CONCLUÍDO [Alfadur] Buscando a si mesmo (Narrador)
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Above and Beyond :: Play By Post: Storyteller System (White Wolf) :: Exalted: Deuses e Homens :: Sic Itur Ad Astra (Sidequests)
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CONCLUÍDO [Alfadur] Buscando a si mesmo (Narrador)
Esta cena deve ocorrer após os Haslanti mandarem os passageiros Exaltados aos seus quartos (para não verem o caminho até a Lâmina do Céu) e deve terminar antes do Capitão dar a eles as opções de seguir viagem ou descer do veículo.
Nesta cena Alfadur tenta reestabelecer sua conexão com sua Essência Pessoal e compreender mais sobre si mesmo e o que se tornou.
Postagem 1:
---------------------------------
O veículo Haslanti seguia firme em sua jornada até o que devia ser uma cidade ou fortaleza voadora. Para o Legado, apenas a curiosidade se manteria, caso o fosse, sobre o lugar para onde iam, afinal, seus anfitriões naquele estranho veículo não quiseram mostrar-lhes o caminho. Eles tinham medo... medo de revelar a estranhos a sua posição em tempos de guerra, mas eles também queriam, talvez, que estes estranhos os ajudassem a proteger seu povo... será? Era o que devia de ser, ao menos, era o que Alfadur pensava, afinal, não devia de ser atoa que aquele povo os tirou daquele vale.
Alfadur estava em seus aposentos, sozinho, pois dispensara a companhia de Niume... o fizera porque desta vez ele devia estar só, ele devia encontrar uma saída, encontrar um modo de recuperar o que perdeu, entender mais do que se tornou, encontrar a si mesmo dentro de si mesmo. Ele precisava... se era quase um Deus, ele tinha de sentir-se como um, ele tinha que entender o Todo, tal qual pareceu entender naquela batalha quando pôde ver não apenas pessoas, carroças em chamas e neve caindo do céu, mas a essência fluir em cada gesto, em cada sensação, em cada coisa existente.
- O que eu sempre fui, o que eu sou agora... para que e para quem...?
Murmurou para si mesmo enquanto fechava os olhos. Alfadur estava sentado em posição tipica de meditação, tentava relaxar, tentava ignorar breves momentos de dor diante das feridas que ainda o atormentavam. Mas nada era pior do que a sensação de dúvida, a sensação do "não saber", a sensação de que, mesmo sendo aclamado como algo maior que um humano, maior do que sua própria origem estranha, ele ainda não sabia exatamente quem ou o que era de verade.
" - Quero ver a essência do mundo... quero ver do que este mundo é feito, quero ver do que eu sou feito..."
E naquele instante, Alfadur respirou fundo e abriu os olhos... vagarosamente... e via, como em uma estranha magia, um mundo que não era apenas um mundo, mas uma rede de possibilidades e probabilidades. Um modelo de Criação, construído daquilo que molda todas as coisas. Cada simples móvel, cada pequeno tecido, cada parede daquele quarto fechado, tudo, suas próprias roupas, não eram apenas o que olhos mundanos viam, mas aquilo que só os senhores da Criação são capazes de discernir além dos sentidos normais. Era seu estranho Poder comungando com o mundo e interagindo com ele mais uma vez. Do que as coisas são feitas... do que ele era feito, tudo feito de uma coisa só que moldava o Todo e a si mesmo como parte do Todo. [Essence-Dissecting Stare]
Porém, ainda havia algo errado... pois se a Essência daquele pequeno pedaço de mundo parecia perfeitamente ordenada e de forma quase precisa, disposta a dar um sentido àquela pequena parte do Todo, nele próprio não havia esta ordem, pois Alfadur via em si mesmo aquilo que ele sempre desejou combater. O mais puro Caos.
- Está errado... como vencer o que está dentro de mim? - Pensou, sem falar, Ouviu sem dizer, não praguejou, não desta vez... apenas questionou, pois agora buscava uma saída... uma saída para não enlouquecer por ser o filho de um Raksha, uma saída para consertar aquilo que quebrou quando deixou que sua essência fluísse descontroladamente durante o confronto com os lacaios de Razashid. Naquele momento, Alfadur buscava sua paz interior, pois só assim poderia ter controle sobre si mesmo e, quem sabe, ser capaz de ter controle sobre a própria Criação.
Nesta cena Alfadur tenta reestabelecer sua conexão com sua Essência Pessoal e compreender mais sobre si mesmo e o que se tornou.
Postagem 1:
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O veículo Haslanti seguia firme em sua jornada até o que devia ser uma cidade ou fortaleza voadora. Para o Legado, apenas a curiosidade se manteria, caso o fosse, sobre o lugar para onde iam, afinal, seus anfitriões naquele estranho veículo não quiseram mostrar-lhes o caminho. Eles tinham medo... medo de revelar a estranhos a sua posição em tempos de guerra, mas eles também queriam, talvez, que estes estranhos os ajudassem a proteger seu povo... será? Era o que devia de ser, ao menos, era o que Alfadur pensava, afinal, não devia de ser atoa que aquele povo os tirou daquele vale.
Alfadur estava em seus aposentos, sozinho, pois dispensara a companhia de Niume... o fizera porque desta vez ele devia estar só, ele devia encontrar uma saída, encontrar um modo de recuperar o que perdeu, entender mais do que se tornou, encontrar a si mesmo dentro de si mesmo. Ele precisava... se era quase um Deus, ele tinha de sentir-se como um, ele tinha que entender o Todo, tal qual pareceu entender naquela batalha quando pôde ver não apenas pessoas, carroças em chamas e neve caindo do céu, mas a essência fluir em cada gesto, em cada sensação, em cada coisa existente.
- O que eu sempre fui, o que eu sou agora... para que e para quem...?
Murmurou para si mesmo enquanto fechava os olhos. Alfadur estava sentado em posição tipica de meditação, tentava relaxar, tentava ignorar breves momentos de dor diante das feridas que ainda o atormentavam. Mas nada era pior do que a sensação de dúvida, a sensação do "não saber", a sensação de que, mesmo sendo aclamado como algo maior que um humano, maior do que sua própria origem estranha, ele ainda não sabia exatamente quem ou o que era de verade.
" - Quero ver a essência do mundo... quero ver do que este mundo é feito, quero ver do que eu sou feito..."
E naquele instante, Alfadur respirou fundo e abriu os olhos... vagarosamente... e via, como em uma estranha magia, um mundo que não era apenas um mundo, mas uma rede de possibilidades e probabilidades. Um modelo de Criação, construído daquilo que molda todas as coisas. Cada simples móvel, cada pequeno tecido, cada parede daquele quarto fechado, tudo, suas próprias roupas, não eram apenas o que olhos mundanos viam, mas aquilo que só os senhores da Criação são capazes de discernir além dos sentidos normais. Era seu estranho Poder comungando com o mundo e interagindo com ele mais uma vez. Do que as coisas são feitas... do que ele era feito, tudo feito de uma coisa só que moldava o Todo e a si mesmo como parte do Todo. [Essence-Dissecting Stare]
Porém, ainda havia algo errado... pois se a Essência daquele pequeno pedaço de mundo parecia perfeitamente ordenada e de forma quase precisa, disposta a dar um sentido àquela pequena parte do Todo, nele próprio não havia esta ordem, pois Alfadur via em si mesmo aquilo que ele sempre desejou combater. O mais puro Caos.
- Está errado... como vencer o que está dentro de mim? - Pensou, sem falar, Ouviu sem dizer, não praguejou, não desta vez... apenas questionou, pois agora buscava uma saída... uma saída para não enlouquecer por ser o filho de um Raksha, uma saída para consertar aquilo que quebrou quando deixou que sua essência fluísse descontroladamente durante o confronto com os lacaios de Razashid. Naquele momento, Alfadur buscava sua paz interior, pois só assim poderia ter controle sobre si mesmo e, quem sabe, ser capaz de ter controle sobre a própria Criação.
Última edição por 25Slash7 em Dom Jun 03 2012, 17:59, editado 5 vez(es) (Motivo da edição : Adequação às regras de Sidequest)
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Re: CONCLUÍDO [Alfadur] Buscando a si mesmo (Narrador)
Limite de posts: 8
Prazo para término: 01/06
2
Aquela era uma visão privilegiada. Não apenas sobre a Criação, mas sobre toda a trama de essência que envolve o mundo.
Com os olhos de um construtor, um engenheiro do caos, Alfadur percebia as nuances, os desvios.
Diligente, ele passou um bom tempo apenas estudando aqueles padrões, procurando por erros, falhas que lhe explicariam mais sobre a sua condição, sobre a sua derrota.
Tudo era envolto por essência. Cada pedra, cada partícula, cada corpo, cada matéria, cada vida. Alfadur também era envolto por essência. Mas, por alguma razão, seus chakras eram capazes de canalizar a essência de fora para dentro, mas não era capaz de fazer o caminho inverso.
Aquilo era como uma doença, um dano em uma edificação. Seu espírito não funcionava como foi criado para funcionar.
A essência de Alfadur era como um infinito, um universo contido dentro de um corpo. Era volátil, eterna, mas, ao mesmo tempo, perfeitamente engenhadra, elaborada. Cada detalhe tinha um único intuito: o de transformá-lo na personificação da livre vontade sobre a Criação. Alfadur olhava para a sua essência e via as possibilidades, via um poder inacabável, capaz de destruir ou construir montanhas, governar homens e deuses, mortos e vivos.
Tentou compreender melhor... e viu que sua própria essência estava permeada pelo fluxo etéreo da criatura que havia o maculado. A essência fria e gélida da criatura, impedia o livre fluir.
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2
Aquela era uma visão privilegiada. Não apenas sobre a Criação, mas sobre toda a trama de essência que envolve o mundo.
Com os olhos de um construtor, um engenheiro do caos, Alfadur percebia as nuances, os desvios.
Diligente, ele passou um bom tempo apenas estudando aqueles padrões, procurando por erros, falhas que lhe explicariam mais sobre a sua condição, sobre a sua derrota.
Tudo era envolto por essência. Cada pedra, cada partícula, cada corpo, cada matéria, cada vida. Alfadur também era envolto por essência. Mas, por alguma razão, seus chakras eram capazes de canalizar a essência de fora para dentro, mas não era capaz de fazer o caminho inverso.
Aquilo era como uma doença, um dano em uma edificação. Seu espírito não funcionava como foi criado para funcionar.
A essência de Alfadur era como um infinito, um universo contido dentro de um corpo. Era volátil, eterna, mas, ao mesmo tempo, perfeitamente engenhadra, elaborada. Cada detalhe tinha um único intuito: o de transformá-lo na personificação da livre vontade sobre a Criação. Alfadur olhava para a sua essência e via as possibilidades, via um poder inacabável, capaz de destruir ou construir montanhas, governar homens e deuses, mortos e vivos.
Tentou compreender melhor... e viu que sua própria essência estava permeada pelo fluxo etéreo da criatura que havia o maculado. A essência fria e gélida da criatura, impedia o livre fluir.
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Re: CONCLUÍDO [Alfadur] Buscando a si mesmo (Narrador)
- Quem é você...? Você que fere minha alma e me contamina? - Perguntou Alfadur após aquela análise inicial de si mesmo e do Todo à sua volta. Se ele era capaz de identificar os padrões da Essência em si mesmo e discernir entre isso e todo o resto, ele saberia que não estava sozinho naquele ambiente, pois dentro dele havia algo mais que impunha um jugo sobre ele. Porém, diferente das outras vezes, Alfadur não discutia, não reclamava, tão pouco maldizia tal "coisa"... apenas buscava o diálogo, buscava entender.
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Re: CONCLUÍDO [Alfadur] Buscando a si mesmo (Narrador)
A resposta demorou mais para vivr do que Alfadur esperava. Primeiro veio uma estranha sensação de mal estar. Seu estômago se contorcendo, cólicas profundas e uma estranha falta de ar. Seu corpo tremia e, por um momento, pensou que desmaiaria.
Porém, isso não aconteceu.
Caiu de joelhos no chão.
"Reevahkiin...."
A palavra foi pronunciada lentamente. Quase como uma maldição.
"Eu sou teu guardião e teu nemesis... eu... eu carreguei tua essência, a mantive comigo por centenas de anos... eu... não sou teu poder.... mas sou parte inseparável dele..."
E sentiu a escuridão dentro de si ranger os dentes, arranhar seu espírito.
"Eu... você me separou... me afastou de casa quando aceitou seu destino... e eu... eu agora vivo em você... até que morra... até que falhe........ enquanto isso... eu.... observo você falhar... observo sua ignorância.... observo... e espero...."
Porém, isso não aconteceu.
Caiu de joelhos no chão.
"Reevahkiin...."
A palavra foi pronunciada lentamente. Quase como uma maldição.
"Eu sou teu guardião e teu nemesis... eu... eu carreguei tua essência, a mantive comigo por centenas de anos... eu... não sou teu poder.... mas sou parte inseparável dele..."
E sentiu a escuridão dentro de si ranger os dentes, arranhar seu espírito.
"Eu... você me separou... me afastou de casa quando aceitou seu destino... e eu... eu agora vivo em você... até que morra... até que falhe........ enquanto isso... eu.... observo você falhar... observo sua ignorância.... observo... e espero...."
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Re: CONCLUÍDO [Alfadur] Buscando a si mesmo (Narrador)
Postagem 3 (A anterior foi a 2, mas esqueci de numerar)
Alfadur fechou e cerrou os olhos, sentiu-se zonzo e para nao sofrer uma queda indigna apoiou as mãos ao chão quando seu corpo tombou à frente à fim de sustenta-lo e em seguida ele responderia ao seu "passageiro".
- E de que adianta querer me ver falhar já que outro poderia tomar meu lugar quando eu morrer? Minha escolha... seu destino? Não... Seu destino... minha escolha... - Respondeu ao estranho Ser que manifestava seus pensamentos dentro dele, um hóspede indesejado talvez, embora Alfadur parecia compreender que, desta vez, ele não tinha escolha senão carrega-lo consigo. Ao menos tentava reverter aquela idéia de culpa, afinal, Alfadur não decidiu por si só que tal Ser seria retirado de "casa", pois se não fosse ele, seria outro, como o próprio disse... guardou sua essência por Eras... alguém viria para tomá-la. Não fazia sentido que tal Ser manifestasse este desejo de ve-lo falhar o tempo inteiro.
- É possível a você retornar à sua casa sem ser um prisioneiro dentro de mim? Não quero ser seu algoz, porque sempre prezei a Liberdade... mas, se não for possível, teremos que aprender a conviver assim. Não é agradável ter um espírito a me atormentar cada vez que alguém tenta me matar... - Um breve sorriso, até demonstrando algum humor, afinal, aquela "coisa" sempre o enchia em momentos de crise, quando ele precisava de bons conselhos, mas só recebia injúrias por parte dela.
Alfadur fechou e cerrou os olhos, sentiu-se zonzo e para nao sofrer uma queda indigna apoiou as mãos ao chão quando seu corpo tombou à frente à fim de sustenta-lo e em seguida ele responderia ao seu "passageiro".
- E de que adianta querer me ver falhar já que outro poderia tomar meu lugar quando eu morrer? Minha escolha... seu destino? Não... Seu destino... minha escolha... - Respondeu ao estranho Ser que manifestava seus pensamentos dentro dele, um hóspede indesejado talvez, embora Alfadur parecia compreender que, desta vez, ele não tinha escolha senão carrega-lo consigo. Ao menos tentava reverter aquela idéia de culpa, afinal, Alfadur não decidiu por si só que tal Ser seria retirado de "casa", pois se não fosse ele, seria outro, como o próprio disse... guardou sua essência por Eras... alguém viria para tomá-la. Não fazia sentido que tal Ser manifestasse este desejo de ve-lo falhar o tempo inteiro.
- É possível a você retornar à sua casa sem ser um prisioneiro dentro de mim? Não quero ser seu algoz, porque sempre prezei a Liberdade... mas, se não for possível, teremos que aprender a conviver assim. Não é agradável ter um espírito a me atormentar cada vez que alguém tenta me matar... - Um breve sorriso, até demonstrando algum humor, afinal, aquela "coisa" sempre o enchia em momentos de crise, quando ele precisava de bons conselhos, mas só recebia injúrias por parte dela.
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Re: CONCLUÍDO [Alfadur] Buscando a si mesmo (Narrador)
(Conte os meus também. Aliás, aumentando o limite de posts para 10)
Post 6
"Reevah...."
"Reevah... tenta ganhar minha simpatia? Reevahkiin...."
E mais uma vez as estranhas sensações tornavam-se aparentes. Como se vermes rastejassem sob a sua pele.
"Lembra-se... Reevah..."
Quando falavam dele, falavam de pureza. Da essência imaculada em sua forma mais pura. Dizia-se, que a sua compreensão da essência dos Exaltados alcançava, gradualmente, a mesma compreensão que Autochton possuia.
"Criador..."
As asas de essência de Alfadur o elevava até as nuvens. Cada bater de asas formava uma ventania sobre os mortais. Atento, ele olhava... olhava, procurava por algo, algo não parecia estar correto. O fluxo de essência da Criação era distorcido ali, como se algo impedisse o seu fluxo... como se...
Viu uma cidade erguida por refugiados. Haviam derrubado árvores, se colocado no caminho de uma área geomântica. Estava errado.... era assimétrico, feio, desorganizado e....
Aquilo merecia desaparecer.
Os gritos o alcançaram quando, apenas com a sua vontade, ele abriu a terra e engoliu toda a cidade. Ele ouviu os gritos. Mas logo cessaram.
Mais uma vez, a ordem havia sido estabelecida... de acordo com seus caprichos.
"Reevahkiin..."
A criatura sorria. O que quer que fosse aquilo, sorria. Sorria diante da crueldade que Alfadur seria capaz de ter.
"Este é você... quando chegar neste nível.... Reevah.... matará... por capricho??"
A criatura crescia dentro de Alfadur. Seu corpo começava a perder os sentidos.
"Reevah... estou ligado a você. Você... a mim... e eu... desejo que morra...."
Post 6
"Reevah...."
"Reevah... tenta ganhar minha simpatia? Reevahkiin...."
E mais uma vez as estranhas sensações tornavam-se aparentes. Como se vermes rastejassem sob a sua pele.
"Lembra-se... Reevah..."
Quando falavam dele, falavam de pureza. Da essência imaculada em sua forma mais pura. Dizia-se, que a sua compreensão da essência dos Exaltados alcançava, gradualmente, a mesma compreensão que Autochton possuia.
"Criador..."
As asas de essência de Alfadur o elevava até as nuvens. Cada bater de asas formava uma ventania sobre os mortais. Atento, ele olhava... olhava, procurava por algo, algo não parecia estar correto. O fluxo de essência da Criação era distorcido ali, como se algo impedisse o seu fluxo... como se...
Viu uma cidade erguida por refugiados. Haviam derrubado árvores, se colocado no caminho de uma área geomântica. Estava errado.... era assimétrico, feio, desorganizado e....
Aquilo merecia desaparecer.
Os gritos o alcançaram quando, apenas com a sua vontade, ele abriu a terra e engoliu toda a cidade. Ele ouviu os gritos. Mas logo cessaram.
Mais uma vez, a ordem havia sido estabelecida... de acordo com seus caprichos.
"Reevahkiin..."
A criatura sorria. O que quer que fosse aquilo, sorria. Sorria diante da crueldade que Alfadur seria capaz de ter.
"Este é você... quando chegar neste nível.... Reevah.... matará... por capricho??"
A criatura crescia dentro de Alfadur. Seu corpo começava a perder os sentidos.
"Reevah... estou ligado a você. Você... a mim... e eu... desejo que morra...."
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Re: CONCLUÍDO [Alfadur] Buscando a si mesmo (Narrador)
7
- Tento... - Respondeu a primeira sentença, respirou fundo, sentia seu corpo contorcer-se internamente, o que o fazia quase delirar. - Tento... - Repetiu, insistiu, até que mais uma vez seus olhos se fecharam e seu corpo pesou mais sobre suas mãos, seus braços amoleceram e pouco a pouco, Alfadur se prostrava no chão.
" - O Grande Construtor, criador de tudo que é ordeiro e certo, perfeito e simétrico, o mais poderoso algoz daquilo onde reside a origem de tudo, o Caos. A Ordem molda o Caos, destrói a imperfeição e define as possibilidades corretas ignorando as probabilidades errôneas. Era para ser um "Deus Máquina", mas também teria de ser mais um a ser destituído. Mas o ártifice divino não preenchia as lacunas da derrocada, tão pouco existia onde olhos mundanos e divinos poderiam ver. Ele se foi vagando pelo "Nada", mas deixou seu Legado inspirando os que desejassem seguir alguns de seus designios." - Uma Lenda, uma história antiga, ou simples informação... talvez, fosse uma breve fagulha de Cosciência a guiar alguém que desejou tornar o mundo ordeiro e afastar as coisas banais além do mundo, impedir que os seres grosseiros do lado de fora trouxessem o descontrole, ou simplesmente controlar os seres humildes do lado de dentro.
Alfadur abria os olhos e agora era parte daquela cena terrível e sublime. Seu coração sentia a tristeza de um pedaço de mundo imperfeito e não era mais compassivo com os pobres ignorantes que feriam sua Perfeição. Talvez em um passado distante, ou mesmo num futuro não tão distante, aquelas pessoas humildes não eram parte daquilo que ele desejava proteger, como coisas sem importancia, existências sem valor, objetos, pedaços de Essência a serem reorganizados. Assim o fez, o Arauto das Infinitas Criações, tocando aquele solo e moldando-o à sua vontade. Os gritos, lamentos e preces daqueles mortais nada mais eram que o ranger da Realidade se movendo conforme seus caprichos.
Seus olhos se abriram, seu rosto prostrado naquele chão. Ouviu aquela afirmação seguida de uma questão. Seus olhos marejaram, pois em sua mente ainda contaminada por conceitos mundanos, era óbvio que Alfadur lamentava a morte daquelas pessoas.
- Se é o que eu já fiz... não adianta lamentar, não é mesmo? - Esboçou um breve sorriso e tentou se erguer, novamente, apoiando o corpo com as mãos para ao menos se sentar. - Mas se é o que pensa que farei... talvez eu até faça, com quem de fato merecer... Se meu propósito é trazer a Ordem ao mundo, antes devo dar um propósito à própria Ordem! Não me parece agradável ter um mundo perfeito em minhas mãos, sem que haja os que aproveitem deste mundo...
Mais uma vez ele sentiu aquelas sensações ruíns, mais uma vez aquela coisa clamava por sua morte e tirava-lhe as forças deixando-o mais uma vez deitado com o rosto ao chão. - Por que quer tanto minha morte? O que acontece com você se eu morrer? - Mais uma vez a Realidade se misturava ao Sonho, e mais uma vez, não era pelo puro e simples desejo de Alfadur, talvez, mais um delírio causado por aquela influência malígna dentro dele.
- Tento... - Respondeu a primeira sentença, respirou fundo, sentia seu corpo contorcer-se internamente, o que o fazia quase delirar. - Tento... - Repetiu, insistiu, até que mais uma vez seus olhos se fecharam e seu corpo pesou mais sobre suas mãos, seus braços amoleceram e pouco a pouco, Alfadur se prostrava no chão.
" - O Grande Construtor, criador de tudo que é ordeiro e certo, perfeito e simétrico, o mais poderoso algoz daquilo onde reside a origem de tudo, o Caos. A Ordem molda o Caos, destrói a imperfeição e define as possibilidades corretas ignorando as probabilidades errôneas. Era para ser um "Deus Máquina", mas também teria de ser mais um a ser destituído. Mas o ártifice divino não preenchia as lacunas da derrocada, tão pouco existia onde olhos mundanos e divinos poderiam ver. Ele se foi vagando pelo "Nada", mas deixou seu Legado inspirando os que desejassem seguir alguns de seus designios." - Uma Lenda, uma história antiga, ou simples informação... talvez, fosse uma breve fagulha de Cosciência a guiar alguém que desejou tornar o mundo ordeiro e afastar as coisas banais além do mundo, impedir que os seres grosseiros do lado de fora trouxessem o descontrole, ou simplesmente controlar os seres humildes do lado de dentro.
Alfadur abria os olhos e agora era parte daquela cena terrível e sublime. Seu coração sentia a tristeza de um pedaço de mundo imperfeito e não era mais compassivo com os pobres ignorantes que feriam sua Perfeição. Talvez em um passado distante, ou mesmo num futuro não tão distante, aquelas pessoas humildes não eram parte daquilo que ele desejava proteger, como coisas sem importancia, existências sem valor, objetos, pedaços de Essência a serem reorganizados. Assim o fez, o Arauto das Infinitas Criações, tocando aquele solo e moldando-o à sua vontade. Os gritos, lamentos e preces daqueles mortais nada mais eram que o ranger da Realidade se movendo conforme seus caprichos.
Seus olhos se abriram, seu rosto prostrado naquele chão. Ouviu aquela afirmação seguida de uma questão. Seus olhos marejaram, pois em sua mente ainda contaminada por conceitos mundanos, era óbvio que Alfadur lamentava a morte daquelas pessoas.
- Se é o que eu já fiz... não adianta lamentar, não é mesmo? - Esboçou um breve sorriso e tentou se erguer, novamente, apoiando o corpo com as mãos para ao menos se sentar. - Mas se é o que pensa que farei... talvez eu até faça, com quem de fato merecer... Se meu propósito é trazer a Ordem ao mundo, antes devo dar um propósito à própria Ordem! Não me parece agradável ter um mundo perfeito em minhas mãos, sem que haja os que aproveitem deste mundo...
Mais uma vez ele sentiu aquelas sensações ruíns, mais uma vez aquela coisa clamava por sua morte e tirava-lhe as forças deixando-o mais uma vez deitado com o rosto ao chão. - Por que quer tanto minha morte? O que acontece com você se eu morrer? - Mais uma vez a Realidade se misturava ao Sonho, e mais uma vez, não era pelo puro e simples desejo de Alfadur, talvez, mais um delírio causado por aquela influência malígna dentro dele.
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Re: CONCLUÍDO [Alfadur] Buscando a si mesmo (Narrador)
Não houve uma resposta para aquelas palavras. A estranha sensação que consumia o seu espírito e o contorcia, pouco a pouco começava a esmorecer.
"Reehvakiin... procura por erros em teu padrão, sem saber como os são... Reehvakiin... no passado... matou por capricho... por prazer... agora... trazer ordem... ao caos...."
A estranha sensação, contudo, continuava. Mas era algo que Alfadur sentia fazer parte de si, tanto quanto a sensação de respirar.
"Você... não está... sozinho... Reehvakiin... outros... tem o teu... poder... outros.... desejam... você... nascido de uma... estrela quebrada... já... pertenceu à Ela Quem Vive em Seu Nome... Voz dos Antigos .... trará a destruição.... da Criação..... outros... também desejam destruí-la... escravizá-la....."
Sua consciência começava a retornar.
"O que fará..... Reehvakiin?? A muito tempo...... te livraram dos teus grilhões.... para que... pudesse escolher.... viver ou morrer... controlar.... matar..... ou salvar..... o que fará.... Reehvakiin... Quando a Criação... precisar ser quebrada...... para... finalmente..... viver....??
Sua essência começava a transbordar.
" Ah.... tua... consciência...... abra os olhos.... Reehvakiin.... e saiba... que estarei...... aqui... observando...... enquanto... se torna..... a criatura... atroz.... egoista.... perfeccionista.... que é...."
Ao longo de todo aquele diálogo, a voz tornava-se mais e mais fraca. Pausada. Como se a essência de Alfadur estivesse sobrepujando a vontade do que quer que estivesse dentro de si. Silenciando. Seus olhos flamejavam e então...
... então tudo era essência. Tudo o que via era essência. Padrões, formas, linhas. Essência. E Alfadur via tudo, compreendia tudo. Aquela compreensão trazia à sua mente lembranças. Lembranças de um passado carniceiro, violento, depravado. Lembranças de poder...
__
Pode finalizar a cena.
Alfadur adquire:
Counter Conceptual Interposition
Factual Determination Analysis
Essence Dissecting Stare
Principle-Invoking Onslaught
Mind-Hand Manipulation
Crystal Fire Barrier Technique
Constructive Convergence of Principle
SWLiHN Inevitability Technique
"Reehvakiin... procura por erros em teu padrão, sem saber como os são... Reehvakiin... no passado... matou por capricho... por prazer... agora... trazer ordem... ao caos...."
A estranha sensação, contudo, continuava. Mas era algo que Alfadur sentia fazer parte de si, tanto quanto a sensação de respirar.
"Você... não está... sozinho... Reehvakiin... outros... tem o teu... poder... outros.... desejam... você... nascido de uma... estrela quebrada... já... pertenceu à Ela Quem Vive em Seu Nome... Voz dos Antigos .... trará a destruição.... da Criação..... outros... também desejam destruí-la... escravizá-la....."
Sua consciência começava a retornar.
"O que fará..... Reehvakiin?? A muito tempo...... te livraram dos teus grilhões.... para que... pudesse escolher.... viver ou morrer... controlar.... matar..... ou salvar..... o que fará.... Reehvakiin... Quando a Criação... precisar ser quebrada...... para... finalmente..... viver....??
Sua essência começava a transbordar.
" Ah.... tua... consciência...... abra os olhos.... Reehvakiin.... e saiba... que estarei...... aqui... observando...... enquanto... se torna..... a criatura... atroz.... egoista.... perfeccionista.... que é...."
Ao longo de todo aquele diálogo, a voz tornava-se mais e mais fraca. Pausada. Como se a essência de Alfadur estivesse sobrepujando a vontade do que quer que estivesse dentro de si. Silenciando. Seus olhos flamejavam e então...
... então tudo era essência. Tudo o que via era essência. Padrões, formas, linhas. Essência. E Alfadur via tudo, compreendia tudo. Aquela compreensão trazia à sua mente lembranças. Lembranças de um passado carniceiro, violento, depravado. Lembranças de poder...
__
Pode finalizar a cena.
Alfadur adquire:
Counter Conceptual Interposition
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Essence Dissecting Stare
Principle-Invoking Onslaught
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25Slash7- Administrador
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Re: CONCLUÍDO [Alfadur] Buscando a si mesmo (Narrador)
- Não sabe de si mesmo... ou deseja simplesmente não saber... - Murmurou ainda em transe, hora em sonho, hora desperto, seu corpo voltava a se mover, ele voltava a ter controle sobre si mesmo, talvez, a criatura o tivesse poupado, talvez aquilo tudo fosse necessário para que ele entendesse. Como todos os outros, Alfadur teria de ser um canal para realizar a vontade de alguém, mas só funcionaria se também fosse sua vontade.
- Voz dos Antigos não transformará tudo em Caos... ele morrerá tentando... - Disse aquilo enquanto abria os olhos e se movia à fim de se levantar. Seus olhos viam a essência, ou seu corpo simplesmente a sentia como se nem precisasse olhar. Era estranho, embora fosse divertido e interessante ter esta percepção do Todo além do que se espera, maior do que as coisas que ele via na Wyld, como se aquele mundo fosse mais bem feito que qualquer outra criação de seus antigos senhores do caos. Por fim um sorriso diante daquela afirmação de que ele, Alfadur, se tornaria mesquinho e cruel como o Arauto das Infinitas Criações.
- Talvez o que chama de atrocidade e egoísmo não seja como pensa, caro passageiro. Mas se deseja algo assim, começará por você, afinal, você é o hóspede... obedeça seu anfitrião... - E assim, já de pé, voltaria a fechar os olhos a fim de concentrar-se e refazer o que estava quebrado, buscando controlar a si mesmo, a sua própria Essência que deixou de obedecer a padrões ordeiros. Faria aquilo, pois era sua vontade, mesmo que a criatura interior ainda tentasse feri-lo. Se funcionasse, Alfadur recuperaria sua conexão com sua essência interior silenciando o "demônio" que estava dentro dele e fazendo valer seu desejo.
- Voz dos Antigos não transformará tudo em Caos... ele morrerá tentando... - Disse aquilo enquanto abria os olhos e se movia à fim de se levantar. Seus olhos viam a essência, ou seu corpo simplesmente a sentia como se nem precisasse olhar. Era estranho, embora fosse divertido e interessante ter esta percepção do Todo além do que se espera, maior do que as coisas que ele via na Wyld, como se aquele mundo fosse mais bem feito que qualquer outra criação de seus antigos senhores do caos. Por fim um sorriso diante daquela afirmação de que ele, Alfadur, se tornaria mesquinho e cruel como o Arauto das Infinitas Criações.
- Talvez o que chama de atrocidade e egoísmo não seja como pensa, caro passageiro. Mas se deseja algo assim, começará por você, afinal, você é o hóspede... obedeça seu anfitrião... - E assim, já de pé, voltaria a fechar os olhos a fim de concentrar-se e refazer o que estava quebrado, buscando controlar a si mesmo, a sua própria Essência que deixou de obedecer a padrões ordeiros. Faria aquilo, pois era sua vontade, mesmo que a criatura interior ainda tentasse feri-lo. Se funcionasse, Alfadur recuperaria sua conexão com sua essência interior silenciando o "demônio" que estava dentro dele e fazendo valer seu desejo.
Dønø_da_Wyrm- Usuário
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Re: CONCLUÍDO [Alfadur] Buscando a si mesmo (Narrador)
+2 de exp pela conclusão da Sidequest
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25Slash7- Administrador
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