Perante Vosso Trono
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Above and Beyond :: Play By Post: Storyteller System (White Wolf) :: Exalted: Deuses e Homens :: Per Ardua Ad Astra (Cenário) :: Introdução: A Solidão dos Homens
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25Slash7- Administrador
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Re: Perante Vosso Trono
As vozes cantaram.
A sombra. A dualidade.
Em uma língua antes de seu tempo, a voz sussurrou:
- Este sangue que derramo é a oferenda valiosa para uma ordem crítica. Este sangue que derramo possui a glória, a desgraça e a história de vidas. Esta é a recompensa em me obedecer. Sintam-no, devorem-no, fortaleçam-se e façam o que ordeno. Vão.
A gota atravessava a terra e eles partiam.
---------------
Seguiu a estrada que deveria seguir. Guiaria aqueles que seriam guiados.
- Obrigado por acreditarem. Uma decisão difícil, eu acredito.
Caminhara, então, quieto. Com as perdidas palavras deles. A aberração e uma missão. Andava curvado novamente. "Quem é você, aberração? Cumpra seu papel."
- Poderia ter escrito um livro sobre isso. Grande história.
Todos estranhos.
Estranhos. Os mais próximos eram os mortos em sua mente e o Cego em algum lugar.
Precisava encontrar o tempo e a hora certa para descansar. As visões, as barreiras do mundo dos sonhos poderiam ser mais esclarecedoras do que o próprio dia. Ainda mais os dias que esperava vir. O vulto poderia aparecer.
Seus passos e eles.
A pedra se derramava pelo desfiladeiro. A pedra.
Segurando aquela peça esverdeada, a mantinha apertada em suas mãos. Pensava nos espíritos, nos mortos e no destino. Legião. A forma de ser muitos em nenhum. O conhecimento era a salvação. O perseguia com calma.
A sombra. A dualidade.
Em uma língua antes de seu tempo, a voz sussurrou:
- Este sangue que derramo é a oferenda valiosa para uma ordem crítica. Este sangue que derramo possui a glória, a desgraça e a história de vidas. Esta é a recompensa em me obedecer. Sintam-no, devorem-no, fortaleçam-se e façam o que ordeno. Vão.
A gota atravessava a terra e eles partiam.
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Seguiu a estrada que deveria seguir. Guiaria aqueles que seriam guiados.
- Obrigado por acreditarem. Uma decisão difícil, eu acredito.
Caminhara, então, quieto. Com as perdidas palavras deles. A aberração e uma missão. Andava curvado novamente. "Quem é você, aberração? Cumpra seu papel."
- Poderia ter escrito um livro sobre isso. Grande história.
Todos estranhos.
Estranhos. Os mais próximos eram os mortos em sua mente e o Cego em algum lugar.
Precisava encontrar o tempo e a hora certa para descansar. As visões, as barreiras do mundo dos sonhos poderiam ser mais esclarecedoras do que o próprio dia. Ainda mais os dias que esperava vir. O vulto poderia aparecer.
Seus passos e eles.
A pedra se derramava pelo desfiladeiro. A pedra.
Segurando aquela peça esverdeada, a mantinha apertada em suas mãos. Pensava nos espíritos, nos mortos e no destino. Legião. A forma de ser muitos em nenhum. O conhecimento era a salvação. O perseguia com calma.
Shen666- Usuário
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Re: Perante Vosso Trono
O som metálico parecia ter engolido todos os outros e Vaan respirou. E pareceu que seria a última vez que faria isso. Fechou seus olhos e deu um passo adiante. Entregou-se àquela sensação de perda do mundo, de sumiço que, para sua surpresa, ansiava. Sentia, de alguma maneira, que seu papel não era a olhos vistos de todos.
As palavras de Spectre se perdiam dentro daquela pequena sinfonia de metal que se abria diante deles, e Vaan seguia, deixava-se ser guiada, apesar de sempre alerta. Perguntas pairavam em sua cabeça e ela procurava o momento certo para fazê-las. Olhava em volta pela “estrada” que seguia. Era estranho, mas tudo o que ela via parecia ser formada da Essência que emanava dela mesma. Olhos se formavam na escuridão infinita e todos pareciam observá-la. Mas não era ameaçador, eram olhares de curiosidade, alguns temiam por ela, outros a temiam, alguns simplesmente se escondiam. Vaan andava com a calma de um sonolento conquistador, vendoa s estrelas perderem seu brilho diante de sua aproximação. Por um breve segundo, teve a certeza de que assim seria o restod e seus dias: tinha a força de controlar as estrelas, mas não seria diante da luz do Sol.
Olhou para frente e via Alexander e principalmente a figura mascarada tão enigmática, Spectre. Algo nele era estranhamente interessante. O que ele sabia?
- Quem é você? Como sabia de nós e o que representamos agora?
Jogou a pergunta no ar, enquanto sentia que sua Essência crescia. Controlava-a, mas seu coração parecia explodir. A última pergunta ainda machucava como um espinho na pele.
- Afinal...O que somos?
Tinha apenas vaga idéia e sua sede pelas respostas quase a cegava. Por fim, sentia ainda uma inquietude por dentro que ela sentia que seria difícil acalmar.
-E para onde vamos? Somos mesmo..Anathemas?
E a palavra, naquele mundo dos sonhos, formou uma camada gelada no ar.
As palavras de Spectre se perdiam dentro daquela pequena sinfonia de metal que se abria diante deles, e Vaan seguia, deixava-se ser guiada, apesar de sempre alerta. Perguntas pairavam em sua cabeça e ela procurava o momento certo para fazê-las. Olhava em volta pela “estrada” que seguia. Era estranho, mas tudo o que ela via parecia ser formada da Essência que emanava dela mesma. Olhos se formavam na escuridão infinita e todos pareciam observá-la. Mas não era ameaçador, eram olhares de curiosidade, alguns temiam por ela, outros a temiam, alguns simplesmente se escondiam. Vaan andava com a calma de um sonolento conquistador, vendoa s estrelas perderem seu brilho diante de sua aproximação. Por um breve segundo, teve a certeza de que assim seria o restod e seus dias: tinha a força de controlar as estrelas, mas não seria diante da luz do Sol.
Olhou para frente e via Alexander e principalmente a figura mascarada tão enigmática, Spectre. Algo nele era estranhamente interessante. O que ele sabia?
- Quem é você? Como sabia de nós e o que representamos agora?
Jogou a pergunta no ar, enquanto sentia que sua Essência crescia. Controlava-a, mas seu coração parecia explodir. A última pergunta ainda machucava como um espinho na pele.
- Afinal...O que somos?
Tinha apenas vaga idéia e sua sede pelas respostas quase a cegava. Por fim, sentia ainda uma inquietude por dentro que ela sentia que seria difícil acalmar.
-E para onde vamos? Somos mesmo..Anathemas?
E a palavra, naquele mundo dos sonhos, formou uma camada gelada no ar.
Valkyrja- Usuário
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Re: Perante Vosso Trono
A constante do tempo. Uma pequena barreira física para ser quebrada e distorcida. Como as outras dimensões. O destino. O destino...
Sua filosofia se desprendia ao sentir e ouvir as dúvidas da garota. Tinha uma leve noção do que ela era. Uma leve noção que em sua cabeça tornava-se um grande emaranhado de possibilidades. Mas dentre elas, uma ganhava forma. Talvez.
- Apenas sei. Da mesma forma que respira. Apenas sei.
O rosto da aberração a olhava com a face pendendo para o lado como uma crânio contorcido de uma caveira sem espinha. Voltou a falar. Sua voz estava rouca, não ecoava mais, não parecia um profundo sonho. Era um rouco de pesadelo.
- Às vezes, se você permitir sua natureza sentir, perceberá que o conhecimento não sempre será desvendado. O conhecimento pode nos buscar. Ele pode encontrá-la, se deixar.
O destino o encontrou. A saberia o procurou. E dentre outras vezes.;
...
ela vinha até ele. Sinais do inferno. Como em sonhos. Trespassando ilusões e marcas de um pesadelo.
Fechou os olhos. Abriu lentamente. Olhou no fundo do belo rosto confuso de Vaan. O som fora impercepitível, mas o suficiente para ela ouvir.
- A Cidade Abandonada... Você é importante ... ... Somos o que somos.
- SOMOS MUITOS! SOMOS MUITOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sua filosofia se desprendia ao sentir e ouvir as dúvidas da garota. Tinha uma leve noção do que ela era. Uma leve noção que em sua cabeça tornava-se um grande emaranhado de possibilidades. Mas dentre elas, uma ganhava forma. Talvez.
- Apenas sei. Da mesma forma que respira. Apenas sei.
O rosto da aberração a olhava com a face pendendo para o lado como uma crânio contorcido de uma caveira sem espinha. Voltou a falar. Sua voz estava rouca, não ecoava mais, não parecia um profundo sonho. Era um rouco de pesadelo.
- Às vezes, se você permitir sua natureza sentir, perceberá que o conhecimento não sempre será desvendado. O conhecimento pode nos buscar. Ele pode encontrá-la, se deixar.
O destino o encontrou. A saberia o procurou. E dentre outras vezes.;
...
ela vinha até ele. Sinais do inferno. Como em sonhos. Trespassando ilusões e marcas de um pesadelo.
Fechou os olhos. Abriu lentamente. Olhou no fundo do belo rosto confuso de Vaan. O som fora impercepitível, mas o suficiente para ela ouvir.
- A Cidade Abandonada... Você é importante ... ... Somos o que somos.
- SOMOS MUITOS! SOMOS MUITOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Shen666- Usuário
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Re: Perante Vosso Trono
Aquela terra era estranha, mas ao mesmo tempo, acolhedora. Cada vez que Vaan adentrava mais naquela sombra que partira a realidade, mais se entorpecia e ficava a vontade, sentindo seus pensamentos ficarem mais tranquilos e muitas vezes, perdia uma linha de raciocínio. Era como cair adormecida.
Ela ouvia o que seu estranho companheiro dizia, tentando encontrar algum ponto de partida para uma conversa mais esclarecedora. Vaan olhou em volta e começava a sentir-se quente, como se cada partícula da Essência estivesse começando a se aquecer e gritasse para ser liberta. Enquanto olhava no fundo dos olhos mortos daquela máscara, a jovem sideral tentava encontrar o conhecimento que Spectre tanto falava. Chegou a vasculhar cada canto de seu cérebro, para ver se, enquanto estivera desacordada, algo não tivesse brotado dentro de sua mente e não tivesse sido notado. Mas não encontrou nada, e aquilo a deixava irritada e frustrada. Talvez, se realmente permitisse, o conhecimento viria até ela. Porém, como se permitia isso? As ideias iriam simplesmente nascer para ela?
- Acho que entendo...Em partes - e olhou a sua volta, sentindo que a estrada tornava-se um pouco mais escura e apertada. Lembrava-se de seu treinamento com Iron e como ele simplesmente sabia das coisas, e aquele conhecimento parecia-lhe tão natural quanto respirar.
- Acho que tenho uma vaga noção do que eu sou, mas ainda sim, não o suficiente para tomar qualquer decisão.
Tentava conversar com a "aberração", mas sentia que não seria muito produtivo. ele parecia tão ou mais quebrado que ela.
- E como você faz para essa sabedoria chegar a você? Você simplesmente espera?
E andava próxima a Spectre, ainda com a expressão confusa. Vez ou outra, parecia notar corpos gigantes que se mexiam ao redor do caminho.
- O que há nessa cidade abandonada? Por que somos importantes?
Franziu seu delicado cenho.
Ela ouvia o que seu estranho companheiro dizia, tentando encontrar algum ponto de partida para uma conversa mais esclarecedora. Vaan olhou em volta e começava a sentir-se quente, como se cada partícula da Essência estivesse começando a se aquecer e gritasse para ser liberta. Enquanto olhava no fundo dos olhos mortos daquela máscara, a jovem sideral tentava encontrar o conhecimento que Spectre tanto falava. Chegou a vasculhar cada canto de seu cérebro, para ver se, enquanto estivera desacordada, algo não tivesse brotado dentro de sua mente e não tivesse sido notado. Mas não encontrou nada, e aquilo a deixava irritada e frustrada. Talvez, se realmente permitisse, o conhecimento viria até ela. Porém, como se permitia isso? As ideias iriam simplesmente nascer para ela?
- Acho que entendo...Em partes - e olhou a sua volta, sentindo que a estrada tornava-se um pouco mais escura e apertada. Lembrava-se de seu treinamento com Iron e como ele simplesmente sabia das coisas, e aquele conhecimento parecia-lhe tão natural quanto respirar.
- Acho que tenho uma vaga noção do que eu sou, mas ainda sim, não o suficiente para tomar qualquer decisão.
Tentava conversar com a "aberração", mas sentia que não seria muito produtivo. ele parecia tão ou mais quebrado que ela.
- E como você faz para essa sabedoria chegar a você? Você simplesmente espera?
E andava próxima a Spectre, ainda com a expressão confusa. Vez ou outra, parecia notar corpos gigantes que se mexiam ao redor do caminho.
- O que há nessa cidade abandonada? Por que somos importantes?
Franziu seu delicado cenho.
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Re: Perante Vosso Trono
(Shen, ignorei o evrdinho, pq eu acho que é coisa dele falando com ele mesmo, né?)
Valkyrja- Usuário
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Re: Perante Vosso Trono
(Pode ignorar, o verdinho são sim as vozes na cabeça dele)
A passo com os 15, eles explodiram. Em um pequeno segundo ouviu profecias e frenesi na esfera de sua mente. E então, calaram-se.
- Talvez precise parar de questionar e apenas tomar a decisão.
Essa noite os interrompera. As vozes. A sapiência e a senciência daqueles primeiros que tanto o acompanharam. Há tempos não calavam-se.
Estranho.
Tempos estranhos estes onde até os demônios se curvavam. Falava em pequenas pausas com a garota e com o mesmo tom baixo. Aquele tom de quase falar consigo mesmo. Não que já não o fizesse.
- Isolamento. Mas sou peculiarmente diferente, como percebe. Dê tempo e concentração a si mesma e talvez sua outra face aparecerá.
Outra face. Possuo tantas faces.
Tocou seu livro. O tomo que guardava;
assim como o próprio Spectre guardava. Logo seria a hora de escrever.
- A Cidade é um segundo começo, mas não se precipite.
Erguera-se por um instante e aguçara os ouvidos. Olhava concentrado naquele ser, mas algo ainda faltava nela; algo que ainda não sabia responder.
Por que somos importantes, ela pergunta. O vento soprara forte.
- Não me entenda mal, garota. Você é importante. Os outros são outras coisas.
O guerreiro ainda estava calado. Esperava perguntas, mas algo o emudecia. E quando o fizesse, não esperava se deixar respondê-las. Ainda.
Precisava de um local não tão distante da cidade. Queria distância, mas essa noite seria uma decisão e ainda esperava algum sinal. Tocou a pedra e desejou a visão de saber mais. O conhecimento infinito e a visão do futuro.
A passo com os 15, eles explodiram. Em um pequeno segundo ouviu profecias e frenesi na esfera de sua mente. E então, calaram-se.
- Talvez precise parar de questionar e apenas tomar a decisão.
Essa noite os interrompera. As vozes. A sapiência e a senciência daqueles primeiros que tanto o acompanharam. Há tempos não calavam-se.
Estranho.
Tempos estranhos estes onde até os demônios se curvavam. Falava em pequenas pausas com a garota e com o mesmo tom baixo. Aquele tom de quase falar consigo mesmo. Não que já não o fizesse.
- Isolamento. Mas sou peculiarmente diferente, como percebe. Dê tempo e concentração a si mesma e talvez sua outra face aparecerá.
Outra face. Possuo tantas faces.
Tocou seu livro. O tomo que guardava;
assim como o próprio Spectre guardava. Logo seria a hora de escrever.
- A Cidade é um segundo começo, mas não se precipite.
Erguera-se por um instante e aguçara os ouvidos. Olhava concentrado naquele ser, mas algo ainda faltava nela; algo que ainda não sabia responder.
Por que somos importantes, ela pergunta. O vento soprara forte.
- Não me entenda mal, garota. Você é importante. Os outros são outras coisas.
O guerreiro ainda estava calado. Esperava perguntas, mas algo o emudecia. E quando o fizesse, não esperava se deixar respondê-las. Ainda.
Precisava de um local não tão distante da cidade. Queria distância, mas essa noite seria uma decisão e ainda esperava algum sinal. Tocou a pedra e desejou a visão de saber mais. O conhecimento infinito e a visão do futuro.
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Re: Perante Vosso Trono
Baixou seus olhos quando o homem lhe disse aquilo. Ela havia escolhido estar ali, descobrir o que fosse para ser descoberto. Mas enquanto dava um passo dentro do desconhecido, sentia que as respostas apenas escapavam como areia entre os dedos. Pensou em voltar, mas sabia que nada mais restava na terra de gelo que antes estava. Vaan olhou para o céu com seus olhos verdes, vendo pequenos pontos azuis e broncos na escuridão.
-…Escolhi estar aqui…Quando tudo virá? – falou como se falasse para ela mesma, esperando que algo caísse do céu.
Naquele mundo diferente, ela agora fechou seus olhos, esperando, como Spectre disse, que as respostas viessem até ela. Arriscou deixar aquela força correr por seus músculos, ossos, sangue. Sentia que era parte dela, mas como aquilo a deixava triste, já que por mais ponderosa que fosse, não seria complete. Vaan abriu seus olhos duros e respirou fundo.
- Segundo começo para nós? – e adentrava aquele lugar que cada vez mais, tinha uma aparência fantástica. As nuvens pareciam estar quase ao alcance deles.
Por último, sua voz soou naquela noite eterna, cm uma pitada de surpresa, enquanto arregalava seus olhos azulados:
- Importante? Eu? Por que? – não podia acreditar naquilo. Estava...quebrada.
-…Escolhi estar aqui…Quando tudo virá? – falou como se falasse para ela mesma, esperando que algo caísse do céu.
Naquele mundo diferente, ela agora fechou seus olhos, esperando, como Spectre disse, que as respostas viessem até ela. Arriscou deixar aquela força correr por seus músculos, ossos, sangue. Sentia que era parte dela, mas como aquilo a deixava triste, já que por mais ponderosa que fosse, não seria complete. Vaan abriu seus olhos duros e respirou fundo.
- Segundo começo para nós? – e adentrava aquele lugar que cada vez mais, tinha uma aparência fantástica. As nuvens pareciam estar quase ao alcance deles.
Por último, sua voz soou naquela noite eterna, cm uma pitada de surpresa, enquanto arregalava seus olhos azulados:
- Importante? Eu? Por que? – não podia acreditar naquilo. Estava...quebrada.
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Re: Perante Vosso Trono
Se os outros pouco sabiam o que haviam se tornado, Vaan sabia menos ainda. Apesar das mudanças que teria caído sobre ela, a garota ainda era incapaz de compreender ou sentir que, para o bem ou para o mal, ela havia sido recolocada na roda do destino.
Ou, talvez, apenas negasse aquilo.
Acabou optando por seguir Spectre. O estranho de linguagem difícil e comportamento duvidoso. Ele lhe fazia promessas de um destino, de algo importante. Promessas... justamente para ela.
E eles viajaram. Inicialmente pareciam caminhar sem qualquer sentido. Spectre os guiava mas, as vezes, parecia dar voltas. Vaan sentia que ele procurava por algo.
Talvez o mesmo que ela.
As provisões que haviam levado começavam a se tornar escassas e logo seria o momento de buscar por algo que os mantivesse. Caçar? Algum vilarejo?
Spectre, por sua vez, não tinha ainda o caminho em sua mente. Seguia o que achava certo. Mas, depois de um tempo, passou a considerar que o Cego que a Tudo Vê tinha seus próprios planos e que seria uma possibilidade que ele o quisesse perdido.
Ou que o quisesse ali. Naquele momento.
Ou, talvez, apenas negasse aquilo.
Acabou optando por seguir Spectre. O estranho de linguagem difícil e comportamento duvidoso. Ele lhe fazia promessas de um destino, de algo importante. Promessas... justamente para ela.
E eles viajaram. Inicialmente pareciam caminhar sem qualquer sentido. Spectre os guiava mas, as vezes, parecia dar voltas. Vaan sentia que ele procurava por algo.
Talvez o mesmo que ela.
As provisões que haviam levado começavam a se tornar escassas e logo seria o momento de buscar por algo que os mantivesse. Caçar? Algum vilarejo?
Spectre, por sua vez, não tinha ainda o caminho em sua mente. Seguia o que achava certo. Mas, depois de um tempo, passou a considerar que o Cego que a Tudo Vê tinha seus próprios planos e que seria uma possibilidade que ele o quisesse perdido.
Ou que o quisesse ali. Naquele momento.
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Re: Perante Vosso Trono
Alexander caminhava por uma vasta planície verdejante. O crepúsculo iluminava o cenário pitoresco com tons vermelhos que lembravam sangue.
Mas tinha sangue... Muito sangue.
Haviam homens caídos, homens caindo. Era uma batalha árdua e a derrota era iminente e clara...
Mas ainda havia um grande homem...
Um homem que vestia uma armadura que reluzia mais que o próprio sol.
"Eu não posso cair! Nós não podemos ser derrotados! Os Lightbringers devem ser fortes e devem permanecer..."
Apenas um milagre poderia alterar aquela visão desoladora...
Um milagre?
"Uma vida por muitas, por glória, por honra! Não é esse o seu dever guerreiro? Aceite minha oferta..."
Se um verdadeiro cavaleiro se encontra entre Amor e Dever. Qual é a resposta? Qual a escolha certa?
O tempo se paralisa enquanto o homem caminha na direção de Alexander.
- A resposta é simples.
Ao passo que o homem se aproxima, Alexander é derrubado aos seus de joelhos. Suas forças não superam o poder que o mantém ajoelhado e com a cabeça baixa.
- Um cavaleiro deve seguir ao Código. Deve manter a Conduta. Deve respeitar o Dever acima de tudo! Acima de si mesmo.
Ele tentaria falar, mas não adiantaria. Não haviam palavras, seus pensamentos estavam anuviados...
A mesma força que o mantinha no chão, agora o erguia. Sentia-se sufocado, sentia a pressão no seu pescoço. Já não estava mais tocando o chão.
Este poder todo... Seria apenas aquele homem?
- Mas o Código não é o bastante para você, não é? Chega a ser engraçado os nossos caminhos. Opostos, mas seguindo a mesma direção. Eu escolhi o Dever. E você o Amor. À sua escolha, uma cidade inteira caiu. À minha, uma linhagem se ergueu... E essa é a verdadeira diferença.
- Eu faço... as minhas próprias escolhas... Não preciso de sua ou de qualquer outra opinião! Nem das estrelas.
A força parou de apertar e Alexander estava de pé... Tossiu e encarou o homem. Seu olhar era uma mistura de pena, ódio, respeito, inveja...
- Mas você perdeu tudo, Alexander... Onde está o seu Amor agora? E o Dever ainda queima em seu peito. Quando encontrá-la, vai matá-la por ser algo terrível, ou poupá-la e permitir mais caos e destruição? Será que sabe a resposta?
- Eu vou sentir a resposta quando a hora chegar. Eu não vou parar de buscar as minhas próprias respostas... Eu posso retirá-la das sombras...
- Entendo. Você tomou as suas decisões. Eu a deixei morrer. Fui tolo e imaginei que a minha vida seria o preço. Mas minha esposa quem sofreu. A pior das pestes. Entenda: para este nosso caminho, jovem Lightbringer, não existem escolhas certas. Faça algo de útil dessa sua maldição.
Ele estendeu o braço esquerdo. Entregou para o cavaleiro a sua própria lança. A lança que ele havia arremessado contra o demônio que viu em Haafingar. A lança de sua família. Mas havia algo diferente. Ela estava mais... Sombria.
Ele tomou a arma e percebeu algo atrás dele. Virou-se pronto para combater.
E era ele, mais uma vez. Aquele que Alexander testemunhou como o assassino de diversos.
- Você sofre ao olhar para mim. Bom. Eu sou Penance. Eu sou a SUA Penitência... Chegou o momento de entender.
O quanto de nossas vidas vivemos por nós? Fazemos nós mesmos?
Cada decisão destrói um pedaço de nós, destrói um pouco do que amamos e um pouco do que odiamos.
O que enfim, é esperado de nós?
A estátua de homem de aparência demoníaca em sua armadura vermelho sangue e suas terríveis asas que se confundiam com capa não estava junto com as outras, no topo da parte mais alta de Haafingar. Ela estava no meio dos corpos. Junto com as vítimas dos demônios, de Voz dos Antigos e de mais um terrível ritual. Era difícil dizer se a estátua se rompeu e se dilacerou em absolutamente nada ou se aquela forma de Penance simplesmente adquiriu vida e deu espaço a Alexander...
O Cavaleiro entendia agora que eram um. Por isso ele conseguiu sair de lá.
Alexander sentia-se poderoso, mas ainda assim fraco...
O que foi essa mudança? Seria importante? Ele continuava amaldiçoado... Talvez um pouco mais agora...
E era esse o seu destino?
Não!
Não poderia nunca ser só isso...
Não importa onde olhava, Alexander só via mais morte e destruição.
Para que serviria este poder se as estrelas esperavam que Alexander trouxesse exatamente isso?
Será que não teria sido mais honroso e mais glorificante ter morrido lutando contra Voz dos Antigos?
Será que de fato apenas lhe restava caminhar até encontrar a sua irmã, o seu Amor, e matá-la?
Se aquele homem luzente dividia essa sina e ele conseguiu erguer os Lightbringers até alcançarem o status de hoje, talvez... Apenas talvez...
Esse poder pudesse levar Alexander para algo diferente.
Mas será que ele mesmo ficaria mais sombrio por aceitar de bom grado uma maldição... por Poder?
Mas tinha sangue... Muito sangue.
Haviam homens caídos, homens caindo. Era uma batalha árdua e a derrota era iminente e clara...
Mas ainda havia um grande homem...
Um homem que vestia uma armadura que reluzia mais que o próprio sol.
"Eu não posso cair! Nós não podemos ser derrotados! Os Lightbringers devem ser fortes e devem permanecer..."
Apenas um milagre poderia alterar aquela visão desoladora...
Um milagre?
"Uma vida por muitas, por glória, por honra! Não é esse o seu dever guerreiro? Aceite minha oferta..."
Se um verdadeiro cavaleiro se encontra entre Amor e Dever. Qual é a resposta? Qual a escolha certa?
O tempo se paralisa enquanto o homem caminha na direção de Alexander.
- A resposta é simples.
Ao passo que o homem se aproxima, Alexander é derrubado aos seus de joelhos. Suas forças não superam o poder que o mantém ajoelhado e com a cabeça baixa.
- Um cavaleiro deve seguir ao Código. Deve manter a Conduta. Deve respeitar o Dever acima de tudo! Acima de si mesmo.
Ele tentaria falar, mas não adiantaria. Não haviam palavras, seus pensamentos estavam anuviados...
A mesma força que o mantinha no chão, agora o erguia. Sentia-se sufocado, sentia a pressão no seu pescoço. Já não estava mais tocando o chão.
Este poder todo... Seria apenas aquele homem?
- Mas o Código não é o bastante para você, não é? Chega a ser engraçado os nossos caminhos. Opostos, mas seguindo a mesma direção. Eu escolhi o Dever. E você o Amor. À sua escolha, uma cidade inteira caiu. À minha, uma linhagem se ergueu... E essa é a verdadeira diferença.
- Eu faço... as minhas próprias escolhas... Não preciso de sua ou de qualquer outra opinião! Nem das estrelas.
A força parou de apertar e Alexander estava de pé... Tossiu e encarou o homem. Seu olhar era uma mistura de pena, ódio, respeito, inveja...
- Mas você perdeu tudo, Alexander... Onde está o seu Amor agora? E o Dever ainda queima em seu peito. Quando encontrá-la, vai matá-la por ser algo terrível, ou poupá-la e permitir mais caos e destruição? Será que sabe a resposta?
- Eu vou sentir a resposta quando a hora chegar. Eu não vou parar de buscar as minhas próprias respostas... Eu posso retirá-la das sombras...
- Entendo. Você tomou as suas decisões. Eu a deixei morrer. Fui tolo e imaginei que a minha vida seria o preço. Mas minha esposa quem sofreu. A pior das pestes. Entenda: para este nosso caminho, jovem Lightbringer, não existem escolhas certas. Faça algo de útil dessa sua maldição.
Ele estendeu o braço esquerdo. Entregou para o cavaleiro a sua própria lança. A lança que ele havia arremessado contra o demônio que viu em Haafingar. A lança de sua família. Mas havia algo diferente. Ela estava mais... Sombria.
Ele tomou a arma e percebeu algo atrás dele. Virou-se pronto para combater.
E era ele, mais uma vez. Aquele que Alexander testemunhou como o assassino de diversos.
- Você sofre ao olhar para mim. Bom. Eu sou Penance. Eu sou a SUA Penitência... Chegou o momento de entender.
O quanto de nossas vidas vivemos por nós? Fazemos nós mesmos?
Cada decisão destrói um pedaço de nós, destrói um pouco do que amamos e um pouco do que odiamos.
O que enfim, é esperado de nós?
A estátua de homem de aparência demoníaca em sua armadura vermelho sangue e suas terríveis asas que se confundiam com capa não estava junto com as outras, no topo da parte mais alta de Haafingar. Ela estava no meio dos corpos. Junto com as vítimas dos demônios, de Voz dos Antigos e de mais um terrível ritual. Era difícil dizer se a estátua se rompeu e se dilacerou em absolutamente nada ou se aquela forma de Penance simplesmente adquiriu vida e deu espaço a Alexander...
O Cavaleiro entendia agora que eram um. Por isso ele conseguiu sair de lá.
Alexander sentia-se poderoso, mas ainda assim fraco...
O que foi essa mudança? Seria importante? Ele continuava amaldiçoado... Talvez um pouco mais agora...
E era esse o seu destino?
Não!
Não poderia nunca ser só isso...
Não importa onde olhava, Alexander só via mais morte e destruição.
Para que serviria este poder se as estrelas esperavam que Alexander trouxesse exatamente isso?
Será que não teria sido mais honroso e mais glorificante ter morrido lutando contra Voz dos Antigos?
Será que de fato apenas lhe restava caminhar até encontrar a sua irmã, o seu Amor, e matá-la?
Se aquele homem luzente dividia essa sina e ele conseguiu erguer os Lightbringers até alcançarem o status de hoje, talvez... Apenas talvez...
Esse poder pudesse levar Alexander para algo diferente.
Mas será que ele mesmo ficaria mais sombrio por aceitar de bom grado uma maldição... por Poder?
A Penitência Eterna é a Luz que cega, tão brilhante que traz inimaginável Sombra. Carrega em sua própria essência o Remorso de eras e se fortalece com isso, trilhando um caminho Penoso e Sem Fim. Sua figura imponente é ao mesmo tempo Acolhedora e Indiferente, como um anjo negro que mantém em cada uma de suas mãos a força de Proteger e Aniquilar. Reina unanimamente sobre a Dualidade, tecendo Vaidades e fortalecendo Virtudes. Sua Dor fascina e confunde, aproximando toda a Ciração e a presenteando com Mágoa infindável. O Ódio que possui sobre si mesmo é Arma poderosa que derruba homens e deuses, indiscrimadamente, para encontrar uma resposta inexistente a perguntas jamais feitas. Ele reside na alma de todos e jamais perecerá enquanto houver Lamentações a serem cultivadas.
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Re: Perante Vosso Trono
Era óbvio que estariam todos ali, ressurgidos em Haafingar. Os Flagelos do Mundo permaneciam intactos e Alexander ponderava se isso seria realmente bom...
Permaneceu quieto enquanto todos conversavam, absorto em seus próprios pensamentos, em sua própria dor. Questionava-se a si mesmo. O que havia se tornado?
Uniu os corpos junto com os outros e enquanto caminhava e carregava os mortos, reconhecia as pessoas daquele pequena cidade. Havia ficado apenas um dia, mas os reconhecia.
O homem da estalagem, o soldado, a camareira, o cozinheiro, a dançarina... Via todos em suas expressões de dor e perdição e não conseguia entender como aquele massacre poderia de qualquer forma ser certo ou planejado.
Então os homens resolveram voltar para casa. Alexander achava aquilo estúpido. Não havia mais uma casa a voltar.
Era por isso que ele mesmo havia saído de sua terra, onde era bem vindo, adorado e poderoso.
Eles não eram mais os mesmos. Há tempos Alexander não era mais o mesmo.
Pensou em interferir, em convencê-los. Mas não.
Cada um deveria encontrar sua própria dor. Tomar sua própria decisão.
Spectre surgiu, mas depois de tanto caos e morte, nada em sua figura era assustadora.
A não ser a sua falta de hostilidade.
Como poderia estar tão calmo perante criaturas amaldiçoadas? De destinos terríveis.
Como poderia oferecer ajuda para esses?
Viu cada um partir sem dizer uma palavra. Viu Ledaal Sora e Vaan discutindo.
Entendia o homem. Daquele completo massacre, ele era o único sobrevivente...
Sentia... Compaixão. Gostaria de ajudá-lo, mas aquele homem não pediria ajuda.
Era a sua decisão.
Caminhavam a esmo. Vaan questionava-se sobre si mesma.
Alexander, assim como ela, sentia o mundo de forma diferente. Enchergava o mundo de maneira diferente. As coisas pareciam ter ficado mais precisas. Tanto mais belas, quanto mais terríveis.
Sentia a essência das coisas, de cada coisa. Mas sabia que era diferente dela.
Não... Não entenderiam quem eram apenas perguntando para esses estranhos.
Seria preciso viver.
- A resposta vai chegar, mas ainda temos muito o que caminhar. Ela não será entregue. Será aprendida por cada um de nós.
Pareceu acordar de seu transe.
Há quanto tempo estava conversando consigo mesmo?
- Por favor, perdoem o meu silência excessivo. Algumas respostas... Simplesmente não queremos receber.
Começou a pensar sobre o agora... Estavam viajando, não estavam mortos. Tudo fora atordoadamente real.
Assim como da última vez...
- Spectre... Acho interessante a maneira com que fala. Diz tudo sem dizer nada.
Sorriu para o mascarado. Um sorriso sincero e sem nenhuma ameaça, ironia ou desprezo.
- É inútil tentarmos desvendar os mistérios do mundo, os nossos próprios mistérios, aqui... agora... Se nosso guia disse que descobriremos mais nessa cidade, acredito que devemos tentar, já que é por isso que estamos indo com ele. Acho que apenas vamos aprender vivendo.
Olhava os caminhos, as necessidades... Alexander sabia viver com pouco. Nunca ostentou nada do que tinha. Mas talvez agora não tivessem o bastante...
- Spectre... Disse que levaríamos três dias. Talvez fosse prudente pararmos em alguma cidade viva no caminho ou procurarmos provisões mais ricas. Eu, sinceramente, adoraria um banho e uma refeição. Sinto cheiro de sangue em minhas mãos... Por acaso algum de vocês tem um mapa? Não sei se o meu mapa dessa região é rico, não são minhas terras...
Permaneceu quieto enquanto todos conversavam, absorto em seus próprios pensamentos, em sua própria dor. Questionava-se a si mesmo. O que havia se tornado?
Uniu os corpos junto com os outros e enquanto caminhava e carregava os mortos, reconhecia as pessoas daquele pequena cidade. Havia ficado apenas um dia, mas os reconhecia.
O homem da estalagem, o soldado, a camareira, o cozinheiro, a dançarina... Via todos em suas expressões de dor e perdição e não conseguia entender como aquele massacre poderia de qualquer forma ser certo ou planejado.
Então os homens resolveram voltar para casa. Alexander achava aquilo estúpido. Não havia mais uma casa a voltar.
Era por isso que ele mesmo havia saído de sua terra, onde era bem vindo, adorado e poderoso.
Eles não eram mais os mesmos. Há tempos Alexander não era mais o mesmo.
Pensou em interferir, em convencê-los. Mas não.
Cada um deveria encontrar sua própria dor. Tomar sua própria decisão.
Spectre surgiu, mas depois de tanto caos e morte, nada em sua figura era assustadora.
A não ser a sua falta de hostilidade.
Como poderia estar tão calmo perante criaturas amaldiçoadas? De destinos terríveis.
Como poderia oferecer ajuda para esses?
Viu cada um partir sem dizer uma palavra. Viu Ledaal Sora e Vaan discutindo.
Entendia o homem. Daquele completo massacre, ele era o único sobrevivente...
Sentia... Compaixão. Gostaria de ajudá-lo, mas aquele homem não pediria ajuda.
Era a sua decisão.
Caminhavam a esmo. Vaan questionava-se sobre si mesma.
Alexander, assim como ela, sentia o mundo de forma diferente. Enchergava o mundo de maneira diferente. As coisas pareciam ter ficado mais precisas. Tanto mais belas, quanto mais terríveis.
Sentia a essência das coisas, de cada coisa. Mas sabia que era diferente dela.
Não... Não entenderiam quem eram apenas perguntando para esses estranhos.
Seria preciso viver.
- A resposta vai chegar, mas ainda temos muito o que caminhar. Ela não será entregue. Será aprendida por cada um de nós.
Pareceu acordar de seu transe.
Há quanto tempo estava conversando consigo mesmo?
- Por favor, perdoem o meu silência excessivo. Algumas respostas... Simplesmente não queremos receber.
Começou a pensar sobre o agora... Estavam viajando, não estavam mortos. Tudo fora atordoadamente real.
Assim como da última vez...
- Spectre... Acho interessante a maneira com que fala. Diz tudo sem dizer nada.
Sorriu para o mascarado. Um sorriso sincero e sem nenhuma ameaça, ironia ou desprezo.
- É inútil tentarmos desvendar os mistérios do mundo, os nossos próprios mistérios, aqui... agora... Se nosso guia disse que descobriremos mais nessa cidade, acredito que devemos tentar, já que é por isso que estamos indo com ele. Acho que apenas vamos aprender vivendo.
Olhava os caminhos, as necessidades... Alexander sabia viver com pouco. Nunca ostentou nada do que tinha. Mas talvez agora não tivessem o bastante...
- Spectre... Disse que levaríamos três dias. Talvez fosse prudente pararmos em alguma cidade viva no caminho ou procurarmos provisões mais ricas. Eu, sinceramente, adoraria um banho e uma refeição. Sinto cheiro de sangue em minhas mãos... Por acaso algum de vocês tem um mapa? Não sei se o meu mapa dessa região é rico, não são minhas terras...
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Re: Perante Vosso Trono
O destino lhe comandava e lhe guiava. As estrelas o chamavam para o caminho da perdição.
Mastigava seus grãos restantes de forma lenta e tranquila. O Monge lhe ensinara sobre a meditação e o poder da abstinência perante as necessidades da carne. Uma hora ela seria incontrolável, mas até lá, a razão era a chave.
Eles falavam e falavam e falavam, no entanto não haviam a mínima noção ainda. O torto caminho até a cidade torta. O torto caminho até a cidade torta não será apenas um breve passeio. A garota era importante. Os outros outras coisas. O guerreiro era outra coisa. E os outros estavam já perdidos. Os demônios.
Mordera a boca enquanto mastigava. Sentiu o leve gosto de sangue aguçar seus sentidos.
O guerreiro se fez ouvir, e agora, mais do que nunca. Andando curvado, fitando o chão, também permitiu o cavaleiro o ouvir.
- Falo o que é necessário. Suas afirmações são claras, mas não há mistério, apenas segredos.
Olhou para a garota. Ela o fascinava de certa forma. A história que corria em suas veias...
- Importante. Não esqueça. Encontramos o local e encontramos suas respostas, se não as encontrar antes.
Manteve confiança nas estrelas e nos outros planos. Estava na hora de descansar e decidir um novo começo. O novo dia. Esperaria os sonhos e suas mensagens. E eles também. Esperava estar no caminho certo.
- Há fundamento em sua preocupação, guerreiro. Vamos procurar um local para passarmos esta noite e descansar e amanhã encontraremos algo para saciarmos.
O vento trazia um mau presságio em seu cenho. Algo estava errado.
Ou terrivelmente certo.
As vozes estavam caladas.
Mastigava seus grãos restantes de forma lenta e tranquila. O Monge lhe ensinara sobre a meditação e o poder da abstinência perante as necessidades da carne. Uma hora ela seria incontrolável, mas até lá, a razão era a chave.
Eles falavam e falavam e falavam, no entanto não haviam a mínima noção ainda. O torto caminho até a cidade torta. O torto caminho até a cidade torta não será apenas um breve passeio. A garota era importante. Os outros outras coisas. O guerreiro era outra coisa. E os outros estavam já perdidos. Os demônios.
Mordera a boca enquanto mastigava. Sentiu o leve gosto de sangue aguçar seus sentidos.
O guerreiro se fez ouvir, e agora, mais do que nunca. Andando curvado, fitando o chão, também permitiu o cavaleiro o ouvir.
- Falo o que é necessário. Suas afirmações são claras, mas não há mistério, apenas segredos.
Olhou para a garota. Ela o fascinava de certa forma. A história que corria em suas veias...
- Importante. Não esqueça. Encontramos o local e encontramos suas respostas, se não as encontrar antes.
Manteve confiança nas estrelas e nos outros planos. Estava na hora de descansar e decidir um novo começo. O novo dia. Esperaria os sonhos e suas mensagens. E eles também. Esperava estar no caminho certo.
- Há fundamento em sua preocupação, guerreiro. Vamos procurar um local para passarmos esta noite e descansar e amanhã encontraremos algo para saciarmos.
O vento trazia um mau presságio em seu cenho. Algo estava errado.
Ou terrivelmente certo.
As vozes estavam caladas.
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Re: Perante Vosso Trono
Tudo era um emaranhado de acontecimentos e sentimentos novos. Vaan sentia sua cabeça explodindo com as lembranças e a voz das criaturas que povoaram seu sono e transe. Usava sua lógica e o pouco conhecimento que tinha para tentar encontrar alguma resposta sobre o que acontecera a ela e seus companheiros. Sentia que agora estavam ligados por um fio tão forte e invisível quanto as teias de aranha. Ergueu seus olhos para o caminho a frente e tentava traçar um caminho, desde sua ida "àquele lugar" . Será que realmente vira o que viu? Ou não passou de um sonho?...
Aquela incerteza a corroia por dentro, enquanto lutava com todas as forças para se agarrar aos poucos fatos concretos. Havia falhado. Era certo, senão não estaria ali. Quebrou-se, mas de alguma forma, sentia que tinha as chances de consertar-se por si própria. Sentia que poderia ser não só integrante do Destino, mas guia de suas rodas. O problema era que aquela possibilidade parecia-lhe boa demais para ser verdade e ela não queria se agarrar àquilo sem ter certeza do que era esperado dela. Mas afinal, quem esperava algo dela? Ela mesma?
Andava a esmo junto com seus estrtanhos companheiros. Olhou de relance para Alexader e para Spectre. Será que estariam tão perdidos quanto ela? E como estariam os outros? Será que conseguiram alguma resposta? Vaan deu os ombros. Se Spectre falava que as respostas viriam, seu melhor trunfo era acreditar e seguir em frente. Afinal, para onde voltaria?
Segurou seu brinco, passando a ponta dos dedos pela jóia gelada, pensativa. Andava a passos largos, para manter-se junto aos dois homens. Notou Spectre a encarando e desviou o olhar para as sombras do caminho. De alguma forma, o que aquele enigmático homem falava fazia sentido, por mais contorcido que poderia ser. Mas por que ela seria importante?
- Você sabe para onde vamos, correto? - e lembrou-se do que a moça loira disse a Spectre. Arriscou outra pergunta. - Aliás, qual seria seu propósito? - perguntou com um tom de pura curiosidade, enquanto forçava seus olhos a se acostumarem com o escuro denso do caminho.
- Um lugar para dormir seria bem-vindo agora. - falou baixo, como de costume. Suas mãos estavam frias e o vento gelado a incomodava. Por mais curiosa que estivesse, um descanso era necessário, assim como uma boa refeição.
Aquela incerteza a corroia por dentro, enquanto lutava com todas as forças para se agarrar aos poucos fatos concretos. Havia falhado. Era certo, senão não estaria ali. Quebrou-se, mas de alguma forma, sentia que tinha as chances de consertar-se por si própria. Sentia que poderia ser não só integrante do Destino, mas guia de suas rodas. O problema era que aquela possibilidade parecia-lhe boa demais para ser verdade e ela não queria se agarrar àquilo sem ter certeza do que era esperado dela. Mas afinal, quem esperava algo dela? Ela mesma?
Andava a esmo junto com seus estrtanhos companheiros. Olhou de relance para Alexader e para Spectre. Será que estariam tão perdidos quanto ela? E como estariam os outros? Será que conseguiram alguma resposta? Vaan deu os ombros. Se Spectre falava que as respostas viriam, seu melhor trunfo era acreditar e seguir em frente. Afinal, para onde voltaria?
Segurou seu brinco, passando a ponta dos dedos pela jóia gelada, pensativa. Andava a passos largos, para manter-se junto aos dois homens. Notou Spectre a encarando e desviou o olhar para as sombras do caminho. De alguma forma, o que aquele enigmático homem falava fazia sentido, por mais contorcido que poderia ser. Mas por que ela seria importante?
- Você sabe para onde vamos, correto? - e lembrou-se do que a moça loira disse a Spectre. Arriscou outra pergunta. - Aliás, qual seria seu propósito? - perguntou com um tom de pura curiosidade, enquanto forçava seus olhos a se acostumarem com o escuro denso do caminho.
- Um lugar para dormir seria bem-vindo agora. - falou baixo, como de costume. Suas mãos estavam frias e o vento gelado a incomodava. Por mais curiosa que estivesse, um descanso era necessário, assim como uma boa refeição.
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Re: Perante Vosso Trono
Sentara em uma clareira pouco livre do gelo. Em um canteiro de um tronco se acomodou. Pensava. Estava confuso. A pedra verde em sua mão, os sinais, aquela mulher e aquele homem. Essa garota e esse guerreiro. Pensava, e assim ficou. Sem falar.
Colocou a mão na máscara e ajeitou a posição um pouco para cima. O silêncio era uma porta para o entendimento. Os seres e seus propósitos. Os caminhos e suas curvas.
- O caminho é até a cidade. Meu propósito.. guiá-los.
Não havia muita coisa a dizer. Não ainda.
Estava acostumado a viajar e dormir em locais precários e ainda sentado, tentava relaxar para dormir. Se as perguntas ainda viriam, responderia até certo ponto. Novamente.
Cansado. Eles perguntavam sobre seu propósito. Nosso propósito. Eles dormiam.
- Respostas. Conte-me sua história e seu propósito.
As palavras saiam para ambos e para o nada. E para todos os outros também.
As noites poderiam ser reveladora novamente. As questões. Os trajetos. As palavras se formavam e o mundo desmoronava. Os olhos se fechavam por trás da máscara. Desejou ver pelos olhos do Velho Cego nesse instante.
Colocou a mão na máscara e ajeitou a posição um pouco para cima. O silêncio era uma porta para o entendimento. Os seres e seus propósitos. Os caminhos e suas curvas.
- O caminho é até a cidade. Meu propósito.. guiá-los.
Não havia muita coisa a dizer. Não ainda.
Estava acostumado a viajar e dormir em locais precários e ainda sentado, tentava relaxar para dormir. Se as perguntas ainda viriam, responderia até certo ponto. Novamente.
Cansado. Eles perguntavam sobre seu propósito. Nosso propósito. Eles dormiam.
- Respostas. Conte-me sua história e seu propósito.
As palavras saiam para ambos e para o nada. E para todos os outros também.
As noites poderiam ser reveladora novamente. As questões. Os trajetos. As palavras se formavam e o mundo desmoronava. Os olhos se fechavam por trás da máscara. Desejou ver pelos olhos do Velho Cego nesse instante.
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Re: Perante Vosso Trono
Como uma garotinha indefesa perdida em um bosque escuro, Vaan sentou-se próxima a uma árvore, apoiando suas costas no tronco frio, mas que trazia a ela tanto conforto quanto o colo de uma mãe. E lá, envolta por toda aquela escuridão e sombras, Vaan teve consciência do que realmente era: por agora, não passava, realmente, de uma garota assustada e jogada ao mundo. A escuridão revelava a Alexander e Spectre os traços joviais dela, que parecia não ter mais que 18 anos. Seu olhar agora era cabisbaixo e cansado, totalmente brancos. Vaan suspirou e pareceu deixar de lado a armadura que carregava. Mostrava-se agora, tola e jovem como era.
A aprendiz ouvia as palavras de Spectre, esperançosa por algo novo. Fechou seus olhos, decepcionada.
"Guiar-nos para onde?" a pergunta continuava na cabeça da jovem, que não insistia em fazê-la. Ela ergueu seu olhar cansado para Spectre quando ele perguntou sobre sua origem. As olheiras constrastavam com o olhar de dúvida.
-...- Juntou as mãos e resolveu falar, sem olhá-los. Talvez revelar algo a trouxesse alguma resposta, algo paupável. Estava cansada de andar em círculos.
- Eu não me lembro muito de meus pais. Saí de casa muito cedo. Eu lembro apenas do cheiro de cavalo que minha casa tinha.
Deu uma leve risada.
- Fui levada muito cedo para onde comecei meu treinamento.
Tudo veio como um facho de luz na escuridão. Lembrou-se do tempo gasto na biblioteca, as visões e seu controle, suas pesquisas e treinos físicos. Tudo acompanhado de Iroh. Era realmente uma jovem quieta, que vestia uma carapaça dura, cheia de seriedade. Dificilmente se abria. Lembrou-se de onde a mandaram e de todo o pesadelo que passara e vira. Será que sua imaturidade a havia traído? Se esforçava tanto para ter a postura correta. Engoliu em seco. Aquilo não era algo que dividiria. Não agora.
- Fui enviada para uma missão e..Acho que falhei. Fui jogada ao mar, como dizem. E desde que acordei, estou perdida, sem propósito. Ainda tento achar o meu. - Vaan permitiu-se contar isso a seus estranhos companheiros de viagem, ávida por respostas.
E por fim, passou a mão sobre sua testa, onde antes surguira o síbolo lilás.
A aprendiz ouvia as palavras de Spectre, esperançosa por algo novo. Fechou seus olhos, decepcionada.
"Guiar-nos para onde?" a pergunta continuava na cabeça da jovem, que não insistia em fazê-la. Ela ergueu seu olhar cansado para Spectre quando ele perguntou sobre sua origem. As olheiras constrastavam com o olhar de dúvida.
-...- Juntou as mãos e resolveu falar, sem olhá-los. Talvez revelar algo a trouxesse alguma resposta, algo paupável. Estava cansada de andar em círculos.
- Eu não me lembro muito de meus pais. Saí de casa muito cedo. Eu lembro apenas do cheiro de cavalo que minha casa tinha.
Deu uma leve risada.
- Fui levada muito cedo para onde comecei meu treinamento.
Tudo veio como um facho de luz na escuridão. Lembrou-se do tempo gasto na biblioteca, as visões e seu controle, suas pesquisas e treinos físicos. Tudo acompanhado de Iroh. Era realmente uma jovem quieta, que vestia uma carapaça dura, cheia de seriedade. Dificilmente se abria. Lembrou-se de onde a mandaram e de todo o pesadelo que passara e vira. Será que sua imaturidade a havia traído? Se esforçava tanto para ter a postura correta. Engoliu em seco. Aquilo não era algo que dividiria. Não agora.
- Fui enviada para uma missão e..Acho que falhei. Fui jogada ao mar, como dizem. E desde que acordei, estou perdida, sem propósito. Ainda tento achar o meu. - Vaan permitiu-se contar isso a seus estranhos companheiros de viagem, ávida por respostas.
E por fim, passou a mão sobre sua testa, onde antes surguira o síbolo lilás.
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Re: Perante Vosso Trono
Conversavam. Talvez esperassem que a companhia de outros perdidos como eles, seria o suficiente para afastá-los de todos os males que caiam sobre suas almas.
A noite haveria de se tornar mais densa e aterradora em pouco tempo. Ao longe, o som distante de um uivo lupino fez gelar os seus corações. Talvez Spectre tivesse uma psicologia "peculiar", enquanto Alexander teria seus medos próprios, mas Vaan ainda era, de certa forma, uma criança.
Abraçada aos joelhos, a garota fechou os olhos por um segundo. Talvez o sono viesse e, com ele, um breve descanso.
Era o que esperava mais ou menos...
Foi então que Spectre e Alexander pressentiram uma aproximação familiar. Não, não uma. Duas, três, quatro, cinco... dez, onze, doze. Alguém, alguma coisa os cercava.
As presenças tornavam-se tão fortes que Vaan também as sentiu, mas, se Alexander e Spectre sentiam a familiaridade, a garota pressentia uma distorção nas finas e delicadas linhas da realidade. Algo estava as distorcendo.
- O que fazem aqui?!
A voz saiu como se fosse trazida das mais densas profundezas infernais. Era cavernosa, carregada de ódio e angústia.
- Se são enviados da horda das tribos do norte..... saibam que!
- Hey - a voz era um sussurro, mas que, pelo silêncio, ainda poderia ser ouvido - será que não são eles??
A voz que veio em seguida também era um sussuro, mas nem de longe tão demoníaca como era de se esperar. Era jovial, um pouco irritadiça.
- Do que você está falando?! Olha como são estranhos, devem ter sido enviados pelo líder das tribos.
- Mmm...
E então a voz demoníaca voltou a ressoar.
- Saibam que não são bem vindos! E morrerão se não fugirem agora!
Mais uma vez, a voz que havia iniciado o diálogo antes, fez-se ouvir novamente.
- Arch... tem certeza? Eles devem saber onde está a Doutrina.
- Acha?!
As vozes eram próximas. Poderiam estarem escondidos entre arbustos, atrás de alguma árvore ou formação rochosa.
A noite haveria de se tornar mais densa e aterradora em pouco tempo. Ao longe, o som distante de um uivo lupino fez gelar os seus corações. Talvez Spectre tivesse uma psicologia "peculiar", enquanto Alexander teria seus medos próprios, mas Vaan ainda era, de certa forma, uma criança.
Abraçada aos joelhos, a garota fechou os olhos por um segundo. Talvez o sono viesse e, com ele, um breve descanso.
Era o que esperava mais ou menos...
Foi então que Spectre e Alexander pressentiram uma aproximação familiar. Não, não uma. Duas, três, quatro, cinco... dez, onze, doze. Alguém, alguma coisa os cercava.
As presenças tornavam-se tão fortes que Vaan também as sentiu, mas, se Alexander e Spectre sentiam a familiaridade, a garota pressentia uma distorção nas finas e delicadas linhas da realidade. Algo estava as distorcendo.
- O que fazem aqui?!
A voz saiu como se fosse trazida das mais densas profundezas infernais. Era cavernosa, carregada de ódio e angústia.
- Se são enviados da horda das tribos do norte..... saibam que!
- Hey - a voz era um sussurro, mas que, pelo silêncio, ainda poderia ser ouvido - será que não são eles??
A voz que veio em seguida também era um sussuro, mas nem de longe tão demoníaca como era de se esperar. Era jovial, um pouco irritadiça.
- Do que você está falando?! Olha como são estranhos, devem ter sido enviados pelo líder das tribos.
- Mmm...
E então a voz demoníaca voltou a ressoar.
- Saibam que não são bem vindos! E morrerão se não fugirem agora!
Mais uma vez, a voz que havia iniciado o diálogo antes, fez-se ouvir novamente.
- Arch... tem certeza? Eles devem saber onde está a Doutrina.
- Acha?!
As vozes eram próximas. Poderiam estarem escondidos entre arbustos, atrás de alguma árvore ou formação rochosa.
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Re: Perante Vosso Trono
Vaan olhou para a escuridão que a encarava de volta. O uivo do lobo pareceu uma resposta ao medo da garota, que abraçou-se e tentou relaxar. Suas lembranças ainda perambulavam em sua mente confusa, e ela tentava desesperadamente juntar aquele quebra-cabeça.
O sono vinha com a bondade de um monge, abraçando Vaan silenciosa e carinhosamente. A garota sentiu seus olhos pesarem e já estava prester a entregar-se ao sono, quando algo pareceu muito fora do lugar. Seus olhos e abriram mais rápido do que sua visão pôde processar o cenário e Vaan balançou a cabeça rapidamente, como em um susto. Ela olhou Spectre e Alexander, para ver se ambos tiveram a mesma sensação. Por algum tempo, ela teve a impressão - mais especificamente, a certeza - nauseante de que a realidade se partiria a sua frente, e ela não pdoeria fazer muita coisa em relação a isso.Respirou fundo e afundou o quanto pôde suas costas no tronco, quando ouviu a voz gutural que a levou de volta a Malfeas. Seu olhar foi de um lado para o outro em busca da fonte. Temendo o pior, Vaan permitiu que sua Essência percorrese seu corpo e uma leve marca em sua testa pôde ser vista, na mais bela tonalidade lilás. Aproveitou o brilhod e sua Essência para ver melhor no escuro. Seus olhos brilhavam no mais puro céu lilás, decorado de estrelas.
Quando a segunda voz pôde ser ouvida, o coração de Vaan pareceu bater mais aliviado. As vozes lembravam um grupo de jovens que não sabia ao certo o que estavam fazendo. Ela logo se identificou com os três locutores. Mesmo diante da situação estranha e do perigo que ela sabia que estava próximo, ela teve coragem para responder àquela conversa tão estranha.
-Não..Não somos representantes do norte! - " Ou qualquer outra coisa desse tipo.", pensou, enquanto olhava em volta, tentando adivinhar de onde vinham as vozes . Calmamente, Vaan ficou sobre seus pés, de cócoras e virou seu corpo para o tronco, procurando atrás do mesmo algum resquício dos donos das vozes.
- Não queremos brigar. - falou para os demônios, fadas, ou qualquer coisa ouvisse. Depois, olhou Alexander e Spectre. "Pelo menos eu não."
Se não encontrasse nada atrás da árvore, iria agachada até algum arbusto, contando com a ajuda de Spectre e Alexander para descobrir alguma coisa sobre as criaturas que perturbavam seu sono.
O sono vinha com a bondade de um monge, abraçando Vaan silenciosa e carinhosamente. A garota sentiu seus olhos pesarem e já estava prester a entregar-se ao sono, quando algo pareceu muito fora do lugar. Seus olhos e abriram mais rápido do que sua visão pôde processar o cenário e Vaan balançou a cabeça rapidamente, como em um susto. Ela olhou Spectre e Alexander, para ver se ambos tiveram a mesma sensação. Por algum tempo, ela teve a impressão - mais especificamente, a certeza - nauseante de que a realidade se partiria a sua frente, e ela não pdoeria fazer muita coisa em relação a isso.Respirou fundo e afundou o quanto pôde suas costas no tronco, quando ouviu a voz gutural que a levou de volta a Malfeas. Seu olhar foi de um lado para o outro em busca da fonte. Temendo o pior, Vaan permitiu que sua Essência percorrese seu corpo e uma leve marca em sua testa pôde ser vista, na mais bela tonalidade lilás. Aproveitou o brilhod e sua Essência para ver melhor no escuro. Seus olhos brilhavam no mais puro céu lilás, decorado de estrelas.
Quando a segunda voz pôde ser ouvida, o coração de Vaan pareceu bater mais aliviado. As vozes lembravam um grupo de jovens que não sabia ao certo o que estavam fazendo. Ela logo se identificou com os três locutores. Mesmo diante da situação estranha e do perigo que ela sabia que estava próximo, ela teve coragem para responder àquela conversa tão estranha.
-Não..Não somos representantes do norte! - " Ou qualquer outra coisa desse tipo.", pensou, enquanto olhava em volta, tentando adivinhar de onde vinham as vozes . Calmamente, Vaan ficou sobre seus pés, de cócoras e virou seu corpo para o tronco, procurando atrás do mesmo algum resquício dos donos das vozes.
- Não queremos brigar. - falou para os demônios, fadas, ou qualquer coisa ouvisse. Depois, olhou Alexander e Spectre. "Pelo menos eu não."
Se não encontrasse nada atrás da árvore, iria agachada até algum arbusto, contando com a ajuda de Spectre e Alexander para descobrir alguma coisa sobre as criaturas que perturbavam seu sono.
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Re: Perante Vosso Trono
Alexander ouviu Spectre murmurar seus mistérios e imaginou que todos ficariam em silêncio.
Imaginou, ele próprio, se deveria dizer aos estranhos sobre si, sobre sua sina... Aquele sempre fora seu segredo. Nem mesmo Uther... ... ...
Foi quando a mulher começou a falar. Prestou atenção em seus traços e na maneira simples como falava e como olhava o nada ou às vezes de relance olhava para os dois.
Era bela. Ouvindo seu sofrimento, sentia vontade de protegê-la. Sentia vontade de saber mais.
Todos tem um eu torturado dentre de si, não é?
Lembrou que ela mesma retiraria a própria vida, ao se deparar com a sua maior derrota, a falha que nunca poderia vir. Lembrou como as estrelas ligavam todos estes destinos dilacerados, esses seres destruídos.
E não soube exatamente o que estava sentindo... Compaixão ou Prazer.
Mal terminara a história, Alexander sentiu-se terrível. Uma náusea o acometeu e ele via imagens distorcidas. Ouvia um rugido, ouvia uma voz. Via sombras. Incontáveis sombras.
As imagens pareciam se destruir e se reconstruir.
O felino, correndo majestoso.
Dor.
Suas cores tão belas e fascinates.
Náusea.
A beleza daquele predador de homens e deuses capturava seu olhar.
E cegava.
- Canção... do Silêncio...
Foi um breve sussurro, seus companheiros não saberiam dizer se a voz foi de fato diferente. Seu transe o impossibilitava de ouvir a si mesmo.
Sua cabeça latejava, seus olhos ardiam.
- Sacrifício? Protegidos? Quem?
Sua mão estava tremendo agora.
Ódio... Não conseguia entender... Mais dor.
Cuspia algo terrível de sua boca agora...
O que era? Sangue?
Um gosto agri-doce... Seco...
Traição.
Ouviu novamente o rugido...
Mas já estava de volta. Ergueu-se num segundo e sacou à espada antes de Vaan perceber o que havia em volta e antes das criaturas falarem, mas apenas os ouviu.
Sentia aquela familiaridade, mas já não sabia mais se isso era bom.
O som deveria ser aterrorizador.
Mas agora, não sentiu nada. O único incômodo era o gosto que permanecia em sua boca...
Traição.
Sentia vontade de proteger os dois. Sabia que era diferente agora, talvez conseguisse derrubar essas criaturas...
A familiaridade se uniu ao puro desgosto e à repulsa.
Seres sujos... Seres malditos que levaram sua irmã...
Que levaram--
Não perderia o controle. Primeiro precisava sentir sua própria essência, seu próprio eu. Entender sua capacidade e tentar captar a capacidade daquelas coisas.
Não era nada impulsivo. E sabia estar cercado por não menos que doze. Qualquer movimento poderia ser tolo.
Enquanto Vaan respondia, Alexander abaixava a espada, mas a mantinha nos punhos.
- Nossa jornada é de conhecimento, não de luta. Estamos todos aqui por um motivo e não acredito que nossos motivos devam se extinguir aqui. Não. Nós não queremos brigar. Ainda.
Desgosto? Ou irmandade?
O que diabos era essa familiaridade?
Imaginou, ele próprio, se deveria dizer aos estranhos sobre si, sobre sua sina... Aquele sempre fora seu segredo. Nem mesmo Uther... ... ...
Foi quando a mulher começou a falar. Prestou atenção em seus traços e na maneira simples como falava e como olhava o nada ou às vezes de relance olhava para os dois.
Era bela. Ouvindo seu sofrimento, sentia vontade de protegê-la. Sentia vontade de saber mais.
Todos tem um eu torturado dentre de si, não é?
Lembrou que ela mesma retiraria a própria vida, ao se deparar com a sua maior derrota, a falha que nunca poderia vir. Lembrou como as estrelas ligavam todos estes destinos dilacerados, esses seres destruídos.
E não soube exatamente o que estava sentindo... Compaixão ou Prazer.
Mal terminara a história, Alexander sentiu-se terrível. Uma náusea o acometeu e ele via imagens distorcidas. Ouvia um rugido, ouvia uma voz. Via sombras. Incontáveis sombras.
As imagens pareciam se destruir e se reconstruir.
O felino, correndo majestoso.
Dor.
Suas cores tão belas e fascinates.
Náusea.
A beleza daquele predador de homens e deuses capturava seu olhar.
E cegava.
- Canção... do Silêncio...
Foi um breve sussurro, seus companheiros não saberiam dizer se a voz foi de fato diferente. Seu transe o impossibilitava de ouvir a si mesmo.
Sua cabeça latejava, seus olhos ardiam.
- Sacrifício? Protegidos? Quem?
Sua mão estava tremendo agora.
Ódio... Não conseguia entender... Mais dor.
Cuspia algo terrível de sua boca agora...
O que era? Sangue?
Um gosto agri-doce... Seco...
Traição.
Ouviu novamente o rugido...
Mas já estava de volta. Ergueu-se num segundo e sacou à espada antes de Vaan perceber o que havia em volta e antes das criaturas falarem, mas apenas os ouviu.
Sentia aquela familiaridade, mas já não sabia mais se isso era bom.
O som deveria ser aterrorizador.
Mas agora, não sentiu nada. O único incômodo era o gosto que permanecia em sua boca...
Traição.
Sentia vontade de proteger os dois. Sabia que era diferente agora, talvez conseguisse derrubar essas criaturas...
A familiaridade se uniu ao puro desgosto e à repulsa.
Seres sujos... Seres malditos que levaram sua irmã...
Que levaram--
Não perderia o controle. Primeiro precisava sentir sua própria essência, seu próprio eu. Entender sua capacidade e tentar captar a capacidade daquelas coisas.
Não era nada impulsivo. E sabia estar cercado por não menos que doze. Qualquer movimento poderia ser tolo.
Enquanto Vaan respondia, Alexander abaixava a espada, mas a mantinha nos punhos.
- Nossa jornada é de conhecimento, não de luta. Estamos todos aqui por um motivo e não acredito que nossos motivos devam se extinguir aqui. Não. Nós não queremos brigar. Ainda.
Desgosto? Ou irmandade?
O que diabos era essa familiaridade?
MR, Léo- Usuário
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Re: Perante Vosso Trono
A noite era um berço dentre suas memórias. Dentre as suas memórias. Suas, não as dos outros.
Tantos outros.
Ouviu a garota e não a ouviu ao mesmo tempo. Era uma noite estranha de perguntas retóricas e respostas imprecisas. Uma hora gostaria de falar mais. Não agora, não amanhã. Mas gostaria de ouvir aquela estranha falar mais. Todos eles. Olhou o guerreiro.
Unidos por um elo peculiar.
- SANGUE SANGUE SANGUE AH ME DEIXE ME DEIXE TOMAR CONTA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Estavam quietos e agora... Algo tomava forma, assim como outras coisas à sua volta também tentavam tomar forma. Uma voz voltou a falar, uma voz que falava em péssimas horas e uma voz que permitia-se ignorar.
- AH EU SEI CONTROLAR VAMOS VAMOS EU SEI ELES ESTÃO AQUI E SANGUE SANGUE VOCÊ E SEU CONHECIMENTO VOCÊ TERÁ CONHECIMENTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Levantou-se lentamente ainda dentro da maior sombra. Curvado os ouviu.
Ao redor eles estavam e ao redor eles falavam. Seres parecendo raivosos ou confusos, e os quais não desejava encontrar. Ou desejava.
Seus companheiros falaram e eles também se preenchiam com a razão. Não eram tão tolos, afinal.
- Perdoe-nos. Somos viajantes e apenas queremos encontrar nosso caminho. Se nossa presença os incomoda, nós podemos encontrar outro local para descansar.
A voz por trás de sua máscara era calma, racional. Procurou os olhos de Vaan e de Alexander.
Estava escuro. Escuro no meio de árvores e neve. A escuridão que desejava controlar. A voz da loucura que não conseguia calar. Sua sombra engolia a escuridão parecendo sugar forças para ganhar forma. Outro instante de loucura. Ela se fundia à insanidade e buscava engoli-lo através dela.
- O SANGUE DELES! A MEMÓRIA SANGUÍNEA E A HISTÓRIA! ME DEIXE E VOCÊ OS TERÁ. Eu posso.
- Partiremos, se necessário.
Sua voz, calma e racional. Calculista. Sua voz. Uma voz. Uma maior concentração e ouviriam uma segunda voz mudando o padrão. Afogando-se em uma loucura interna.
Fome. Não, era o cansaço. Não desejava brigar com tais estranhos. Se eles dividiam uma natureza em comum...
- Não seja o elo fraco da Legião ou eu acabo com você.
Tantos outros.
Ouviu a garota e não a ouviu ao mesmo tempo. Era uma noite estranha de perguntas retóricas e respostas imprecisas. Uma hora gostaria de falar mais. Não agora, não amanhã. Mas gostaria de ouvir aquela estranha falar mais. Todos eles. Olhou o guerreiro.
Unidos por um elo peculiar.
- SANGUE SANGUE SANGUE AH ME DEIXE ME DEIXE TOMAR CONTA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Estavam quietos e agora... Algo tomava forma, assim como outras coisas à sua volta também tentavam tomar forma. Uma voz voltou a falar, uma voz que falava em péssimas horas e uma voz que permitia-se ignorar.
- AH EU SEI CONTROLAR VAMOS VAMOS EU SEI ELES ESTÃO AQUI E SANGUE SANGUE VOCÊ E SEU CONHECIMENTO VOCÊ TERÁ CONHECIMENTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Levantou-se lentamente ainda dentro da maior sombra. Curvado os ouviu.
Ao redor eles estavam e ao redor eles falavam. Seres parecendo raivosos ou confusos, e os quais não desejava encontrar. Ou desejava.
Seus companheiros falaram e eles também se preenchiam com a razão. Não eram tão tolos, afinal.
- Perdoe-nos. Somos viajantes e apenas queremos encontrar nosso caminho. Se nossa presença os incomoda, nós podemos encontrar outro local para descansar.
A voz por trás de sua máscara era calma, racional. Procurou os olhos de Vaan e de Alexander.
Estava escuro. Escuro no meio de árvores e neve. A escuridão que desejava controlar. A voz da loucura que não conseguia calar. Sua sombra engolia a escuridão parecendo sugar forças para ganhar forma. Outro instante de loucura. Ela se fundia à insanidade e buscava engoli-lo através dela.
- O SANGUE DELES! A MEMÓRIA SANGUÍNEA E A HISTÓRIA! ME DEIXE E VOCÊ OS TERÁ. Eu posso.
- Partiremos, se necessário.
Sua voz, calma e racional. Calculista. Sua voz. Uma voz. Uma maior concentração e ouviriam uma segunda voz mudando o padrão. Afogando-se em uma loucura interna.
Fome. Não, era o cansaço. Não desejava brigar com tais estranhos. Se eles dividiam uma natureza em comum...
- Não seja o elo fraco da Legião ou eu acabo com você.
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Re: Perante Vosso Trono
Houve, então, um momento de silêncio, onde nada além do som causticante do vento de inverno o quebrava.
A presença, contudo, continuava ali. Forte, devastadora, faminta.
- Legião?!
A voz, curiosa, parecia ter ouvido as palavras de Spectre e seu eu. Naquele instante, a imagem de alguém que parecia ter sido, no passado, vinculado a alguma espécie de exército surgiu. Os trajes militares, a espada de lâmina curvada e fina, presa em uma bainha da mesma tonalidade de um ônix mal polido. Em sua mão esquerda, uma besta carregada, preparada para disparar ao primeiro sinal de perigo. Eles eram capazes de sentir o espírito furioso do rapaz, mas, ao mesmo tempo, compreendiam um sentimento semelhante ao "medo" em seus gestos.
Olhava para os três com uma expressão séria, meio selvagem, inquisidora.
- Foram vocês que o Arquiteto enviou para nos ajudar a encontrar a doutrina?
Arquiteto.
Spectre lembrou-se de seu sonho. Da criatura no centro, das construções a sua volta, as teias de aranha se espalhando por tudo e todos.
O rapaz aguardaria a resposta. Ao menos foi isso que ele pretendia fazer.
- ARCHER! Eles estão vindo!!!
A expressão dele tornou-se uma de surpresa. Os olhos esbugalhados, as pernas travando por um segundo.
- Vamos!
O chão tremeu levemente no inicio, mas, segundo após segundo, se intensificava. Archer saiu correndo e, logo atrás dele, um buraco surgiu no chão e, de dentro dele, uma serpente cujas "escamas" eram, na verdade, um amontoado de ossos e cartilagem. Não possuia olhos, mas sua mandíbula era grande o suficiente para engolir um homem grande em um único movimento.
A criatura rasgou o ar e mergulhou novamente na terra e assim teria ficado, se uma segunda não houvesse rasgado o ar por cima de Alexander e Spectre.
- Mexam-se!!
Archer gritou e Vaan sentiu o chão tremer sob os seus pés...
A presença, contudo, continuava ali. Forte, devastadora, faminta.
- Legião?!
A voz, curiosa, parecia ter ouvido as palavras de Spectre e seu eu. Naquele instante, a imagem de alguém que parecia ter sido, no passado, vinculado a alguma espécie de exército surgiu. Os trajes militares, a espada de lâmina curvada e fina, presa em uma bainha da mesma tonalidade de um ônix mal polido. Em sua mão esquerda, uma besta carregada, preparada para disparar ao primeiro sinal de perigo. Eles eram capazes de sentir o espírito furioso do rapaz, mas, ao mesmo tempo, compreendiam um sentimento semelhante ao "medo" em seus gestos.
Olhava para os três com uma expressão séria, meio selvagem, inquisidora.
- Foram vocês que o Arquiteto enviou para nos ajudar a encontrar a doutrina?
Arquiteto.
Spectre lembrou-se de seu sonho. Da criatura no centro, das construções a sua volta, as teias de aranha se espalhando por tudo e todos.
O rapaz aguardaria a resposta. Ao menos foi isso que ele pretendia fazer.
- ARCHER! Eles estão vindo!!!
A expressão dele tornou-se uma de surpresa. Os olhos esbugalhados, as pernas travando por um segundo.
- Vamos!
O chão tremeu levemente no inicio, mas, segundo após segundo, se intensificava. Archer saiu correndo e, logo atrás dele, um buraco surgiu no chão e, de dentro dele, uma serpente cujas "escamas" eram, na verdade, um amontoado de ossos e cartilagem. Não possuia olhos, mas sua mandíbula era grande o suficiente para engolir um homem grande em um único movimento.
A criatura rasgou o ar e mergulhou novamente na terra e assim teria ficado, se uma segunda não houvesse rasgado o ar por cima de Alexander e Spectre.
- Mexam-se!!
Archer gritou e Vaan sentiu o chão tremer sob os seus pés...
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Re: Perante Vosso Trono
Por aquele pequeno instante, Vaan sentiu os pelos de seus braços e nuca arrepiarem. O vento era a úncia coisa que dava mobilidade à cena, fazendo as folhas mexerem. O uivo baixo do vento trazia ainda mais tensão e a garota já estava cansada dela. Quando teriam paz e, principalmente, respostas? Mas, ao contrário, somente mais perguntas apareciam.
Forçou sua vista para enxergar a figura bélica que aparecia de dentro da densa e negra floresta. Ela chegou a colocar um dos pés para trás, pronta para fugir se necessário. Os recentes acontecimentos e todo o rumo que aquela viagem havia tomado ainda a deixava assustada e recosa. Não havia, ainda, nenhuma afirmação ou decisão certa. Muito menos qualquer pista que os levassem a elas. Ainda sentia todo o peso de suas dúvidas.
Quando sua visão se acostumou novamente ao escuro, viu que se tratava de um rapaz. Aquilo a deixou um pouco mais calma. Ainda tinha uma besta apontada para ela, mas a visão de outra pessoa, uma pessoa que parecia ser normal, acalmava. Ao contrário do rapaz, ela não demonstrava qualquer tipo de medo ou fúria, graças a seu habitual temperamento fechado e seu treinamento. Seus olhos estavam fixos no guerreiro, passando rapidamente pela ponta da flecha da besta e seu rosto. Porém, quando o jovem chamou Spectre de Legião, Vaan virou o rosto para ele, com a testa franzida e um olhar que claramente demonstrava um misto de surpresa e dúvida. Se ela se recordava bem, o homem de máscara disse que se chamava Legião. Logo após de Archer, Spectre pôde ouvir a mesma pergunta ser feita por Vaan:
-Legião?!
Voltous eu rosto assuatado para Archer apenas com sua segunda pergunta:
-Arquiteto? Doutrina? - respondia com a voz carregada de dúvida e com clara irritabilidade. Ela arqueou um pouco a coluna, dando um paso para trás. - Por que ninguém pode simplesmente explicar o que est...!!!
Foi aí que a voz cortou o ar tão rápido quanto um projétil e Vaan olhou para o horizonte a sua frente. Olhava com uma inquietude crescente, incômoda. Sua respiração estava mais pesada, sendo difícil de respirar, e seu coração parecia lutar para sair de seu peito. Quando Archer saiu correndo, Vaan teve o mesmo impulso e correu na mesma direção que o jovem corria.
O som ensurdecedor da morte se fez presente e Vaan não pôde deixar de olhar de relance para o algoz: a serpente de ossos mostrava todo seu maligno explendor, com um rugido digno de um predador que se considerava um rei. Vaan parou por um segundo para contemplá-la. O olhar de terror da menina era claro e agora era preenchido por estrelas no céu lilás. O grito de Archer novamente a despertou e olhou para o chão que o mesmo tremeu. Para onde correria?
Na dúvida, seguiu o jovem arqueiro, agora mandando sua Essência para os membros e pulmões. Tentava ganhar velocidade e fôlego, para fugir; e força, caso fosse preciso atacar.
Forçou sua vista para enxergar a figura bélica que aparecia de dentro da densa e negra floresta. Ela chegou a colocar um dos pés para trás, pronta para fugir se necessário. Os recentes acontecimentos e todo o rumo que aquela viagem havia tomado ainda a deixava assustada e recosa. Não havia, ainda, nenhuma afirmação ou decisão certa. Muito menos qualquer pista que os levassem a elas. Ainda sentia todo o peso de suas dúvidas.
Quando sua visão se acostumou novamente ao escuro, viu que se tratava de um rapaz. Aquilo a deixou um pouco mais calma. Ainda tinha uma besta apontada para ela, mas a visão de outra pessoa, uma pessoa que parecia ser normal, acalmava. Ao contrário do rapaz, ela não demonstrava qualquer tipo de medo ou fúria, graças a seu habitual temperamento fechado e seu treinamento. Seus olhos estavam fixos no guerreiro, passando rapidamente pela ponta da flecha da besta e seu rosto. Porém, quando o jovem chamou Spectre de Legião, Vaan virou o rosto para ele, com a testa franzida e um olhar que claramente demonstrava um misto de surpresa e dúvida. Se ela se recordava bem, o homem de máscara disse que se chamava Legião. Logo após de Archer, Spectre pôde ouvir a mesma pergunta ser feita por Vaan:
-Legião?!
Voltous eu rosto assuatado para Archer apenas com sua segunda pergunta:
-Arquiteto? Doutrina? - respondia com a voz carregada de dúvida e com clara irritabilidade. Ela arqueou um pouco a coluna, dando um paso para trás. - Por que ninguém pode simplesmente explicar o que est...!!!
Foi aí que a voz cortou o ar tão rápido quanto um projétil e Vaan olhou para o horizonte a sua frente. Olhava com uma inquietude crescente, incômoda. Sua respiração estava mais pesada, sendo difícil de respirar, e seu coração parecia lutar para sair de seu peito. Quando Archer saiu correndo, Vaan teve o mesmo impulso e correu na mesma direção que o jovem corria.
O som ensurdecedor da morte se fez presente e Vaan não pôde deixar de olhar de relance para o algoz: a serpente de ossos mostrava todo seu maligno explendor, com um rugido digno de um predador que se considerava um rei. Vaan parou por um segundo para contemplá-la. O olhar de terror da menina era claro e agora era preenchido por estrelas no céu lilás. O grito de Archer novamente a despertou e olhou para o chão que o mesmo tremeu. Para onde correria?
Na dúvida, seguiu o jovem arqueiro, agora mandando sua Essência para os membros e pulmões. Tentava ganhar velocidade e fôlego, para fugir; e força, caso fosse preciso atacar.
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Re: Perante Vosso Trono
"Hoje não é o dia da sua morte. Por que corre?"
Vaan parou de correr. Ela havia buscado, dentro de si, a mesma energia cósmica que permeava todo um universo de fatos e acasos. Ela sabia que estava ligada, intimamente, a algo, ainda que não fosse capaz de compreender os detalhes disso.
Parou de correr. Parou de correr e, pela primeira vez desde muito tempo, viu-se obrigada a olhar a sua volta. Que tipo de resposta precisaria, afinal?
Estava sozinha, cercada por estranhos. Havia sobrevivido ao ataque de um dos mais terríveis algozes que a Criação havia visto em anos. Seu corpo tornou-se uno com a essência dos deuses, transformando-a em uma arma semi-divina.
E esta não era a parte assustadora. A parte assustadora era a consciência disso tudo.
Retornar do inferno havia a quebrado, arrancado dela a sua alma, sua essência, seus propósitos. Ainda assim, por alguma razão, ela estava em Haafingar, para presenciar o nascimento de Voz dos Antigos e a morte do Guardião Esmeralda.
Agora, mais uma vez, ela olhava para os destinos incompletos que eram a ela ofertado. Sabia, em seu íntimo sabia, que ela fazia parte de tudo isso e de nada disso.
Ao mesmo tempo.
Seus olhos viam apenas estrelas em um firmamento infinito. No alto, um Sol demoníaco lhe trazia a angústia dos deuses.
- Socorro!!!
Um grito. Uma terceira serpente subia do solo e mergulhava, buscando uma garota que corria, assustada, tentando evitar a tortuosa morte dentro das mandíbulas da criatura.
Vaan olhou para o lado, na direção do grito e, quando o fez, viu a imagem de uma quarta serpente sair de dentro do solo e a devorá-la, tão logo desse o segundo passo.
Ela viu a imagem. Viu sua morte.
E compreendeu que apenas havia visto uma das tantas linhas do destino que cercavam a Criação. E que, consciente disto, ela poderia evitar a morte eminente.
Ao menos a sua.
Vaan parou de correr. Ela havia buscado, dentro de si, a mesma energia cósmica que permeava todo um universo de fatos e acasos. Ela sabia que estava ligada, intimamente, a algo, ainda que não fosse capaz de compreender os detalhes disso.
Parou de correr. Parou de correr e, pela primeira vez desde muito tempo, viu-se obrigada a olhar a sua volta. Que tipo de resposta precisaria, afinal?
Estava sozinha, cercada por estranhos. Havia sobrevivido ao ataque de um dos mais terríveis algozes que a Criação havia visto em anos. Seu corpo tornou-se uno com a essência dos deuses, transformando-a em uma arma semi-divina.
E esta não era a parte assustadora. A parte assustadora era a consciência disso tudo.
Retornar do inferno havia a quebrado, arrancado dela a sua alma, sua essência, seus propósitos. Ainda assim, por alguma razão, ela estava em Haafingar, para presenciar o nascimento de Voz dos Antigos e a morte do Guardião Esmeralda.
Agora, mais uma vez, ela olhava para os destinos incompletos que eram a ela ofertado. Sabia, em seu íntimo sabia, que ela fazia parte de tudo isso e de nada disso.
Ao mesmo tempo.
Seus olhos viam apenas estrelas em um firmamento infinito. No alto, um Sol demoníaco lhe trazia a angústia dos deuses.
- Socorro!!!
Um grito. Uma terceira serpente subia do solo e mergulhava, buscando uma garota que corria, assustada, tentando evitar a tortuosa morte dentro das mandíbulas da criatura.
Vaan olhou para o lado, na direção do grito e, quando o fez, viu a imagem de uma quarta serpente sair de dentro do solo e a devorá-la, tão logo desse o segundo passo.
Ela viu a imagem. Viu sua morte.
E compreendeu que apenas havia visto uma das tantas linhas do destino que cercavam a Criação. E que, consciente disto, ela poderia evitar a morte eminente.
Ao menos a sua.
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Re: Perante Vosso Trono
O homem, o sonho e a voz.
Aquele estranho cavaleiro ouvira algo que não devia. As vozes não possuiam a opção de falar sem permissão. Ilusão.
Enquanto perguntava-se como alguém poderia ouvir o louco perdido por trás de seus olhos, sentiu um leve choque. Arquiteto? Arquiteto... A imagem de um fiandeiro dos destinos surgiu em sua mente. Ele parecia controlar o seu caminho e suas escolhas, até então. Ele aparecera apenas em sonhos e agora isso tudo.
Já não conseguia pensar.
No seu próprio mundo, o tempo parara.
- E não é que eu faço barulho? Todos eles... um por um! Um por um eu posso... DEIXE-ME SAIR!!! O controle, sim? O CONTROLE TODO CONTROLE EU VOU VENCER UM DIA VOU VENCER ESPERE VOCÊ...
- Cale-se.
Falou a si mesmo e para ele, em meio às perguntas, em meio ao caos. A voz estava calma, mas o volume alterado soprava uma pequena fagulha de seu descontrole.
Eles ouviram, Spectre pensava. Eles ouviram. A voz escapara por sua máscara, por sua mente. Cuspia em sua face. Maldito. Odiava o descontrole de alguns deles que o confundia. Mas odiava mais ainda a ideia de tomarem o seu controle e agirem por entre sua pele.
E então elas vieram. As perguntas e respostas logo foram enterradas. Não houve muito tempo de reação. Estranhou tal seres. As vozes também pararam. Perdiam o controle, a razão. A loucura queria escapar através de todas as vozes. De todos eles. A brisa leve, a escuridão do amanhã. Concentrava-se. Havia lógica dentro da insanidade. Seus pensamentos se perdiam e se alinhavam. Às vezes eles entendiam a necessidade. E às vezes, um ou dois deles tentavam o enganar.
Pulou para o lado e seguiu Archer. Buscou a essência e todo o conhecimento. Buscou as palavras. Ouvia atentamente o som, sentia a vibração e se preparava. Aqueles seres antigos... haveria esperança?
Em uma língua perdida, esquecida e morta, o eco de diversas vozes explodiu na clareira:
- Seres da terra, demônios perdidos, através das trevas, do pó, das chamas, das cinzas - a adaga à palma - o sangue de eras, o sangue da morte - o sangue ao ar - que a sombra aprisione meus inimigos, que a ordem esconda nossa carne. Não há nada aqui para vocês.
Ou assim desejou por trás de seus gestos. E assim ordenaram através de sua mente.
Aquele estranho cavaleiro ouvira algo que não devia. As vozes não possuiam a opção de falar sem permissão. Ilusão.
Enquanto perguntava-se como alguém poderia ouvir o louco perdido por trás de seus olhos, sentiu um leve choque. Arquiteto? Arquiteto... A imagem de um fiandeiro dos destinos surgiu em sua mente. Ele parecia controlar o seu caminho e suas escolhas, até então. Ele aparecera apenas em sonhos e agora isso tudo.
Já não conseguia pensar.
No seu próprio mundo, o tempo parara.
- E não é que eu faço barulho? Todos eles... um por um! Um por um eu posso... DEIXE-ME SAIR!!! O controle, sim? O CONTROLE TODO CONTROLE EU VOU VENCER UM DIA VOU VENCER ESPERE VOCÊ...
- Cale-se.
Falou a si mesmo e para ele, em meio às perguntas, em meio ao caos. A voz estava calma, mas o volume alterado soprava uma pequena fagulha de seu descontrole.
Eles ouviram, Spectre pensava. Eles ouviram. A voz escapara por sua máscara, por sua mente. Cuspia em sua face. Maldito. Odiava o descontrole de alguns deles que o confundia. Mas odiava mais ainda a ideia de tomarem o seu controle e agirem por entre sua pele.
E então elas vieram. As perguntas e respostas logo foram enterradas. Não houve muito tempo de reação. Estranhou tal seres. As vozes também pararam. Perdiam o controle, a razão. A loucura queria escapar através de todas as vozes. De todos eles. A brisa leve, a escuridão do amanhã. Concentrava-se. Havia lógica dentro da insanidade. Seus pensamentos se perdiam e se alinhavam. Às vezes eles entendiam a necessidade. E às vezes, um ou dois deles tentavam o enganar.
Pulou para o lado e seguiu Archer. Buscou a essência e todo o conhecimento. Buscou as palavras. Ouvia atentamente o som, sentia a vibração e se preparava. Aqueles seres antigos... haveria esperança?
Em uma língua perdida, esquecida e morta, o eco de diversas vozes explodiu na clareira:
- Seres da terra, demônios perdidos, através das trevas, do pó, das chamas, das cinzas - a adaga à palma - o sangue de eras, o sangue da morte - o sangue ao ar - que a sombra aprisione meus inimigos, que a ordem esconda nossa carne. Não há nada aqui para vocês.
Ou assim desejou por trás de seus gestos. E assim ordenaram através de sua mente.
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Re: Perante Vosso Trono
Parou de correr. Parou de correr e parecia que o tempo não corria mais, sendo companhia da jovem. Como ela, o Tempo pareceu querer apenas observar. Vaan passou seus olhos liláses pelo campo de batalha. Parecia agora perceber o que antes estava apenas escondido, ou que ela simplesmente não queria ver, ou não estava pronta para ver. E ela compreendeu que todas estas três possibilidades poderiam ser a verdade. Sua respiração estava tão calma agora, tão em sincronia com tudo a seu redor, com as linhas que a Criação desenhava e os caprichos do Destino, que ela esquecera de sua insignificância, de sua mortalidade.... Não, ela não havia esquecido esses fatos, ela apenas tinha a certeza de que não era mais algo tão simples quanto um mortal, apenas uma pequena estrela dentro de um universo infinito, que vaga sem qualquer desejo. Ela era algo brilhante, algo que poderia ofuscar as outras constelações e escolher seus caminhos.
Vaan respirou fundo e fechou os olhos. Ao abri-los de novo, sentia que todas as suas dúvidas soram sanadas, ou pelo menos, tinha uma compreensão maior do que antes. Não sentia-se apenas uma tola criança, mas sim como um velho sábio. Era tão belo ver todas as possibilidades, todos os caminhos que se apresentam para as criaturas. E como elas eram pequenas diante das escolhas e não tinham a menor noção daquilo. Belo e terrível. Percebeu também que nunca deixara de ser o que sempre fora, mesmo quando retornou do inferno.
Olhou seu braço. Não, ela era algo diferente, mas ao mesmo tempo, jamais deixara de ser o que era. Seus olhos ainda dançavam pela cena e ela tentava juntar todas as partes, entender todas as linhas que se apresentavam e abriam-se em imensos oceanos. Tudo era tão certo, mas ao mesmo tempo, vítimas de mudanças constantes.
Vaan compreendeu. E aquilo a encheu de medo, mas também, a encheu de coragem. Levou a mão até sua testa, onde sabia que o símbolo lilás brilhava. Era uma criança dos Deuses, e poderia erguer um império, se quisesse.
Olhou na direção do grito. Seu ímpeto era ajudar a garota. Deu um passo na direção e quando fora dar o segundo, veio a imagem, como um raio. Vaan piscou algumas vezes e não pôde se mexer. Se se mexesse para salvá-la, ela própria morreria. Vaan estava tão certa daquilo que o máximo que fez foi gritar para Archer e apontar a menina, ou quem sabe Spectre a ajudaria. Vaan olhava com temor pela vida da menina. Será que conseguiria traçar algo que pudesse não só salvar sua vida, mas também de outros?
Liberou mais sua Essência e dessa vez, deixou-a brilhar, deixou-a libertar-se, correr por todo seu corpo. Queria sentir, queria saber do que seria capaz. Se aquele não seria o dia que Vaan morreria, queria entender mais sobre o que ela era. Como Spectre disse, ela agora calmamente esperaria as respostas.
Vaan respirou fundo e fechou os olhos. Ao abri-los de novo, sentia que todas as suas dúvidas soram sanadas, ou pelo menos, tinha uma compreensão maior do que antes. Não sentia-se apenas uma tola criança, mas sim como um velho sábio. Era tão belo ver todas as possibilidades, todos os caminhos que se apresentam para as criaturas. E como elas eram pequenas diante das escolhas e não tinham a menor noção daquilo. Belo e terrível. Percebeu também que nunca deixara de ser o que sempre fora, mesmo quando retornou do inferno.
Olhou seu braço. Não, ela era algo diferente, mas ao mesmo tempo, jamais deixara de ser o que era. Seus olhos ainda dançavam pela cena e ela tentava juntar todas as partes, entender todas as linhas que se apresentavam e abriam-se em imensos oceanos. Tudo era tão certo, mas ao mesmo tempo, vítimas de mudanças constantes.
Vaan compreendeu. E aquilo a encheu de medo, mas também, a encheu de coragem. Levou a mão até sua testa, onde sabia que o símbolo lilás brilhava. Era uma criança dos Deuses, e poderia erguer um império, se quisesse.
Olhou na direção do grito. Seu ímpeto era ajudar a garota. Deu um passo na direção e quando fora dar o segundo, veio a imagem, como um raio. Vaan piscou algumas vezes e não pôde se mexer. Se se mexesse para salvá-la, ela própria morreria. Vaan estava tão certa daquilo que o máximo que fez foi gritar para Archer e apontar a menina, ou quem sabe Spectre a ajudaria. Vaan olhava com temor pela vida da menina. Será que conseguiria traçar algo que pudesse não só salvar sua vida, mas também de outros?
Liberou mais sua Essência e dessa vez, deixou-a brilhar, deixou-a libertar-se, correr por todo seu corpo. Queria sentir, queria saber do que seria capaz. Se aquele não seria o dia que Vaan morreria, queria entender mais sobre o que ela era. Como Spectre disse, ela agora calmamente esperaria as respostas.
Valkyrja- Usuário
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Re: Perante Vosso Trono
"Você viu um destino apenas. Por que tem medo?[i]"
"[i]Não é capaz de sentir? Como tudo parece mais... vivo..."
E o grito de medo se tornou desespero. Archer viu o dedo em riste de Vaan, mas quando virou-se para a criança, a serpente já se precipitava sobre ela, erguia-se do chão e descia como um raio. O garoto começou a correr na direção dela, mas era tarde demais. Silêncio caiu sobre o campo de batalha e a serpente já voltava para o subterrâneo.
- Não... não, não! NÃo! NÃO!
Spectre ergueu a mão e ofereceu seu sangue em troca do poder oculto em suas veias, por trás daquela máscara aterradora. Ele sussurrou palavras de comando e ordenou que sua energia vital desse força às suas palavras. Ao contrário dos outros, não havia qualquer piromania, qualquer sinal de essência.
Foi tarde demais quando um arrepio percorreu a sua coluna e ele olhou por cima do ombro. Uma quinta serpente surgia do solo, próxima a ele. Guinchou algum som aterrador e, quando o fez, uma forte pressão de ar saiu por suas mandíbulas. Mas Spectre permaneceu parado, convocando o que quer que fosse até que a criatura, por alguma razão, saltasse por cima dele, sem incomodá-lo, como se não o houvesse visto.
As serpentes saltavam para fora do chão como em uma dança. Subiam, desciam, rasgavam o ar, gritavam de raiva. Alexander entendia que aqueles sons eram gritos de fidelidade a alguém, alguma coisa e que eles eram vistos como invasores.
O chão tremia e neve voava para todos os lados, a cada pancada sobre o solo.
Archer estava de joelhos agora. As mãos sobre o solo o olhar baixo. Continuava a repetir "Não" por diversas vezes, balançando a cabeça e dando socos na espessa camada de gelo onde se apoiava. Talvez ele esperasse que aquilo fosse trazê-la devolta.
Sete. Oito serpentes agora. Precisavam sair dali e rápido.
___
Vaan adquiriu Absence (Sidereal Charm)
"[i]Não é capaz de sentir? Como tudo parece mais... vivo..."
E o grito de medo se tornou desespero. Archer viu o dedo em riste de Vaan, mas quando virou-se para a criança, a serpente já se precipitava sobre ela, erguia-se do chão e descia como um raio. O garoto começou a correr na direção dela, mas era tarde demais. Silêncio caiu sobre o campo de batalha e a serpente já voltava para o subterrâneo.
- Não... não, não! NÃo! NÃO!
Spectre ergueu a mão e ofereceu seu sangue em troca do poder oculto em suas veias, por trás daquela máscara aterradora. Ele sussurrou palavras de comando e ordenou que sua energia vital desse força às suas palavras. Ao contrário dos outros, não havia qualquer piromania, qualquer sinal de essência.
Foi tarde demais quando um arrepio percorreu a sua coluna e ele olhou por cima do ombro. Uma quinta serpente surgia do solo, próxima a ele. Guinchou algum som aterrador e, quando o fez, uma forte pressão de ar saiu por suas mandíbulas. Mas Spectre permaneceu parado, convocando o que quer que fosse até que a criatura, por alguma razão, saltasse por cima dele, sem incomodá-lo, como se não o houvesse visto.
As serpentes saltavam para fora do chão como em uma dança. Subiam, desciam, rasgavam o ar, gritavam de raiva. Alexander entendia que aqueles sons eram gritos de fidelidade a alguém, alguma coisa e que eles eram vistos como invasores.
O chão tremia e neve voava para todos os lados, a cada pancada sobre o solo.
Archer estava de joelhos agora. As mãos sobre o solo o olhar baixo. Continuava a repetir "Não" por diversas vezes, balançando a cabeça e dando socos na espessa camada de gelo onde se apoiava. Talvez ele esperasse que aquilo fosse trazê-la devolta.
Sete. Oito serpentes agora. Precisavam sair dali e rápido.
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Vaan adquiriu Absence (Sidereal Charm)
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