CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
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Above and Beyond :: Play By Post: Storyteller System (White Wolf) :: Exalted: Deuses e Homens :: Sic Itur Ad Astra (Sidequests)
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CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
Após a discussão, afastava-se de todos. Não olhou sequer Alex e Spectre. Seguiu para o quarto e trancou a porta assim que o soldado que a guiara virou-se para ir embora. Foi até a cama e permaneceu parada diante dela, estática. Apenas os olhos moveram-se pelo quarto iluminado agora apenas pela luz artifical da nave. Sentiu falta do vento gelado do céu, da luz natural e, agora solitária e cheia de dúvidas, de seus companheiros. Alexander estaria em seu quarto? E Spectre? Os outros já tinham se distanciado...
-...Hunf.
Vaan primeiro sentou-se na cama, com o olhar fixo em algum ponto da parede. A batalha das serpentes apareceu em sua memória. O medo, a raiva, o ataque e todo seu receio. O cheiro e as sensações daquela noite fria pareciam voltar em um instante. O fanatsma da menina sendo engolida pela Guardiã do Norte a atormentava. A cena, tão rápida e limpa, passava diante dos olhos da Sideral. Vaan via-se também, parada, com o pavor estampado nos olhos. Ela não fez nada...Nada.
"Será mesmo que eu sou uma covarde?"
Deitou-se na cama, de lado, e cruzou os braços. O rosto ainda estava sério, sério e frio como as recordações de toda sua jornada. Que fizera até agora?
"Nada."
Dentro de toda sua insegurança e ingenuidade, Vaan sentiu uma lágrima escorrer por seu rosto. Lágrima que logo foi limpa pela menina. Chorar não iria mudar nada, então pra que se dar o trabalho? Com a testa agora franzida, Vaan olhava sua mão enfaixada com o mesmo curativo sujo de antes. Podia ver ainda os dedos úmidos por seu choro. Todos os seus sentimentos expressos em uma única gota.
Mordeu o lábio inferior, numa careta de raiva. Fechou sua mão com força e bateu-a contra o criado mudo a seu lado.
- Se eu não tivesse visto o que eu vi. - as dúvidas a atormentavam. - Mas eu vi alguma coisa?
Voltou a sentar-se na cama. Com os olhos lacrimejados, ela tirou parte de sua bandagem: o braço demoníaco, as garras e a pele que lembrava, agora, escamas de algum tipo de dragão. Sentiu o ímpeto de gritar de raiva, de frustação, de medo. Segurou seu pulso amaldiçoado, olhando fixamente para ele.
- É tudo culpa sua! Essa bagunça começou lá! Agora, eu não tenho nem pra onde ir!
E fechou seus olhos, controlando-se através da respiração.
"Agora seria uma ótima hora pra me darem alguma coisa. Alguma dica sobre toda essa bagunça."
Tentou-se comunicar com o tal destino, com as linhas que via e sentia, com a voz que ouvira, ou até com seu passado. Alguém deveria ter alguma resposta, mas Vaan, no fundo, não sabia o que perguntar. Fora arrastada por uma enchurrada e estava agora jogada num litoral que não conhecia.
" O que...O que eu devo fazer?"
Foi a última pergunta de Vaan, que sentia um aperto em seu peito, enquanto abaixava sua cabeça. Tentava achar alguma saída escrita, escondida na Criação e em todos os seus destinos, nas vozes que ouvia. Queria ajudar, mas não sabia como.
-...Hunf.
Vaan primeiro sentou-se na cama, com o olhar fixo em algum ponto da parede. A batalha das serpentes apareceu em sua memória. O medo, a raiva, o ataque e todo seu receio. O cheiro e as sensações daquela noite fria pareciam voltar em um instante. O fanatsma da menina sendo engolida pela Guardiã do Norte a atormentava. A cena, tão rápida e limpa, passava diante dos olhos da Sideral. Vaan via-se também, parada, com o pavor estampado nos olhos. Ela não fez nada...Nada.
"Será mesmo que eu sou uma covarde?"
Deitou-se na cama, de lado, e cruzou os braços. O rosto ainda estava sério, sério e frio como as recordações de toda sua jornada. Que fizera até agora?
"Nada."
Dentro de toda sua insegurança e ingenuidade, Vaan sentiu uma lágrima escorrer por seu rosto. Lágrima que logo foi limpa pela menina. Chorar não iria mudar nada, então pra que se dar o trabalho? Com a testa agora franzida, Vaan olhava sua mão enfaixada com o mesmo curativo sujo de antes. Podia ver ainda os dedos úmidos por seu choro. Todos os seus sentimentos expressos em uma única gota.
Mordeu o lábio inferior, numa careta de raiva. Fechou sua mão com força e bateu-a contra o criado mudo a seu lado.
- Se eu não tivesse visto o que eu vi. - as dúvidas a atormentavam. - Mas eu vi alguma coisa?
Voltou a sentar-se na cama. Com os olhos lacrimejados, ela tirou parte de sua bandagem: o braço demoníaco, as garras e a pele que lembrava, agora, escamas de algum tipo de dragão. Sentiu o ímpeto de gritar de raiva, de frustação, de medo. Segurou seu pulso amaldiçoado, olhando fixamente para ele.
- É tudo culpa sua! Essa bagunça começou lá! Agora, eu não tenho nem pra onde ir!
E fechou seus olhos, controlando-se através da respiração.
"Agora seria uma ótima hora pra me darem alguma coisa. Alguma dica sobre toda essa bagunça."
Tentou-se comunicar com o tal destino, com as linhas que via e sentia, com a voz que ouvira, ou até com seu passado. Alguém deveria ter alguma resposta, mas Vaan, no fundo, não sabia o que perguntar. Fora arrastada por uma enchurrada e estava agora jogada num litoral que não conhecia.
" O que...O que eu devo fazer?"
Foi a última pergunta de Vaan, que sentia um aperto em seu peito, enquanto abaixava sua cabeça. Tentava achar alguma saída escrita, escondida na Criação e em todos os seus destinos, nas vozes que ouvia. Queria ajudar, mas não sabia como.
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Re: CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
Limite de Posts: 10
Data para término: 01/06
POST 2:
Vaan sentou-se na solidão de seu aposento e buscou alguma espécie de integração com o que quer que estivesse além dela, com o que quer que estivesse por trás, capaz de lhe dar a resposta que tanto procurava.
Enquanto a embarcação navegava pelo ar, com nada além do som dos ventos sobre o casco do navio, Vaan focou-se.
Por uma. Duas. Três. Quatro horas.
Sem sucesso. Quando estava prestes a desistir, a porta de seu quarto se abriu.
- Quando eu lhe disse que a Ordem lhe serve, você não compreendeu, não é? Também não entendeu que apenas eu percebi quando você emergiu das linhas do destino.
A raiva contida naquelas palavras eram familiar. Uma raiva que Vaan soube reconhecer de imediato, não apenas em uma face familiar, como, também, numa ameaça de hostilidade.
A porta fechou-se e o homem parou à frente de Vaan.
- Você medita, quando busca as respostas para o que está dentro de você. Quando você busca a resposta para o que está fora... você reza.
Sentou-se sobre o chão de madeira.
- Você também não compreendeu porque eu não acredito em destino, não é? Pois bem... eu não acredito porque eu conheço. Conheço-o bem o suficiente. Agora feche os olhos.
E Vaan fecharia. Não porque era a coisa certa, mas porque ele não lhe daria qualquer outra opção.
"Tece, tece a teia, tece;
do destino dos homens, do destino dos deuses,
tece, tece a teia do meu destino
Do destino dos homens, do destino dos deuses"
Aquela pequena receita era repetida por mais algumas vezes.
"As palavras não importam... o propósito importa"
E o mundo fechou-se na mais densa escuridão. Ela não ouvia nada. Não sentia nada. Tentou piscar os olhos mas percebeu, então, que não tinha olhos.
"Sua consciência... expanda"
E expandiu. Quando Vaan compreendeu que sua carne era meio e instrumento da sua vontade, nada além.
Olhou para o alto e viu um céu infinito, cheio de estrelas. Viu as constelações.
A BARCA DE OURO DOS CÉUS
A CASA DAS JORNADAS
Seus signos: O Capitão; A Gaivota; O Mastro; O Mensageiro; o Manche
O ALAÚDE CERULEA DA HARMONIA:
A CASA DA SERENIDADE
Seus signos: o Ewer, os Amantes, o Músico, o Pavão, e o Pilar.
A PANÓPLIA CARMESIM DA VITÓRIA:
A CASA DAS BATALHAS
Seus signos: o Estandarte, a Manopla, a Aljava, o Escudo e a Lança.
O LAR PROIBIDO DA HERA
A CASA DOS SEGREDOS
Seus signos: Os Guardiões, A Chave, a Máscara, o Sacerdote e o Esconderijo do Tesouro
O ESQUIFE VIOLETA DAS DORES
A CASA DOS SEGREDOS
Seus signos: O Cadáver, O Corvo, o Haywain, A Fumaça Ascendente e a Espada
Cada signo vinculado aos destinos dos homens. Cada estrela um deus. Sentia sua proximidade com os signos da Casa dos Finais.
Expandiu mais a sua percepção e viu que além das estrelas, havia algo mais... havia uma teia, como a de uma aranha, que tocava e cobria cada destino existente. Viu quando as aranhas deslocavam-se entre os fios da teias. Remendando. Mudando de acordo com as ações dos homens.
"Lá... em Yu Shan, teu Lar... meu Lar... há o Tear do Destino. Sobre as linhas, as Aranhas Padrão mudam o destino... mas, mais importante.... elas nos servem."
E então, mais uma vez, silêncio. Vaan não se via sozinha. Sentia como sua companhia as estrelas, o universo, o destino. Sentia que era parte de algo maior, de um plano maior. Ouvia as garras das aranhas deslocando por sobre o destino, pequenas pinçadas. Nenhuma delas a olhava, mas não o faziam porque estavam ocupadas demais com o destino dos seres.
Dentro daquele pequeno universo, Vaan estava preparada para interagir.
Data para término: 01/06
POST 2:
Vaan sentou-se na solidão de seu aposento e buscou alguma espécie de integração com o que quer que estivesse além dela, com o que quer que estivesse por trás, capaz de lhe dar a resposta que tanto procurava.
Enquanto a embarcação navegava pelo ar, com nada além do som dos ventos sobre o casco do navio, Vaan focou-se.
Por uma. Duas. Três. Quatro horas.
Sem sucesso. Quando estava prestes a desistir, a porta de seu quarto se abriu.
- Quando eu lhe disse que a Ordem lhe serve, você não compreendeu, não é? Também não entendeu que apenas eu percebi quando você emergiu das linhas do destino.
A raiva contida naquelas palavras eram familiar. Uma raiva que Vaan soube reconhecer de imediato, não apenas em uma face familiar, como, também, numa ameaça de hostilidade.
A porta fechou-se e o homem parou à frente de Vaan.
- Você medita, quando busca as respostas para o que está dentro de você. Quando você busca a resposta para o que está fora... você reza.
Sentou-se sobre o chão de madeira.
- Você também não compreendeu porque eu não acredito em destino, não é? Pois bem... eu não acredito porque eu conheço. Conheço-o bem o suficiente. Agora feche os olhos.
E Vaan fecharia. Não porque era a coisa certa, mas porque ele não lhe daria qualquer outra opção.
"Tece, tece a teia, tece;
do destino dos homens, do destino dos deuses,
tece, tece a teia do meu destino
Do destino dos homens, do destino dos deuses"
Aquela pequena receita era repetida por mais algumas vezes.
"As palavras não importam... o propósito importa"
E o mundo fechou-se na mais densa escuridão. Ela não ouvia nada. Não sentia nada. Tentou piscar os olhos mas percebeu, então, que não tinha olhos.
"Sua consciência... expanda"
E expandiu. Quando Vaan compreendeu que sua carne era meio e instrumento da sua vontade, nada além.
Olhou para o alto e viu um céu infinito, cheio de estrelas. Viu as constelações.
A BARCA DE OURO DOS CÉUS
A CASA DAS JORNADAS
Seus signos: O Capitão; A Gaivota; O Mastro; O Mensageiro; o Manche
O ALAÚDE CERULEA DA HARMONIA:
A CASA DA SERENIDADE
Seus signos: o Ewer, os Amantes, o Músico, o Pavão, e o Pilar.
A PANÓPLIA CARMESIM DA VITÓRIA:
A CASA DAS BATALHAS
Seus signos: o Estandarte, a Manopla, a Aljava, o Escudo e a Lança.
O LAR PROIBIDO DA HERA
A CASA DOS SEGREDOS
Seus signos: Os Guardiões, A Chave, a Máscara, o Sacerdote e o Esconderijo do Tesouro
O ESQUIFE VIOLETA DAS DORES
A CASA DOS SEGREDOS
Seus signos: O Cadáver, O Corvo, o Haywain, A Fumaça Ascendente e a Espada
Cada signo vinculado aos destinos dos homens. Cada estrela um deus. Sentia sua proximidade com os signos da Casa dos Finais.
Expandiu mais a sua percepção e viu que além das estrelas, havia algo mais... havia uma teia, como a de uma aranha, que tocava e cobria cada destino existente. Viu quando as aranhas deslocavam-se entre os fios da teias. Remendando. Mudando de acordo com as ações dos homens.
"Lá... em Yu Shan, teu Lar... meu Lar... há o Tear do Destino. Sobre as linhas, as Aranhas Padrão mudam o destino... mas, mais importante.... elas nos servem."
E então, mais uma vez, silêncio. Vaan não se via sozinha. Sentia como sua companhia as estrelas, o universo, o destino. Sentia que era parte de algo maior, de um plano maior. Ouvia as garras das aranhas deslocando por sobre o destino, pequenas pinçadas. Nenhuma delas a olhava, mas não o faziam porque estavam ocupadas demais com o destino dos seres.
Dentro daquele pequeno universo, Vaan estava preparada para interagir.
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Re: CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
3
Era tudo em vão. Vaan já estava cansada de tentar conectar-se com o que quer que fosse. Ia tentar dormir, já que não conseguia, ao que parecia, nem conectar-se com o que os olhos não pdoeriam ver. Ajeitava-se na cama quando a porta abriu em uma pancada. Ela rapidamente levantou-se e olhou para a direção da voz hostil de Archer. De todas as pessoas ali, não esperava que ele fosse o que se disporia a ajudá-la.
- Você. A Ordem serve aos escolhidos das damas. - falou em um sussurro. Falava mais para ela mesma, como de costume. Teve essa impressão quando Archer falou sobre "sentir o destino", mas não teve a chance de realmente comprovar aquilo. Havia decidido não enchê-lo mais de perguntas.
Não lhe dirigiu nenhuma pergunta, nem mesmo um olhar. Não, não era por simplesmente sentir-se superior, por ser parte de algo maior, mas simplesmente porque sentia ainda vergonha. Vergonha por não ter tido a coragem que ele esperava de uma Escolhida. A menina sentou-se no chão de madeira e olhou para o teto. Suspirou e fez como Archer havia solicitado: fechou os olhos e rezou.
Repetia as palavras e pouco a pouco, pareceu não mais sentir sua língua. Depois, não sentia mais seu corpo, não sentia mais cansaço ou tristeza. Não sentia nada. Quando conseguiu "enxergar", ver além da mortalha da Criação, percebeu que sua consciência era maior do que os limites de seu corpo. Esse não era nada mais além de um meio limitado, mas, por enquanto necessário. Seu verdadeiro poder residia fora dos limites impostos pela própria Criação.
Os signos brilhavam no céu. As belas cores e constelações brilhavam e enfeitavam o céu. Sua Essência mostrava claramente sua aproximação com a Casa dos Finais. Vaan olhou seus signos: crueis e frios, mas mesmo assim, tão belos e necessários, calados em sua sabedoria. Ah, não entendia como os homens temiam tanto o fim.
Sentiu-se ficar maior e logo achou o lar das pequenas trabalhadoras, tão fiéis em seu dever. Ela aproximou-se de sua casa, como um filho há muito esquecido. Observou, lá, os destinos que eram ligados.
Procurou, primeiro, pelo seu destino e de seus companheiros, em como haviam sido ligados e para onde os levariam. Depois, procurou naquele emaranhado, o destino de seus inimigos: Fal Grey e o próprio Voz dos Antigos.
-Pequena aranha, pode desviá-los de seu caminho? Pode guiá-los ao fim? para onde eles vão nos levar?
"Ou me mostrar como?"
Olhou para a Casa dos Finais e seu deus.
- Para ele?
e tentou, ela mesma, manipular algum fio de destino, através de sua Essência.
Era tudo em vão. Vaan já estava cansada de tentar conectar-se com o que quer que fosse. Ia tentar dormir, já que não conseguia, ao que parecia, nem conectar-se com o que os olhos não pdoeriam ver. Ajeitava-se na cama quando a porta abriu em uma pancada. Ela rapidamente levantou-se e olhou para a direção da voz hostil de Archer. De todas as pessoas ali, não esperava que ele fosse o que se disporia a ajudá-la.
- Você. A Ordem serve aos escolhidos das damas. - falou em um sussurro. Falava mais para ela mesma, como de costume. Teve essa impressão quando Archer falou sobre "sentir o destino", mas não teve a chance de realmente comprovar aquilo. Havia decidido não enchê-lo mais de perguntas.
Não lhe dirigiu nenhuma pergunta, nem mesmo um olhar. Não, não era por simplesmente sentir-se superior, por ser parte de algo maior, mas simplesmente porque sentia ainda vergonha. Vergonha por não ter tido a coragem que ele esperava de uma Escolhida. A menina sentou-se no chão de madeira e olhou para o teto. Suspirou e fez como Archer havia solicitado: fechou os olhos e rezou.
Repetia as palavras e pouco a pouco, pareceu não mais sentir sua língua. Depois, não sentia mais seu corpo, não sentia mais cansaço ou tristeza. Não sentia nada. Quando conseguiu "enxergar", ver além da mortalha da Criação, percebeu que sua consciência era maior do que os limites de seu corpo. Esse não era nada mais além de um meio limitado, mas, por enquanto necessário. Seu verdadeiro poder residia fora dos limites impostos pela própria Criação.
Os signos brilhavam no céu. As belas cores e constelações brilhavam e enfeitavam o céu. Sua Essência mostrava claramente sua aproximação com a Casa dos Finais. Vaan olhou seus signos: crueis e frios, mas mesmo assim, tão belos e necessários, calados em sua sabedoria. Ah, não entendia como os homens temiam tanto o fim.
Sentiu-se ficar maior e logo achou o lar das pequenas trabalhadoras, tão fiéis em seu dever. Ela aproximou-se de sua casa, como um filho há muito esquecido. Observou, lá, os destinos que eram ligados.
Procurou, primeiro, pelo seu destino e de seus companheiros, em como haviam sido ligados e para onde os levariam. Depois, procurou naquele emaranhado, o destino de seus inimigos: Fal Grey e o próprio Voz dos Antigos.
-Pequena aranha, pode desviá-los de seu caminho? Pode guiá-los ao fim? para onde eles vão nos levar?
"Ou me mostrar como?"
Olhou para a Casa dos Finais e seu deus.
- Para ele?
e tentou, ela mesma, manipular algum fio de destino, através de sua Essência.
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Re: CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
4
"Senhoras - ele corrigiu, rispidamente - Damas sentam-se e observam, gracejam e bebem da hospitalidade. Senhoras carregam a sabedoria das eras e governam. E o nome que você procura é Sidereal. Os Campeões das Cinco Senhoras, seus escolhidos, os Guardiões do Destino, os Nascidos das Estrelas. A Ordem não serve aos Sidereais, os Sidereais servem à Ordem e a Ordem serve ao Reevahkiin".
Olhava em direção ao Tear do Destino, de um modo que, subitamente, a imagem da batalha no desfiladeiro lhe veio a mente. Viu quando Fal Grey apareceu, a linha de seu destino estremecendo, vibrando e tocando tantas outras linhas ao mesmo tempo. Vibração essa que foi interrompida quando a linha do destino de Hector estremeceu e, em seguida, a de Alfadur.
Cada tremor era uma mudança no destino de incontáveis vidas. Cada tremor na linha do destino, era um plano da Criação que era alterado.
Quando a garota falou, a imagem do Tear tornou-se mais fraca, ficando pouco a pouco transparente.
"Silêncio."
Viu uma esfera azulada no centro de tantas linhas do destino. Ao seu redor, uma silhueta negra e sem formas caminhava de um lado para o outro.
"Nem todos como você são amigos..."
A silhueta negra começou a caminhar ao redor da esfera azulada. Enfim, desceu escadas e desapareceu. A imagem do tear tornou-se mais forte.
"As aranhas ouvirão suas preces e apenas elas. Reze, peça-lhes ajuda, dê ordens concisas e extremamente detalhadas. Escreva suas preces em ideogramas do velho reino e os queime para que cheguem mais rapidamente até o céu. Isto vai levá-la a dominar o que chamamos de Astrologia."
Não achou outros destinos conhecidos. Nem mesmo o seu. Notava, contudo, que tudo era interligado de alguma forma.
As constelações voltaram a chamar a atenção de Vaan.
"Se procura acostumar-se com sua nova natureza, deve unificar-se aos destinos. Os destinos resplandecentes são papéis que você pode assumir para emular as Casas. Os Destinos Resplandecentes são o único meio para que os mortais se lembrem de você. Para vestir este manto, você precisará tornar-se um com o seu novo destino, com a sua nova identidade."
As constelações da Casa dos Finais brilhava mais aos seus olhos, mas não eram, definitivamente, a única opção, caso Vaan desejar-se assumir uma nova identidade.
"Senhoras - ele corrigiu, rispidamente - Damas sentam-se e observam, gracejam e bebem da hospitalidade. Senhoras carregam a sabedoria das eras e governam. E o nome que você procura é Sidereal. Os Campeões das Cinco Senhoras, seus escolhidos, os Guardiões do Destino, os Nascidos das Estrelas. A Ordem não serve aos Sidereais, os Sidereais servem à Ordem e a Ordem serve ao Reevahkiin".
Olhava em direção ao Tear do Destino, de um modo que, subitamente, a imagem da batalha no desfiladeiro lhe veio a mente. Viu quando Fal Grey apareceu, a linha de seu destino estremecendo, vibrando e tocando tantas outras linhas ao mesmo tempo. Vibração essa que foi interrompida quando a linha do destino de Hector estremeceu e, em seguida, a de Alfadur.
Cada tremor era uma mudança no destino de incontáveis vidas. Cada tremor na linha do destino, era um plano da Criação que era alterado.
Quando a garota falou, a imagem do Tear tornou-se mais fraca, ficando pouco a pouco transparente.
"Silêncio."
Viu uma esfera azulada no centro de tantas linhas do destino. Ao seu redor, uma silhueta negra e sem formas caminhava de um lado para o outro.
"Nem todos como você são amigos..."
A silhueta negra começou a caminhar ao redor da esfera azulada. Enfim, desceu escadas e desapareceu. A imagem do tear tornou-se mais forte.
"As aranhas ouvirão suas preces e apenas elas. Reze, peça-lhes ajuda, dê ordens concisas e extremamente detalhadas. Escreva suas preces em ideogramas do velho reino e os queime para que cheguem mais rapidamente até o céu. Isto vai levá-la a dominar o que chamamos de Astrologia."
Não achou outros destinos conhecidos. Nem mesmo o seu. Notava, contudo, que tudo era interligado de alguma forma.
As constelações voltaram a chamar a atenção de Vaan.
"Se procura acostumar-se com sua nova natureza, deve unificar-se aos destinos. Os destinos resplandecentes são papéis que você pode assumir para emular as Casas. Os Destinos Resplandecentes são o único meio para que os mortais se lembrem de você. Para vestir este manto, você precisará tornar-se um com o seu novo destino, com a sua nova identidade."
As constelações da Casa dos Finais brilhava mais aos seus olhos, mas não eram, definitivamente, a única opção, caso Vaan desejar-se assumir uma nova identidade.
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Re: CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
Sempre ríspido. Vaan já estava se acostumando com as maneiras de Archer. Acatou as palavras do rapaz com atenção. Era estranho, mas mesmo com a maneira ríspida de Archer, Vaan não sentia raiva do rapaz. Na verdade, naquele estado, vaan senti apenas sua consciência, algo tão pequeno e quase imperceptível perto daquele emaranhado de belas teias, brilhantes e móveis.
Olhava maravilhada quando as linhas de Fal Grey tremeram. Vaan teve a impressão que poderia ver a consequência de cada ação, caso se aproximasse. Não conseguia descrever a estranha sensação de ver que cada teia, cada pedaço era intimamente conectado e um tremor em uma poderia ocasionar o fim de outra ou alguma mudança. Era de fato assustador pensar que ela mesma poderia mudá-las, fazer com que as aranhas trabalhassem para seus objetivos.
“Eu poderia mudar o rumo da guerra, se quisesse?...”Pensou, enquanto se aproximava mais das teias. Tocou gentilmente uma delas, imersa em sua maravilha.
Foi aí que a figura hostil apareceu. Vaan não sabia quem era, mas algo dizia que não era uma boa ideia cumprimentá-los. Calou-se, como Archer mandou.
“Quem são aquelas sombras que saíram da esfera azul?” - não falava, mas tentava comunicar-se com Archer.
Ergueu-se para a constelação. Sabia que pdoeria mudar o destino, ams para isso,d everia construir um para ela. Ela sentiu, novamente, o velho peso em seu pito, ao lembrar-se de toda sua trajetória: sua partida de casa, seu treinamento, sua jornada para Malfeas – o que a fez tremer, lembrando-se do choque e das visões que tivera – e sua viagem com o legado.
“Eu rezarei, mas antes, preciso de um Destino.” e começou a rezar. Várias memórias, frases e acontecimentos percorriam sua cabeça. As lembranças eram importantes. Se não tinha um Destino, uma história para ser lembrada, Vaan faria o mais próximo do que passou.
"Muitos querem ser reis, rainhas, imperadores. eles acreditam que assim conseguem mudar alguma coisa no mundo, evitar que o mal chegue a eles, evitar desgraças e salvar não só a eles mesmos, mas uma nação inteira. Eles acreditam que o poder lhe dá isso. Os torna invencíveis e controladores."
Desde pequena, Vaan nunca fora uma menina que gostava de estar no centro do palco, no centro das atenções. Calada, não fazia esforços para agradar, não fazia esforços para ser a principal. Preferia, sempre, não ser a estrela principal.
'São tolos, se acham que podem controlar algo, realmente, com apenas força e discursos ensaiados. Não sabem que quem realmente os controla são os sábios que ficam atrás das cortinas?' - essas palavras nunca saíram da cabeça da jovem, desde o momento que fora levada por Iron.
'É assim que o Destino é tecido, criança. Pequenas decisões, mudanças. Sempre tão estável e instável.'- O sorriso de Iron era límpido, amável.
Tudo agora era tecido, conforme sua vontade:
Uma criança calada, de olhos curiosos brincava com seu cãozinho. Não tinha mais que 4 anos. A família era pobre, com uma casinha no meio das montanhas. Não tinham nada, a não ser alguns animais. A mãe tecia, o pai trabalhava com a terra. Um vale tão verde e belo que fora há muito tempo esquecido.
Vaan sentiu um aperto no coração. Eram suas únicas lembranças de seus pais, sua terra.
Localizado no meio das terras do leste, aquele vale jamais era visitado. Não havia vizinhos, não havia amigos. Somente o som das árvores, do riacho. Apesar de quieta, a criança tinha olhos curiosos, tinha uma aura de confiança natural e era muito esperta. Sua mãe pensava que, se conseguisse sair de lá, ela seria importante. Uma estudiosa, uma pessoa em que os outros confiariam sem medo. Seria valorosa.
A única visita foi de um homem já na meia idade. era forte e com a pele dourada. Seus olhos transmitiam calma e confiança. Quando falava, era pausado e fazia com que todos o ouvissem e acreditassem nele. Foi ele que apresentou alguns objetos a Vaan, objetos antigos, de outra era: um punhal, um livro e uma luva de ferro. Vaan sabia que todos...
"...Eram meus."
Punhal para aqueles que vivem nas sombras e de lá trazem sua vontade e seus ataques. Um livro para aqueles que buscam o conhecimento além do que é visto. A luva para aqueles que não fogem da batalha, aqueles que não temem e buscam seus objetivos.
' Você virá comigo, pequena. Diga adeus a seus pais.' - a voz pausada e calma de Iron ordenou.
Vaan foi até seu pai e lhe deu um abraço. Aos prantos, sua mãe a agarrou, não queria perder seu pequeno filhote. Mas algumas coisas são maiores que os homens, e assim Vaan foi entregue. Não, ela não chorou. Sentiu a partida, é claro, mas, por alguma razão, a entendia. Sabia, dentro de sua cabecinha infantil, que partidas, fins, mudanças, tudo era parte de um ciclo. O fim para trazer algo novo. Por mais doloroso que fosse, era necessário.
Foi levada para longe, com longas caminhadas, longos aprendizados.
'Como pode ser tão fria??' era o que o filho de um mercador dizia a ela, diante da sua calma quando lhe contou da morte de sua mãe.
"Eu nunca quis ser fria." - Vaan sentiu, pela primeira vez, a dor daquela morte. "Eu só compreendo que agora ela passará por outros mundos, outros ciclos."
Seu jeito calmo, quase de um velho sábio, assustava muitos. Como uma jovem poderia ter tamanha serenidade diante de acontecimentos como mortes, guerras, discussões? Esse era o estigma que carregava. Porém, ninguém sabia que aquela menina sofria, mas sofria dentro de seu mundo. Não permitiria que ninguém se aproximasse a ponto de ver por debaixo de sua armadura.
'Os soldados usam armaduras vermelhas para não verem o sangue sobre eles.' - Iron explicou enquanto passavam por uma vila devastada pela guerra e fome. Vaan seria então como a armadura. Não deixaria que ninguém notasse suas feridas e suas dores. Iria impor o respeito que achava ser digna de receber e iria prevalecer, sempre. Seria um soldado, mas um soldado que saberia agir pelas sombras.
'Você tem uma habilidade nata para o combate, criança. Você inspira confiança e aqueles que te conhecem, percebem que você jamais irá recuar, defenderá seus ideias e visão sem medo.' - Iron a elogiava. Sim, Vaan era excelente. Suas habilidades pareciam ter nascido com ela. Iron sabia que poderia exigir muito de sua pupila, porque ela entendia a lógica, entendia a perfeição dos movimentos, do combate, apenas ao observá-lo. Não eram necessárias aulas.
Sim, Vaan usava sua sabedoria, sua força e sua inteligência para cumprir as pequenas missões de Iron. Escondia-se, atacava quando era menos esperada, nunca relutava ou sequer temia. Era assim que deveria ser e assim era.
'Traga o fim para onde é assim decidido.' - Sim, ela seria a morte que se escondia na escuridão. Não apenas a física, mas de todos os ciclos.
E Vaan partiu. Partiu para seu próximo passo: Iria para Malfeas, e lá tentaria trazer informações valiosas a seu mestre.
E assim pensava. Não pensava, porém, que as “informações” que tinha poderiam quebrar o que era mais importante em sua Ordem: seu Destino.
'O que quer que tenha se partido, eu não posso remendar.' - as palavras de pesar que ouviu de Iron. Foi a última vez que ouviu sua voz.
“Deixada pra trás...” - Vaan ouvia sua própria voz ecoar em sua cabeça, enquanto terminava de traçar seu conto.
Engoliu o medo que tinha. Usou a força de vontade que tinha para se reerguer. Não seria vencida por aquilo. Havia tantas cosias que queria concluir, que queria ver por si mesma. Sem a tutela de seu mestre, ficara, sim, perdida, mas não a ponto de não avançar. Conseguiu achar seu caminho dentro de todos os caminhos perdidos. Conseguiu também, levar seus companheiros para os destinos certos, para onde eles queriam. Os levou para o fim da guerra, o fim de suas missões. E o fim foi justo, porque ela soube dar as respostas certas aos que procuravam, soube retrucar e montar estratégias necessárias. Soube impor-se na batalha, em seus caminhos sombrios e escondidos. Com isso, inspirou e levou o medo. Protegeu os seus, impedindo-os de cair antes da hora. Seria a responsável por acabar com os ciclos que insistem em rpevalecer. Levaria seu final, moldando-os do jeito que seria mais próprio, mais certo. Seria o fim necessário, indefectível. Poderia atrasar, alguns pdoeriam fugir dele, mas nunca lograriam êxito. As mutações ocorrem e isso sempre foi parte da Criação. O fim é tão presente quanto é temido.
Vaan olhava a base de sua história. Sabia que poderiam haver mudanças, mas aquele pequeno ato parecia certo, parecia
“Que eu tenha a força para isso...” E isso foi uma prece, para aquelas pequenas trabalhadoras do destino. “Que meu destino brilhe sobre os outros que buscam me subjugar.”
E viu o belo tear que fez:
A pequena menina que saíra do meio da Criação não tinha nada. Não possuía amigos, não possuía terras ou sequer um lar. Apesar de todas essas adversidades em seu nascimento, ela encontrou um caminho, um local e uma pessoa que poderiam servir de propósito a ela. Por eles, ela cresceu, ela usou toda sua inteligência, perspicácia e vontade de vender, de crescer, para alcançar os objetivos de seu mestre.
Pesar de ter sido abandonada e sofrer por aquilo, não temeu. Através de sua sabedoria e percepção, ela conseguiu escapar de todos os perigos que eram colocados a sua frente. Com sua força de vontade e resistência, levou a seus amigos, companheiros e família o sucesso e vitória que tanto era buscado. Sua força era conhecida, era algo inspirador. Por causa dessa força, ela conduziu os destinos aonde julgava ser o certo. Com seus meios ocultos, guiou também os inimigos para longe de seus objetivos, sempre tendo em mente um julgamento maior, algo bom para todos. Porém, carregava consigo a timidez, a aversão a todo tipo de culto. Vaan guiaria a todos pelas sombras. Exerceria sua vontade sobre os homens atrás das cortinas. Seria temida, pois como uma sombra, ninguém saberia onde ela está.
Olhava maravilhada quando as linhas de Fal Grey tremeram. Vaan teve a impressão que poderia ver a consequência de cada ação, caso se aproximasse. Não conseguia descrever a estranha sensação de ver que cada teia, cada pedaço era intimamente conectado e um tremor em uma poderia ocasionar o fim de outra ou alguma mudança. Era de fato assustador pensar que ela mesma poderia mudá-las, fazer com que as aranhas trabalhassem para seus objetivos.
“Eu poderia mudar o rumo da guerra, se quisesse?...”Pensou, enquanto se aproximava mais das teias. Tocou gentilmente uma delas, imersa em sua maravilha.
Foi aí que a figura hostil apareceu. Vaan não sabia quem era, mas algo dizia que não era uma boa ideia cumprimentá-los. Calou-se, como Archer mandou.
“Quem são aquelas sombras que saíram da esfera azul?” - não falava, mas tentava comunicar-se com Archer.
Ergueu-se para a constelação. Sabia que pdoeria mudar o destino, ams para isso,d everia construir um para ela. Ela sentiu, novamente, o velho peso em seu pito, ao lembrar-se de toda sua trajetória: sua partida de casa, seu treinamento, sua jornada para Malfeas – o que a fez tremer, lembrando-se do choque e das visões que tivera – e sua viagem com o legado.
“Eu rezarei, mas antes, preciso de um Destino.” e começou a rezar. Várias memórias, frases e acontecimentos percorriam sua cabeça. As lembranças eram importantes. Se não tinha um Destino, uma história para ser lembrada, Vaan faria o mais próximo do que passou.
"Muitos querem ser reis, rainhas, imperadores. eles acreditam que assim conseguem mudar alguma coisa no mundo, evitar que o mal chegue a eles, evitar desgraças e salvar não só a eles mesmos, mas uma nação inteira. Eles acreditam que o poder lhe dá isso. Os torna invencíveis e controladores."
Desde pequena, Vaan nunca fora uma menina que gostava de estar no centro do palco, no centro das atenções. Calada, não fazia esforços para agradar, não fazia esforços para ser a principal. Preferia, sempre, não ser a estrela principal.
'São tolos, se acham que podem controlar algo, realmente, com apenas força e discursos ensaiados. Não sabem que quem realmente os controla são os sábios que ficam atrás das cortinas?' - essas palavras nunca saíram da cabeça da jovem, desde o momento que fora levada por Iron.
'É assim que o Destino é tecido, criança. Pequenas decisões, mudanças. Sempre tão estável e instável.'- O sorriso de Iron era límpido, amável.
Tudo agora era tecido, conforme sua vontade:
Uma criança calada, de olhos curiosos brincava com seu cãozinho. Não tinha mais que 4 anos. A família era pobre, com uma casinha no meio das montanhas. Não tinham nada, a não ser alguns animais. A mãe tecia, o pai trabalhava com a terra. Um vale tão verde e belo que fora há muito tempo esquecido.
Vaan sentiu um aperto no coração. Eram suas únicas lembranças de seus pais, sua terra.
Localizado no meio das terras do leste, aquele vale jamais era visitado. Não havia vizinhos, não havia amigos. Somente o som das árvores, do riacho. Apesar de quieta, a criança tinha olhos curiosos, tinha uma aura de confiança natural e era muito esperta. Sua mãe pensava que, se conseguisse sair de lá, ela seria importante. Uma estudiosa, uma pessoa em que os outros confiariam sem medo. Seria valorosa.
A única visita foi de um homem já na meia idade. era forte e com a pele dourada. Seus olhos transmitiam calma e confiança. Quando falava, era pausado e fazia com que todos o ouvissem e acreditassem nele. Foi ele que apresentou alguns objetos a Vaan, objetos antigos, de outra era: um punhal, um livro e uma luva de ferro. Vaan sabia que todos...
"...Eram meus."
Punhal para aqueles que vivem nas sombras e de lá trazem sua vontade e seus ataques. Um livro para aqueles que buscam o conhecimento além do que é visto. A luva para aqueles que não fogem da batalha, aqueles que não temem e buscam seus objetivos.
' Você virá comigo, pequena. Diga adeus a seus pais.' - a voz pausada e calma de Iron ordenou.
Vaan foi até seu pai e lhe deu um abraço. Aos prantos, sua mãe a agarrou, não queria perder seu pequeno filhote. Mas algumas coisas são maiores que os homens, e assim Vaan foi entregue. Não, ela não chorou. Sentiu a partida, é claro, mas, por alguma razão, a entendia. Sabia, dentro de sua cabecinha infantil, que partidas, fins, mudanças, tudo era parte de um ciclo. O fim para trazer algo novo. Por mais doloroso que fosse, era necessário.
Foi levada para longe, com longas caminhadas, longos aprendizados.
'Como pode ser tão fria??' era o que o filho de um mercador dizia a ela, diante da sua calma quando lhe contou da morte de sua mãe.
"Eu nunca quis ser fria." - Vaan sentiu, pela primeira vez, a dor daquela morte. "Eu só compreendo que agora ela passará por outros mundos, outros ciclos."
Seu jeito calmo, quase de um velho sábio, assustava muitos. Como uma jovem poderia ter tamanha serenidade diante de acontecimentos como mortes, guerras, discussões? Esse era o estigma que carregava. Porém, ninguém sabia que aquela menina sofria, mas sofria dentro de seu mundo. Não permitiria que ninguém se aproximasse a ponto de ver por debaixo de sua armadura.
'Os soldados usam armaduras vermelhas para não verem o sangue sobre eles.' - Iron explicou enquanto passavam por uma vila devastada pela guerra e fome. Vaan seria então como a armadura. Não deixaria que ninguém notasse suas feridas e suas dores. Iria impor o respeito que achava ser digna de receber e iria prevalecer, sempre. Seria um soldado, mas um soldado que saberia agir pelas sombras.
'Você tem uma habilidade nata para o combate, criança. Você inspira confiança e aqueles que te conhecem, percebem que você jamais irá recuar, defenderá seus ideias e visão sem medo.' - Iron a elogiava. Sim, Vaan era excelente. Suas habilidades pareciam ter nascido com ela. Iron sabia que poderia exigir muito de sua pupila, porque ela entendia a lógica, entendia a perfeição dos movimentos, do combate, apenas ao observá-lo. Não eram necessárias aulas.
Sim, Vaan usava sua sabedoria, sua força e sua inteligência para cumprir as pequenas missões de Iron. Escondia-se, atacava quando era menos esperada, nunca relutava ou sequer temia. Era assim que deveria ser e assim era.
'Traga o fim para onde é assim decidido.' - Sim, ela seria a morte que se escondia na escuridão. Não apenas a física, mas de todos os ciclos.
E Vaan partiu. Partiu para seu próximo passo: Iria para Malfeas, e lá tentaria trazer informações valiosas a seu mestre.
E assim pensava. Não pensava, porém, que as “informações” que tinha poderiam quebrar o que era mais importante em sua Ordem: seu Destino.
'O que quer que tenha se partido, eu não posso remendar.' - as palavras de pesar que ouviu de Iron. Foi a última vez que ouviu sua voz.
“Deixada pra trás...” - Vaan ouvia sua própria voz ecoar em sua cabeça, enquanto terminava de traçar seu conto.
Engoliu o medo que tinha. Usou a força de vontade que tinha para se reerguer. Não seria vencida por aquilo. Havia tantas cosias que queria concluir, que queria ver por si mesma. Sem a tutela de seu mestre, ficara, sim, perdida, mas não a ponto de não avançar. Conseguiu achar seu caminho dentro de todos os caminhos perdidos. Conseguiu também, levar seus companheiros para os destinos certos, para onde eles queriam. Os levou para o fim da guerra, o fim de suas missões. E o fim foi justo, porque ela soube dar as respostas certas aos que procuravam, soube retrucar e montar estratégias necessárias. Soube impor-se na batalha, em seus caminhos sombrios e escondidos. Com isso, inspirou e levou o medo. Protegeu os seus, impedindo-os de cair antes da hora. Seria a responsável por acabar com os ciclos que insistem em rpevalecer. Levaria seu final, moldando-os do jeito que seria mais próprio, mais certo. Seria o fim necessário, indefectível. Poderia atrasar, alguns pdoeriam fugir dele, mas nunca lograriam êxito. As mutações ocorrem e isso sempre foi parte da Criação. O fim é tão presente quanto é temido.
Vaan olhava a base de sua história. Sabia que poderiam haver mudanças, mas aquele pequeno ato parecia certo, parecia
“Que eu tenha a força para isso...” E isso foi uma prece, para aquelas pequenas trabalhadoras do destino. “Que meu destino brilhe sobre os outros que buscam me subjugar.”
E viu o belo tear que fez:
A pequena menina que saíra do meio da Criação não tinha nada. Não possuía amigos, não possuía terras ou sequer um lar. Apesar de todas essas adversidades em seu nascimento, ela encontrou um caminho, um local e uma pessoa que poderiam servir de propósito a ela. Por eles, ela cresceu, ela usou toda sua inteligência, perspicácia e vontade de vender, de crescer, para alcançar os objetivos de seu mestre.
Pesar de ter sido abandonada e sofrer por aquilo, não temeu. Através de sua sabedoria e percepção, ela conseguiu escapar de todos os perigos que eram colocados a sua frente. Com sua força de vontade e resistência, levou a seus amigos, companheiros e família o sucesso e vitória que tanto era buscado. Sua força era conhecida, era algo inspirador. Por causa dessa força, ela conduziu os destinos aonde julgava ser o certo. Com seus meios ocultos, guiou também os inimigos para longe de seus objetivos, sempre tendo em mente um julgamento maior, algo bom para todos. Porém, carregava consigo a timidez, a aversão a todo tipo de culto. Vaan guiaria a todos pelas sombras. Exerceria sua vontade sobre os homens atrás das cortinas. Seria temida, pois como uma sombra, ninguém saberia onde ela está.
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Re: CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
Ao ver que seu destino parecia estar tecido, Vaan voltou-se para ela mesma. Ela sentiu sua consciência expandir novamente, sentiu uma conexão maior com aquelas pequenas trabalhadoras. Sentiu, também, que elas ouviam seus pedidos com algo que se assemelhava ao carinho: eram atentas, ansiosas por tornarem realidade o pedido da jovem Sideral.
"Pequenas donas do tear, eu vos humildemente peço."
Vaan as tratava bem, não como escravas, como reles trabalhadoras, mas como guardiãs fiéis de suas vontades.
"Peço que guiem a Liga para o destino correto e que, durante esta jornada, não tenhamos problemas. Por favor, que o Legado perceba a melhor maneira de prosseguir, sem brigas. Que em nosso destino, consigamos as informações valiosas que buscamos, para agir."
Observava o trabalho das pequenas.
"Quanto a nossos inimigos, mude o curso de seu destino. Faça que Voz dos Antigos tenha problemas em manuzear sua arma e tenha dificuldades de descobrir por quê. Que Fal Grey sinta o gosto amargo de seu poder: em uma batalha, por um erro, será desmontado de seu leão e este, por acidente, morderá o Rei do Norte e mexerá com sua Essência.Ele terá problemas em manifestá-la e usá-la será um sacrifício."
"Que a Liga e a Ordem sejam nossos aliados e seus traidores sejam revelados na próxima parada, por um descuido de comportamento. Enquanto o destino da Liga permanecer fiel ao nosso, que sejam fortes e tenham vitórias importantes. Por fim, peço que reforcem os laços do legado, fortaleça nossos destinos e deixe-nos mais fortes. Que meu caminho me traga aliados."
Ficou em silêncio. Não sabia se aquele tipod e reza era aceita, era certa. Por fim, ela apenas agradeceu.
"Pequenas donas do tear, eu vos humildemente peço."
Vaan as tratava bem, não como escravas, como reles trabalhadoras, mas como guardiãs fiéis de suas vontades.
"Peço que guiem a Liga para o destino correto e que, durante esta jornada, não tenhamos problemas. Por favor, que o Legado perceba a melhor maneira de prosseguir, sem brigas. Que em nosso destino, consigamos as informações valiosas que buscamos, para agir."
Observava o trabalho das pequenas.
"Quanto a nossos inimigos, mude o curso de seu destino. Faça que Voz dos Antigos tenha problemas em manuzear sua arma e tenha dificuldades de descobrir por quê. Que Fal Grey sinta o gosto amargo de seu poder: em uma batalha, por um erro, será desmontado de seu leão e este, por acidente, morderá o Rei do Norte e mexerá com sua Essência.Ele terá problemas em manifestá-la e usá-la será um sacrifício."
"Que a Liga e a Ordem sejam nossos aliados e seus traidores sejam revelados na próxima parada, por um descuido de comportamento. Enquanto o destino da Liga permanecer fiel ao nosso, que sejam fortes e tenham vitórias importantes. Por fim, peço que reforcem os laços do legado, fortaleça nossos destinos e deixe-nos mais fortes. Que meu caminho me traga aliados."
Ficou em silêncio. Não sabia se aquele tipod e reza era aceita, era certa. Por fim, ela apenas agradeceu.
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Re: CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
E então Vaan imergiu naquela vastidão. Sua essência espalhando-se por todo o Universo, conectando-se com o Tear do Destino.
Este contato permaneceu por um período de tempo que ela seria incapaz de precisar. Tudo o que sabia era que via o destino da Criação, via a Criação envolta por estrelas, cada estrela um caminho, uma vida. Cada estrela...
Seus dedos tocaram fios conhecidos. Ela sentiu o toque de Haafingar, tão debilitado, prestes a estourar, o ardor furioso de Fal Grey... e como as linhas de destino do Protetor tornava-se mais forte, resistente e aproximava-se, perigosamente, de outras linhas... como se estivesse prestes a consumi-las, tomá-las.
Seus olhos atentos, cheios de estrelas, maravilhados com toda aquela complexidade, procurou pelo destino de Voz dos Antigos, mas... tudo o que achava era destruição. Como um câncer, o destino de Voz dos Antigos buscava enfraquecer todo o norte de uma só vez. Mas, com qual propósito?
Virou-se para o Legado. Soube da irmã de Alexander, dos conflitos familiares de Hector e Charlie. Viu o momento que a vida de Niume foi salva por Alfadur. Mas não encontrou coisa alguma sobre o próprio Alfadur ou Spectre.
"Não toque esta linha."
E ela percebeu que lá estava a linha de Archer. Ao lado dela, uma outra linha, abruptamente interrompida.
E ela não tocou.
__
E então Vaan abriu os olhos, como se despertasse de um sonho. Estava um pouco tonta. Entorpecida pela experiência que sequer parecia real. Olhou a volta e Archer estava sentado em uma cadeira. Não olhava para Vaan.
- Você teceu um destino falso para você. Agora você deve vive-lo, ou as aranhas irão lhe punir por isso. - fez uma pequena pausa - Notei, também, que você fez pedidos às aranhas... saberemos se elas o receberam em alguns dias. Aparentemente, as memórias de suas vidas passadas ainda lhe ensinam como manipular o destino e as burocracias de Yu-Shan.
Levantou-se.
Este contato permaneceu por um período de tempo que ela seria incapaz de precisar. Tudo o que sabia era que via o destino da Criação, via a Criação envolta por estrelas, cada estrela um caminho, uma vida. Cada estrela...
Seus dedos tocaram fios conhecidos. Ela sentiu o toque de Haafingar, tão debilitado, prestes a estourar, o ardor furioso de Fal Grey... e como as linhas de destino do Protetor tornava-se mais forte, resistente e aproximava-se, perigosamente, de outras linhas... como se estivesse prestes a consumi-las, tomá-las.
Seus olhos atentos, cheios de estrelas, maravilhados com toda aquela complexidade, procurou pelo destino de Voz dos Antigos, mas... tudo o que achava era destruição. Como um câncer, o destino de Voz dos Antigos buscava enfraquecer todo o norte de uma só vez. Mas, com qual propósito?
Virou-se para o Legado. Soube da irmã de Alexander, dos conflitos familiares de Hector e Charlie. Viu o momento que a vida de Niume foi salva por Alfadur. Mas não encontrou coisa alguma sobre o próprio Alfadur ou Spectre.
"Não toque esta linha."
E ela percebeu que lá estava a linha de Archer. Ao lado dela, uma outra linha, abruptamente interrompida.
E ela não tocou.
__
E então Vaan abriu os olhos, como se despertasse de um sonho. Estava um pouco tonta. Entorpecida pela experiência que sequer parecia real. Olhou a volta e Archer estava sentado em uma cadeira. Não olhava para Vaan.
- Você teceu um destino falso para você. Agora você deve vive-lo, ou as aranhas irão lhe punir por isso. - fez uma pequena pausa - Notei, também, que você fez pedidos às aranhas... saberemos se elas o receberam em alguns dias. Aparentemente, as memórias de suas vidas passadas ainda lhe ensinam como manipular o destino e as burocracias de Yu-Shan.
Levantou-se.
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Re: CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
Vaan olhava toda aquela imensidão, toda aquela vida que se estendia, sem fim, dentro de todo aquele universo. Eram teias e teias até onde conseguia ver, até onde conseguia sentir. Vaan pensava ser impressionante achar-se dentro daquele emaranhado. Aas pequenas aranhas remendavam, mudavam e destruíam quando era pedido. Era assustador pensar, também, que um erro poderia colocar milhões de destinos em rumos completamente diferentes.
Viu a linha de Haafingar, fraca e quase sem luz. Fal Grey extendia seu poder e impunha seu destino para diversos seres, mas para que? Seu destino ficava mais forte, mais perigoso, e Vaan sentia-se impotente. Sua vontade era cortar a linha de Fal Grey, pegar e parti-la com as próprias mãos. Sentiu seus olhos arderem em ira, simplesmente por não poder fazer nada.
Cerrou os punhos, segurando-se.
"Deixe estar!"
Virou-se para o destino de Voz e seus olhos violetas e estrelados não acreditavam no que viam. Não entendia direito o que Voz dos Antigos procurava, mas era claro que estava no Norte. Lembrava-se de Archer falar de Whitewall, dos seres mágicos. O que mais teria em Whitewall? Por que Fal Grey uniria o Norte? Para defendê-lo de Voz? Por que Voz queria enfraquecer o norte?
"Remetheus..." - lembrou-se da palavra e ergueu seu olhar, procurando pelo dono da voz.
"Quem é Remetheus? E onde raios ele está?"
Esperou a resposta, enquanto se aproximava das linhas dos destinos do Legado. Observou com atenção e guardou aquelas informações. Usaria-as, caso precisasse. Ao ver a linha interrompida, novamente seu peito pesou. Pesou de raiva e culpa.
Sentiu então, que sua consciência parecia querer acordar. Sentiu que o mundo a sua volta começava a ficar mais fraco, que algumas aranhas simplesmente estavam desaparecendo e que as teias perdiam o brilho. Tentou voltar, concentrar-se mais, mas era tarde. Abriu os olhos e viu o teto da embarcação.
"Droga."
Ainda entorpecida, lembrou-se de sua viagem. Aquela sensação de sonho a irritava. Odiava não saber ao certo se o que vira foi real ou não. Sentiu a raiva no ar e logo percebeu que Archer estava lá, parado. Quando tempo teria ficado dormindo? Ele ficou lá? Não olhou para ele também, enquanto o ouvia. Sua voz a irritava e sua cabeça doía.
"Então eu construí mesmo aquela história toda."
Passou a mão nos cabelos e sentou-se na cama.
- Então era eu mesma falando comigo? Hun...Diga, como eu vou saber que as aranhas ouviram minha prece? Só vendo os resultados mesmo?
E tentou-se levantar, mas ainda estava tonta.
- Estava pensando no que você falou na "Sala de Guerra", sobre o que Fal Grey quer. Não sei se ele quer seres mágicos no meio da bagunça, mas...- parou, pensando.
-Voz dos Antigos tem uma arma que corta o tempo e procura o tal Remetheus. Não sei que droga é essa, mas não aguento mais ficar aqui, parada! Se esse Remetheus for mágico, Fal Grey deve querer ter algo da mesma moeda contra ele.
Abriu a porta e olhou para fora, depois fechou.
-Se eu for até lá, eu posso descobrir alguma coisa. Se eles são aliados, se estão com Fal ou até se só querem uma festa. Se a gente descobrir isso, fica mais fácild ecidir o que fazer.
Olhou Archer e depois desviou o olhar, pensativa. Os problemas eram em qual exército ir e como sair daquela nave.
Viu a linha de Haafingar, fraca e quase sem luz. Fal Grey extendia seu poder e impunha seu destino para diversos seres, mas para que? Seu destino ficava mais forte, mais perigoso, e Vaan sentia-se impotente. Sua vontade era cortar a linha de Fal Grey, pegar e parti-la com as próprias mãos. Sentiu seus olhos arderem em ira, simplesmente por não poder fazer nada.
Cerrou os punhos, segurando-se.
"Deixe estar!"
Virou-se para o destino de Voz e seus olhos violetas e estrelados não acreditavam no que viam. Não entendia direito o que Voz dos Antigos procurava, mas era claro que estava no Norte. Lembrava-se de Archer falar de Whitewall, dos seres mágicos. O que mais teria em Whitewall? Por que Fal Grey uniria o Norte? Para defendê-lo de Voz? Por que Voz queria enfraquecer o norte?
"Remetheus..." - lembrou-se da palavra e ergueu seu olhar, procurando pelo dono da voz.
"Quem é Remetheus? E onde raios ele está?"
Esperou a resposta, enquanto se aproximava das linhas dos destinos do Legado. Observou com atenção e guardou aquelas informações. Usaria-as, caso precisasse. Ao ver a linha interrompida, novamente seu peito pesou. Pesou de raiva e culpa.
Sentiu então, que sua consciência parecia querer acordar. Sentiu que o mundo a sua volta começava a ficar mais fraco, que algumas aranhas simplesmente estavam desaparecendo e que as teias perdiam o brilho. Tentou voltar, concentrar-se mais, mas era tarde. Abriu os olhos e viu o teto da embarcação.
"Droga."
Ainda entorpecida, lembrou-se de sua viagem. Aquela sensação de sonho a irritava. Odiava não saber ao certo se o que vira foi real ou não. Sentiu a raiva no ar e logo percebeu que Archer estava lá, parado. Quando tempo teria ficado dormindo? Ele ficou lá? Não olhou para ele também, enquanto o ouvia. Sua voz a irritava e sua cabeça doía.
"Então eu construí mesmo aquela história toda."
Passou a mão nos cabelos e sentou-se na cama.
- Então era eu mesma falando comigo? Hun...Diga, como eu vou saber que as aranhas ouviram minha prece? Só vendo os resultados mesmo?
E tentou-se levantar, mas ainda estava tonta.
- Estava pensando no que você falou na "Sala de Guerra", sobre o que Fal Grey quer. Não sei se ele quer seres mágicos no meio da bagunça, mas...- parou, pensando.
-Voz dos Antigos tem uma arma que corta o tempo e procura o tal Remetheus. Não sei que droga é essa, mas não aguento mais ficar aqui, parada! Se esse Remetheus for mágico, Fal Grey deve querer ter algo da mesma moeda contra ele.
Abriu a porta e olhou para fora, depois fechou.
-Se eu for até lá, eu posso descobrir alguma coisa. Se eles são aliados, se estão com Fal ou até se só querem uma festa. Se a gente descobrir isso, fica mais fácild ecidir o que fazer.
Olhou Archer e depois desviou o olhar, pensativa. Os problemas eram em qual exército ir e como sair daquela nave.
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Re: CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
Sempre que tentou buscar por Rametheus nas linhas do destino, sentia que seria devorada por elas. Tomada. Cada aproximação de seu toque a aquilo, pensava que perderia a própria alma. Era impossível localizá-lo.
Diante das afirmações dela, Archer deu de ombros, como se fossem de pouca relevância.
- Se acha que será mais efetiva enfrentando os inimigos lá de baixo... talvez, se você estudar as linhas do destino corretamente e souber pelo que está procurando... - fez uma expressão de conformidade - Talvez você encontre alguma pista sobre Fal Grey e seus afazeres. Apenas não vá pensar que as aranhas são tuas amigas. Elas não são. Na verdade, elas te detestam, porque cada vez que você utiliza sua essência para mudar o mundo, você muda a realidade e quando você muda a realidade, elas agem para restabelecer a ordem.... só que elas tem um objetivo e parte do objetivo é servir aos Escolhidos.
Por fim, ele riu.
- E é claro que Rametheus é "mágico". Ele é o devorador de mundos, ora. O que isso quer dizer, é algo mais complexo.
Diante das afirmações dela, Archer deu de ombros, como se fossem de pouca relevância.
- Se acha que será mais efetiva enfrentando os inimigos lá de baixo... talvez, se você estudar as linhas do destino corretamente e souber pelo que está procurando... - fez uma expressão de conformidade - Talvez você encontre alguma pista sobre Fal Grey e seus afazeres. Apenas não vá pensar que as aranhas são tuas amigas. Elas não são. Na verdade, elas te detestam, porque cada vez que você utiliza sua essência para mudar o mundo, você muda a realidade e quando você muda a realidade, elas agem para restabelecer a ordem.... só que elas tem um objetivo e parte do objetivo é servir aos Escolhidos.
Por fim, ele riu.
- E é claro que Rametheus é "mágico". Ele é o devorador de mundos, ora. O que isso quer dizer, é algo mais complexo.
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Re: CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
E o que isso quer dizer? Então você sabe quem é ele. Aliás, qual casa você serve, das senhoras?
Vaan falou rapidamente, com um tom um pouco ríspido em sua voz, quase tão ríspida quanto Archer. Sabia que o menino sofria, mas já estava ficando um pouco cansada. Nem mesmo sua voz era tranquila como a de um velho. Sua pergunta no final foi apenas para confirmar se Archer era também um Sideral ou apenas fazia parte da tal Ordem.
Sem olhar Archer, ela fechou os olhos e pensou no que ele dizia. Os tempos não estavam muito fáceis para ela e ela precisaria agir, rápido. Ouviria sua resposta e depois voltaria a rezar, para voltar ao Loom.
Sua consicência começou a expandir-se novamente. Não sentia mais seu corpo como um limite para seus pensamentos, sua mente. A realidade ia, pouco a pouco, se dissipando, dando lugar ao universo sem fim do Loom of Fate. As teias ainda estavam sendo trocadas, trabalhadas. os destinos mudavam e mudavam com uma simples decisão. Um piscar de olhos, um passo, e toda a realidade pdoeria mudar. Vaan não deixava de ficar impressionada ao pensar naquilo, mas agora, focou-se no que estava buscando.
Concentrou-se em Fal Grey. Deixou que as lembranças, as sensações e os sentimentos a guiassem até ele. Lembrou-se da primeira vez que o viu. Montado em um leão que parecia ser pura manifestação divina, impionente e confiante. Sentiu raiva. raiva por ser tão impotente diante de um destino tão grandioso. Sentiu medo, porque não sabia se poderia ser párea para ele. Concentou-se mais. Via a história do homem. O que tinha acontecido a Fal Grey, desde Haafingar. Como ele ficou tão forte em pouco tempo? Por ele atacou o Legado? Esforçou-se para ver se Voz dos Antigos tinha alguma conexão com Fal Grey e seu poder. Seriam eles aliados?
Deixou sua Essência fluir. Precisaria encontrar mais! Precisaria decifrar quase por completo o homem. Por que Fal Grey entrou nessa guerra? Buscava as informações, com cuidado, em seu destino, deixando seus sentimentos e seu instinto guiarem. O que ele quer no norte?
Vaan ergueu seu olhar para mais longe. Cerrou os punhos e fez com que sua consciência ficasse maior, mais ligada ao universo, aos mistérios daquele lugar. Sentiu que foi um grande esforço, mas precisava saber, por fim, qual era o verdadeiro objetivo de Fal Grey. Onde ele queria chegar?
Vaan falou rapidamente, com um tom um pouco ríspido em sua voz, quase tão ríspida quanto Archer. Sabia que o menino sofria, mas já estava ficando um pouco cansada. Nem mesmo sua voz era tranquila como a de um velho. Sua pergunta no final foi apenas para confirmar se Archer era também um Sideral ou apenas fazia parte da tal Ordem.
Sem olhar Archer, ela fechou os olhos e pensou no que ele dizia. Os tempos não estavam muito fáceis para ela e ela precisaria agir, rápido. Ouviria sua resposta e depois voltaria a rezar, para voltar ao Loom.
Sua consicência começou a expandir-se novamente. Não sentia mais seu corpo como um limite para seus pensamentos, sua mente. A realidade ia, pouco a pouco, se dissipando, dando lugar ao universo sem fim do Loom of Fate. As teias ainda estavam sendo trocadas, trabalhadas. os destinos mudavam e mudavam com uma simples decisão. Um piscar de olhos, um passo, e toda a realidade pdoeria mudar. Vaan não deixava de ficar impressionada ao pensar naquilo, mas agora, focou-se no que estava buscando.
Concentrou-se em Fal Grey. Deixou que as lembranças, as sensações e os sentimentos a guiassem até ele. Lembrou-se da primeira vez que o viu. Montado em um leão que parecia ser pura manifestação divina, impionente e confiante. Sentiu raiva. raiva por ser tão impotente diante de um destino tão grandioso. Sentiu medo, porque não sabia se poderia ser párea para ele. Concentou-se mais. Via a história do homem. O que tinha acontecido a Fal Grey, desde Haafingar. Como ele ficou tão forte em pouco tempo? Por ele atacou o Legado? Esforçou-se para ver se Voz dos Antigos tinha alguma conexão com Fal Grey e seu poder. Seriam eles aliados?
Deixou sua Essência fluir. Precisaria encontrar mais! Precisaria decifrar quase por completo o homem. Por que Fal Grey entrou nessa guerra? Buscava as informações, com cuidado, em seu destino, deixando seus sentimentos e seu instinto guiarem. O que ele quer no norte?
Vaan ergueu seu olhar para mais longe. Cerrou os punhos e fez com que sua consciência ficasse maior, mais ligada ao universo, aos mistérios daquele lugar. Sentiu que foi um grande esforço, mas precisava saber, por fim, qual era o verdadeiro objetivo de Fal Grey. Onde ele queria chegar?
Valkyrja- Usuário
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Re: CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
Vaan mais uma vez debruçava-se sobre as linhas do destino.
- Seja rápida. Não demorará para que nos percebam... e se isso acontecer, o céu irá se abrir e teremos uma horda de caçadores atrás de nós.
Cada pergunta e Vaan sentia suas forças serem drenadas pelo Tear do Destino.
Como ele ficou tão forte em pouco tempo?
Sangrava. Seu corpo cortado, cansado, sujo. Quando Fal Grey ergueu o olhar ao céu, viu a imagem de um corvo voando sob o Sol.
Por ele atacou o Legado?
Vaan viu a imagem de Fal Grey encarando o Legado ao longe. O olhar rígido do homem via que aquela era a única direção a seguir.
Esforçou-se para ver se Voz dos Antigos tinha alguma conexão com Fal Grey e seu poder. Seriam eles aliados?
Não havia. Nenhuma linha carregava o nome de Voz dos Antigos.
Por que Fal Grey entrou nessa guerra?
Fal Grey estava em meio aos cadáveres de Haafingar. Caído, prostado, o homem tinha o símbolo dourado em sua testa. Seus olhos pareciam estar em outro lugar.
O que ele quer no norte?
Viu um jovem Fal Grey, sorrindo para um mais jovem Hector. Praticava combate com armas, sorria. Quando olhava para as pessoas no castelo, para o céu sobre a Fortaleza Vermelhava, seu sorriso se alargava.
qual era o verdadeiro objetivo de Fal Grey.
Fal Grey vestia-se como um homem de armas nobre deveria se vestir. Ele estava sentado à uma mesa com outros senhores do norte e era nítido seu olhar de desgosto. Seu senhor, um homem que parecia ser uma versão mais velha de Hector, lhe sussurrava algo em seu ouvido. Fal Grey apenas meneava a cabeça em negativo.
Onde ele queria chegar?
Hordas e mais hordas de bárbaros marchavam. Andavam por um desfiladeiro declinado, que parecia ir em direção ao centro da terra. Ao final, uma silhueta delicada abria os braços.
No instante seguinte, sentiu algo estranho. Sua alma pareceu que iria se romper. Tonteou, baqueou e, finalmente, despertou. Sangue escorria pelo seu nariz e a exaustão física beirava níveis extremos.
Estava cansada. Respirava com dificuldade.
(Vaan perde 1 ponto de FdV. Sofre 1 nível de dano lethal)
- Seja rápida. Não demorará para que nos percebam... e se isso acontecer, o céu irá se abrir e teremos uma horda de caçadores atrás de nós.
Cada pergunta e Vaan sentia suas forças serem drenadas pelo Tear do Destino.
Como ele ficou tão forte em pouco tempo?
Sangrava. Seu corpo cortado, cansado, sujo. Quando Fal Grey ergueu o olhar ao céu, viu a imagem de um corvo voando sob o Sol.
Por ele atacou o Legado?
Vaan viu a imagem de Fal Grey encarando o Legado ao longe. O olhar rígido do homem via que aquela era a única direção a seguir.
Esforçou-se para ver se Voz dos Antigos tinha alguma conexão com Fal Grey e seu poder. Seriam eles aliados?
Não havia. Nenhuma linha carregava o nome de Voz dos Antigos.
Por que Fal Grey entrou nessa guerra?
Fal Grey estava em meio aos cadáveres de Haafingar. Caído, prostado, o homem tinha o símbolo dourado em sua testa. Seus olhos pareciam estar em outro lugar.
O que ele quer no norte?
Viu um jovem Fal Grey, sorrindo para um mais jovem Hector. Praticava combate com armas, sorria. Quando olhava para as pessoas no castelo, para o céu sobre a Fortaleza Vermelhava, seu sorriso se alargava.
qual era o verdadeiro objetivo de Fal Grey.
Fal Grey vestia-se como um homem de armas nobre deveria se vestir. Ele estava sentado à uma mesa com outros senhores do norte e era nítido seu olhar de desgosto. Seu senhor, um homem que parecia ser uma versão mais velha de Hector, lhe sussurrava algo em seu ouvido. Fal Grey apenas meneava a cabeça em negativo.
Onde ele queria chegar?
Hordas e mais hordas de bárbaros marchavam. Andavam por um desfiladeiro declinado, que parecia ir em direção ao centro da terra. Ao final, uma silhueta delicada abria os braços.
No instante seguinte, sentiu algo estranho. Sua alma pareceu que iria se romper. Tonteou, baqueou e, finalmente, despertou. Sangue escorria pelo seu nariz e a exaustão física beirava níveis extremos.
Estava cansada. Respirava com dificuldade.
(Vaan perde 1 ponto de FdV. Sofre 1 nível de dano lethal)
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Re: CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
Vaan não apenas via as cenas. Era comos e a mesma fizesse parte delas. Sentia as dores, o fraquejar, a raiva e todo o misto de sentimentos e sensações de Fal Grey. O acompanhou quando estava caído, sujo e quebrado. A Imagem do Sol Inconquistado brilhava em sua testa, única e solitária. Estava lá, sentia o frio que ele sentia, a desolação e o gosto de sangue. Ergueu o olhar ao ouvir o ressoar das avas do corvo. Cerrou os olhos ao olhar para o Sol forte.
Via-se através do olhar de Fal Grey, e sentiu sua determinação. Nesse ponto, ele e Vaan eram muito parecidos. Ele não pararia diante deles, não perderia seu foco. Vaan baixou seu rosto, sem desviar os olhos de Fal Grey. O que será que o impulsionava tanto? Queria apenas mostrar seu poder para o Legado? Para os outros deuses? Não, um homem como ele não era guiado apenas por vontade de sobressair-se.
Virou seu rosto e lá estava o pequeno Hector - era estranho pensar que Hector fora pequeno um dia - e um Fal Grey mais jovem, forte e protetor. O sorriso sereno de Fal Grey dava segurança, era paternal e preocupado. Porém, ao olhar para cima, Vaan percebeu o sorriso do homem, maior e mais forte. Ela forçou seus olhos, tentando ver o olhar do homem. Não conseguia distinguir se era algo cobiçoso ou simplesmente felicidade, mas um sentimento genuíno estava ali, o fazendo querer ser forte, zelar por aquele lugar, fosse através do poder ou da mão protetora.
Por fim, sentava-se a mesa junto com os outros senhores de guerra.Os homens discutiam, brigavam e brincavam.O barulho era intenso, mas Vaan concentrava seu olhar no homem desiludido e irritado ao lado do senhor do Norte. Tentava decifrar aquele olhar pesado, desgostoso. Estaria assim por que sentia nojo daqueles homens ou porque não concordava com suas decisões e temia por sua terra? Ou apenas os julgava incompetentes demais e deveria, tinha, que tomar o poder? Viu a negação do homem diante de seu senhor. Franziu o cenho. Sentia-se cansada.
Piscou o olhar e avançava junto com os bárbaros para o meio do mundo. Não sabia para onde ia, apenas marchava. Os pés cansados e o corpo fadigado, carregando as armaduras e armas pesadas. Não recusavam um passo para seu senhor. Avançavam e engoliam a terra .Era arrastada e a figura delicada recepcionava os soldados. Quem era aquela figura? Seria o Corvo de Marfim? Estavam indo para onde? Vaan tentou se concentrar mais, ler mais sobre o destino do homem, mas algo estava errado.
Fechou com força seus olhos e contorceu-se em dor. Segurou seu grito e rangeu os dentes. Algo estava se partindo, sentia cada fibra do corpo e de seu espírito serem rasgados, sem piedade, por uma força maior. Perderia, novamente, seu destino? Ao pensar nessa possibilidade, de não existir de novo, estremeceu. Gritou e sentiu sua sanidade quase se perder entre aqueles destinos e os caminhos que ele seguia.
Caiu. Caiu dentro daquele oceano negro e sem fim. O medo invadiu seus pulmões e pareceu perfurar sua pele, como aquela dor que ela sentira apenas ao encontrar a silhueta negra e as mulheres. Não havia como escapar, havia esquecido como voltar! Ficaria para sempre entre os mundos, vagando e perdendo, cada vez mais, a capacidade de raciocínio? Viu, ao fim, uma linha lilás, ficando fraca a cada instante. Foi até ela e a pegou com vontade. Cerrou os olhos e rosnou de desgosto e dor. Ficaria lá para sempre?
Quando pareceu ter-se perdido dentro de si mesma, Vaan abriu os olhos. Estava tremendo e parecia sentir frio, muito frio. Fez esforço para levantar-se, colocar-se sentada, mas seus pulmões e coração doíam demais. Caiu deitada novamente e sentiu o sangue escorrer de seu nariz. Ela passou os dedos brancos sobre o sangue e ergueu a mão, vendo o líquido vermelho manchar a brancura de sua pele.
Respirou fundo e pareceu sentir suas costelas se partirem. Estava exausta e com dor, assustada e ainda tremia. Ela procurou Archer com o olhar, assustada.
- Eu vi Fal Grey. Vi coisas sobre ele. - falou com a voz falha de cansaço e dor. Sua respiração era falha e pesada.
Desviou o olhar, pensando no que acabara de ver. Parecia que o objetivo de Fal Grey não era algo muito complexo. Ele queria o norte, pura e simplesmente. Vaan não sabia se Fal Grey buscava o norte por ser cobiçoso, por querer as terras para ele, pelo simples desejo de conquistar e governar. Talvez, achava-se um governante melhor e mais inteligente que os atuais. Havia também a possibilidade de Fal Grey ter pesar no seu coração. Não queria ver o norte sucumbir com os líderes que tinha. Não queria que o norte caísse diante da ameaça que se revelou em Haafingar. Mas...Talvez ao descobrir seus poderes, Fal Grey viu-se forte o suficiente para tomar o que julgava ser seu por direito e assim o faria.
Vaan sentiu seu peito arder e a cabeça cansada. Engoliu em seco. Estava com sede, muita sede, mas casada demais para falar. Perdia-se ems eus pensamentos e no que havia visto.
"Independente do que o leva, ele quer unir o norte e defendê-lo. O norte é bom demais para quem o tem agora, Fal Grey?"
Lembrou-se do corvo nas visões e da silhueta delicada.
-Voharum esteve com ele. Inerte, ele não ficou.
"Se nós vamos trazer a destruição para a Criação, como o corvo falou, nada mais sensato que nos atacar.Mas, será que ele encontrou Voharum antes de se tornar o que é hoje? Ele não tinha nenhum símbolo. Ou talvez, foi depois de algum combate? Ele deve ter algo com Voharum. Algum acordo, talvez?"
Vaan recostou-se na cama, pensativa.
-Obrigada pela ajuda. Sei que foi uma porcaria pra você me ajudar.
Viu os dedos sujos de sangue:
-Parece que eu fui atacada lá.
Vaan falava com a habitual pausa agora. Parecia precisar concentrar-se para até respirar, tamanho era seu cansaço. Gostaria de conversar com o jovem sobre o que vira, mas estava muito cansada, quebrada. Iria agora descansar. Deveria falar com os outros sobre isso, mas uma outra hora. Agora, a menina sentiu o sono chegando junto com o latejar das dores. Ela ergueu mais uma vez o olhar cansado para Archer e nada disso. Fechou um pouco seus olhos, com a imagem de Fal Grey lentamente sumindo.
Via-se através do olhar de Fal Grey, e sentiu sua determinação. Nesse ponto, ele e Vaan eram muito parecidos. Ele não pararia diante deles, não perderia seu foco. Vaan baixou seu rosto, sem desviar os olhos de Fal Grey. O que será que o impulsionava tanto? Queria apenas mostrar seu poder para o Legado? Para os outros deuses? Não, um homem como ele não era guiado apenas por vontade de sobressair-se.
Virou seu rosto e lá estava o pequeno Hector - era estranho pensar que Hector fora pequeno um dia - e um Fal Grey mais jovem, forte e protetor. O sorriso sereno de Fal Grey dava segurança, era paternal e preocupado. Porém, ao olhar para cima, Vaan percebeu o sorriso do homem, maior e mais forte. Ela forçou seus olhos, tentando ver o olhar do homem. Não conseguia distinguir se era algo cobiçoso ou simplesmente felicidade, mas um sentimento genuíno estava ali, o fazendo querer ser forte, zelar por aquele lugar, fosse através do poder ou da mão protetora.
Por fim, sentava-se a mesa junto com os outros senhores de guerra.Os homens discutiam, brigavam e brincavam.O barulho era intenso, mas Vaan concentrava seu olhar no homem desiludido e irritado ao lado do senhor do Norte. Tentava decifrar aquele olhar pesado, desgostoso. Estaria assim por que sentia nojo daqueles homens ou porque não concordava com suas decisões e temia por sua terra? Ou apenas os julgava incompetentes demais e deveria, tinha, que tomar o poder? Viu a negação do homem diante de seu senhor. Franziu o cenho. Sentia-se cansada.
Piscou o olhar e avançava junto com os bárbaros para o meio do mundo. Não sabia para onde ia, apenas marchava. Os pés cansados e o corpo fadigado, carregando as armaduras e armas pesadas. Não recusavam um passo para seu senhor. Avançavam e engoliam a terra .Era arrastada e a figura delicada recepcionava os soldados. Quem era aquela figura? Seria o Corvo de Marfim? Estavam indo para onde? Vaan tentou se concentrar mais, ler mais sobre o destino do homem, mas algo estava errado.
Fechou com força seus olhos e contorceu-se em dor. Segurou seu grito e rangeu os dentes. Algo estava se partindo, sentia cada fibra do corpo e de seu espírito serem rasgados, sem piedade, por uma força maior. Perderia, novamente, seu destino? Ao pensar nessa possibilidade, de não existir de novo, estremeceu. Gritou e sentiu sua sanidade quase se perder entre aqueles destinos e os caminhos que ele seguia.
Caiu. Caiu dentro daquele oceano negro e sem fim. O medo invadiu seus pulmões e pareceu perfurar sua pele, como aquela dor que ela sentira apenas ao encontrar a silhueta negra e as mulheres. Não havia como escapar, havia esquecido como voltar! Ficaria para sempre entre os mundos, vagando e perdendo, cada vez mais, a capacidade de raciocínio? Viu, ao fim, uma linha lilás, ficando fraca a cada instante. Foi até ela e a pegou com vontade. Cerrou os olhos e rosnou de desgosto e dor. Ficaria lá para sempre?
Quando pareceu ter-se perdido dentro de si mesma, Vaan abriu os olhos. Estava tremendo e parecia sentir frio, muito frio. Fez esforço para levantar-se, colocar-se sentada, mas seus pulmões e coração doíam demais. Caiu deitada novamente e sentiu o sangue escorrer de seu nariz. Ela passou os dedos brancos sobre o sangue e ergueu a mão, vendo o líquido vermelho manchar a brancura de sua pele.
Respirou fundo e pareceu sentir suas costelas se partirem. Estava exausta e com dor, assustada e ainda tremia. Ela procurou Archer com o olhar, assustada.
- Eu vi Fal Grey. Vi coisas sobre ele. - falou com a voz falha de cansaço e dor. Sua respiração era falha e pesada.
Desviou o olhar, pensando no que acabara de ver. Parecia que o objetivo de Fal Grey não era algo muito complexo. Ele queria o norte, pura e simplesmente. Vaan não sabia se Fal Grey buscava o norte por ser cobiçoso, por querer as terras para ele, pelo simples desejo de conquistar e governar. Talvez, achava-se um governante melhor e mais inteligente que os atuais. Havia também a possibilidade de Fal Grey ter pesar no seu coração. Não queria ver o norte sucumbir com os líderes que tinha. Não queria que o norte caísse diante da ameaça que se revelou em Haafingar. Mas...Talvez ao descobrir seus poderes, Fal Grey viu-se forte o suficiente para tomar o que julgava ser seu por direito e assim o faria.
Vaan sentiu seu peito arder e a cabeça cansada. Engoliu em seco. Estava com sede, muita sede, mas casada demais para falar. Perdia-se ems eus pensamentos e no que havia visto.
"Independente do que o leva, ele quer unir o norte e defendê-lo. O norte é bom demais para quem o tem agora, Fal Grey?"
Lembrou-se do corvo nas visões e da silhueta delicada.
-Voharum esteve com ele. Inerte, ele não ficou.
"Se nós vamos trazer a destruição para a Criação, como o corvo falou, nada mais sensato que nos atacar.Mas, será que ele encontrou Voharum antes de se tornar o que é hoje? Ele não tinha nenhum símbolo. Ou talvez, foi depois de algum combate? Ele deve ter algo com Voharum. Algum acordo, talvez?"
Vaan recostou-se na cama, pensativa.
-Obrigada pela ajuda. Sei que foi uma porcaria pra você me ajudar.
Viu os dedos sujos de sangue:
-Parece que eu fui atacada lá.
Vaan falava com a habitual pausa agora. Parecia precisar concentrar-se para até respirar, tamanho era seu cansaço. Gostaria de conversar com o jovem sobre o que vira, mas estava muito cansada, quebrada. Iria agora descansar. Deveria falar com os outros sobre isso, mas uma outra hora. Agora, a menina sentiu o sono chegando junto com o latejar das dores. Ela ergueu mais uma vez o olhar cansado para Archer e nada disso. Fechou um pouco seus olhos, com a imagem de Fal Grey lentamente sumindo.
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Re: CONCLUÍDO [Vaan] Visões (Narrador)
+2 de exp pela conclusão
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