Hello darkness, my old friend - [Necessário narrador]
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Hello darkness, my old friend - [Necessário narrador]
If we're gonna kill each other,
How we gonna live forever?
If we're gonna live forever,
How we gonna kill each other?
How we gonna live forever?
If we're gonna live forever,
How we gonna kill each other?
Havia sentado-se, por um longo período em silêncio, tentando encontrar aquela voz que às vezes jurava ouvir, havia sentado-se na neve, aos poucos, livrado-se da própria roupa, como se o sofrimento em si lhe fizesse ir mais longe do que poderia. O silêncio não lhe incomodava, não lhe doía, mas estava curioso, estava apreensiva sobre a coisas que se passaram durante aquele ano, sobre os poucos sonhos, sobre seus delírios pessoas, sobre achar que não estava tão sozinha quanto acreditava que estava.
Quem era aquele?
Ou aquela?
O que eles eram? Juntos.
Não sabia meditar, achava que aquilo era um bocado idiota, assim como a maior parte das coisas lhe pareciam idiotas, mas Charlie esforçava-se, esforçava-se para tentar ir além do que conhecia, para ultrapassar suas próprias barreiras, havia mudado, algo em si havia mudado, e aceitava isso, agora só precisava compreender.
Qual peça não se encaixava?
Qual?
Horas. Foi o que gastou, horas. Alexander havia lhe dito que falaria com Hector, acreditava que talvez outros também o procurassem, não as elas, mas talvez os outros. Fremiu as narinas, o ar frio cortando-lhe o nariz. Livrou-se, categoricamente, de cada peça de roupa, estava afastado o suficiente para não ser visto, e a neve também lhe ajudava, considerando sua palidez natural.
Quem é você? Charlie perguntou, mais de uma vez, mais de uma forma, não achava que encontraria as respostas naquele curto período de tempo, mas precisava saber se estava no caminho certo.
Quem somos nós? – Perguntou, uma única vez.
Não sabia fazer preces, mas matou um mamífero grande, como 'prece' para Aquele Enviado Pelos Deuses, precisava deixar um recado antes de ir: Não havia desistido do que prometera, mas faria as coisas de forma diferente. Daria um jeito de se encontrarem, em breve.
Quem é você? – Perguntou pela última vez, antes de erguer-se e sentir o vento no corpo nu.
Vestiu-se, e contemplou seu novo destino.
[...]
Charlie aguardou que Hector resolvesse o que fosse necessário resolver. Enquanto distribuía meia dúzia de ordens aqui e ali, deveriam, em teoria, começar a levantar acampamento. Preferia, sinceramente, que Hector os liberasse para que fossem para os lados que escolhessem, não queria ter que forçá-los as suas decisões, porém, isso não era mais problema seu.
Separara suas armas cuidadosamente, incluindo as duas novas bestas que Hector havia lhe dado, sua espada era a única que ainda mantinha presa junto à si, nas costas. Havia movido-se a noite toda, zanzando pelos lugares, olhando, andando pela floresta.
Havia vivido por um instante, antes de voltar-se ao acampamento, em busca de Hector. Trajava-se de maneira simples, roupas relativamente 'leves', nenhum tipo de armadura ou proteção exagerada, tinha apenas a espada, que se recurava a deixar de qualquer forma. Pressionou os olhos por um instante, cruzando os braços. Não tinha dúvidas de sua decisão, nem por um instante, e esperava que ainda não houvessem descoberto, provavelmente sequer desconfiavam, imaginava.
Respirou fundo, cruzando os braços, os tecidos escuros movendo-se com o vento frio. Onde estava Hector afinal? Tinham que ir logo, antes que Fal Grey movesse-se mais.
Rosenrot- Usuário
- Mensagens : 214
Data de inscrição : 06/07/2009
Re: Hello darkness, my old friend - [Necessário narrador]
Charlie e seus companheiros (seja quem for) precisaram acelerar as passadas para que fossem capaz de encontrar Fal Grey, já que o homem havia partido tão logo seu encontro com os líderes havia terminado.
Através de um vento gelado e um ar coberto por uma densa névoa matinal, o grupo deslocou-se, mantendo o ritmo acelerado e evitando o infortúnio de se depararem com a ausência de rastros.
Tentaram. Mas não conseguiram.
Em um certo momento, não havia mais qualquer sinal. Qualquer rastro de onde a "comitiva" dos Bárbaros haviam se dirigido, mas tão somente um sopro fúnebre e gélido dos deuses do ar e do vento.
Detiveram-se, olharam ao redor e procuraram por algo...
As duas órbitas azuis eram como o céu de verão em um amanhecer invernal. Frios, convidativos. Brilhavam com a essência de eras, guardavam o conhecimento de vidas.
Como as chamas que habitam os corações dos mortos, aquelas órbitas crepitavam. E quando o vento parou de soprar, revelou a imagem do leão branco que servia como montaria para Fal Grey.
E quando olharam a volta, um círculo de bárbaros... não. Um círculo de soldados altamente treinados, formou-se ao redor deles: uma emboscada. Na parte sul, estava Fal Grey. Segurava, com uma das mãos e sobre o ombro direito, uma enorme alabarda com lâminas em ambas as pontas. Lâminas azuis, reluzentes como a aurora boreal.
- As vezes... derramamos mais lágrimas por aquilo que desejamos...
A voz era soturna, retumbante e mesmo diante do barulhento ambiente natural, podia ser ouvida com uma clareza cristalina. Imóvivel entre os soldados ao seu redor, ele permaneceu.
Através de um vento gelado e um ar coberto por uma densa névoa matinal, o grupo deslocou-se, mantendo o ritmo acelerado e evitando o infortúnio de se depararem com a ausência de rastros.
Tentaram. Mas não conseguiram.
Em um certo momento, não havia mais qualquer sinal. Qualquer rastro de onde a "comitiva" dos Bárbaros haviam se dirigido, mas tão somente um sopro fúnebre e gélido dos deuses do ar e do vento.
Detiveram-se, olharam ao redor e procuraram por algo...
As duas órbitas azuis eram como o céu de verão em um amanhecer invernal. Frios, convidativos. Brilhavam com a essência de eras, guardavam o conhecimento de vidas.
Como as chamas que habitam os corações dos mortos, aquelas órbitas crepitavam. E quando o vento parou de soprar, revelou a imagem do leão branco que servia como montaria para Fal Grey.
E quando olharam a volta, um círculo de bárbaros... não. Um círculo de soldados altamente treinados, formou-se ao redor deles: uma emboscada. Na parte sul, estava Fal Grey. Segurava, com uma das mãos e sobre o ombro direito, uma enorme alabarda com lâminas em ambas as pontas. Lâminas azuis, reluzentes como a aurora boreal.
- As vezes... derramamos mais lágrimas por aquilo que desejamos...
A voz era soturna, retumbante e mesmo diante do barulhento ambiente natural, podia ser ouvida com uma clareza cristalina. Imóvivel entre os soldados ao seu redor, ele permaneceu.
25Slash7- Administrador
- Zodíaco :
Mensagens : 692
Data de inscrição : 09/07/2009
Idade : 39
Re: Hello darkness, my old friend - [Necessário narrador]
Haviam se separado, ele e Hector porque Charlie achava que assim tinham mais chances de encontrarem qualquer rastro do homem, que parecia ter sumido no ar, desaparecido no vento, por insistência de Hector, levou alguns (no máximo seis) homens consigo, ainda que não se desse muito ao trabalho de ficar perto deles. Achava desnecessário.
Abaixara-se, segurando um bocado de neve, grama e terra nos dedos, esfregando-os e depois levando-o ao nariz, fremia as narinas constantemente, atrás de cheiros. Então os sons. Charlie não tinha armas, exceto pela espada às costas.
Observou o circulo por um instante, ainda abaixado. Enquanto os idiotas começavam a fazer um circulo em volta de si. – Ah, pelo inferno. Parem com isso. – Resmungou, e ergueu-se, batendo a mão nas roupas, sorriu.
– Lamento. Não costumo chorar. – E arqueou uma das sobrancelhas, olhou para si por um instante. – Ou você está insinuando.. Pelo inferno, Fal Grey, sempre soube que você era meio esquisito, mas não imaginava que fosse um pedófilo ou algo do gênero. – Levou uma das mãos ao queixo. – Apesar que devemos considerar que não sou mais uma criança. Mas... – Gesticulou com uma das mãos.
Retirou a espada da bainha, e moveu-se na direção sul, na direção de Fal Grey, até onde os soldados dele não se mostrassem hostis, ali, fincou a arma.
– Eu quero sangue, Fal Grey, eu quero morte. Eu quero varrer aqueles idiotas desta terra. Não pertenço àquele lugar. São ratos. Perdidos, burros, ignorantes. Eu quero matá-los. Cada um deles, de tantas maneiras diferentes... – E pareceu perder o foco por um instante, enquanto imaginava, enquanto viajava.
Charlie falava a verdade, queria matá-los, queria todos eles mortos, cada um deles, podia desenhar cada pequeno passo, cada pequeno... Objeto. Respirou fundo, arfante, como se o desejo em si fosse muito maior que ela.
– Quero ir com você. E vou levar Hector comigo.
Abaixara-se, segurando um bocado de neve, grama e terra nos dedos, esfregando-os e depois levando-o ao nariz, fremia as narinas constantemente, atrás de cheiros. Então os sons. Charlie não tinha armas, exceto pela espada às costas.
Observou o circulo por um instante, ainda abaixado. Enquanto os idiotas começavam a fazer um circulo em volta de si. – Ah, pelo inferno. Parem com isso. – Resmungou, e ergueu-se, batendo a mão nas roupas, sorriu.
– Lamento. Não costumo chorar. – E arqueou uma das sobrancelhas, olhou para si por um instante. – Ou você está insinuando.. Pelo inferno, Fal Grey, sempre soube que você era meio esquisito, mas não imaginava que fosse um pedófilo ou algo do gênero. – Levou uma das mãos ao queixo. – Apesar que devemos considerar que não sou mais uma criança. Mas... – Gesticulou com uma das mãos.
Retirou a espada da bainha, e moveu-se na direção sul, na direção de Fal Grey, até onde os soldados dele não se mostrassem hostis, ali, fincou a arma.
– Eu quero sangue, Fal Grey, eu quero morte. Eu quero varrer aqueles idiotas desta terra. Não pertenço àquele lugar. São ratos. Perdidos, burros, ignorantes. Eu quero matá-los. Cada um deles, de tantas maneiras diferentes... – E pareceu perder o foco por um instante, enquanto imaginava, enquanto viajava.
Charlie falava a verdade, queria matá-los, queria todos eles mortos, cada um deles, podia desenhar cada pequeno passo, cada pequeno... Objeto. Respirou fundo, arfante, como se o desejo em si fosse muito maior que ela.
– Quero ir com você. E vou levar Hector comigo.
Rosenrot- Usuário
- Mensagens : 214
Data de inscrição : 06/07/2009
Re: Hello darkness, my old friend - [Necessário narrador]
Fal Grey ouviu a todas aquelas palavras com atenção, cuidado. Ele não se movia, sua expressão não se alterava. Ele não ria. Havia um jogo importante demais sendo jogado para que ele perdesse o seu tempo com trivialidades. Conquistar o Norte... Proteger o Norte...
Por fim, o Escolhido pelo Mais Elevado Deus, fez um gesto positivo com a cabeça, desinteressado.
- Achei que houvesse lhe quebrado... - seu tom de voz era preguiçoso. Respirou fundo e deu de ombros. - Teu mestre teme se tornar o meu alvo e então envia o cachorrinho para juntar-se? Interessante...
Ele deu as costas para Charlie e começou a afastar-se.
- Ajudará tomar o portão Sul, então. Se sobreviver, se tiver sucesso... podemos conversar em outros termos.
Por fim, o Escolhido pelo Mais Elevado Deus, fez um gesto positivo com a cabeça, desinteressado.
- Achei que houvesse lhe quebrado... - seu tom de voz era preguiçoso. Respirou fundo e deu de ombros. - Teu mestre teme se tornar o meu alvo e então envia o cachorrinho para juntar-se? Interessante...
Ele deu as costas para Charlie e começou a afastar-se.
- Ajudará tomar o portão Sul, então. Se sobreviver, se tiver sucesso... podemos conversar em outros termos.
25Slash7- Administrador
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