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Prólogo 2 - O Levantar dos Mortos

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Mensagem por 25Slash7 Seg Jul 20 2009, 18:33

Prólogo 2 - O Levantar dos Mortos Bannerexaltedir0

- Esta cidade não é minha, idiota. E ela não me interessa.

A mulher ainda estava em posição de batalha. Os punhos firmes, prontos para desferir mais uma sequência de golpes.

- Sua visão é fechada demais.

Esboçou um largo sorriso, um sorriso cínico, desafiador. Sim, ela era uma humana, justamente como o Messias era.

- Acha que sua vendeta com um homem desaparescido é mais importante do que toda a Criação? Ora, esta cidade está destinada a cair. E isto está escrito nas estrelas. Esta cidade IRÁ cair. A diferença, é como isto será feito... e é aqui que você entra. Nós estamos falando de um milhão de vidas. De centenas de destinos interligados, entrelaçados. E a sua obsessão, pouco me interessa. Interessa apenas que caia antes que...

E algo estava errado. Udarr, bem como ela e provavelmente Orabilis, sentiram quando uma terrível energia permeou cada centímetro daquele território. Uma energia profana, demoniaca, bem abaixo do solo. E aquilo pareceu trazer a tona um pouco da própria essência de Udarr, como se a energia de Luna quisesse nascer novamente e enfrentar a oposição infernal que estava prestes a surgir.

O sorriso da mulher desaparesceu. Por sobre o ombro dela, Udarr já via os primeiros soldados inimigos começarem a avançar pelas ruas da cidade. Ainda faltava algum tempo até que chegassem ao centro, principalmente por causa da resistência que encontrariam. Os homens de Orabilis permaneciam parados, impassíveis.

Uma expressão de urgência tomou a face dela.

- Preciso terminar isso.. e rápido!!



E com o instinto de sobrevivência inerente aos seres humanos, ela canalizou sua própria energia vital, fazendo-a passar por seus chakras e criando ondas de essência a sua volta. Ela disparou na direção de Udarr, com um misto de ferocidade e serenidade. A ferocidade que apenas alguém no limiar entre a vida e a morte seria capaz de deter e a serenidade que apenas aqueles que conhecem os caminhos das estrelas seriam capazes de alcançar.

Seus passos eram velozes, mais uma vez. Desferiu um ataque com as garras e soube que Udarr iria utilizar de sua espada para defender-se. O golpe foi uma finta, ela girou sobre o próprio corpo, deslizando para o flanco de Udarr, deu um curto salto, batendo com o pé por sobre a empunhadura da espada, girou no alto e caiu atrás do Lunar. Houve uma nova explosão de essência e o ataque simplesmente foi certeiro na altura do coração do adversário.

Udarr estava morto.

A dor em suas costas. O sentimento de ter perdido tudo, todos. De ter fracassado. Afinal, a Criação era tão grande assim? Capaz de motivar uma desconhecida a sair de seu abrigo para buscar um desconhecido por tomá-lo como ameaça.

Udarr estava morto.

E foi o que ele pensou. Até que sentiu aquela familiar sensação de conforto. Algo estava acontecendo, aquela energia estava ali. Mais uma vez ela estava com ele. Estava protegido, pela própria vontade de Luna. Pela própria benção da Incarnae. As garras não haviam alcançado seu coração, porque antes do golpe ter sido concluído, uma armadura de ossos cobriu o corpo do Lunar. Ainda assim, a defesa criada não havia sido o suficiente para anular o golpe, mas foi o suficiente para evitar o pior.

Udarr estava vivo.
Em sua testa a marca incontestável.

Ele lembrou-se que era um Escolhido.


Última edição por Narrador SOHE em Seg Jul 20 2009, 18:40, editado 1 vez(es)
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Mensagem por 25Slash7 Seg Jul 20 2009, 18:34

Prólogo 2 - O Levantar dos Mortos Bannerudarrnw7

'Bem a tempo, deusa maldita.'

Sussurrou Uddar, enquanto era lançado para a frente devido ao golpe da mulher misteriosa. Suas defesas não lhe ajudaram, mas as faíscas de sua essência impediram o pior. Ele estava ali, novamente, uma besta da criação, um selvagem de Luna, um campeão dos deuses e ele odiava tanto isso, mas não sabia mais como viver sem isso. Sentia-se vivo, imponente, sentia-se poderoso, seu corpo parecia estar recebendo uma carga infinita de energia, era como na primeira vez em que sentiu aquilo, sentia agora, novamente... A morte e a ressurreição, os olhos dos deuses chorando por ele, o véu da criação sendo erguido e uma nova chance sendo ofertada. E ele parou, apoiando os pés no canto da fonte, o mármore que antes parecia maciço, agora parecia fraco, controlou sua força para não esmagá-lo com seus pés, sentia com coisas simples o quão diferente era de um humano... E o quão inferior era, como um humano, comparado com aquela mulher e ao próprio Messias. Girou rapidamente a espada no ar, fazendo com a que ponta da mesma tocasse a água, a arma ficara incrivelmente mais leve do que antes.

'Essa cidade NÃO irá cair. E eu quero que você e o que você pensa apodreçam na merda, mulher.'

Uddar virou-se para ela, apontando a ponta de sua arma, a mesma era graciosamente segurada com um dos braços dos gigante bárbaro. Como uma criança aponta um graveto. Como um leão encara sua presa. E novamente aquela sensação de poder tomava conta de seu corpo, mas ele não superestimaria mais ninguém. Baixou a espada, apoiando a mesma no solo molhado da fonte, alguns centímetros cravados, Uddar deixou que um leve sorriso escapasse de seu rosto.

'Você falhou. Vá e diga a quem lhe mandou que você falhou. Eu irei proteger essa cidade, como eu prometi. Tenho o que eu quero, mas fiz uma troca e pretendo honrá-la. Não entre mais em minha frente, ou irei matá-la. E eu não tenho nada contra você, apesar de sua arrogância. Na verdade, eu tenho que lhe agradecer, você parece que despertou algo que estava dormente em mim, e os deuses novamente entraram no meu caminho.'

E ele rangeu os dentes, rosnando para o que viria a frente, não contente e querendo mostrar seu interesse em proteger aquele lugar, o gigantesco leão urrou o mais alto que pode, curvando seu corpo, estava confuso, na verdade. Ele sabia que o exército inimigo estava a sua frente, mas ele sentia que de alguma forma, aquela mulher, quando disse que a cidade iria cair, não estava se referindo aos inimigos frontais, não seria possível... Até porque, Uddar imaginou que os homens de Orabilis poderiam conter aquele exército, eram organizados, não seria tão simples, eles perderiam a vontade do combate antes de chegar perto da vitória. E eles tinham Uddar... Não, o destino não poderia controlar as coisas dessa forma e isso apenas prolongava o longo e terrível urro de Udarr. E quando encerrou, voltou a encarar a mulher e ela podia ver as finas linhas da essência formando tatuagens desconexas em seu corpo, sem qualquer sentido, que não lhe ofereciam qualquer proteção, mas buscavam um caminho a seguir, mas Uddar era nada mais do que um corpo de caos e teria que abraçar esse caos, cada vez mais, até que fosse aceito em qualquer caminho, até que qualquer caminho lhe abraçasse. Se ainda houvesse tempo.

Udarr sabia o que seu corpo queria, queria mudar... Queria sentir aquele poder viciante novamente, mas ele sentiu todos os seus poros sangrarem da última vez. O que aconteceria dessa vez? Não, não mudaria. Não ainda.

E saltou, passando por cima da mulher, passando por entre os soldados, corria quase se curvando, levando a espada como se fosse uma lança.

Seus pés mal tocavam o solo e pouco a pouco suas mãos começavam a acompanhar o movimento, ele ia se curvando e aumentando sua velocidade.

Ofegava, não por cansaço, mas por antecipação. Corria para o combate abraçando o mesmo, no meio de sua corride de fronte ao exército inimigo ele explodiu...

Aquelas linhas de essência se tornaram tentáculos, que se tornaram pilares e se dividiram em milhares e milhares de pedaços e em poucos segundos, um gigantesco leão formado do caos da essência de Uddar corria junto com o mesmo acima de sua cabeça, brilhando a milhas e milhas. O leão rugia junto com Udarr, expelindo fagulhas de essência, um misto de roxo, azul e verde perdia-se nos céus da guerra, Udarr entendia o quanto homens comuns podiam ser influenciáveis e o quanto aquela atitude poderia mudar o rumo das coisas, apesar de sua personalidade, ele não deixava de ser um tanto performático com seus atos, não deixava de arriscar e sofrer as devidas consequências por isso.
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