédios militares fosse uma tarefa fácil, mesmo quando havia um festival na cidade. Asera não deixou de rir quando chegou lá, olhando os rostos dos pobres soldados.

-Quer dizer que realmente alguém trabalha neste dia. – brincava. Obviamente, soldados bêbados não conseguiriam trabalhar nem que as vidas das mães dependessem disso.

No mesmo tom de uma criança que fazia algo errado, Asera subiu com Antenor, até chegar aos portões. Lá, apoiou suas mãos nos parapeitos, olhando até onde a vista conseguiria alcançar. Depois, passou um rápido olhar pelos guardas. Devia mesmo ser um saco ficar ali naquela noite.
Sem o sorriso, Asera bebeu o vinho, agora com o olhar longe, vendo os campos que se desdobravam a sua frente.

-..... Qual seria a graça das histórias se não tivessem um fim? – Asera bebeu um gole. Sua voz estava fria, mas não saía de perto de seu novo amigo.

- Tudo que fazemos é pensando na morte. É pensando em como queremos terminar.

Olhou seu copo vazio. Ela ouvia Antenor falar, próximo a ela. Gostava de seu tom calmo e sereno. Gostava que ele falasse baixo, apenas para ela. Ao fim, como prêmio, ela olhou para ele, sorrindo um meio sorriso.

- Você tem medo? – apontou com a mão que segurava o copo para os balões.

- É para os mortos que você manda mensagens? Para algum morto que você ama?

Asera devolvera as perguntas para o homem. Não se abria facilmente.
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Mensagem por Beholder Seg Jan 18 2016, 13:51

Olhou para aqueles guerreiros, os locais poderiam ser um perigo, afinal conheciam o jogo. Mas muitos estariam ali por impulso. Já os estrangeiros não, ou eram bebados desesperados por grana, o seu caso hahahaha, ou seriam guerreiros certos do que estavam fazendo. Não viriam tão longe a toa.

Desejou não ficar numa equipe contraia ao rapaz, não queria ter que machucá-lo. Pegou um laço do balaio, verde, prendeu no ombro e pensou quando que ele ficaria vermelho com o sangue e não importaria mais que lado ele estaria, apenas em ficar em pé.

Caminhando para o lado da sua equipe foi definindo uma estratégia na mente, enquanto analisava quantos combatentes montados ficavam pra cada equipe e onde iam parar os estrangeiros.

No braço esquerdo prendeu o escudo, tão grande que ia do meio das suas canelas até a altura dos ombros, a mão do escudo segurava também a lança, na outra mão uma machadinha de arremesso, assim começaria o combate, e sabe-se lá como terminaria.
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Mensagem por 25Slash7 Seg Jan 18 2016, 14:53

A multidão rosnava de alegria e embriaguez. Gritavam palavras de apoio aos competidores, alguns xingavam e gritavam impropérios.

O campo de combate era grande o suficiente para comportar todos os competidores com certa folga. No centro, havia um palanque mais elevado, isolado, onde a família real e seus convidados permaneciam. Escudos foram improvisados com um número, cada qual com sua cor, representando os individuos que ali estavam e pendiam sobre a estrutura de madeira. Conforme os homens caiam, seu escudo seria removido.

A plebe, por sua vez, circundava e se amontoava ao redor do campo de batalha.

Sengann, cuja sorte lhe deu a palestrina cor verde indicativa de seu time, caminhou em direção aos seus companheiros.

O líder era, como se podia esperar, um dos nobres que ostentavam montarias. Ao ver Sengann aproximando-se de suas fileiras, apenas o olhou, com um tom neutro sem nada dizer até que o mercenário estivesse próximo o suficiente para ouvi-lo.

- Você tem experiência... neste "show" costuma acontecer "acidentes"... e eu preciso da sua ajuda para que isso seja evitado.

O homem que se dirigia a Sengann deveria ter algo próximo dos 30 anos. Seu histórico era facilmente reconhecido pelo mercenário. Um nobre que não havia alcançado o status de Exaltado então, diante da nobreza, seria sempre considerado um cidadão de segunda classe, por mais que sua linhagem ainda carregasse a benção dos Dragões Imaculados. Estava ali para provar algo, talvez. Ou, quem sabe, apenas porque estava entediado. Não havia brilho em seus olhos, apenas um pragmatismo entediado.

- Eles possuem 4 cavalos. Nós, apenas dois.Se formos sólidos, podemos resistir, já que as montarias não irão se aproximar de homens com escudo e espada na mão, mas se fraquejarmos, eles avançarão pelas laterais. Eu e o outro cavaleiro tentaremos repelir as incursões montadas.

O homem esporeou o cavalo e começou a ir em direção a retaguarda.

- Fique no centro. E que os Dragões lhe abençoem.

Os soldados ao redor se acumularam. Haviam ouvido aquilo e como Sengann foi colocado como "líder da infantaria". Aguardavam agora. Eram, afinal, soldados. Milicianos. Não estratégistas. Não líderes.

Do outro lado, os quatro cavaleiros haviam se posicionado atrás de uma duas linhas de 8 homens. Na frente, Sengann via os estrangeiros. No centro estava a mulher com armadura de Lookshy (que provavelmente havia reivindicado o privilégio de estar a frente). Ao seu redor, na linha de frente, estavam todos aqueles que trouxeram um escudo para o combate. Sem muitos rodeios, eles já começavam a avançar a passos lentos, gritando e xingando.

(Lucas, você decide como vai formatar as tropas e em que linhas. Para ser mais rápido, dúvidas que você tiver sobre a composição do teu time, pergunte pelo messenger)

Asera

Os gritos ao longe se intensificaram por um instante, o que acabou por atrair o olhar de Antenor em direção as luminosidades da cidade. Lá, distante, poderiam ver o foco das luzes onde, naquele instante, iniciavam os combates. As pessoas deveriam estar se divertindo em um espetáculo sanguinolento para agradar as massas.

- Medo? Ah, não, medo não. Eu tenho, na verdade, curiosidade. Quero dizer, até que ponto deveríamos olhar em direção aos mortos? em direção aos que se foram? Pessoas amadas? Ah, tenho algumas. Meus pais foram pegos pela praga e tive uma irmã que morreu ao viajar de navio. Fatalidades, você sabe.

Ele deu de ombros. Da maneira como falava, toda e qualquer pergunta seria um livro aberto para ele. A única coisa que poderia vir a manter como oculta, que resistiria a revelar, seria, por agora ao menos, sua identidade.

- Mas os mortos sorriem diante dessas frivolidades. Sentem-se aquecidos pela lembrança daqueles que ainda não morreram. Você consegue sentir? Por que o grande segredo... o grande fato é que, nesta noite, a barreira que separa o mundo dos vivos e dos mortos se torna mais fina. E se você fechar os olhos, se fizer uma prece, poderá ouvir a resposta. Uma mensagem, talvez.

Deu mais um gole na bebida e então serviu a garota. Achava uma blasfêmia uma taça vazia em uma noite como aquela.

- Por que você não tenta? Vamos? Tentemos juntos. Feche os olhos e diga algo, alguma coisa aos mortos. E então acendemos uma lamparina para eles. Nunca se sabe quando o seu ancestral estará olhando sobre você.
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Mensagem por Beholder Seg Jan 18 2016, 15:45

Passou os olhos rapidamente por todos enquanto o homem falava, não imaginou uma luta organizada, tampouco ter uma posição de comando, mas já que foi dado usaria sua experiencia naquela ocasião.

Vocês dois não serão páreo para quatro cavaleiros. Fiquem na nossa retaguarda, no flanco direito e qdo estivermos com as espadas cruzadas com eles deem a volta e varram eles por trás… - viu que o homem não deu atenção já se preparando para a luta - … merda, odeio nobres.


Apontou para os homens de boleadeira e estilingues.

- Quero que derrubem aqueles cavaleiros, então apoio total à nossa cavalaria. Fiquem atras da nossa fileira e assim que for seguro se desprendam ataquem rápido e voltem pra trás de nós como um relâmpago. Entenderam?

Passou os olhos de novo pelos outros e viu quantos ainda sobravam.

- Estamos em maior número que eles, então vamos correr em uma fileira e vamos abraçá-los num circulo, quero todos com os escudos na frente, quero uma carga e que batam com os escudos neles, com toda a força! Os que estão sem escudo atrás de nós, quando nossos escudos tocarem eles escorreguem pelos flancos abraçando suas fileiras e atacando-os pelos lados com toda ferocidade possível!

Sabia que eles não eram exatamente soldados, mas a estratégia era simples, sem movimentos de recuar e atacar. Daria certo por alguns segundos, tempo suficiente para os outros homens derrubar um, ou dois cavaleiro adversário

- PELOS ANTIGOS GUERREIROS E PELOS DEUSES!! À MORTE!!!!!!!!!!!

Se alinhou com os outros homens, posicionou o escudo de uma forma bem clara e didática esperando que os mais inexperientes copiassem, pelo menos. Começou a marcha, continuando o comando para os soldados se manterem em linha.

- SEGUREM… EM FRENTE... SEGUREM… EM LINHA… MANTENHAM UM IRMÃO AO SEU LADO.

Conforme foi andando começou a acelerar o passo, o campo não era tão longo então logo se viu correndo, frente a frente com a garota que parecia líder deles, sem dúvida uma combatente experiente. Não parou de gritar comandos para seus homens. Quando estava a meia distancia arremessou o machado na direção do oponente mais fraco e despreparado da linha frontal dele e já trocou a lança para a mão que estava a machadinha.

O trote virou uma carga, gritando para os soldados ficarem junto investiu com o escudo à frente do corpo contra a garota, a ideia era acertá-la forte o suficiente para desiquilibrá-la para trás, quem sabe até derrubá-la no chão, mas não tinha muitas esperanças disso, sabia q ela iria desviar, e a lança estava pronta para isso.
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