Perante Vosso Trono
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Above and Beyond :: Play By Post: Storyteller System (White Wolf) :: Exalted: Deuses e Homens :: Per Ardua Ad Astra (Cenário) :: Introdução: A Solidão dos Homens
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Re: Perante Vosso Trono
Legião, Arquiteto, Doutrina, Protegidos, Sacrifício...
Tantas dúvidas surgiam que Alexander não conseguia evitar a completa confusão. Uma coisa era certa, porém...
A Criação estava em Caos, com certeza...
Segurava sua espada com força quando as criaturas surgiram. Mais monstros.
Seríamos nós monstros também?
Preparou-se para lutar, quando surgiu outra e depois outra...
Viu Vaan iniciar sua corrida com Archer... Talvez fosse a coisa certa a se fazer, mas Alexander era simplesmente incapaz disso...
Não há mais espaço para evasão! O Cavaleiro não foge!
Sabia que era mais forte agora... Mais poderoso tanto no corpo quanto na alma.
Focou sua mente para unir esses poderes em sua lâmina.
Eu não serei alvo de mais um sacrifício inútil!
Avançou para a serpente mais próxima com determinação e destreza.
Elas eram grandes. A queda seria bonita. Não acreditava que seria útil atacar a esmo. Era necessário precisão.
Precisão mortífera.
As grandes armas das criaturas seria a maneira de derrubá-las. Um contra-ataque certeiro em sua mandíbula, para além de sua armadura de ossos.
Sentia a adrenalina correr e se sentia diferente...
Não era apenas permanecer em sua posição por honra... Era preciso lutar!
Não era apenas lutar para viver... Era lutar para matar!
Deixou sua essência fluir. Derrubaria as criaturas. se divertiria com esse treinamento.
Se alguém era tolo o bastante para enviar esses monstros para lidar com supostos invasores, deveriam estar no lugar certo.
Mas quem seria o chefe deste ataque?
Lutava.
Mas viu quando a garota foi devorada...
E viu quando Spectre preparou seu ritual com sangue.
E ouviu o grito das criaturas...
E junto com isso veio um grito de dor... Um grito tão reconhecível...
A dor da falha, a dor da perda, a dor da maior derrota, a dor da dívida, a dor da responsabilidade.
Viu Archer, agora, com compaixão... E prazer?!?
O grito de agonia era forte. Parecia que o próprio Alexander estava gritando.
E, num flash, ele voou e viu a Criação, o Guardião Esmeralda, Voz dos Antigos, as tribos do Norte. Viu sob asas brancas.
O Devorador ansiava por vir...
- As guardiãs do norte seguem ordens. Precisamos parar o seu mestre... Ou essas criaturas só vão apenas continuar aparecendo!
E, mais uma vez, avançou contra as coisas.
Sentia-se mais confortável agora do que antes, ouvindo os enigmas de Spectre e a história de Vaan.
Sentia-se mais próximo de si.
Sentia-se em casa.
Tantas dúvidas surgiam que Alexander não conseguia evitar a completa confusão. Uma coisa era certa, porém...
A Criação estava em Caos, com certeza...
Segurava sua espada com força quando as criaturas surgiram. Mais monstros.
Seríamos nós monstros também?
Preparou-se para lutar, quando surgiu outra e depois outra...
Viu Vaan iniciar sua corrida com Archer... Talvez fosse a coisa certa a se fazer, mas Alexander era simplesmente incapaz disso...
Não há mais espaço para evasão! O Cavaleiro não foge!
Sabia que era mais forte agora... Mais poderoso tanto no corpo quanto na alma.
Focou sua mente para unir esses poderes em sua lâmina.
Eu não serei alvo de mais um sacrifício inútil!
Avançou para a serpente mais próxima com determinação e destreza.
Elas eram grandes. A queda seria bonita. Não acreditava que seria útil atacar a esmo. Era necessário precisão.
Precisão mortífera.
As grandes armas das criaturas seria a maneira de derrubá-las. Um contra-ataque certeiro em sua mandíbula, para além de sua armadura de ossos.
Sentia a adrenalina correr e se sentia diferente...
Não era apenas permanecer em sua posição por honra... Era preciso lutar!
Não era apenas lutar para viver... Era lutar para matar!
Deixou sua essência fluir. Derrubaria as criaturas. se divertiria com esse treinamento.
Se alguém era tolo o bastante para enviar esses monstros para lidar com supostos invasores, deveriam estar no lugar certo.
Mas quem seria o chefe deste ataque?
Lutava.
Mas viu quando a garota foi devorada...
E viu quando Spectre preparou seu ritual com sangue.
E ouviu o grito das criaturas...
E junto com isso veio um grito de dor... Um grito tão reconhecível...
A dor da falha, a dor da perda, a dor da maior derrota, a dor da dívida, a dor da responsabilidade.
Viu Archer, agora, com compaixão... E prazer?!?
O grito de agonia era forte. Parecia que o próprio Alexander estava gritando.
E, num flash, ele voou e viu a Criação, o Guardião Esmeralda, Voz dos Antigos, as tribos do Norte. Viu sob asas brancas.
O Devorador ansiava por vir...
- As guardiãs do norte seguem ordens. Precisamos parar o seu mestre... Ou essas criaturas só vão apenas continuar aparecendo!
E, mais uma vez, avançou contra as coisas.
Sentia-se mais confortável agora do que antes, ouvindo os enigmas de Spectre e a história de Vaan.
Sentia-se mais próximo de si.
Sentia-se em casa.
MR, Léo- Usuário
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Re: Perante Vosso Trono
Vaan segurou sua própria cabeça, enquanto seus olhos violetas estavam bem abertos. Sentiu o sangue subir por seus dedos e deixá-los vermelhos. Pressionava seu crânio e uma expressão de dor, dúvida e raiva surgia no rosto delicado da menina.
-Porque eu não sei o que fazer!!
Vaan viu a serpente rasgar o chão e engolir aquela criança. Por aquele segundo, Vaan pareceu enxergar mais. Via todas as possibilidades que agora morriam junto com aquela incerteza que a impedira de mover-se. Via tudo, mas como pdoeria lutar contra o destino? Olhou para o chão e parecia sentí-lo tremer, mas não tremia por causa das serpentes, mas porque ela queria que tremesse. Vaan cerrou seus punhos.
"Eu poderia ter feito mais, é isso? Eu poderia ter impedido isso?" - os pensamentos ecoavam na cabeça latente da jovem que tentavam compreender a verdade que se mostrava clara a sua frente. Ela poderia sim, recriar os destinos e poderia ter fugido de sua própria morte e ter salvo a menina. Era isso que ela tentava esclarecer.
- Se é assim... - não terminou a frase. Vaan deu um passo e olhou em volta. O medo pareceu ter ido embora com o silêncio macabro. Ela correu. Correu e permitiu ser levada por seus instintos, por aquela voz que sussurava certezas. mas era diferente. Ela poderia criar e mudar as consequências.
As finas linhas douradas lhes mostravam todo infinito de possibilidades que uma simples ação poderia fazer. Ela seguiu a que se mostrava mais certa, evitando sua morte. Confiou na voz que escutava e abriu seu peito para finalmente ser a arma dos deuses. Se era isso que se desdobrava para ela, era a única coisa a abraçar.
Num piscar de olhos, estava ao lado de Archer, que pôde sentir o toque calmo da jovem sobre seu ombro.
Quando os olhos do jovem encontraram os calmos de Vaan, ela falou coma voz firme bela, ainda jovial, mas com uma certeza tão grande qaunto um Deus teria.
- Não podemos fazer nada aqui. mas posso te dizer como sobreviver! E até mesmo vingá-la.- e sem esperar a respostade Archer, colocou a mão abaixo da axila do mesmo, fazendo força para erguê-lo. Deveria tirá-lo dalí. Escondida atrás do olhar calmo da Sideral, a culpa por não ter feito nada ainda doía.
Ouviu Alexander ao longe. "Guardiãs do Norte?" Vaan ainda permanecia próxima a Archer e procurava em volta pelo líder. Deixou sua Essência fluir e concentrou-se. Se ela poderia enxergar seu destino, por que não tentaria buscar alguma pessoa presa às linhas da Criação?
-Porque eu não sei o que fazer!!
Vaan viu a serpente rasgar o chão e engolir aquela criança. Por aquele segundo, Vaan pareceu enxergar mais. Via todas as possibilidades que agora morriam junto com aquela incerteza que a impedira de mover-se. Via tudo, mas como pdoeria lutar contra o destino? Olhou para o chão e parecia sentí-lo tremer, mas não tremia por causa das serpentes, mas porque ela queria que tremesse. Vaan cerrou seus punhos.
"Eu poderia ter feito mais, é isso? Eu poderia ter impedido isso?" - os pensamentos ecoavam na cabeça latente da jovem que tentavam compreender a verdade que se mostrava clara a sua frente. Ela poderia sim, recriar os destinos e poderia ter fugido de sua própria morte e ter salvo a menina. Era isso que ela tentava esclarecer.
- Se é assim... - não terminou a frase. Vaan deu um passo e olhou em volta. O medo pareceu ter ido embora com o silêncio macabro. Ela correu. Correu e permitiu ser levada por seus instintos, por aquela voz que sussurava certezas. mas era diferente. Ela poderia criar e mudar as consequências.
As finas linhas douradas lhes mostravam todo infinito de possibilidades que uma simples ação poderia fazer. Ela seguiu a que se mostrava mais certa, evitando sua morte. Confiou na voz que escutava e abriu seu peito para finalmente ser a arma dos deuses. Se era isso que se desdobrava para ela, era a única coisa a abraçar.
Num piscar de olhos, estava ao lado de Archer, que pôde sentir o toque calmo da jovem sobre seu ombro.
Quando os olhos do jovem encontraram os calmos de Vaan, ela falou coma voz firme bela, ainda jovial, mas com uma certeza tão grande qaunto um Deus teria.
- Não podemos fazer nada aqui. mas posso te dizer como sobreviver! E até mesmo vingá-la.- e sem esperar a respostade Archer, colocou a mão abaixo da axila do mesmo, fazendo força para erguê-lo. Deveria tirá-lo dalí. Escondida atrás do olhar calmo da Sideral, a culpa por não ter feito nada ainda doía.
Ouviu Alexander ao longe. "Guardiãs do Norte?" Vaan ainda permanecia próxima a Archer e procurava em volta pelo líder. Deixou sua Essência fluir e concentrou-se. Se ela poderia enxergar seu destino, por que não tentaria buscar alguma pessoa presa às linhas da Criação?
Valkyrja- Usuário
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Re: Perante Vosso Trono
E aqui estou.
Todas as Sombras retornaram.
- HÁ! Esconder-se todos conseguem. Quero ver enfrentá-los.
- Não seria sensato.
- Sensato?
- Não posso errar. Possuo um longo caminho. Eu sei. Poderia me ferir gravemente. Morrer.
- Se ferir? Machucar...
[Você não quer se machucar mais, não é?
Ninguém quer.
Mas...
O ponto é...
Quem somos nós...
Sem nossos machucados?]
Uma recordação distante. Uma lembrança, uma vivência. A visão de um eu que não existiu.
Era questão de vida ou morte desde o início e não havia espaço para segundos pensamentos. Via carne, ossos e sangue. Tudo que era necessário para se manter em pé e tudo que era necessário para cair e morrer.
Alexander desejava lutar. Vaan caminhava por uma ponte traiçoeria e Archer estava perdido. Spectre procurava ser intangível entre sua escuridão.
- Liberte-me dessa doença que chamo de corpo. O sonho que chamo de casa. As sombras que crescem da luz.
- CONFUSO.
As vozes atormentavam parte do seu equilíbrio. Não, tudo atormentava todo o seu equilíbrio. A serpente crescia próxima. Por pouco.. Aquela noite mexia com sua razão. Parecia simples escapar, mas estava no meio de algo maior e dependia de outras respostas. Pessoas. Elas sempre atrapalhavam parte do seu raciocínio. Todas elas.
- Deixe-me tomar conta, então!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O sangue ainda escorria. Caminhando pela terra. Atravessando a neve. Quente. Ele era mais que sua oferenda agora. O Malfeas o tinha. Spectre o tinha. E essas criaturas não poderiam o ter.
O sussurro carregara o som das almas presas em seu espírito:
- Criaturas das sombras, eu retornei. Ouçam. Façam sua parte e façam parte de mim. A danação que retorna e desfoca meus inimigos. A danação que retorna e abençoa a arma de meus aliados. Façam sua parte por parte de mim...
Ainda parado, suas mãos formavam desenhos de uma alucinação incontida. Não sabia o que o aguardava. E por puro reflexo, a mão que sangrava buscou a pedra verde reluzente como uma larva se prendendo em seu demônio.
Precisava de ajuda. Sentia-se perdido e as vozes o confundiam mais. As vozes não paravam. Elas escapavam por suas entranhas e escorriam por suas veias. Elas o matavam por dentro.
- Calma.
...
Todas as Sombras retornaram.
- HÁ! Esconder-se todos conseguem. Quero ver enfrentá-los.
- Não seria sensato.
- Sensato?
- Não posso errar. Possuo um longo caminho. Eu sei. Poderia me ferir gravemente. Morrer.
- Se ferir? Machucar...
[Você não quer se machucar mais, não é?
Ninguém quer.
Mas...
O ponto é...
Quem somos nós...
Sem nossos machucados?]
Uma recordação distante. Uma lembrança, uma vivência. A visão de um eu que não existiu.
Era questão de vida ou morte desde o início e não havia espaço para segundos pensamentos. Via carne, ossos e sangue. Tudo que era necessário para se manter em pé e tudo que era necessário para cair e morrer.
Alexander desejava lutar. Vaan caminhava por uma ponte traiçoeria e Archer estava perdido. Spectre procurava ser intangível entre sua escuridão.
- Liberte-me dessa doença que chamo de corpo. O sonho que chamo de casa. As sombras que crescem da luz.
- CONFUSO.
As vozes atormentavam parte do seu equilíbrio. Não, tudo atormentava todo o seu equilíbrio. A serpente crescia próxima. Por pouco.. Aquela noite mexia com sua razão. Parecia simples escapar, mas estava no meio de algo maior e dependia de outras respostas. Pessoas. Elas sempre atrapalhavam parte do seu raciocínio. Todas elas.
- Deixe-me tomar conta, então!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O sangue ainda escorria. Caminhando pela terra. Atravessando a neve. Quente. Ele era mais que sua oferenda agora. O Malfeas o tinha. Spectre o tinha. E essas criaturas não poderiam o ter.
O sussurro carregara o som das almas presas em seu espírito:
- Criaturas das sombras, eu retornei. Ouçam. Façam sua parte e façam parte de mim. A danação que retorna e desfoca meus inimigos. A danação que retorna e abençoa a arma de meus aliados. Façam sua parte por parte de mim...
Ainda parado, suas mãos formavam desenhos de uma alucinação incontida. Não sabia o que o aguardava. E por puro reflexo, a mão que sangrava buscou a pedra verde reluzente como uma larva se prendendo em seu demônio.
Precisava de ajuda. Sentia-se perdido e as vozes o confundiam mais. As vozes não paravam. Elas escapavam por suas entranhas e escorriam por suas veias. Elas o matavam por dentro.
- Calma.
...
Shen666- Usuário
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Re: Perante Vosso Trono
E Alexander acreditou na existência de alguma força oculta, algum heroísmo que houvesse sido trazido pela sua essência divina.
Rápido, ele avançou contra a primeira das criaturas no exato momento em que ela preparava-se para mergulhar sobre a sua cabeça, com seus dentes afiados e uma voracidade mortal.
Alexander confiou no heroísmo de alguém que já havia falhado outras tantas incontáveis vezes na vida...
___
E veio o impacto. Enquanto Vaan erguia Archer, uma das serpentes saltou na direção deles sendo interrompida, oportunamente, por Alexander. O guerreiro mantinha a mão nas mandíbulas da criatura e a detinha no ar, sendo fácil ver o suor escorrendo pelo seu rosto, o sangue em suas mãos pingando sobre o solo, conforme os dentes serrilhados das criaturas buscavam cortar o seu opositor.
À volta do homem, a essência esverdeada emanava, ardia, como se fosse este o gatilho necessário para que milagres fossem operados naquele dia maldito.
Archer olhou para Alexander, em seguida para Vaan. Ao redor, serpentes se amontoavam e a Criação mergulhava no caos. Respirou fundo, balançou a cabeça em um negativo doloroso, como se achasse que assim fosse capaz de diminuir a dor e a angústia de ter perdido a garota.
Por fim, ele deu um passo para trás, passou o antebraço sobre os olhos úmidos e vestiu a sua melhor expressão de determinação.
- Nós vamos morrer se ficarmos aqui.
Vaan estava de pé. Seus olhos se fecharam por um instante e, quando elas os abriu, eles olhavam diretamente no fino tecido que envolve a criação.
E compreendeu. Compreendeu que não havia um líder. Aquelas criaturas eram uma única vontade, um único desejo: proteger a Criação.
Um novo golpe, mas, desta vez, Vaan e Archer saltaram, cada um para um lado, enquanto a monstruosidade mergulhava no solo, no exato ponto entre eles.
Archer apontou para o norte.
- Meu refúgio, fica para ali. Nós podemos correr...
Mas em direção ao norte, outra dúzia de serpentes surgiam.
- Seconseguirmos passar por elas.
O garoto mordeu o lábio inferior, talvez com um leve receio. A besta que tinha em mãos foi carregada e ele a apoiou sobre o ombro.
- Nós podemos passar.
Balançava a cabeça em positivo, como se quisesse acreditar em sua própria bravata.
__
- Quem é você?
A voz ressoou no ouvido de Spectre. Era uma voz grossa, soturna e ameaçadora. Pesada, carregava em suas sílabas um grande fardo, tão grande quanto toda a Criação.
- Não é deus. Não é escolhido. Mas sua alma é maculada com os sonhos de demônios. Sonhos de... união?
Uma sonora gargalhada ecoou. Do lado de "fora" as criaturas passavam por Spectre sem vê-lo.
- Você é só um marionete, não é? Sim. E você acha que pode sobreviver? Ou que pode impedir? Quais teus objetivos, criaturinhas?
Antes que a resposta viesse, no entanto, a voz voltou a falar.
- Não. Você não poderá sustentar seus feitiços primários por mais muito tempo. Em breve, morrerá nas mandíbulas dos meus pequenos Guardiões. Morrerá, junto com tuas ambições.
E então, uma das serpentes saltou sobre Spectre.
Rápido, ele avançou contra a primeira das criaturas no exato momento em que ela preparava-se para mergulhar sobre a sua cabeça, com seus dentes afiados e uma voracidade mortal.
Alexander confiou no heroísmo de alguém que já havia falhado outras tantas incontáveis vezes na vida...
___
E veio o impacto. Enquanto Vaan erguia Archer, uma das serpentes saltou na direção deles sendo interrompida, oportunamente, por Alexander. O guerreiro mantinha a mão nas mandíbulas da criatura e a detinha no ar, sendo fácil ver o suor escorrendo pelo seu rosto, o sangue em suas mãos pingando sobre o solo, conforme os dentes serrilhados das criaturas buscavam cortar o seu opositor.
À volta do homem, a essência esverdeada emanava, ardia, como se fosse este o gatilho necessário para que milagres fossem operados naquele dia maldito.
Archer olhou para Alexander, em seguida para Vaan. Ao redor, serpentes se amontoavam e a Criação mergulhava no caos. Respirou fundo, balançou a cabeça em um negativo doloroso, como se achasse que assim fosse capaz de diminuir a dor e a angústia de ter perdido a garota.
Por fim, ele deu um passo para trás, passou o antebraço sobre os olhos úmidos e vestiu a sua melhor expressão de determinação.
- Nós vamos morrer se ficarmos aqui.
Vaan estava de pé. Seus olhos se fecharam por um instante e, quando elas os abriu, eles olhavam diretamente no fino tecido que envolve a criação.
E compreendeu. Compreendeu que não havia um líder. Aquelas criaturas eram uma única vontade, um único desejo: proteger a Criação.
Um novo golpe, mas, desta vez, Vaan e Archer saltaram, cada um para um lado, enquanto a monstruosidade mergulhava no solo, no exato ponto entre eles.
Archer apontou para o norte.
- Meu refúgio, fica para ali. Nós podemos correr...
Mas em direção ao norte, outra dúzia de serpentes surgiam.
- Seconseguirmos passar por elas.
O garoto mordeu o lábio inferior, talvez com um leve receio. A besta que tinha em mãos foi carregada e ele a apoiou sobre o ombro.
- Nós podemos passar.
Balançava a cabeça em positivo, como se quisesse acreditar em sua própria bravata.
__
- Quem é você?
A voz ressoou no ouvido de Spectre. Era uma voz grossa, soturna e ameaçadora. Pesada, carregava em suas sílabas um grande fardo, tão grande quanto toda a Criação.
- Não é deus. Não é escolhido. Mas sua alma é maculada com os sonhos de demônios. Sonhos de... união?
Uma sonora gargalhada ecoou. Do lado de "fora" as criaturas passavam por Spectre sem vê-lo.
- Você é só um marionete, não é? Sim. E você acha que pode sobreviver? Ou que pode impedir? Quais teus objetivos, criaturinhas?
Antes que a resposta viesse, no entanto, a voz voltou a falar.
- Não. Você não poderá sustentar seus feitiços primários por mais muito tempo. Em breve, morrerá nas mandíbulas dos meus pequenos Guardiões. Morrerá, junto com tuas ambições.
E então, uma das serpentes saltou sobre Spectre.
25Slash7- Administrador
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Re: Perante Vosso Trono
Quem é você?
Quem era a voz? Do líder? Algo falava. Um algo que não era ele, nem eles.
Somos a união.. uma união.
Marionetes... objetivos.. quem eu sou?
Simples questão para uma nada simples resolução. As criaturas tremiam sobre seus pés e saltavam em várias direções, enquanto aquele pequeno grupo de pessoas pareciam confusas e desunidas. Agora, pensando, refletia sobre cada ato. Uma morte, dois fugindo, um lutava e o outro... fingia, apenas. A voz seguia cheia de perguntas das quais não entendia ao certo. Eles entendiam, ao menos. Talvez se estivesse fora de sua mente... talvez conseguiria ignorá-la de uma forma ou outra. Mas a afirmação interna engolia sua atenção e o desmoralizava por estranhas veredas.
Os outros eu's não estavam satisfeitos. As vozes palpitavam loucamente com aquele intruso em seu cérebro. Elas queriam responder e expulsá-lo, mas também esperavam a resposta do próprio hospedeiro. Havia uma moral em suas ações. A hora da espera. A resposta da qual eles poderiam responder, mas ele não saberia. Spectre não saberia.
E ele não sabia quem era ainda.
(Somos muitos! Somos muitos!)
- Sou uma marionete de muitas vidas, talvez. Sou a união de muitos eu's, também. Mas meu conhecimento é além. Meus objetivos são além. Você é uma marionete do destino com síndrome de grandeza.
A serpente pulava em sua direção.
- Saia de minha mente.
Sua vida (tantas vidas) era apenas...
"Quem é você?"
- Sou o pó e a areia.
Acreditava em seus feitiços e acreditava não haver esperança em combate.
- CORRA, HOMEM SEM ROSTO!
Forçando seus últimos desejos, acreditou na proteção das sombras e de uma sinergia para a vida. Precisavam fugir.
Saltara na direção de Vaan e Archer.
Quem era a voz? Do líder? Algo falava. Um algo que não era ele, nem eles.
Somos a união.. uma união.
Marionetes... objetivos.. quem eu sou?
Simples questão para uma nada simples resolução. As criaturas tremiam sobre seus pés e saltavam em várias direções, enquanto aquele pequeno grupo de pessoas pareciam confusas e desunidas. Agora, pensando, refletia sobre cada ato. Uma morte, dois fugindo, um lutava e o outro... fingia, apenas. A voz seguia cheia de perguntas das quais não entendia ao certo. Eles entendiam, ao menos. Talvez se estivesse fora de sua mente... talvez conseguiria ignorá-la de uma forma ou outra. Mas a afirmação interna engolia sua atenção e o desmoralizava por estranhas veredas.
Os outros eu's não estavam satisfeitos. As vozes palpitavam loucamente com aquele intruso em seu cérebro. Elas queriam responder e expulsá-lo, mas também esperavam a resposta do próprio hospedeiro. Havia uma moral em suas ações. A hora da espera. A resposta da qual eles poderiam responder, mas ele não saberia. Spectre não saberia.
E ele não sabia quem era ainda.
(Somos muitos! Somos muitos!)
- Sou uma marionete de muitas vidas, talvez. Sou a união de muitos eu's, também. Mas meu conhecimento é além. Meus objetivos são além. Você é uma marionete do destino com síndrome de grandeza.
A serpente pulava em sua direção.
- Saia de minha mente.
Sua vida (tantas vidas) era apenas...
"Quem é você?"
- Sou o pó e a areia.
Acreditava em seus feitiços e acreditava não haver esperança em combate.
- CORRA, HOMEM SEM ROSTO!
Forçando seus últimos desejos, acreditou na proteção das sombras e de uma sinergia para a vida. Precisavam fugir.
Saltara na direção de Vaan e Archer.
Shen666- Usuário
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Re: Perante Vosso Trono
Nada além do puro instinto de sobrevivência tomou conta de Vaan quando a serpente ergueu-se contra ela e o garoto Archer. Uma respiração. Uma batida de coração. Era apenas isso que a separava da morte, que poderia ser trazida pelos dentes de uma serpente de ossos. Os olhos estrelados estavam tão abertos que ela pareceu esquecer como piscá-los. Lebrava-se das vozes que escutara. Ela não iria morrer hoje, mas por que tanto medo, então? As pernas pesadas sentiam a urgência de correr, mas não conseguiam executar qualquer movimento. O braço movimentou-se sozinho para acima da cabeça.
"!!!"
Nada passou pela cabeça da garota. Nenhum som ou grito e por um momento, ela pensou que tudo estivesse acabado.
Abriu os olhos fechados pelo terror ao ouvir o som de Alexander contra a serpente. O espetáculo esverdeado brilhava como uma estrela. Alexander se impunha como um herói de contos lendários: sofrendo, mas sem abandonar sua vigília.
Por impulso, Vaan terminou de puxar Archer e soltou-o rapidamente, afastando-se o mais rápido e mais que pôde do animal. A Essência do guerreiro brilhava com tanta intensidade que Vaan pensou que ela poderia machucar só não a serpente, mas a ela também, caso ficasse perto. Sua respiração ofegante ofuscava todos os sons da batalha e ela sequer percebeu as lágrimas do arqueiro. Tinha outras preocupações agora. Não iria permitir que seu medo a impedisse de mexer-se e salvar seus companheiros. Estava preocupada em sair dalí viva e tirar a todos no processo. Ela engoliu em seco e olhou Archer rapidamente. Seu coração palpitava de terror, mas dentro daquele terror, vaans entia crescer uma força de vontade imbatível. Não iria cair naquele lugar. Não iria cair agora.
" Eu controlo a morte." falou entre os lábios, tão certa que poderia sair de lá caminhando. Abriu seus olhos aguçados e confiantes. Não tinha mais a exopressão tensa. Seu olhar transmitia a determinação que Archer buscava.
- Não vamos morrer.
Suas palavras eram tão calmas que poderia convencer facilmente a todos.
- Só fique perto de mim.- fechou os punhos e sentiu o braço esquerdo arder, assim como as pequenas escamas de seu rosto.
"Só espero realmente não morrer." e concentrou-se para ver novamente as linhas do destino.
- Alexander! - via o guerreiro sofrer pensava no que poderia fazer por ele. - Libere sua..energia! Esmague-a!
E Vaan também liberou sua Essência, deixando-a fluir sem qualquer impedimento. Estava pronta para ir ajudar Alexander, mas...Algo não estava certo! As serpentes protegiam a Criação. eles também buscavam proteger a Criação. Por que lutavam entre si? Ela juntou o máximo de Essência e abriu sua boca para falar, mas a serpente caiu entre ela e Archer. Vaan levantou-se e foi para perto do rapaz, que estava visivelmente abalado. Ouvia o que o menino dizia enquanto pensava sobre as serpentes. Ela expandiu seu poder e sentiu cada partícula de vida presente. Não tinha nenhuma ameaça em sua ação, nenhuma maldade. Apenas buscava comunicação, compreensão.
- Alexander, temos que ir para o Norte! - e por fim, falou, como uma uma oração, esperando que tocasse não só as serpentes, mas a própria Criação.
-Não somos ameaças. Buscamos, como vocês, proteger a Criação. Somos os... - usou as palavras do corvo de Marfim - Escolhidos! Não queremos que tudo vire ruínas! - esperava, do fundo do coração, ser ouvida, só não sabia por quem. Abaixou a cabeça e fez a pergunta ao corvo.
- Por que iso tudo está acontecendo? Quem é você?O que quer de nós? - sabia que apenas uma seria respondida, mas as dúvidas reinavam.
Por fim, olhou para Archer e, com a calma que somente um monge teria, disse:
-Nós PASSAREMOS. - e olhou para o caminho, esperando que a teia da Criação fosse-lhe apresentada.
"!!!"
Nada passou pela cabeça da garota. Nenhum som ou grito e por um momento, ela pensou que tudo estivesse acabado.
Abriu os olhos fechados pelo terror ao ouvir o som de Alexander contra a serpente. O espetáculo esverdeado brilhava como uma estrela. Alexander se impunha como um herói de contos lendários: sofrendo, mas sem abandonar sua vigília.
Por impulso, Vaan terminou de puxar Archer e soltou-o rapidamente, afastando-se o mais rápido e mais que pôde do animal. A Essência do guerreiro brilhava com tanta intensidade que Vaan pensou que ela poderia machucar só não a serpente, mas a ela também, caso ficasse perto. Sua respiração ofegante ofuscava todos os sons da batalha e ela sequer percebeu as lágrimas do arqueiro. Tinha outras preocupações agora. Não iria permitir que seu medo a impedisse de mexer-se e salvar seus companheiros. Estava preocupada em sair dalí viva e tirar a todos no processo. Ela engoliu em seco e olhou Archer rapidamente. Seu coração palpitava de terror, mas dentro daquele terror, vaans entia crescer uma força de vontade imbatível. Não iria cair naquele lugar. Não iria cair agora.
" Eu controlo a morte." falou entre os lábios, tão certa que poderia sair de lá caminhando. Abriu seus olhos aguçados e confiantes. Não tinha mais a exopressão tensa. Seu olhar transmitia a determinação que Archer buscava.
- Não vamos morrer.
Suas palavras eram tão calmas que poderia convencer facilmente a todos.
- Só fique perto de mim.- fechou os punhos e sentiu o braço esquerdo arder, assim como as pequenas escamas de seu rosto.
"Só espero realmente não morrer." e concentrou-se para ver novamente as linhas do destino.
- Alexander! - via o guerreiro sofrer pensava no que poderia fazer por ele. - Libere sua..energia! Esmague-a!
E Vaan também liberou sua Essência, deixando-a fluir sem qualquer impedimento. Estava pronta para ir ajudar Alexander, mas...Algo não estava certo! As serpentes protegiam a Criação. eles também buscavam proteger a Criação. Por que lutavam entre si? Ela juntou o máximo de Essência e abriu sua boca para falar, mas a serpente caiu entre ela e Archer. Vaan levantou-se e foi para perto do rapaz, que estava visivelmente abalado. Ouvia o que o menino dizia enquanto pensava sobre as serpentes. Ela expandiu seu poder e sentiu cada partícula de vida presente. Não tinha nenhuma ameaça em sua ação, nenhuma maldade. Apenas buscava comunicação, compreensão.
- Alexander, temos que ir para o Norte! - e por fim, falou, como uma uma oração, esperando que tocasse não só as serpentes, mas a própria Criação.
-Não somos ameaças. Buscamos, como vocês, proteger a Criação. Somos os... - usou as palavras do corvo de Marfim - Escolhidos! Não queremos que tudo vire ruínas! - esperava, do fundo do coração, ser ouvida, só não sabia por quem. Abaixou a cabeça e fez a pergunta ao corvo.
- Por que iso tudo está acontecendo? Quem é você?O que quer de nós? - sabia que apenas uma seria respondida, mas as dúvidas reinavam.
Por fim, olhou para Archer e, com a calma que somente um monge teria, disse:
-Nós PASSAREMOS. - e olhou para o caminho, esperando que a teia da Criação fosse-lhe apresentada.
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Re: Perante Vosso Trono
A serpente atravessou o solo, deixando para trás uma enorme cortina de fumaça onde outrora estivera Spectre. Do ataque, não havia nada, não se via o estranho homem. Então a cortina de fumaça baixou e Spectre surgiu, aos trancos e barrancos, correndo na direção de Vaan e Archer.
Movimentar-se provavelmente havia sido a melhor idéia naquele momento. Por razões desconhecidas, as serpentes pareciam ter "evoluído", ganhando um nível maior de consciência às serpentes.
Da resposta para o que quer houvesse falado em sua mente, nada veio além de um silêncio fúnebre, irritadiço, talvez, em face da insistência daqueles insetos em sobreviver.
Naquele instante em que Spectre surgiu próximo dos dois, Vaan tentava juntar todo o pouco conhecimento que possuia de sua própria natureza em busca de algo que lhe dissesse como comandar, como se comunicar com aquelas criaturas.
Era, afinal, algo lógico. Eles não pretendiam atacar a Criação. Não....
A garota começava a se habituar com o suave toque da trama essencial em seu espírito. Tanto se habituava que foi inconsciente quando ela começou a recitar palavras na línguagem do velho reino, uma prece aos deuses do Destino, pedindo que o destino de sua essência se unisse ao de uma daquelas serpentes e, assim, conseguissem se comunicar.
Um novo ataque. O chão tremeu sob os pés dos três e as serpentes saltaram de dentro do solo. Buracos se espalhavam pelo campo de batalha e a ameaça se tornava cada vez mais presente.
Archer segurou Vaan pelo braço e apontou em direção ao que parecia ser algum tipo de barranco.
- Vamos. Não temos tempo, vamos!
Ajudou Spectre a se levantar. Queria acreditar no que a garota lhe dizia, nas suas promessas sobre sobreviver mais um dia. Mas... era difícil. Um pouco mais brusco, puxou o ombro dela para que corressem... e...
Então veio a voz. Uma voz tão antiga quanto as eras dos homens e dos deuses. Carregadas de dor e tristeza. Uma voz gutural, forte como a terra.
"Nós protegemos a Criação... e hoje... nós protegemos quem nos diz quem é inimigo da Criação... e hoje, Escolhido, vocês são.... inimigos... pois assim foi dito."
E Vaan sentiu a dor da serpente quando alguma coisa tomou dela a sua consciência. Um uivo feroz foi soprado por entre as mandíbulas da criatura e o mundo inteiro pareceu desabar. O chão estremeceu e agora as serpentes vinham pelo norte e pelo oeste.
- O que foi que você disse??
Já podiam contar algo em torno de 30 criaturas. Elas aproximavam-se e caso nada fizessem, se não escapassem dali logo, a morte cairia sobre eles, impiedosa.
__
Vaan Aprendeu: Blue Vervain Binding
Movimentar-se provavelmente havia sido a melhor idéia naquele momento. Por razões desconhecidas, as serpentes pareciam ter "evoluído", ganhando um nível maior de consciência às serpentes.
Da resposta para o que quer houvesse falado em sua mente, nada veio além de um silêncio fúnebre, irritadiço, talvez, em face da insistência daqueles insetos em sobreviver.
Naquele instante em que Spectre surgiu próximo dos dois, Vaan tentava juntar todo o pouco conhecimento que possuia de sua própria natureza em busca de algo que lhe dissesse como comandar, como se comunicar com aquelas criaturas.
Era, afinal, algo lógico. Eles não pretendiam atacar a Criação. Não....
A garota começava a se habituar com o suave toque da trama essencial em seu espírito. Tanto se habituava que foi inconsciente quando ela começou a recitar palavras na línguagem do velho reino, uma prece aos deuses do Destino, pedindo que o destino de sua essência se unisse ao de uma daquelas serpentes e, assim, conseguissem se comunicar.
Um novo ataque. O chão tremeu sob os pés dos três e as serpentes saltaram de dentro do solo. Buracos se espalhavam pelo campo de batalha e a ameaça se tornava cada vez mais presente.
Archer segurou Vaan pelo braço e apontou em direção ao que parecia ser algum tipo de barranco.
- Vamos. Não temos tempo, vamos!
Ajudou Spectre a se levantar. Queria acreditar no que a garota lhe dizia, nas suas promessas sobre sobreviver mais um dia. Mas... era difícil. Um pouco mais brusco, puxou o ombro dela para que corressem... e...
Então veio a voz. Uma voz tão antiga quanto as eras dos homens e dos deuses. Carregadas de dor e tristeza. Uma voz gutural, forte como a terra.
"Nós protegemos a Criação... e hoje... nós protegemos quem nos diz quem é inimigo da Criação... e hoje, Escolhido, vocês são.... inimigos... pois assim foi dito."
E Vaan sentiu a dor da serpente quando alguma coisa tomou dela a sua consciência. Um uivo feroz foi soprado por entre as mandíbulas da criatura e o mundo inteiro pareceu desabar. O chão estremeceu e agora as serpentes vinham pelo norte e pelo oeste.
- O que foi que você disse??
Já podiam contar algo em torno de 30 criaturas. Elas aproximavam-se e caso nada fizessem, se não escapassem dali logo, a morte cairia sobre eles, impiedosa.
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Vaan Aprendeu: Blue Vervain Binding
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Re: Perante Vosso Trono
Vaan cerrou sua face quando não recebeu a resposta desejada do corvo marfim. Achava suas eprguntas válidas e merecedoras de alguma coisa, mesmo que fosse apenas um som animalesco. Enviou para Archer um olhar que deixava tranparecer dúvida, e uma pitada de medo. Ela engoliu em seco e começou a mover-se com o garoto, até sentir aquela voz que parecia carregar toda a tristeza da Criação invadindo seu ser. Sentiu suas pernas cambalearem, e com um grande esforço, não caiu. Via o mundo em um estado de quase transe, enquanto a verdade lhe era revelada. Nada escapava mais de seus olhos.
-Mas quem diz que somos inimigos? – e corria entre as serpentes, jogando Archer e Spectre para a direção que lhe tiravam do perigo que seus olhos revelavam. Parava e os puxava, escapando de um ataque. Seguia em frente e saltava, escapando de mandíbulas e ossos. O medo era, pouco a pouco, substituído pela certeza da vitória. “Não morrerá aqui. De que tem medo?”. Lembrava-se da voz.
Vann tentava se comunicar novamente com a serpente, mas uma linha de raciocínio tênue começava a formar-se na mente astuta da menina. Se, de acordo com o corvo branco, a Criação ruiria e não houvesse nada que pudessem fazer, apenas escolher os caminhos que ela tomaria, não seriam eles os responsáveis dela ruína da mesma? Não seria ela uma dos arautos da destruição que viria? A idéia se perpetuava como uma certeza macabra em sua mente, enquanto ela corria com Archer e Spectre.
Quebrando por um momento seu raciocínio, a dor da Guardiã do Norte penetrou os poros da jovem, que chegou a emitir um gemido profundo de dor. Ela respirou fundo, com a cabeça baixa e com um olhar carregado de determinação e raiva, gritou para quem quer que houvesse perguntado: Archer, as serpentes, Spectre. Sua consciência buscava caminhos para sair dali, ao mesmo tempo que tentava manter a conexão com os segredos da Criação:
-Dizem que somos inimigos da Criação! Afirmo não ser, por vontade ou sequer destino, que não somos! – e respirou, sentindo a Essência carregar as palavras de força. – E quem é você, que rouba consciências e julga quem é inimigo ou não?
E sua Essência explodiu em um belo raio lilás, envolvendo seu corpo. O símbolo de sua Casta brilhava, indicando a todos ali que, além daquela força, ela também escolhia os destinos do mundo e poderia muito bem mudá-los. Tinha o corpo envolvido com a proteção dos deuses e uma arma demoníaca: seu braço. Avançava atenta aos caminhos revelados e que davam atalhos para escapar da morte. Se fosse atacada, usaria o braço para se defender. Por fim, apenas deu uma instrução a Archer, com a voz ainda calma.
- Você também tem essa energia, não? Melhor liberá-la. E esteja pronto para atacar.
Falava enquanto corria para fora do círculo da morte, na direção que Archer disse ter abrigo.
(Déd, se eu tiver que mudar qualquer coisa na ação, me diz. Tomei umas liberdades nesse post só pra caso de interpretação, ok? )
-Mas quem diz que somos inimigos? – e corria entre as serpentes, jogando Archer e Spectre para a direção que lhe tiravam do perigo que seus olhos revelavam. Parava e os puxava, escapando de um ataque. Seguia em frente e saltava, escapando de mandíbulas e ossos. O medo era, pouco a pouco, substituído pela certeza da vitória. “Não morrerá aqui. De que tem medo?”. Lembrava-se da voz.
Vann tentava se comunicar novamente com a serpente, mas uma linha de raciocínio tênue começava a formar-se na mente astuta da menina. Se, de acordo com o corvo branco, a Criação ruiria e não houvesse nada que pudessem fazer, apenas escolher os caminhos que ela tomaria, não seriam eles os responsáveis dela ruína da mesma? Não seria ela uma dos arautos da destruição que viria? A idéia se perpetuava como uma certeza macabra em sua mente, enquanto ela corria com Archer e Spectre.
Quebrando por um momento seu raciocínio, a dor da Guardiã do Norte penetrou os poros da jovem, que chegou a emitir um gemido profundo de dor. Ela respirou fundo, com a cabeça baixa e com um olhar carregado de determinação e raiva, gritou para quem quer que houvesse perguntado: Archer, as serpentes, Spectre. Sua consciência buscava caminhos para sair dali, ao mesmo tempo que tentava manter a conexão com os segredos da Criação:
-Dizem que somos inimigos da Criação! Afirmo não ser, por vontade ou sequer destino, que não somos! – e respirou, sentindo a Essência carregar as palavras de força. – E quem é você, que rouba consciências e julga quem é inimigo ou não?
E sua Essência explodiu em um belo raio lilás, envolvendo seu corpo. O símbolo de sua Casta brilhava, indicando a todos ali que, além daquela força, ela também escolhia os destinos do mundo e poderia muito bem mudá-los. Tinha o corpo envolvido com a proteção dos deuses e uma arma demoníaca: seu braço. Avançava atenta aos caminhos revelados e que davam atalhos para escapar da morte. Se fosse atacada, usaria o braço para se defender. Por fim, apenas deu uma instrução a Archer, com a voz ainda calma.
- Você também tem essa energia, não? Melhor liberá-la. E esteja pronto para atacar.
Falava enquanto corria para fora do círculo da morte, na direção que Archer disse ter abrigo.
(Déd, se eu tiver que mudar qualquer coisa na ação, me diz. Tomei umas liberdades nesse post só pra caso de interpretação, ok? )
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Re: Perante Vosso Trono
A adrenalina já dominava Alexander. Um sentimento único, nunca antes experimentado. Uma vontade de proteger os seus, de vingar a pequena garota...
De destruir todas as criaturas.
A Piedade para com Archer (e o prazer) aumentava conforme sentia o sangue escorrendo em suas mãos, conforme sentia sua essência expandido.
- Não vamos cair aqui!
Sua fala saia com dificuldade. Era apenas esforço e concentração (e sede de sangue)...
Ouviu as palavras de Vaan e sentia sua essência queimando. Sabia que já havia falhado, mais uma fora sacrificada... Mas também sentia que era capaz de esmagar a Guardiã do Norte.
Resistiu enquanto os outros se distanciavam e sentia um crescente desejo pelo combate.
Algo estava estranho. Não havia em Alexander o bom senso de sobrevivência que ouvia dos outros...
Será que quero morrer?
Não. Sentia vontade de matar!
Forçou o monstro para baixo, chocando-o contra o chão algumas vezes. Em seguida, cravou sua espada com as duas mãos onde seria o olho da criatura.
Queria mais, queria lutar, queria mostrar que não era apenas um simples mortal. Agora ele era mais! E tinha sede por sangue. Seus inimigos devem tombar!
E foi no mesmo instante que sua espada tocou a serpente que ouviu a vislumbrou as palavras de Voharum. E tudo ficou claro, como o mais belo floco de neve.
Entendeu, assim como Vaan e Spectre, que as criaturas não deveriam ser os inimigos... Era tão óbvio...
- Perdão, ó Misericordiosa, por enviar-lhe mais uma vida.
Enunciou sua rápida prece em busca dos companheiros, seguindo junto com eles na mesma direção. Ouviu as palavras antigas de Vaan, ouviu o seu pedido por paz, concordando.
Corria, apesar de haver algo dentro de si o forçando a permanecer, mesmo sabendo claramente que não era páreo para 30 Guardiãs...
Respirou e ouviu Voharum respondendo a pergunta de Hector, Vaan, Alfadur...
"A Sombra... pior inimigo, único aliado."
"O Legado Quebrado."
Em sua mente e na de todos os outros, enunciou as palavras que levariam a sua pergunta ao Corvo Branco.
- Voharum, afirma que a Criação ruirá, e que precisamos nos decidir. Está claro que nenhum de nós opta pela ruína de nosso mundo, mas todos lembramos o que vimos nas estrelas...
Rogo que responda-me: podemos mudar o destino?
Se concentrava em esquivar, correr e falar com todos, ouví-los, entendê-los...
Sentia dificuldade, mas não poderia diminuir a atenção em nenhuma das atividades. Em seus movimentos, havia a luz verde que não parava de emanar.
Viu a frente o barranco que Archer apontou...
Olhou para Spectre e Vaan, procurando o apoio de seus feitiços caso falhasse... Mas sentia que era necessário alterar a situação.
Espada em punho, virou-se e parou de correr.
Sua essência queimava e ao mesmo tempo que sentia, no fundo de sua consciência, a dor de Charlie; sentia também seu corpo inteiro queimando com o poder recém adquirido.
E com seu poder, engrandeceu seu ser, reforçou as palavras de Vaan. Não sabia se seria capaz de conectar-se como ela pareceu se conectar, mas necessitava impor a sua vontade sobre às criaturas que os denominavam algo que não eram.
- Escutem-me, Guardiãs do Norte! Foi desenhado pelas estrelas que nós arruinaremos a Criação. Esta falsa profecia não nos compete. Estamos além do destino! Somos os escolhidos, o Legado Quebrado, Anathemas e não permitiremos tal catástrofe. Ajudem-nos a proteger o nosso mundo.
Segurava a espada com força, em posição ofensiva, e não tinha medo, e acreditava em suas próprias palavras.
- Se ainda reafirmam que somos inimigos, lembrem-se que estão longe de casa e lá, mais ao Norte, é que está o seu verdadeiro inimigo! O nosso inimigo! Voz dos Antigos e sua terrível busca por Rametheus!
Se Voharum respondesse sua pergunta e ele estivesse certo em relação ao destino, sua determinação aumentaria ainda mais!
Se estivesse enganado, não estaria em relação a um problema maior.
Todos precisávamos seguir para o Norte!
De destruir todas as criaturas.
A Piedade para com Archer (e o prazer) aumentava conforme sentia o sangue escorrendo em suas mãos, conforme sentia sua essência expandido.
- Não vamos cair aqui!
Sua fala saia com dificuldade. Era apenas esforço e concentração (e sede de sangue)...
Ouviu as palavras de Vaan e sentia sua essência queimando. Sabia que já havia falhado, mais uma fora sacrificada... Mas também sentia que era capaz de esmagar a Guardiã do Norte.
Resistiu enquanto os outros se distanciavam e sentia um crescente desejo pelo combate.
Algo estava estranho. Não havia em Alexander o bom senso de sobrevivência que ouvia dos outros...
Será que quero morrer?
Não. Sentia vontade de matar!
Forçou o monstro para baixo, chocando-o contra o chão algumas vezes. Em seguida, cravou sua espada com as duas mãos onde seria o olho da criatura.
Queria mais, queria lutar, queria mostrar que não era apenas um simples mortal. Agora ele era mais! E tinha sede por sangue. Seus inimigos devem tombar!
E foi no mesmo instante que sua espada tocou a serpente que ouviu a vislumbrou as palavras de Voharum. E tudo ficou claro, como o mais belo floco de neve.
Entendeu, assim como Vaan e Spectre, que as criaturas não deveriam ser os inimigos... Era tão óbvio...
- Perdão, ó Misericordiosa, por enviar-lhe mais uma vida.
Enunciou sua rápida prece em busca dos companheiros, seguindo junto com eles na mesma direção. Ouviu as palavras antigas de Vaan, ouviu o seu pedido por paz, concordando.
Corria, apesar de haver algo dentro de si o forçando a permanecer, mesmo sabendo claramente que não era páreo para 30 Guardiãs...
Respirou e ouviu Voharum respondendo a pergunta de Hector, Vaan, Alfadur...
"A Sombra... pior inimigo, único aliado."
"O Legado Quebrado."
Em sua mente e na de todos os outros, enunciou as palavras que levariam a sua pergunta ao Corvo Branco.
- Voharum, afirma que a Criação ruirá, e que precisamos nos decidir. Está claro que nenhum de nós opta pela ruína de nosso mundo, mas todos lembramos o que vimos nas estrelas...
Rogo que responda-me: podemos mudar o destino?
Se concentrava em esquivar, correr e falar com todos, ouví-los, entendê-los...
Sentia dificuldade, mas não poderia diminuir a atenção em nenhuma das atividades. Em seus movimentos, havia a luz verde que não parava de emanar.
Viu a frente o barranco que Archer apontou...
Olhou para Spectre e Vaan, procurando o apoio de seus feitiços caso falhasse... Mas sentia que era necessário alterar a situação.
Espada em punho, virou-se e parou de correr.
Sua essência queimava e ao mesmo tempo que sentia, no fundo de sua consciência, a dor de Charlie; sentia também seu corpo inteiro queimando com o poder recém adquirido.
E com seu poder, engrandeceu seu ser, reforçou as palavras de Vaan. Não sabia se seria capaz de conectar-se como ela pareceu se conectar, mas necessitava impor a sua vontade sobre às criaturas que os denominavam algo que não eram.
- Escutem-me, Guardiãs do Norte! Foi desenhado pelas estrelas que nós arruinaremos a Criação. Esta falsa profecia não nos compete. Estamos além do destino! Somos os escolhidos, o Legado Quebrado, Anathemas e não permitiremos tal catástrofe. Ajudem-nos a proteger o nosso mundo.
Segurava a espada com força, em posição ofensiva, e não tinha medo, e acreditava em suas próprias palavras.
- Se ainda reafirmam que somos inimigos, lembrem-se que estão longe de casa e lá, mais ao Norte, é que está o seu verdadeiro inimigo! O nosso inimigo! Voz dos Antigos e sua terrível busca por Rametheus!
Se Voharum respondesse sua pergunta e ele estivesse certo em relação ao destino, sua determinação aumentaria ainda mais!
Se estivesse enganado, não estaria em relação a um problema maior.
Todos precisávamos seguir para o Norte!
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Re: Perante Vosso Trono
Corriam. Era tudo o que restava naquele momento, correr.
Avançaram por um longo espaço, com a camada de gelo sob os pés. Serpentes desciam e subiam do solo, mergulhavam, devoravam e apareciam, preparadas para por um fim definitivo aos agressores da Criação.
Daquele momento em diante, não houve mais resposta. Como se houvessem sido rebaixadas à condição mais primal de sua existência, as criaturas simplesmente atacavam, como se fosse este o ato necessário para que sobrevivessem. Como se este fosse o único comando existente em sua cadeia genética.
Alexander, ainda que um pouco atrasado, havia, finalmente, se juntado a eles. Dentro do Escolhido, o desejo em continuar lutando, em destruir, em tomar para si o controle definitivo de quem vive e quem morre. Em uma maestral demonstração de força, o Infernal havia aparado um dos ataques e derrubado uma das serpentes no chão, usando as mãos nuas, finalizando o serviço com a espada que carregava consigo.
A sensação de poder tomava todo o seu corpo, ao mesmo tempo que ele sentia parte daquele poder se esvair em seus atos. Compreendeu que o "universo" era o seu combustível, mas que ele não estava sempre à sua disposição.
"Mudar o destino..."
As palavras suaves, como um sopro de vento ecoando na mente de todos.
Acabaram sendo guiados em direção ao penhasco de onde, do alto, eram capazes de ver o desenrolar de um combate, ao que parecia, uma caravana era atacada por bárbaros.
- Essa energia?
Archer olhou com um ar curioso para Vaan, como se tivesse apenas uma vaga compreensão do que estava acontecendo, do que tinha ao seu alcance. As memórias da perda recente lhe tomaram novamente e, por um instante, foi possível ver um semblante de dor se formar em seu rosto. O garoto respirou fundo e balançou a cabeça em negativo. Seus dedos se firmaram ao redor do gatilho da Besta.
- Devem haver cavalos lá embaixo.
A essência de Vaan começou a emanar. Brilhava em um lílas intenso. à sua volta, diversos pontos brilhantes, como se um firmamento houvesse sido moldado de acordo com a sua energia. Era claro que todos eles estavam lutando por algo que residia muito além de seu conhecimento. Olhou para Alexander e seu corpo também, ainda trazia resquícios da energia esverdeada.
- Eu conheço um... truque. Um truque que pode atrair as criaturas. - fechou o punho esquerdo com firmeza, grunhiu alguma coisa e fez um sinal positivo com a cabeça, determinado - Vão! Eu os encontrarei lá embaixo.
"Destino..."
O penhasco era irregular, com partes cobertas de neve. Deveria ter alguma coisa em torno de 30 metros de altura até o chão.
Lá embaixo, o combate ocorria. Olhariam mais uma vez e sentiriam algo, algo os chamando, algo que os completasse.
Olhariam para frente e...
"O destino não pode ser mudado..."
Uma das serpentes saiu do chão, bem a frente de Alexander e, sua bocarra enorme, tentaria engolir o Escolhido que tudo o que teria tempo de fazer era utilizar as mãos para manter as mandíbulas da criatura aberta. Sem apoio, serpente e Alexander estariam no ar no segundo seguinte, caindo os 30 metros de altura.
A imagem da serpente "voadora" era uma visão magistral. Os ossos esbranquiçados como marfim, as marcas do tempo sobre a superfície destes, como se fossem estátuas sob o efeito do tempo. Mandíbulas colossais, capazes de devorar aço como se fosse papel. O cheiro de morte...
Alexander caia. Archer, corria na direção de onde vieram. Vaan e Spectre à beira do penhasco.
"Mas vocês... estão além do destino. Vocês andam um caminhoso silencioso sobre o mundo. As estrelas estão sob os seus pés".
Alexander aprendeu: Pathetic Distraction Rebuked
Avançaram por um longo espaço, com a camada de gelo sob os pés. Serpentes desciam e subiam do solo, mergulhavam, devoravam e apareciam, preparadas para por um fim definitivo aos agressores da Criação.
Daquele momento em diante, não houve mais resposta. Como se houvessem sido rebaixadas à condição mais primal de sua existência, as criaturas simplesmente atacavam, como se fosse este o ato necessário para que sobrevivessem. Como se este fosse o único comando existente em sua cadeia genética.
Alexander, ainda que um pouco atrasado, havia, finalmente, se juntado a eles. Dentro do Escolhido, o desejo em continuar lutando, em destruir, em tomar para si o controle definitivo de quem vive e quem morre. Em uma maestral demonstração de força, o Infernal havia aparado um dos ataques e derrubado uma das serpentes no chão, usando as mãos nuas, finalizando o serviço com a espada que carregava consigo.
A sensação de poder tomava todo o seu corpo, ao mesmo tempo que ele sentia parte daquele poder se esvair em seus atos. Compreendeu que o "universo" era o seu combustível, mas que ele não estava sempre à sua disposição.
"Mudar o destino..."
As palavras suaves, como um sopro de vento ecoando na mente de todos.
Acabaram sendo guiados em direção ao penhasco de onde, do alto, eram capazes de ver o desenrolar de um combate, ao que parecia, uma caravana era atacada por bárbaros.
- Essa energia?
Archer olhou com um ar curioso para Vaan, como se tivesse apenas uma vaga compreensão do que estava acontecendo, do que tinha ao seu alcance. As memórias da perda recente lhe tomaram novamente e, por um instante, foi possível ver um semblante de dor se formar em seu rosto. O garoto respirou fundo e balançou a cabeça em negativo. Seus dedos se firmaram ao redor do gatilho da Besta.
- Devem haver cavalos lá embaixo.
A essência de Vaan começou a emanar. Brilhava em um lílas intenso. à sua volta, diversos pontos brilhantes, como se um firmamento houvesse sido moldado de acordo com a sua energia. Era claro que todos eles estavam lutando por algo que residia muito além de seu conhecimento. Olhou para Alexander e seu corpo também, ainda trazia resquícios da energia esverdeada.
- Eu conheço um... truque. Um truque que pode atrair as criaturas. - fechou o punho esquerdo com firmeza, grunhiu alguma coisa e fez um sinal positivo com a cabeça, determinado - Vão! Eu os encontrarei lá embaixo.
"Destino..."
O penhasco era irregular, com partes cobertas de neve. Deveria ter alguma coisa em torno de 30 metros de altura até o chão.
Lá embaixo, o combate ocorria. Olhariam mais uma vez e sentiriam algo, algo os chamando, algo que os completasse.
Olhariam para frente e...
"O destino não pode ser mudado..."
Uma das serpentes saiu do chão, bem a frente de Alexander e, sua bocarra enorme, tentaria engolir o Escolhido que tudo o que teria tempo de fazer era utilizar as mãos para manter as mandíbulas da criatura aberta. Sem apoio, serpente e Alexander estariam no ar no segundo seguinte, caindo os 30 metros de altura.
A imagem da serpente "voadora" era uma visão magistral. Os ossos esbranquiçados como marfim, as marcas do tempo sobre a superfície destes, como se fossem estátuas sob o efeito do tempo. Mandíbulas colossais, capazes de devorar aço como se fosse papel. O cheiro de morte...
Alexander caia. Archer, corria na direção de onde vieram. Vaan e Spectre à beira do penhasco.
"Mas vocês... estão além do destino. Vocês andam um caminhoso silencioso sobre o mundo. As estrelas estão sob os seus pés".
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Re: Perante Vosso Trono
A beirada do penhasco parecia tão mortal, tão inóspita, tão...interessante. Vaan parou na frente do mesmo e ao contrário da maioria das pessoas, não viu uma possível morte, o fim de tudo, mas apenas uma oportunidade para um novo começo. Afinal, não seria isso, no fundo, a morte? Archer pôde notar um sorriso infantil no rosto da menina, enquanto ela quase dava o último passo para além daquela realidade das serpentes, para os bárbaros abaixo ou quem sabe, para a escuridão do universo. Quando ouviu sua pergunta, a menina lançou-lhe uma expressão límpida e calma. Sua Essência crescia em resposta a pergunta de Archer.
-...- ela deu um leve sorriso ao ver o desespero do arqueiro. Desejou que ele tivesse a mesma compreensão que ela, apesar de julgá-la pouca. Pousou a mão firme e pesada, a mão de seu braço enfaixado, no ombro do rapaz. – Não fique assim. A morte é a maior ilusão que criamos. – E olhou para baixo. A multidão levantava armas uns contra os outros e Vaan podia ver claramente aqueles que cairiam e os vitoriosos. Tudo tão planejado, mas também, tudo tão passível de mudanças. Aquilo não mais a assustava. Desde pequena, a morte nunca fora um assunto proibido. As pessoas e seres se vão, as relações mudam, mas nada realmente acaba. Porém, pensava se seria sensato escapar de um combate e entrar em outro.
Sentia o vento frio que carregava o cheiro da morte vindo das mandíbulas da guardiã tão antiga quanto o tempo. Porém, todo o tempo um dia acaba. Não o fim, mas apenas uma mudança. Era uma visão tão magistral que Vaan não deixou de se emocionar, enquanto seus olhos acompanhavam o monstro para o caminho que logo ela seguiria: para baixo. Pensava se seria sensato escapar de um combate e entrar em outro, mas talvez a serpente desse a distração necessária para roubar os cavalos.
Buscou Spectre e Alexander para ter o apoio necessário. Estava pronta para descer. Não sorriu ao ver Archer se distanciar. Tinha esperança que o menino saísse vivo de lá e os encontrasse de novo. Murmurou uma prece para que o rapaz voltasse a salvo. Porém, salvou uma prece para ela e seus dois companheiros. Tinham uma longa descida. Seu olhar foi até seu braço demoníaco e depois para o penhasco. Não era aquilo que a impediria de prosseguir. Tentou deixar todo o medo para trás e começou a descida, caso Spectre e Alexander não tivessem idéias melhores. Os primeiros passos com cuidado. O vento vindo de baixo uivava sem perdão e Vaan sentiu suas mãos congelarem. Não ousou olhar para baixo.
“Por que tem tanto medo, afinal??” – Abriu seus olhos e gentilmente guiou sua atenção e energia para os braços e pernas. Seu olhar brilhante mostrava que ela não desistiria. Sentiu seu braço queimar e por um instante, soltou a pedra, usando o braço demoníaco e forte como meio de descida, arranhando a pele do penhasco antes virgem. Usava os pés ainda como apoio, para controle de velocidade. Jamais deixava de prestar atenção em seu caminho e nas surpresas que ele poderia trazer. Caso fosse necessário, se agarraria às pedras geladas novamente.
-...- ela deu um leve sorriso ao ver o desespero do arqueiro. Desejou que ele tivesse a mesma compreensão que ela, apesar de julgá-la pouca. Pousou a mão firme e pesada, a mão de seu braço enfaixado, no ombro do rapaz. – Não fique assim. A morte é a maior ilusão que criamos. – E olhou para baixo. A multidão levantava armas uns contra os outros e Vaan podia ver claramente aqueles que cairiam e os vitoriosos. Tudo tão planejado, mas também, tudo tão passível de mudanças. Aquilo não mais a assustava. Desde pequena, a morte nunca fora um assunto proibido. As pessoas e seres se vão, as relações mudam, mas nada realmente acaba. Porém, pensava se seria sensato escapar de um combate e entrar em outro.
Sentia o vento frio que carregava o cheiro da morte vindo das mandíbulas da guardiã tão antiga quanto o tempo. Porém, todo o tempo um dia acaba. Não o fim, mas apenas uma mudança. Era uma visão tão magistral que Vaan não deixou de se emocionar, enquanto seus olhos acompanhavam o monstro para o caminho que logo ela seguiria: para baixo. Pensava se seria sensato escapar de um combate e entrar em outro, mas talvez a serpente desse a distração necessária para roubar os cavalos.
Buscou Spectre e Alexander para ter o apoio necessário. Estava pronta para descer. Não sorriu ao ver Archer se distanciar. Tinha esperança que o menino saísse vivo de lá e os encontrasse de novo. Murmurou uma prece para que o rapaz voltasse a salvo. Porém, salvou uma prece para ela e seus dois companheiros. Tinham uma longa descida. Seu olhar foi até seu braço demoníaco e depois para o penhasco. Não era aquilo que a impediria de prosseguir. Tentou deixar todo o medo para trás e começou a descida, caso Spectre e Alexander não tivessem idéias melhores. Os primeiros passos com cuidado. O vento vindo de baixo uivava sem perdão e Vaan sentiu suas mãos congelarem. Não ousou olhar para baixo.
“Por que tem tanto medo, afinal??” – Abriu seus olhos e gentilmente guiou sua atenção e energia para os braços e pernas. Seu olhar brilhante mostrava que ela não desistiria. Sentiu seu braço queimar e por um instante, soltou a pedra, usando o braço demoníaco e forte como meio de descida, arranhando a pele do penhasco antes virgem. Usava os pés ainda como apoio, para controle de velocidade. Jamais deixava de prestar atenção em seu caminho e nas surpresas que ele poderia trazer. Caso fosse necessário, se agarraria às pedras geladas novamente.
Valkyrja- Usuário
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Re: Perante Vosso Trono
(Duda. Continuação para você no tópico onde estão os outros jogadores)
25Slash7- Administrador
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Re: Perante Vosso Trono
Acostumado a se esconder, ouvia os sussurros de alguém que lhe guiava pelo inconsciente.
Enquanto fugiam, observava parte do solo, da vegetação e a formação rochosa do caminho. Acompanhou o grupo, mas buscava manter sua visão aguçada ao redor para entender o local, para não se perder e sempre se guiar através dos detalhes. Após os minutos confusos e da estranha voz perante as estranhas vozes, ganhava sua concentração de volta.
Observou. Vaan, Archer e Alexander. Eles corriam, fugiam e lutavam. Observou e os seguiu. Aguardava o desfecho daquele estranho destino. Observou Archer correr, Alexander batalhar por sua vida e as decisões da garota.
Desceu o penhasco e a acompanhou por um tempo. Esperava a paz e as mensagens. Esperava a união. Buscava outro sinal.
Apegou-se à pedra novamente.
Enquanto fugiam, observava parte do solo, da vegetação e a formação rochosa do caminho. Acompanhou o grupo, mas buscava manter sua visão aguçada ao redor para entender o local, para não se perder e sempre se guiar através dos detalhes. Após os minutos confusos e da estranha voz perante as estranhas vozes, ganhava sua concentração de volta.
Observou. Vaan, Archer e Alexander. Eles corriam, fugiam e lutavam. Observou e os seguiu. Aguardava o desfecho daquele estranho destino. Observou Archer correr, Alexander batalhar por sua vida e as decisões da garota.
Desceu o penhasco e a acompanhou por um tempo. Esperava a paz e as mensagens. Esperava a união. Buscava outro sinal.
Apegou-se à pedra novamente.
Shen666- Usuário
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