A Caminho da Fortaleza Vermelha
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
- Mas.. - Hector olhou para Charlie. - A voz, Charlie! As coisas que dizia.. Por todos os Deuses.. - balbuciava. Parecia completa e totalmente fora de si. Encarava os corpos destruídos, encarava os crânios esmagados, encarava as mãos ensanguentadas..
Hector não estava bem. Estava um bocado.. Um bocado perdido. Parecia estar em completo e totalmente choque.
- É culpa minha, Charlie.. Desculpa..
Hector não estava bem. Estava um bocado.. Um bocado perdido. Parecia estar em completo e totalmente choque.
- É culpa minha, Charlie.. Desculpa..
Sarx- Usuário
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Charlie passou a língua pelos lábios, olhou em volta mais uma vez, tentando compreender o cenário que se formou a volta deles. Tinha visto apenas flashes da matança que Hector protagonizara. Respirou fundo, e issso lhe custou algumas boas dores.
Charlie queria ir embora, estava com frio, com dor e começava a sentir fome, a cauda branca tigrada moveu-se de um lado para o outro. Não sabia como lidar com aquilo.
- Hector... - Começou, mas não existia muito o que se dizer, afinal. Não sabia consolar, não era um ato pelo qual se consolar, se arrepender. - Essa é a guerra. Alguém morre, alguém mata. Não existe razão pela qual pedir desculpas.
Charlie queria ir embora, estava com frio, com dor e começava a sentir fome, a cauda branca tigrada moveu-se de um lado para o outro. Não sabia como lidar com aquilo.
- Hector... - Começou, mas não existia muito o que se dizer, afinal. Não sabia consolar, não era um ato pelo qual se consolar, se arrepender. - Essa é a guerra. Alguém morre, alguém mata. Não existe razão pela qual pedir desculpas.
Rosenrot- Usuário
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Hector respirou fundo, olhando para Charlie.
- É... Tens razão. - decretou, com a voz pouco firme, pouca certa. Não achava, realmente, que ela tinha razão. Não tinha certeza de nada. Não tinha certeza do que havia feito, ou do motivo que o havia levado a fazê-lo, e não tinha certeza do que havia sido a voz a provocar-lhe - seria o homem por quem clamara ajuda? Não tinha certeza nem por que sentia-se tão diferente, ou por que estava, até mesmo fisicamente, tão diferente.
Mas tinha certeza que Charlie esava ferida. E ele precisava ajudar o pequeno protegido. Não havia tempo para lágrimas, para chorar, pra tentar entender. Faria isso depois, em suas rezas e meditações. Mas não agora. Agora, precisava ser forte - Charlie dependia dele, afinal de contas.
Hector agarrou o martelo, e se levantou.
- Os lobos cuidarão de José. Que a natureza siga sue rumo, infelizmente. - disse. - Consegue subir no tue pangaré ou quer ajuda? Podemos olhar nos destroços a frente e ver se achamos alguns ratos pra você.
- É... Tens razão. - decretou, com a voz pouco firme, pouca certa. Não achava, realmente, que ela tinha razão. Não tinha certeza de nada. Não tinha certeza do que havia feito, ou do motivo que o havia levado a fazê-lo, e não tinha certeza do que havia sido a voz a provocar-lhe - seria o homem por quem clamara ajuda? Não tinha certeza nem por que sentia-se tão diferente, ou por que estava, até mesmo fisicamente, tão diferente.
Mas tinha certeza que Charlie esava ferida. E ele precisava ajudar o pequeno protegido. Não havia tempo para lágrimas, para chorar, pra tentar entender. Faria isso depois, em suas rezas e meditações. Mas não agora. Agora, precisava ser forte - Charlie dependia dele, afinal de contas.
Hector agarrou o martelo, e se levantou.
- Os lobos cuidarão de José. Que a natureza siga sue rumo, infelizmente. - disse. - Consegue subir no tue pangaré ou quer ajuda? Podemos olhar nos destroços a frente e ver se achamos alguns ratos pra você.
Sarx- Usuário
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Lobos começavam a uivar ao longe, provavelmente sentindo o cheiro de sangue que vinha daquele lugar. Olhavam a volta e tudo o que viam era desolação, com o peso da distância entre a morte e o que chamavam de lar, caindo sobre seus ombros.
Charlie já não sangrava mais. Algo em seu corpo havia mudado, tornado-a mais resistente e isso impediria que ela morresse de hemorragia. A dor, contudo, ainda existia e sabia que precisaria de algum tempo para se recuperar. Qualquer movimento, faria com dificuldade e a dor não cessaria sem que antes fosse devidamente tratada para tanto.
Estavam perdidos. Sem comida e sem transporte. Feridos fisicamente e emocionalmente.
Um riso fraco e cansado lembrou-se da realidade. Olhando a volta, viram um dos homens caído no chão, se afogando em seu próprio sangue.
- A profecia..... al-guém... une... o norte.... e marcha.... hah... haha.... as cidades livres irão cair quando o Sol Gelado nascer... haha.... hah...
E ergueu, com o pouco de força que restava, o braço em direção ao norte, onde a marcha dos bárbaros se intensificava.
- O Messias do Norte... hah....
E morreu. Sufocado na morte que Hector havia lançado sobre ele.
Charlie já não sangrava mais. Algo em seu corpo havia mudado, tornado-a mais resistente e isso impediria que ela morresse de hemorragia. A dor, contudo, ainda existia e sabia que precisaria de algum tempo para se recuperar. Qualquer movimento, faria com dificuldade e a dor não cessaria sem que antes fosse devidamente tratada para tanto.
Estavam perdidos. Sem comida e sem transporte. Feridos fisicamente e emocionalmente.
Um riso fraco e cansado lembrou-se da realidade. Olhando a volta, viram um dos homens caído no chão, se afogando em seu próprio sangue.
- A profecia..... al-guém... une... o norte.... e marcha.... hah... haha.... as cidades livres irão cair quando o Sol Gelado nascer... haha.... hah...
E ergueu, com o pouco de força que restava, o braço em direção ao norte, onde a marcha dos bárbaros se intensificava.
- O Messias do Norte... hah....
E morreu. Sufocado na morte que Hector havia lançado sobre ele.
25Slash7- Administrador
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Charlie achava que talvez fosse mais justo dar ao cavalo uma morte rápida, se fosse o caso, mas era o animal de Hector, e ele deveria decidir o que fazer. Depois de um minuto de concentração e de muito, muito esforço e dores, conseguiu subir no cavalo.
Franziu as sobrancelhas, enquanto ofegava pelo esforço. - Eu não como ratos. - Estava começando a se irritar com aquilo. Tinha menos problemas com qualquer tipo de remorsso ou sentimentalismo em relação ao ocorrido do que Hector provavelmente estava tendo. Respirou fundo, agarrando as rédeas com uma das mãos.
Ouviu a risada, e moveu o rosto na direção do riso. Tinha uma das sobrancelhas arqueadas ouvindo o que o sujeitopraticamente balbuciava.
Aquilo não lhe parecia bom, não parecia nada bom. Passou a língua nos lábios e olhou na direção do norte. - Qual a cidade mais próxima? Não vamos ir muito longe do jeito que estamos. E quero... Conseguir umas informações.
Franziu as sobrancelhas, enquanto ofegava pelo esforço. - Eu não como ratos. - Estava começando a se irritar com aquilo. Tinha menos problemas com qualquer tipo de remorsso ou sentimentalismo em relação ao ocorrido do que Hector provavelmente estava tendo. Respirou fundo, agarrando as rédeas com uma das mãos.
Ouviu a risada, e moveu o rosto na direção do riso. Tinha uma das sobrancelhas arqueadas ouvindo o que o sujeitopraticamente balbuciava.
Aquilo não lhe parecia bom, não parecia nada bom. Passou a língua nos lábios e olhou na direção do norte. - Qual a cidade mais próxima? Não vamos ir muito longe do jeito que estamos. E quero... Conseguir umas informações.
Rosenrot- Usuário
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
"A Fúria Esmeralda"
Quando o vento soprou, trouxe consigo aquelas palavras de mau agouro. Aterradoras no espírito dos Escolhidos. Olharam a volta e compreenderam a presença de alguém, de alguma coisa ali se encontrava. A frente. Ao lado. Acima, abaixo. Algo, alguém, os envolvia sob um manto infindo de essência.
Procuraram, olharam a volta e, então, a gélida planície pareceu perder as suas cores, ficando esbranquiçada pouco a pouco, então cinza, monocromática. De dentro de um céu sombrio e preenchido por nuvens, penas tão brancas quanto o marfim, feitas da mais pura essência, começaram a cair sobre os dois.
"Quanto tempo, quanto tempo eu não via a Fúria de um escolhido"
E então Hector sentiu o suave toque de dedos delgados em sua face. Reconfortantes, pareciam trazer a promessa de uma grande vitória amanhã. Sentiu-se envolvido naquela sensação que, repentinamente como surgiu, desapareceu, apenas para que Charlie então pudesse senti-la. Incapaz de ver qualquer coisa, a garota sentiu quando o que quer que fosse passou os braços de essência envolta do seu pescoço e lhe entregou o calor que residia em uma alma incontida.
"Como cheira bem o que é quebrado..."
Um novo sussurro trazido pelo vento, uma nova frase e, com isso, a presença desapareceu.
Algumas das penas que caíram do céu, elevaram um pequeno amontoado. Energia as envolveu, as penas giraram como se estivessem dentro de um pequeno redemoinho, moldando, dando contornos à um corpo feminino, com esplendorosas asas esbranquiçadas que abriam-se imponentemente e cuja envergadura individual devesse chegar em torno de 5 metros.
- Escolhidos... quando o pequeno Guardião Esmeralda caiu eu soube. Sim, eu soube que a Roda das Eras iria se movimentar mais uma vez.
Voharum. Aquela palavra veio às suas mentes. O Corvo de Batalha, o Deus dos Soldados Caídos, Aquele Quem se Banqueteia dos Mortos. A Velha Ama contava-lhes histórias de como Voharum assumia para si as causas impossíveis. Sua pele era clara, imaculada, mas sua mão direita possuia manchas de sangue seco, como uma recordação de que ele estaria entre os mortos ao final das batalhas. Olhos azuis, límpidos como o céu do Norte em uma noite estrelada.
- Mas vejo aqui apenas parte do legado de Rehvakiin. Vejo dois. Onde estão os outros?
Um corvo branco batia asas ao seu lado e gralhou alguma coisa para Voharum. Sua expressão transformou-se em um sorriso distante.
- Partidos. Como vocês. O Legado partido.
Aproximou-se, pé ante pé, na direção de Hector e, quando o fez...
- Sim. Você. Greyfall. Ah, quantas batalhas não estive ao lado de seu mentor. E hoje ele ergue suas armas contra o Norte e unifica as tribos sob um único estandarte. Quanto tempo dormiram, Escolhidos? Quanto tempo? Perderam uma vida aqui. Marcham em direção a sua casa, mas o perigo é eminente, urgente.
Sua voz era suave, acompanhada constantemente por leves sopros de vento, como se fossem carícias em corpos cansados.
- A Criação, como conhecemos, irá se partir. Olhem...
[EVENTO GLOBAL]:
(Quem não vê: Shen)
As imagens viriam em sua mente, acompanhadas pelo rugido de seu demônio interior (apenas para os infernais), que reagiam a influência externa de alguém que tentava lhes mostrar algo que não queriam ver.
Voavam. Voavam sob a Criação, como pequenos corvos brancos que trazem notícias durante o grande inverno. Os homens seguiam a sua vida, mesmo sob o julgo constante da Dinastia Escarlate. A Imperatriz havia desaparecido, mas isto não impedia os homens de continuarem seus jogos de poder. A Sétima Legião sustentava-se como o último bastião, liderando a Confederação dos Rios contra aquele sistema. No Oeste, os mares tornavam-se revoltosos, enquanto no sul os profetas das areias anunciavam o fim dos tempos.
Voavam. E viram quando o Guardião Esmeralda foi morto. Viram o grito de um mestre de armas que transformou-se em desespero, seguido do rugido de um urso. O lamento dos mortos. Ouviram a prece do Ancião, quando ele desejou ter juventude o suficiente para lutar uma última gloriosa batalha. Quando lamentou morrer sem conseguir proteger o que deveria proteger. Viram quando a Horda de criaturas disformes, conduzidas pelo mascarado, seguiram o seu caminho, dando às costas ao destino dos homens.
Voavam. E viram A Voz dos Antigos caminhando, solitário, em direção ao ponto mais alto do norte, passando pela Encosta do Diamante, deixando para trás um rastro de destruição, como se o seu sadismo o impelia a usar aquela aterradora espada capaz de cortar o tempo. Viram, que ele marchava em direção à montanha mais alta.
Voavam. E viram que as tribos do norte marchavam na mesma direção, em direção ao lugar que poderiam chamar de lar. Ao redor de um homem. Apenas um homem. E souberam, que ele estava disposto a tomar o norte para si. Que estava disposto a tomar a Criação para si.
As imagens sumiram num segundo e retornaram no outro. Mas desta vez, ao invés do silêncio absoluto, havia o rugido de demônios.
Charlie era apunhada pelas costas.
Hector trazia uma carnificina sobre o gelo.
Niume olhava atônita, incapaz de salvar Alfadur.
Enquanto Alfadur era derrotado por si próprio.
Alexander carregava sobre seus ombros a dor da sua maior derrota.
Spectre era incapaz de dormir, atormentado por pesadelos
Vaan confrontava, junto com os dois últimos, confrontava serpentes, guardiãs do norte
E então o mundo se rompeu e a Criação foi devorada pelo Devorador
- Escolhidos... se o Norte cair, toda a Criação cairá.
Quando o vento soprou, trouxe consigo aquelas palavras de mau agouro. Aterradoras no espírito dos Escolhidos. Olharam a volta e compreenderam a presença de alguém, de alguma coisa ali se encontrava. A frente. Ao lado. Acima, abaixo. Algo, alguém, os envolvia sob um manto infindo de essência.
Procuraram, olharam a volta e, então, a gélida planície pareceu perder as suas cores, ficando esbranquiçada pouco a pouco, então cinza, monocromática. De dentro de um céu sombrio e preenchido por nuvens, penas tão brancas quanto o marfim, feitas da mais pura essência, começaram a cair sobre os dois.
"Quanto tempo, quanto tempo eu não via a Fúria de um escolhido"
E então Hector sentiu o suave toque de dedos delgados em sua face. Reconfortantes, pareciam trazer a promessa de uma grande vitória amanhã. Sentiu-se envolvido naquela sensação que, repentinamente como surgiu, desapareceu, apenas para que Charlie então pudesse senti-la. Incapaz de ver qualquer coisa, a garota sentiu quando o que quer que fosse passou os braços de essência envolta do seu pescoço e lhe entregou o calor que residia em uma alma incontida.
"Como cheira bem o que é quebrado..."
Um novo sussurro trazido pelo vento, uma nova frase e, com isso, a presença desapareceu.
Algumas das penas que caíram do céu, elevaram um pequeno amontoado. Energia as envolveu, as penas giraram como se estivessem dentro de um pequeno redemoinho, moldando, dando contornos à um corpo feminino, com esplendorosas asas esbranquiçadas que abriam-se imponentemente e cuja envergadura individual devesse chegar em torno de 5 metros.
- Escolhidos... quando o pequeno Guardião Esmeralda caiu eu soube. Sim, eu soube que a Roda das Eras iria se movimentar mais uma vez.
Voharum. Aquela palavra veio às suas mentes. O Corvo de Batalha, o Deus dos Soldados Caídos, Aquele Quem se Banqueteia dos Mortos. A Velha Ama contava-lhes histórias de como Voharum assumia para si as causas impossíveis. Sua pele era clara, imaculada, mas sua mão direita possuia manchas de sangue seco, como uma recordação de que ele estaria entre os mortos ao final das batalhas. Olhos azuis, límpidos como o céu do Norte em uma noite estrelada.
- Mas vejo aqui apenas parte do legado de Rehvakiin. Vejo dois. Onde estão os outros?
Um corvo branco batia asas ao seu lado e gralhou alguma coisa para Voharum. Sua expressão transformou-se em um sorriso distante.
- Partidos. Como vocês. O Legado partido.
Aproximou-se, pé ante pé, na direção de Hector e, quando o fez...
- Sim. Você. Greyfall. Ah, quantas batalhas não estive ao lado de seu mentor. E hoje ele ergue suas armas contra o Norte e unifica as tribos sob um único estandarte. Quanto tempo dormiram, Escolhidos? Quanto tempo? Perderam uma vida aqui. Marcham em direção a sua casa, mas o perigo é eminente, urgente.
Sua voz era suave, acompanhada constantemente por leves sopros de vento, como se fossem carícias em corpos cansados.
- A Criação, como conhecemos, irá se partir. Olhem...
[EVENTO GLOBAL]:
(Quem não vê: Shen)
As imagens viriam em sua mente, acompanhadas pelo rugido de seu demônio interior (apenas para os infernais), que reagiam a influência externa de alguém que tentava lhes mostrar algo que não queriam ver.
Voavam. Voavam sob a Criação, como pequenos corvos brancos que trazem notícias durante o grande inverno. Os homens seguiam a sua vida, mesmo sob o julgo constante da Dinastia Escarlate. A Imperatriz havia desaparecido, mas isto não impedia os homens de continuarem seus jogos de poder. A Sétima Legião sustentava-se como o último bastião, liderando a Confederação dos Rios contra aquele sistema. No Oeste, os mares tornavam-se revoltosos, enquanto no sul os profetas das areias anunciavam o fim dos tempos.
Voavam. E viram quando o Guardião Esmeralda foi morto. Viram o grito de um mestre de armas que transformou-se em desespero, seguido do rugido de um urso. O lamento dos mortos. Ouviram a prece do Ancião, quando ele desejou ter juventude o suficiente para lutar uma última gloriosa batalha. Quando lamentou morrer sem conseguir proteger o que deveria proteger. Viram quando a Horda de criaturas disformes, conduzidas pelo mascarado, seguiram o seu caminho, dando às costas ao destino dos homens.
Voavam. E viram A Voz dos Antigos caminhando, solitário, em direção ao ponto mais alto do norte, passando pela Encosta do Diamante, deixando para trás um rastro de destruição, como se o seu sadismo o impelia a usar aquela aterradora espada capaz de cortar o tempo. Viram, que ele marchava em direção à montanha mais alta.
Voavam. E viram que as tribos do norte marchavam na mesma direção, em direção ao lugar que poderiam chamar de lar. Ao redor de um homem. Apenas um homem. E souberam, que ele estava disposto a tomar o norte para si. Que estava disposto a tomar a Criação para si.
As imagens sumiram num segundo e retornaram no outro. Mas desta vez, ao invés do silêncio absoluto, havia o rugido de demônios.
Charlie era apunhada pelas costas.
Hector trazia uma carnificina sobre o gelo.
Niume olhava atônita, incapaz de salvar Alfadur.
Enquanto Alfadur era derrotado por si próprio.
Alexander carregava sobre seus ombros a dor da sua maior derrota.
Spectre era incapaz de dormir, atormentado por pesadelos
Vaan confrontava, junto com os dois últimos, confrontava serpentes, guardiãs do norte
E então o mundo se rompeu e a Criação foi devorada pelo Devorador
- Escolhidos... se o Norte cair, toda a Criação cairá.
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Paralisado. Desert, quando puder voltar a postar, gentileza avisar;.
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Charlie aguardou as respostas do Gigante, e quando elas não vieram, sutilmente interrompidas pelas palavras agourentas repassadas pelo vento, a criança sentiu o que menos gostava: arrepiou-se, de um temor futuro que não lhe pertencia. De modo instintivo olhou em volta, antes de retornar a atenção a Hector.
- Você ouviu isso? - Questionou, mas sem esperanças reais de uma resposta. Hector tinha a estranha mania de agir estranho naqueles eventos.
E olhou, sem ver nada além do branco que parecia sugar todas as outras cores, enquanto tudo ia se tornando tão morto. Charlie lambeu os lábios, incomodada, inquieta enquanto acontecia o que acontecia com Hector.
Charlie era muito mais arredio aqueles tipos de experiências, e quando a coisa tocou-lhe, envolvendo-lhe, ele se mexeu, irritadiça em cima do cavalo. Negava-se a se sentir confortado ou confortável com aquilo, por mais que em seu intímo soubesse que sentia.
Agarrou uma das penas no ar, e a observou por um instante antes de soltá-la, voltou os olhos então para a figura que se formava à frente deles, falando em tão precioso tom manso. E em sua irritabilidade, em sua ausência de necessidade de se fingir agradável, Charlie ouviu.
Observou o corvo por um tempo, sem ter certeza do motivo pelo que fizera.
Entendeu a quem ela se referia quando falava dos "outros", mas nada disse. Todas aquelas coisas pareciam, de maneira esquisita estarem ligadas a Hector.
E então vieram aquelas coisas. Coisas que ela estava aprendendo a detestar mais do que muitas outras coisas na vida. Vieram as imagens.
Charlie, simplicista em suas concepções não compreendia totalmente todas aquelas coisas, as via, sabia de uma forma ou de outra que fazia parte delas, mas ainda sim sentia não se encaixar.
Não sentia absolutamente nada por aquelas pessoas, talvez desprezo, mas não tinha certeza se podia dá-los esse previlegio. E quando tudo se acabou, ela voltou o rosto na direção de Hector.
- O que isso quer dizer? Que temos que ir atrás deles? O QUE ISSO QUER DIZER??? POR QUE ELES NÃO PARAM DE BRINCAR COM NOSSAS MENTES? - Esbravejou, queria respostas e as queria agora.
- Você ouviu isso? - Questionou, mas sem esperanças reais de uma resposta. Hector tinha a estranha mania de agir estranho naqueles eventos.
E olhou, sem ver nada além do branco que parecia sugar todas as outras cores, enquanto tudo ia se tornando tão morto. Charlie lambeu os lábios, incomodada, inquieta enquanto acontecia o que acontecia com Hector.
Charlie era muito mais arredio aqueles tipos de experiências, e quando a coisa tocou-lhe, envolvendo-lhe, ele se mexeu, irritadiça em cima do cavalo. Negava-se a se sentir confortado ou confortável com aquilo, por mais que em seu intímo soubesse que sentia.
Agarrou uma das penas no ar, e a observou por um instante antes de soltá-la, voltou os olhos então para a figura que se formava à frente deles, falando em tão precioso tom manso. E em sua irritabilidade, em sua ausência de necessidade de se fingir agradável, Charlie ouviu.
Observou o corvo por um tempo, sem ter certeza do motivo pelo que fizera.
Entendeu a quem ela se referia quando falava dos "outros", mas nada disse. Todas aquelas coisas pareciam, de maneira esquisita estarem ligadas a Hector.
E então vieram aquelas coisas. Coisas que ela estava aprendendo a detestar mais do que muitas outras coisas na vida. Vieram as imagens.
Charlie, simplicista em suas concepções não compreendia totalmente todas aquelas coisas, as via, sabia de uma forma ou de outra que fazia parte delas, mas ainda sim sentia não se encaixar.
Não sentia absolutamente nada por aquelas pessoas, talvez desprezo, mas não tinha certeza se podia dá-los esse previlegio. E quando tudo se acabou, ela voltou o rosto na direção de Hector.
- O que isso quer dizer? Que temos que ir atrás deles? O QUE ISSO QUER DIZER??? POR QUE ELES NÃO PARAM DE BRINCAR COM NOSSAS MENTES? - Esbravejou, queria respostas e as queria agora.
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Hector parou seus movimentos, estáticos. Já havia, antes, ouvido vozes - mas a sucessão de coisas estranhas a acontecerem, constantemente, repetidademente, simplesmente o fazia crer que aquela voz era algo mais que, pura e simplesmente, a voz de um espírito - e a voz de um espírito já era, sem dúvida alguma, muito.
Hector sentiu a presença, a profunda e pesada presença, enquanto o mundo parecia perder as cores, e olhou para Charlie, preocupado - estendeu uma mão, agarrando a da jovem, protetor como era. Engoliu em seco. - Pelos sete infernos.. - murmurou consigo mesmo, enquanto dava um passo para trás, como que para fugir do que quer que fosse aquilo.
A fúria de um escolhido? Ele havia feito aquilo, ele havia criado o massacre.. Era um escolhido? Um escolhido do que? Para que? Era ele o escolhido do Rei com a Coroa Sangrenta? E o que significaria, ser escolhido por tal homem-criatura, distante de tudo e todos? Sentiu o toque em seu rosto e golpeou o ar a sua frente, como que para expulsar o que quer que estivesse alí. - Quem é você!? - gritou, urgente. - O que quer de nós!? - perguntou.
E veio o sussurro. E veio o vento. E a presença se foi, e Hector agradeceu aos aos silfos, inconsciente do quão forte apertava o pulso de Charlie.
E então veio a criatura, as penas, e Hector, a principio, empurrou Charlie para trás de si, erguendo o martelo, preparando-se para esmagar, para fazer qualquer coisa, para conquistar qualquer pequena ilusão de que possuia algum controle sobre aquilo. - Em nome de toda a casa Hrothgar e da Montanha Vermelha, eu exijo que voc~e... - e suas palavras morreram em sua boca, quando a figura se formou de vez, quando o nome lhe veio a mente. Uma ajuda. Por todos os Deuses, finalmente, uma ajuda. Alguma coisa. Alguma coisa que os ajudaria - afinal, que causa era mais impossível do que a causa da loucura que parecia lhes assolar?
E o corvo. E as palavras. Ele queria perguntar tanto, queria saber tanto, mas simplesmente não conseguia soltá-las, não conseguia fazer com que as palavras deixassem seus lábios. Greyfall? Seu mestre de armas? Ele não havia morrido! Estava vivo! Mas... Mas... erguia-se contra o norte?
Abriu a bocarra e murmurou qualquer coisa sem sentido, antes das visões que o iobilizaram, como se uma onda súbita de conhecimento, de sapiência, o levasse a compreender, a entender, a analisar tudo. Mas ao mesmo tempo que entendia, e analisava-a, ele desconhecia, e seu corpo doía em extâse com o grito de um demônio que não queria, mas parecia precisar, aceitar. Viu rostos conhecidos, e os que não conhecia também. Viu Fal Grey. Greyfall.
E viu o mundo acabar, e com ele, parte de si - mais uma.
E então Charlie estava em frente a ele. Seu pequeno protegido. Sua criança. Seu filho e sua irmã. Estava tão confuso quanto ela. As vezes, achava que estavam enlouquecendo. Tinha certeza, na verdade. Estavam ficando loucos. Todos loucos.
Mas era ele a Montanha. E a montanha não se parte. Os homens do norte eram mais frios que aquilo. O ódio, o desespero, a dor e o medo, congelavam-se em seus corações antes de ganharem seus olhos como lágrimas. Não deixaria-se desesperar novamente. Charlie precisava de uma base. De algo sólido em que se apoiar. A criança nunca fora tão dura quanto achava ser. Respirou fundo.
- Estão nos testando. - disse. 'Estamos enlouquecendo', pensou. - Temos de achar Fal Grey. Ele está montando um exército. Temos de achá-lo, temos de nos aliar a ele. O norte tem de cair para manter-se de pé. Existem muitas forças. É necessário unificá-lo. - foi o que ele disse.
"Pelos deuses. Vou matar a todos nós.", é o que pensou.
Hector sentiu a presença, a profunda e pesada presença, enquanto o mundo parecia perder as cores, e olhou para Charlie, preocupado - estendeu uma mão, agarrando a da jovem, protetor como era. Engoliu em seco. - Pelos sete infernos.. - murmurou consigo mesmo, enquanto dava um passo para trás, como que para fugir do que quer que fosse aquilo.
A fúria de um escolhido? Ele havia feito aquilo, ele havia criado o massacre.. Era um escolhido? Um escolhido do que? Para que? Era ele o escolhido do Rei com a Coroa Sangrenta? E o que significaria, ser escolhido por tal homem-criatura, distante de tudo e todos? Sentiu o toque em seu rosto e golpeou o ar a sua frente, como que para expulsar o que quer que estivesse alí. - Quem é você!? - gritou, urgente. - O que quer de nós!? - perguntou.
E veio o sussurro. E veio o vento. E a presença se foi, e Hector agradeceu aos aos silfos, inconsciente do quão forte apertava o pulso de Charlie.
E então veio a criatura, as penas, e Hector, a principio, empurrou Charlie para trás de si, erguendo o martelo, preparando-se para esmagar, para fazer qualquer coisa, para conquistar qualquer pequena ilusão de que possuia algum controle sobre aquilo. - Em nome de toda a casa Hrothgar e da Montanha Vermelha, eu exijo que voc~e... - e suas palavras morreram em sua boca, quando a figura se formou de vez, quando o nome lhe veio a mente. Uma ajuda. Por todos os Deuses, finalmente, uma ajuda. Alguma coisa. Alguma coisa que os ajudaria - afinal, que causa era mais impossível do que a causa da loucura que parecia lhes assolar?
E o corvo. E as palavras. Ele queria perguntar tanto, queria saber tanto, mas simplesmente não conseguia soltá-las, não conseguia fazer com que as palavras deixassem seus lábios. Greyfall? Seu mestre de armas? Ele não havia morrido! Estava vivo! Mas... Mas... erguia-se contra o norte?
Abriu a bocarra e murmurou qualquer coisa sem sentido, antes das visões que o iobilizaram, como se uma onda súbita de conhecimento, de sapiência, o levasse a compreender, a entender, a analisar tudo. Mas ao mesmo tempo que entendia, e analisava-a, ele desconhecia, e seu corpo doía em extâse com o grito de um demônio que não queria, mas parecia precisar, aceitar. Viu rostos conhecidos, e os que não conhecia também. Viu Fal Grey. Greyfall.
E viu o mundo acabar, e com ele, parte de si - mais uma.
E então Charlie estava em frente a ele. Seu pequeno protegido. Sua criança. Seu filho e sua irmã. Estava tão confuso quanto ela. As vezes, achava que estavam enlouquecendo. Tinha certeza, na verdade. Estavam ficando loucos. Todos loucos.
Mas era ele a Montanha. E a montanha não se parte. Os homens do norte eram mais frios que aquilo. O ódio, o desespero, a dor e o medo, congelavam-se em seus corações antes de ganharem seus olhos como lágrimas. Não deixaria-se desesperar novamente. Charlie precisava de uma base. De algo sólido em que se apoiar. A criança nunca fora tão dura quanto achava ser. Respirou fundo.
- Estão nos testando. - disse. 'Estamos enlouquecendo', pensou. - Temos de achar Fal Grey. Ele está montando um exército. Temos de achá-lo, temos de nos aliar a ele. O norte tem de cair para manter-se de pé. Existem muitas forças. É necessário unificá-lo. - foi o que ele disse.
"Pelos deuses. Vou matar a todos nós.", é o que pensou.
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Voharum limitou-se a sorrir, o tipo de sorriso que partiria o coração de homens e mulheres. Seus olhos foram tomados por um brilho entristecido, ainda que esperançoso.
- Respostas? E que tipo de respostas quer? Sobre o que deve fazer? Ah, Escolhidos. Não acham irônico terem sido escolhidos para algo sem sequer ter se candidatado? A Roda das Eras giras e vocês serão levados por ela, até que... até que a Criação se parte. Quanto a isso, vocês nada podem fazer.
Enquanto eles falavam, em sua "loucura", sua obsessão, Voharun demonstrava o interesse que um humano tem por um cão que aprende truques novos. Sentia, genuinamente, piedade quanto aqueles "Escolhidos". Mas não há contos sobre Voharun salvando homens ou mulheres. Deuses ou mortais.
[Evento Global]
E o vento sopraria no ouvido dos Escolhidos, trazendo consigo o presságio de uma nova Era. No alto, um corvo claro como o marfim voaria e, sob suas asas, aquelas palavras ressoariam para cada um.
- Contudo... quando a Criação ruir, serão os feitos de vocês que dirão qual caminho ela tomará. Vocês não podem optar pela inércia, não podem abandonar tudo o que acreditam e se isolar. Se isso acontecer... a Essência, os Revh, enviarão clamarão devolta a Essência que vocês carregam e entregar aos heróis, ou destruidores, da Criação. Vocês podem optar por qualquer lado... menos, meus pequenos Escolhidos, pela inércia.
Aquelas palavras carregavam o peso do mundo sobre suas sílabas. Ouvi-las, era como deparar-se com verdades absolutas, cravadas na própria trama da Criação.
- Voz dos Antigos está no extremo norte. Ele marcha em direção ao Polo Elemental do Norte. Fal Grey reune os seus em um local de poder. Enquanto isso, poderes adormecidos até então, começam a despertar. Vocês, legado incompleto, espalhados e despedaçados, cá estão. Outros dois são levados por mercadores pela rota das riquezas e três combatem os guardiões do norte, que os tratam como invasores. Este é o legado quebrado.
Um novo gralhar de um corvo. Voharun olhou para o céu e então fez um sinal de positivo com a cabeça.
- Uma pergunta. Cada um de vocês podem fazer uma pergunta e se me for conveniente, responderei.
[fim do evento global]
(aqueles que não estão na cena original, apenas ouvem a voz. A voz atrapalha um pouco a concentração e vocês se sentem ligados aos outros personagens [players] durante aquele momento. O que qualquer um falar, será ouvido pelo outro.)
- Respostas? E que tipo de respostas quer? Sobre o que deve fazer? Ah, Escolhidos. Não acham irônico terem sido escolhidos para algo sem sequer ter se candidatado? A Roda das Eras giras e vocês serão levados por ela, até que... até que a Criação se parte. Quanto a isso, vocês nada podem fazer.
Enquanto eles falavam, em sua "loucura", sua obsessão, Voharun demonstrava o interesse que um humano tem por um cão que aprende truques novos. Sentia, genuinamente, piedade quanto aqueles "Escolhidos". Mas não há contos sobre Voharun salvando homens ou mulheres. Deuses ou mortais.
[Evento Global]
E o vento sopraria no ouvido dos Escolhidos, trazendo consigo o presságio de uma nova Era. No alto, um corvo claro como o marfim voaria e, sob suas asas, aquelas palavras ressoariam para cada um.
- Contudo... quando a Criação ruir, serão os feitos de vocês que dirão qual caminho ela tomará. Vocês não podem optar pela inércia, não podem abandonar tudo o que acreditam e se isolar. Se isso acontecer... a Essência, os Revh, enviarão clamarão devolta a Essência que vocês carregam e entregar aos heróis, ou destruidores, da Criação. Vocês podem optar por qualquer lado... menos, meus pequenos Escolhidos, pela inércia.
Aquelas palavras carregavam o peso do mundo sobre suas sílabas. Ouvi-las, era como deparar-se com verdades absolutas, cravadas na própria trama da Criação.
- Voz dos Antigos está no extremo norte. Ele marcha em direção ao Polo Elemental do Norte. Fal Grey reune os seus em um local de poder. Enquanto isso, poderes adormecidos até então, começam a despertar. Vocês, legado incompleto, espalhados e despedaçados, cá estão. Outros dois são levados por mercadores pela rota das riquezas e três combatem os guardiões do norte, que os tratam como invasores. Este é o legado quebrado.
Um novo gralhar de um corvo. Voharun olhou para o céu e então fez um sinal de positivo com a cabeça.
- Uma pergunta. Cada um de vocês podem fazer uma pergunta e se me for conveniente, responderei.
[fim do evento global]
(aqueles que não estão na cena original, apenas ouvem a voz. A voz atrapalha um pouco a concentração e vocês se sentem ligados aos outros personagens [players] durante aquele momento. O que qualquer um falar, será ouvido pelo outro.)
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Charlie havia praticamente entrado numa especie de epifania, longe de si, longe daquela mente humana limitada. Deixou-se expandir-se, deixou-se ir além do que poderia, envolvida naquelas palavras, na visão, nas sensações que eram apresentadas.
Praticamente não se moveu, enquanto Hector lhe puxava para trás, ou para os lados, o cavalo acompanhando os movimentos. Ela estava inerte, os olhos fixos num nada bem além. Não tinha amor pela vida, matar ou morrer não fazia diferença para Charlie, não se apegava aos outros fora de seu pequeno circulo, de seu pequeno mundo. Niume e Alfadur haviam caído naquela armadilha porque eram fracos e os fracos deveriam perecer...
Mas...
– Não. – Disse Charlie, subitamente saindo de seu estado catatônico, desceu do cavalo, dando passos à frente, passos para o Pombo Gigante suculento. – Fal Grey não importa mais. – Afirmou, sem olhar Hector, tinha os olhos felinos em Voharum. – Não importa no que nos tornamos. Nos tornamos juntos. E temos que fazer, seja lá o que você quer, juntos. – E sorriu, de canto, matreiro como um gato.
E pareceu pensar, como se tivesse as respostas, mas não encontrasse as perguntas. Alguma coisa ainda não fazia sentido. – Precisamos voltar, e pegar os dois idiotas enjaulados. Mas.... – Pressionava a testa com as pontas dos dedos, evitando as garras, sua cabeça doía. – Somos dois. Eles são muitos.... – Mordeu os lábios.
– Me dê um meio... – Afirmou Charlie, voltando os olhos para Voharum. – E eu reúno seu 'Legador Partido'. Não tenho perguntas. Quero um meio.
Praticamente não se moveu, enquanto Hector lhe puxava para trás, ou para os lados, o cavalo acompanhando os movimentos. Ela estava inerte, os olhos fixos num nada bem além. Não tinha amor pela vida, matar ou morrer não fazia diferença para Charlie, não se apegava aos outros fora de seu pequeno circulo, de seu pequeno mundo. Niume e Alfadur haviam caído naquela armadilha porque eram fracos e os fracos deveriam perecer...
Mas...
– Não. – Disse Charlie, subitamente saindo de seu estado catatônico, desceu do cavalo, dando passos à frente, passos para o Pombo Gigante suculento. – Fal Grey não importa mais. – Afirmou, sem olhar Hector, tinha os olhos felinos em Voharum. – Não importa no que nos tornamos. Nos tornamos juntos. E temos que fazer, seja lá o que você quer, juntos. – E sorriu, de canto, matreiro como um gato.
E pareceu pensar, como se tivesse as respostas, mas não encontrasse as perguntas. Alguma coisa ainda não fazia sentido. – Precisamos voltar, e pegar os dois idiotas enjaulados. Mas.... – Pressionava a testa com as pontas dos dedos, evitando as garras, sua cabeça doía. – Somos dois. Eles são muitos.... – Mordeu os lábios.
– Me dê um meio... – Afirmou Charlie, voltando os olhos para Voharum. – E eu reúno seu 'Legador Partido'. Não tenho perguntas. Quero um meio.
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Hector silenciou-se, pensando, no instante em que Voharum disse que podiam fazer uma pergunta. Buscou Charlie com os olhos, observando-a enquanto ela falava e falava, sobre como iria juntar os outros. Não entendia o por que. Por que um espectro falava? Por que deviam confiar em um espectro? Hector já havia falado com muitos espíritos. Nem todos era confiáveis. Nem todos eram sábios.
Nem todos eram quem diziam ser.
Mas o espírito não parecia hostil, logo, não forçou-se a proteger o menino Charlie naquele instante. Respirou fundo. Ele tinha uma pergunta.
- Eu tenho uma pergunta. - ele disse. - O que é essa coisa dentro de mim? Essa coisa que mudou minha mente, meu corpo, essa coisa... O que é? Por que é?
Nem todos eram quem diziam ser.
Mas o espírito não parecia hostil, logo, não forçou-se a proteger o menino Charlie naquele instante. Respirou fundo. Ele tinha uma pergunta.
- Eu tenho uma pergunta. - ele disse. - O que é essa coisa dentro de mim? Essa coisa que mudou minha mente, meu corpo, essa coisa... O que é? Por que é?
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
- Um meio.
Voharun franziu o cenho diante das palavras de Charlie. A encarou, como um adulto que olha sobre uma criança ousada, com um grande potencial, mas que, apesar disso, não passa de uma criança.
Então veio a pergunta de Hector e Voharun viu aquela pergunta como algo mais aceitável. Em uma expressão de desconforto clara, virou o rosto para o homem, como se quisesse criar um muro entre ela e Charlie.
- Esta "coisa" é o teu passageiro sombrio, tua "Sombra", o "Estranho". Teu pior inimigo. Teu único aliado. Esta "coisa" cavalga sua alma e quando você for forte o suficiente, permitirá que você o cavalgue. Mas até lá... você precisará sobrevivê-lo. Esta coisa é tua fraqueza. Tua força. É tua perdição. Teu destino.
Ficou de costa para ambos. Um vento carregado de um mal antigo soprou. Voharun balançou a cabeça em negativo.
- Isso não está certo.
Virou-se para Charlie e a olhou profundamente em seus olhos.
- Um meio, é? Hah. Tua essência... tua essência é distante demais para que eu possa alcançá-la. Mas... eu conheço do que você é feita.
Um novo vento soprou e Voharun surgiu às costas da garota. Seus dedos tocaram as suas costas e, no instante seguinte, atravessaram sua pele. Charlie caiu no chão, como se seu coração estivesse sendo esmagado pela entidade.
- Dor. Sofrimento. Angústia.
Se Hector tentasse fazer qualquer coisa, ele simplesmente seria arremessado por uma lufada de vento, quantas vezes fosse necessário.
Dor... dor coloca a vida em perspectiva, colocando de lado todas as distrações. Esta é a verdade da essência do Tirano Caído, que ele aprendeu em sua própria prisão. Charlie sentiu a dor percorrer cada ligação de seu corpo, cada póro, cada chakra. Pensou, por um instante, que morreria naquele momento.
Mas... não foi isso que aconteceu. Pouco a pouco, ela começou a ignorar a dor. Essa foi ficando mais fraca, mais branda. "Do lado de fora", Hector via a aura esverdeada cobrir o corpo de sua protegida, seus olhos brilhando com uma energia não natural.
Ela, que até então estava ajoelhada, começou a erguer-se.
- Abra seus olhos.
E lá estava sua vida. Desde o início até aquele momento. Sua "escravidão", sua submissão, estilhaçada pelo seu próprio destino que exigia que ela fosse alguém maior. Dentro de si, aquele felino demoníaco de outrora que...
Charlie começou a grunhir, seus punhos cerraram, sua mandibula pressionada com tanta força que suas gengivas sangravam. Dor. A dor ainda estava lá. Mais forte. Mais intensa, mais... iluminadora.
Houve, então, uma explosão e uma coluna esverdeada subiu até o céu. Hector cubriu os seus olhos e quando ele olhou novamente...
Charlie havia mudado.
(Charlie pode fazer a descrição de sua forma felina. Os traços demoníacos são necessários).
___
Charlie aprendeu os seguintes charms:
By Pain Reforged
By Rage Recast
Voharun franziu o cenho diante das palavras de Charlie. A encarou, como um adulto que olha sobre uma criança ousada, com um grande potencial, mas que, apesar disso, não passa de uma criança.
Então veio a pergunta de Hector e Voharun viu aquela pergunta como algo mais aceitável. Em uma expressão de desconforto clara, virou o rosto para o homem, como se quisesse criar um muro entre ela e Charlie.
- Esta "coisa" é o teu passageiro sombrio, tua "Sombra", o "Estranho". Teu pior inimigo. Teu único aliado. Esta "coisa" cavalga sua alma e quando você for forte o suficiente, permitirá que você o cavalgue. Mas até lá... você precisará sobrevivê-lo. Esta coisa é tua fraqueza. Tua força. É tua perdição. Teu destino.
Ficou de costa para ambos. Um vento carregado de um mal antigo soprou. Voharun balançou a cabeça em negativo.
- Isso não está certo.
Virou-se para Charlie e a olhou profundamente em seus olhos.
- Um meio, é? Hah. Tua essência... tua essência é distante demais para que eu possa alcançá-la. Mas... eu conheço do que você é feita.
Um novo vento soprou e Voharun surgiu às costas da garota. Seus dedos tocaram as suas costas e, no instante seguinte, atravessaram sua pele. Charlie caiu no chão, como se seu coração estivesse sendo esmagado pela entidade.
- Dor. Sofrimento. Angústia.
Se Hector tentasse fazer qualquer coisa, ele simplesmente seria arremessado por uma lufada de vento, quantas vezes fosse necessário.
Dor... dor coloca a vida em perspectiva, colocando de lado todas as distrações. Esta é a verdade da essência do Tirano Caído, que ele aprendeu em sua própria prisão. Charlie sentiu a dor percorrer cada ligação de seu corpo, cada póro, cada chakra. Pensou, por um instante, que morreria naquele momento.
Mas... não foi isso que aconteceu. Pouco a pouco, ela começou a ignorar a dor. Essa foi ficando mais fraca, mais branda. "Do lado de fora", Hector via a aura esverdeada cobrir o corpo de sua protegida, seus olhos brilhando com uma energia não natural.
Ela, que até então estava ajoelhada, começou a erguer-se.
- Abra seus olhos.
E lá estava sua vida. Desde o início até aquele momento. Sua "escravidão", sua submissão, estilhaçada pelo seu próprio destino que exigia que ela fosse alguém maior. Dentro de si, aquele felino demoníaco de outrora que...
Charlie começou a grunhir, seus punhos cerraram, sua mandibula pressionada com tanta força que suas gengivas sangravam. Dor. A dor ainda estava lá. Mais forte. Mais intensa, mais... iluminadora.
Houve, então, uma explosão e uma coluna esverdeada subiu até o céu. Hector cubriu os seus olhos e quando ele olhou novamente...
Charlie havia mudado.
(Charlie pode fazer a descrição de sua forma felina. Os traços demoníacos são necessários).
___
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
E Charlie lhe retribuiu o olhar, fixos em Voharun, não que a criatura em si não lhe trouxesse um pouco de medo, ou qualquer sentimento próximo a isso, mas se estavam destinados àquilo, que encarassem até as últimas consequências.
Matar ou morrer.
Moveu o rosto um pouco para o lado, encarando de soslaio Hector, enquanto a criatura lhe respondia a pergunta. Charlie passou a língua nos lábios secos, antes de olhar novamente na direção de Voharun, que lhe dava as costas. Franziu as sobrancelhas, o vento lhe incomodando.
Então o vento, e Voharun às costas, de novo, moveu o rosto para o lado, olhando-a de soslaio, e a dor.
A dor nunca tinha sido o maior de seus problemas, durante boa parte da vida. Tinha enfrentado muita dor. Muitas dores. Mas ali, de joelhos, com uma das mãos na direção do peito e a outra agarrando a neve e a terra, a dor lhe parecia muito maior do que qualquer coisa que pudesse sentir.
Ainda que lhe fosse gloriosa.
Ainda que se alimentasse dela.
Dor... Não há prazer sem um pouco de …. – Heh... – Dor.
A morte estava próxima, ela achava, tão próxima, tão viva em cada pedaço do corpo, tão... Tocável. A dor lhe nublava a visão, lhe tomava os pensamentos, sentia-se engolido por toda a dor. Mas acima de toda a dor, além da dor, em algum lugar que ela desconhecia até agora, Charlie podia ignorá-la, tratá-la quase como necessária, e diminuí-la.
Ergueu-se, sem plena noção de que o fazia. Tudo era subliminar, tudo era etéreo em sua mente repleta de dor, de dor contida, controlada. E abriu os olhos, para contemplar a sua vida, para contemplar a história. E quis rir, de deleite desesperado, mas tudo que saiu de sua boca foi...
Rosnado
A fera, até agora acorrentada, contida. E o sangue na língua da força da mandíbula. E a dor. Forte, intensa e tão sublime. A verdade da Dor.
[…]
A patas pesadas e grandes buscaram o chão, a neve sedendo diante de suas investidas. As garras tão negras e expostas praticamente do tamanho dos dedos de Hector rasgavam o chão com facilidade. A cauda movia-se no ar, longa e branca, inquieta e traiçoeira.
Rosnou, com força, dentes brancos e grandes – de cima saltavam dois para fora da boca – dois longos chifres baixo das orelhas envergavam-se para trás. Os olhos, de um branco vazio e assustador não deixavam saber para onde o felino olhava.
Tinha um corpo robusto, parecendo algum tipo de animal pré-histórico de contos, alto, muito mais alto de que um felino comum, ele moveu a cabeça, na direção de Hector, e fremiu as narinas antes de abrir a bocarra e rosnar alto de novo. Chacoalhou-se.
Seu pelo era branco.... Suas listras, contudo, era carmesim, como se fossem feitas de feridas abertas na pele, de sangue fresco. O tigre abriu a bocarra, e falou... Uma língua que Hector provavelmente não entendia. Bufou, impaciente. Tinham que buscar os outros, e logo, Voharun tinha lhe dado o 'meio' de fazê-lo.
http://www.deviantart.com/download/79722105/Demon_Tiger_Final_Version_by_Dk_Raven.jpg
Matar ou morrer.
Moveu o rosto um pouco para o lado, encarando de soslaio Hector, enquanto a criatura lhe respondia a pergunta. Charlie passou a língua nos lábios secos, antes de olhar novamente na direção de Voharun, que lhe dava as costas. Franziu as sobrancelhas, o vento lhe incomodando.
Então o vento, e Voharun às costas, de novo, moveu o rosto para o lado, olhando-a de soslaio, e a dor.
A dor nunca tinha sido o maior de seus problemas, durante boa parte da vida. Tinha enfrentado muita dor. Muitas dores. Mas ali, de joelhos, com uma das mãos na direção do peito e a outra agarrando a neve e a terra, a dor lhe parecia muito maior do que qualquer coisa que pudesse sentir.
Ainda que lhe fosse gloriosa.
Ainda que se alimentasse dela.
Dor... Não há prazer sem um pouco de …. – Heh... – Dor.
A morte estava próxima, ela achava, tão próxima, tão viva em cada pedaço do corpo, tão... Tocável. A dor lhe nublava a visão, lhe tomava os pensamentos, sentia-se engolido por toda a dor. Mas acima de toda a dor, além da dor, em algum lugar que ela desconhecia até agora, Charlie podia ignorá-la, tratá-la quase como necessária, e diminuí-la.
Ergueu-se, sem plena noção de que o fazia. Tudo era subliminar, tudo era etéreo em sua mente repleta de dor, de dor contida, controlada. E abriu os olhos, para contemplar a sua vida, para contemplar a história. E quis rir, de deleite desesperado, mas tudo que saiu de sua boca foi...
Rosnado
A fera, até agora acorrentada, contida. E o sangue na língua da força da mandíbula. E a dor. Forte, intensa e tão sublime. A verdade da Dor.
[…]
A patas pesadas e grandes buscaram o chão, a neve sedendo diante de suas investidas. As garras tão negras e expostas praticamente do tamanho dos dedos de Hector rasgavam o chão com facilidade. A cauda movia-se no ar, longa e branca, inquieta e traiçoeira.
Rosnou, com força, dentes brancos e grandes – de cima saltavam dois para fora da boca – dois longos chifres baixo das orelhas envergavam-se para trás. Os olhos, de um branco vazio e assustador não deixavam saber para onde o felino olhava.
Tinha um corpo robusto, parecendo algum tipo de animal pré-histórico de contos, alto, muito mais alto de que um felino comum, ele moveu a cabeça, na direção de Hector, e fremiu as narinas antes de abrir a bocarra e rosnar alto de novo. Chacoalhou-se.
Seu pelo era branco.... Suas listras, contudo, era carmesim, como se fossem feitas de feridas abertas na pele, de sangue fresco. O tigre abriu a bocarra, e falou... Uma língua que Hector provavelmente não entendia. Bufou, impaciente. Tinham que buscar os outros, e logo, Voharun tinha lhe dado o 'meio' de fazê-lo.
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
- Ótimo. - Hector disse. Odiava aquela mania que as coisas tinham. De se apresentar daquele jeito tão.. Enigmático. Tudo era um maldito enigma. Onde estava a desgraçada simplicidade das coisas? - Mais um enigma. Você é a criatura mais útil que eu já conheci, seu monte de penas. - bufou.
Compreendia a verdade nas palavras de Voharum - sentia-as, até, dentro de si, como sendo verdades... Mas aquilo era muito pouco. Queria explicações maiores, melhores, mais diretas. Queria saber o que estava acontecendo, queria saber como estava acontecendo e por que estava acontecendo. Eram escolhidos. Tinham que salvar a criação. De que? Por que? Por que eles!? Não aguentava mais, ainda que soubesse que estava aguentando.
E então a criatura fez o que fez com Charlie. E ele não teve dúvidas - o gigante sacou o martelo, brandindo-o no ar contra Voharum... E foi lançado para trás, por uma súbita lufada de vento. E tentou de novo. E de novo. E mais uma vez. Simplesmente não parou, não desistiu - podia ver a dor ali, o quao terrível aquilo parecia... E não gostava. Nada que doesse tanto podia ser tão bom assim, podia?
Quando veio a explosão, Hector, caido na neve - e suado pelo esforço repetitivo - ergueu um dos braços massivos em frente ao rosto, observando a cena, observando tudo que se passava... e arregalou os olhos.
- Charlie!? - exclamou, observando o enorme tigre aproximando-se de si, tocando-lhe os pelos da cara bestial de modo hesitante. - Pelos sete infernos.. - e levantou-se, olhando para Voharum.
- O que você fez? - perguntou, o martelo caido ao seu lado. Estava cansado. E qualquer um com força o suficiente para fazer aquilo, definitivamente, não era um oponente que podia derrotar.
Compreendia a verdade nas palavras de Voharum - sentia-as, até, dentro de si, como sendo verdades... Mas aquilo era muito pouco. Queria explicações maiores, melhores, mais diretas. Queria saber o que estava acontecendo, queria saber como estava acontecendo e por que estava acontecendo. Eram escolhidos. Tinham que salvar a criação. De que? Por que? Por que eles!? Não aguentava mais, ainda que soubesse que estava aguentando.
E então a criatura fez o que fez com Charlie. E ele não teve dúvidas - o gigante sacou o martelo, brandindo-o no ar contra Voharum... E foi lançado para trás, por uma súbita lufada de vento. E tentou de novo. E de novo. E mais uma vez. Simplesmente não parou, não desistiu - podia ver a dor ali, o quao terrível aquilo parecia... E não gostava. Nada que doesse tanto podia ser tão bom assim, podia?
Quando veio a explosão, Hector, caido na neve - e suado pelo esforço repetitivo - ergueu um dos braços massivos em frente ao rosto, observando a cena, observando tudo que se passava... e arregalou os olhos.
- Charlie!? - exclamou, observando o enorme tigre aproximando-se de si, tocando-lhe os pelos da cara bestial de modo hesitante. - Pelos sete infernos.. - e levantou-se, olhando para Voharum.
- O que você fez? - perguntou, o martelo caido ao seu lado. Estava cansado. E qualquer um com força o suficiente para fazer aquilo, definitivamente, não era um oponente que podia derrotar.
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Voharun não respondeu a pergunta de Hector. Para ela, era óbvio que ela havia apenas aberto a mente de Charlie. Talvez a Escolhida poderia pensar que o poder desperto houvesse sido uma manifestação da Divindade que se colocava a frente deles. Mas a verdade...
- Levantem-se. Vamos, levantem-se.
A mulher pareceu ficar impaciente e, com isso, os ventos tornaram-se mais intensos, furiosos. Um corvo branco como a neve gralhou no céu.
- As linhas do destino. Elas se movimentam. E se não tomarem seus caminhos agora, eu estarei ao lado de vocês novamente mais breve do que deveria...
Bufou e então chacoalhou a cabeça em negativo. Pequenas penas de essência escapavam dela, como se a mulher estivesse se desfazendo em energia. Pouco a pouco, ela desaparecia.
- Eu sou o Deus dos Soldados Caídos.
E aquela afirmação, talvez, seria o suficiente para lembrá-los de que eles não iriam querer vê-la tão cedo novamente.
E desapareceu. Da sua passagem, nem o vento restara. À volta deles, apenas o horizonte. Em suas mentes, a voz de seus companheiros ainda eram ouvidas. Baixas, sussurros jogados ao ar. Em seu espírito, a sensação de urgência de um mundo a beira do colapso.
- Levantem-se. Vamos, levantem-se.
A mulher pareceu ficar impaciente e, com isso, os ventos tornaram-se mais intensos, furiosos. Um corvo branco como a neve gralhou no céu.
- As linhas do destino. Elas se movimentam. E se não tomarem seus caminhos agora, eu estarei ao lado de vocês novamente mais breve do que deveria...
Bufou e então chacoalhou a cabeça em negativo. Pequenas penas de essência escapavam dela, como se a mulher estivesse se desfazendo em energia. Pouco a pouco, ela desaparecia.
- Eu sou o Deus dos Soldados Caídos.
E aquela afirmação, talvez, seria o suficiente para lembrá-los de que eles não iriam querer vê-la tão cedo novamente.
E desapareceu. Da sua passagem, nem o vento restara. À volta deles, apenas o horizonte. Em suas mentes, a voz de seus companheiros ainda eram ouvidas. Baixas, sussurros jogados ao ar. Em seu espírito, a sensação de urgência de um mundo a beira do colapso.
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
- Isso é tão fodido. - decretou Hector, observando, ainda confuso, ainda em choque, enquanto a criatura em frente a eles se desfazia. - Charlie virou um tigre. Gigante. - e respirou fundo, olhando para o tigre enorme ao sue lado.
- Não acho que vamos ter ratos o suficiente p'ra você no castelo. - disse, enquanto prendia o martelo nas costas mais uma vez. - Acha que me aguenta? - perguntou. - Temos que ir pra sei-lá-onde fazer sei-lá-oque por sabe-se-lá-que-motivo ou o mundo vai acabar. - e suspirou, resignado.
- Não acho que vamos ter ratos o suficiente p'ra você no castelo. - disse, enquanto prendia o martelo nas costas mais uma vez. - Acha que me aguenta? - perguntou. - Temos que ir pra sei-lá-onde fazer sei-lá-oque por sabe-se-lá-que-motivo ou o mundo vai acabar. - e suspirou, resignado.
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
O grande felino bufou, o ar quente deixando as narinas, a cauda ainda movendo-se de um lado para o outro. Impaciente, era a melhor descrição para o animal agora, impaciência. Olhou o corvo por um momento, a língua dançando entre as presas, antes de focar-se em Voharun mais uma vez, ainda que suas palavras não fossem mais de tanto impacto agora.
Quando ela se foi, raspou as patas contra o chão. Não gostava daquelas piadinhas. Respirou fundo, e mostrou-se levemente hostil a pergunta de Hector, rosnando de leve. Detestava aquela ideia, olhou em volta. Hector estava sem cavalo, o outro pangaré já tinha fugido, ainda que também era provável que não fosse aguentá-lo, bufou, chacoalhou o corpo, que opção tinha?
Perguntou, naquela língua que ele não entendia, se ele não podia simplesmente correr, oras. Qual era o problema em correr? As pessoas corriam! Ele tinha pernas grandes, podia correr bastante.
Logico que não obteve resposta.
Bufou.
Abaixou-se um pouco, avisando, de novo, naquela língua, que seria a primeira e última vez.
Erguer-se-ia, logo após o gigante subir, e não perderia tempo, Charlie fremiu as narinas, achava que podia encontrá-los pelo cheiro. E pôs a correr, o mais rápido que seu novo... Corpo lhe permitia.
Quando ela se foi, raspou as patas contra o chão. Não gostava daquelas piadinhas. Respirou fundo, e mostrou-se levemente hostil a pergunta de Hector, rosnando de leve. Detestava aquela ideia, olhou em volta. Hector estava sem cavalo, o outro pangaré já tinha fugido, ainda que também era provável que não fosse aguentá-lo, bufou, chacoalhou o corpo, que opção tinha?
Perguntou, naquela língua que ele não entendia, se ele não podia simplesmente correr, oras. Qual era o problema em correr? As pessoas corriam! Ele tinha pernas grandes, podia correr bastante.
Logico que não obteve resposta.
Bufou.
Abaixou-se um pouco, avisando, de novo, naquela língua, que seria a primeira e última vez.
Erguer-se-ia, logo após o gigante subir, e não perderia tempo, Charlie fremiu as narinas, achava que podia encontrá-los pelo cheiro. E pôs a correr, o mais rápido que seu novo... Corpo lhe permitia.
Rosenrot- Usuário
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Havia uma certa beleza na solidão do norte. As vastas planícies, cobertas com nada mais do que camadas e mais camadas de neve. O deslocar vagaroso e isolado de animais selvagens que não davam qualquer atenção ao avanço inexorável de Hector e o tigre demoníaco.
Para trás, deixavam nada além de pegadas sobre a neve fofa.
Corriam. Velozes como flechas com um destino certo Como se jamais fosse possível que seriam capazes de alcançar tal velocidade. Para Charlie, aquela forma era algo natural, como se houvesse dentro da garota mais do que uma essência humana desde o início. Como se ela já fosse metade bestial desde o seu nascimento.
Sua respiração era livre, suave. A sensação de que poderia correr por entre a vastidão de gelo por toda uma eternidade e ainda assim não se cansaria. De alguma forma, ela se sentia "dona" de tudo aquilo. Uma digna herdeira da Criação em sua selvageria.
Hector...
Hector mergulhava em ceticismo. Todas as perguntas, toda a dificuldade em lidar com sua nova condição pareciam afastar dele a sua verdadeira motivação como guardião dos reino dos homens.
"Olhe para a sua direita"
O sussurro no ouvido da Montanha Negra foi pessoal, apenas dele. Inconscientemente, ele virou o rosto e viu, ao longe, fumaças se erguendo no céu cinzento do norte. Em seu íntimo, soube, mais do que imediatamente, que aquela fumaça era a fumaça reflexo de uma guerra, reflexo da falta de um poder que dominasse a tudo, que acolhesse a tudo, que protegesse a tudo. Mais que isso, ele soube, de alguma forma, que aquelas mortes eram reflexo de uma guerra iniciada naquela fatídica noite.
Voltou a olhar para frente. Não havia tempo para parar. Não agora.
Seus dedos calejados firmavam-se no pêlo do animal, cujo cheiro do norte exalava como se fosse a mais profunda e pura essência da violência dos nortenhos.
Avançavam. Deixando todo um universo para trás. E encaravam um novo infinito. Um de opressão, de destruição, de mortes e angústia. Um que ameaçava o mundo físico e o mundo superior.
E Hector sabia disso. Sentia o cheiro diferente no ar. Ouvia o som dos elementais se contorcendo em uma fúria que até então não existia. Não daquela forma, daquela forma maculada, impura, sofrida.
O fim da Criação. Não há como antagonizar o vazio. Não há como existir no vazio.
...
Chegaram sobre uma elevação. Os sentidos aguçados de Charlie logo denunciaram a proximidade de um combate. A sensação de urgência, o cheiro de sangue o tilintar do aço.
Chegaram até a ponta da elevação natural, uma pequena encosta sob os seus pés. Do alto, viam lá embaixo algo em torno de 8 carroças em círculo, algumas fogueiras espalhadas e uma concentração de pessoas no centro. Era difícil distinguir, mas, aparentemente, eram prisioneiros ou escravos, já que pareciam presos à colunas ou gaiolas.
Ao redor do acampamento, mercenários focavam-se no norte, de onde uma horda de bárbaros avançava ferozmente. Tinham pior equipamento, nenhuma montaria, mas isto não os impedia de atacar e atacar.
Do outro lado, mercenários bem equipados e com um pequeno contingente montado, tentavam ganhar tempo para uma eminente fuga.
Numa conta rápida, deveria haver algo em torno de 150 agressores contra 50 mercenários. No meio daquela batalha, aproximadamente 80 "civis", entre escravos, servos e homens desarmados.
Os mercenários focavam a defesa no norte. 30 deles estavam ali. Os outros 20 se espalhavam pelos flancos e retaguarda, numa tentativa desesperadora de impedir a dominação total.
O que era quase como um esforço ingênuo. Os bárbaros já estavam próximos do centro. Matavam civis e alguns pegavam caixas, báus, barris e qualquer outra coisa que pudessem carregar consigo. Alguns levavam servos ,como espólios de uma guerra covarde.
Charlie e Hector estavam a cerca de 100 metros de distância.
Para trás, deixavam nada além de pegadas sobre a neve fofa.
Corriam. Velozes como flechas com um destino certo Como se jamais fosse possível que seriam capazes de alcançar tal velocidade. Para Charlie, aquela forma era algo natural, como se houvesse dentro da garota mais do que uma essência humana desde o início. Como se ela já fosse metade bestial desde o seu nascimento.
Sua respiração era livre, suave. A sensação de que poderia correr por entre a vastidão de gelo por toda uma eternidade e ainda assim não se cansaria. De alguma forma, ela se sentia "dona" de tudo aquilo. Uma digna herdeira da Criação em sua selvageria.
Hector...
Hector mergulhava em ceticismo. Todas as perguntas, toda a dificuldade em lidar com sua nova condição pareciam afastar dele a sua verdadeira motivação como guardião dos reino dos homens.
"Olhe para a sua direita"
O sussurro no ouvido da Montanha Negra foi pessoal, apenas dele. Inconscientemente, ele virou o rosto e viu, ao longe, fumaças se erguendo no céu cinzento do norte. Em seu íntimo, soube, mais do que imediatamente, que aquela fumaça era a fumaça reflexo de uma guerra, reflexo da falta de um poder que dominasse a tudo, que acolhesse a tudo, que protegesse a tudo. Mais que isso, ele soube, de alguma forma, que aquelas mortes eram reflexo de uma guerra iniciada naquela fatídica noite.
Voltou a olhar para frente. Não havia tempo para parar. Não agora.
Seus dedos calejados firmavam-se no pêlo do animal, cujo cheiro do norte exalava como se fosse a mais profunda e pura essência da violência dos nortenhos.
Avançavam. Deixando todo um universo para trás. E encaravam um novo infinito. Um de opressão, de destruição, de mortes e angústia. Um que ameaçava o mundo físico e o mundo superior.
E Hector sabia disso. Sentia o cheiro diferente no ar. Ouvia o som dos elementais se contorcendo em uma fúria que até então não existia. Não daquela forma, daquela forma maculada, impura, sofrida.
O fim da Criação. Não há como antagonizar o vazio. Não há como existir no vazio.
...
Chegaram sobre uma elevação. Os sentidos aguçados de Charlie logo denunciaram a proximidade de um combate. A sensação de urgência, o cheiro de sangue o tilintar do aço.
Chegaram até a ponta da elevação natural, uma pequena encosta sob os seus pés. Do alto, viam lá embaixo algo em torno de 8 carroças em círculo, algumas fogueiras espalhadas e uma concentração de pessoas no centro. Era difícil distinguir, mas, aparentemente, eram prisioneiros ou escravos, já que pareciam presos à colunas ou gaiolas.
Ao redor do acampamento, mercenários focavam-se no norte, de onde uma horda de bárbaros avançava ferozmente. Tinham pior equipamento, nenhuma montaria, mas isto não os impedia de atacar e atacar.
Do outro lado, mercenários bem equipados e com um pequeno contingente montado, tentavam ganhar tempo para uma eminente fuga.
Numa conta rápida, deveria haver algo em torno de 150 agressores contra 50 mercenários. No meio daquela batalha, aproximadamente 80 "civis", entre escravos, servos e homens desarmados.
Os mercenários focavam a defesa no norte. 30 deles estavam ali. Os outros 20 se espalhavam pelos flancos e retaguarda, numa tentativa desesperadora de impedir a dominação total.
O que era quase como um esforço ingênuo. Os bárbaros já estavam próximos do centro. Matavam civis e alguns pegavam caixas, báus, barris e qualquer outra coisa que pudessem carregar consigo. Alguns levavam servos ,como espólios de uma guerra covarde.
Charlie e Hector estavam a cerca de 100 metros de distância.
25Slash7- Administrador
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Hector ouviu aquela voz-sensação direcionar-lhe a visão, e distraiu-se, pela primeira vez, do delicioso vento gelado, que não causava-lhe dor ou frio em excesso. Olhou, e viu a fumaça, e soube, instantaneamente, o que acontecia. Sentia-se preocupado, por um lado, pelo mesmo lado que o dizia que aquilo era errado, que pessoas estavam sendo machucadas..
Mas outro lado, um lado mais forte, mais profundo, mais visceral, lhe dizia que aquilo era errado por outro motivo. Que era errado por que estava acontecendo em seu reino, que era errado por que estava ferindo o seu povo, por que eles lhe pertenciam, e apenas ele tinha o direito de ferí-los, quando fosse necessário.
E enquanto corriam, Hector ouvia. Ouvia os espíritos, os elementais. Ouvia suas lágrimas, sua fúria. O norte sangrava. E com ele, Hector também - mas seu sangue pintava-se de ódio e fogo e gelo, enquanto aquelas notícias lhe caiam... Mas engoliu em seco, e soltou-se dos pelos de Charlie por um instante, esfregando o rosto e a barba. - Sete infernos. - amaldiçoou. Não gostava de pensar coisas que não pensaria antes, de sentir-se diferente de si mesmo.
E então chegaram na elevação, e Hector olhou, observando o que se passava embaixo deles. Respirou fundo. - Segura. - disse para Charlie abaixo de si. Precisava pensar em uma estratégia, analisar a melhor opção. Eram muitos, e, por mais que se sentisse extremamente capaz - e positivamente vibrando com a pré-matança que, em sua mente, parecia extremamente justificada, e por mais que se sentisse extremamente poderoso, um pouco de consciência era importante.
[Fiz o mapa conforme as descrições do André. Se houver algo errado, avisar.]
E então Hector decidiu, comunicando a Charlie a estratégia que considerava apropriada - iriam descer pela encosta, e entrar por trás no acampamento, onde se dividiriam para eliminar os grupos de bárbaros que haviam conseguido romper a frágil formação dos mercenários e invadir seu cerco. Dali, moveriam-se em direção ao norte, sempre eliminando os barbáros, e ele, que podia falar, comandando os homens para que se reunissem ao norte, onde se juntariam a formação principal, e tentariam causar estrago o suficiente para que as hordas barbáricas batessem em retirada.
Mas outro lado, um lado mais forte, mais profundo, mais visceral, lhe dizia que aquilo era errado por outro motivo. Que era errado por que estava acontecendo em seu reino, que era errado por que estava ferindo o seu povo, por que eles lhe pertenciam, e apenas ele tinha o direito de ferí-los, quando fosse necessário.
E enquanto corriam, Hector ouvia. Ouvia os espíritos, os elementais. Ouvia suas lágrimas, sua fúria. O norte sangrava. E com ele, Hector também - mas seu sangue pintava-se de ódio e fogo e gelo, enquanto aquelas notícias lhe caiam... Mas engoliu em seco, e soltou-se dos pelos de Charlie por um instante, esfregando o rosto e a barba. - Sete infernos. - amaldiçoou. Não gostava de pensar coisas que não pensaria antes, de sentir-se diferente de si mesmo.
E então chegaram na elevação, e Hector olhou, observando o que se passava embaixo deles. Respirou fundo. - Segura. - disse para Charlie abaixo de si. Precisava pensar em uma estratégia, analisar a melhor opção. Eram muitos, e, por mais que se sentisse extremamente capaz - e positivamente vibrando com a pré-matança que, em sua mente, parecia extremamente justificada, e por mais que se sentisse extremamente poderoso, um pouco de consciência era importante.
[Fiz o mapa conforme as descrições do André. Se houver algo errado, avisar.]
E então Hector decidiu, comunicando a Charlie a estratégia que considerava apropriada - iriam descer pela encosta, e entrar por trás no acampamento, onde se dividiriam para eliminar os grupos de bárbaros que haviam conseguido romper a frágil formação dos mercenários e invadir seu cerco. Dali, moveriam-se em direção ao norte, sempre eliminando os barbáros, e ele, que podia falar, comandando os homens para que se reunissem ao norte, onde se juntariam a formação principal, e tentariam causar estrago o suficiente para que as hordas barbáricas batessem em retirada.
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
Charlie correu, sentindo a sensação de liberdade de um modo que não se lembrava de tê-la sentido antes, as patas pesadas afundando e abrindo caminho, o vento no focinho, o modo como parecia ter sempre pertencido aquilo, aquele lugar, aquela condição. E como tudo aquilo lhe pertencia também.
Avançou, cobrindo a distância que os separavam, deixando para trás qualquer que não lhe fosse importante. Tinha conseguido um meio, e Charlie nunca quebrava suas promessas.
Então chegaram a elevação, Charlie fremiu as narinas o cheiro doce de sangue e aço no ar, teve vontade de urrar, o mais alto e o mais forte que podia, chegou a encher o peito para tal, mas apenas deixou o ar sair vagarosamente, quando Hector falou, passou a língua pelos lábios felinos, antes de abaixar a cabeça para fitar o cenário abaixo de si. Mantinha-se fremindo as narinas constantemente, afim de reconhecer e identificar cheiros. Procurava localizar visualmente os dois idiotas.
Não gostava muito daquela ideia, preferia sinceramente descer e indiscriminadamente atacarl bufou alguma coisa e moveu-se inquieta. Não entendia o que Hector queria, mas faria daquele jeito.
Desceria - com cuidado - a elevação e esperaria que Hector descesse. E então, começou.
Rosnou, praticamente um urro, feroz e animalesco, as patas contra o chão numa postura hóstil, Charlie avançou, a bocarra buscando agarrar o primeiro barbaro - ou não, sinceramente não estava prestando tanta atenção assim - buscaria tentar agarrar com as mandíbulas e derrubar com as patas, esmagando e arrancando pedaços. Gostava daquilo, gostava do sangue, dos gritos, da... Dor. Não admitiria, ao menos não agora de imediato, mas também gostava do sabor da carne.
Charlie tentava avançar, derrubando o máximo de barbaros possível, e ainda, encontrar o resto do legado. Do Legado Partido. Rosnou, alto, afim de intimidar, antes de seguir, atrás de mais sangue, de mais dor.
Avançou, cobrindo a distância que os separavam, deixando para trás qualquer que não lhe fosse importante. Tinha conseguido um meio, e Charlie nunca quebrava suas promessas.
Então chegaram a elevação, Charlie fremiu as narinas o cheiro doce de sangue e aço no ar, teve vontade de urrar, o mais alto e o mais forte que podia, chegou a encher o peito para tal, mas apenas deixou o ar sair vagarosamente, quando Hector falou, passou a língua pelos lábios felinos, antes de abaixar a cabeça para fitar o cenário abaixo de si. Mantinha-se fremindo as narinas constantemente, afim de reconhecer e identificar cheiros. Procurava localizar visualmente os dois idiotas.
Não gostava muito daquela ideia, preferia sinceramente descer e indiscriminadamente atacarl bufou alguma coisa e moveu-se inquieta. Não entendia o que Hector queria, mas faria daquele jeito.
Desceria - com cuidado - a elevação e esperaria que Hector descesse. E então, começou.
Rosnou, praticamente um urro, feroz e animalesco, as patas contra o chão numa postura hóstil, Charlie avançou, a bocarra buscando agarrar o primeiro barbaro - ou não, sinceramente não estava prestando tanta atenção assim - buscaria tentar agarrar com as mandíbulas e derrubar com as patas, esmagando e arrancando pedaços. Gostava daquilo, gostava do sangue, dos gritos, da... Dor. Não admitiria, ao menos não agora de imediato, mas também gostava do sabor da carne.
Charlie tentava avançar, derrubando o máximo de barbaros possível, e ainda, encontrar o resto do legado. Do Legado Partido. Rosnou, alto, afim de intimidar, antes de seguir, atrás de mais sangue, de mais dor.
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Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha
E então eles desceram. E então, e então eles se dividiram, nase do acampamento, Hector saltando das costas de Charlie para o chão, o martelo em mãos. Gritou uma prece qualquer na língua antiga, pedindo por força, por fúria - e, por que não, mesmo em batalha, por alguma paz mental, alguma prova de sua sanidade, que, lentamente, acreditava estar lhe abandonando.
E então avançou. Sozinho era difícil, mas avançou assim mesmo, buscando seguir o plano - contornar o acampamento pelo oeste, enquanto Charlie contornava pelo leste, eliminando bárbaros e reunindo os mercenários em direção ao norte, onde deteriam o avanço. Parecia um ótimo plano. Na teoria, pelo menos. Não sabia que eram mercenários. Não sabia que eram civis. De longe, não tinha como - era um grupo menor, e um grupo maior. Estavam em uma missão de resgate. Pela lógica, deveriam ajudar a minoria.
- HROTHGAR! - urrou, girando o martelo, enquanto entrava em conflito com o primeiro círculo barbárico.
E então avançou. Sozinho era difícil, mas avançou assim mesmo, buscando seguir o plano - contornar o acampamento pelo oeste, enquanto Charlie contornava pelo leste, eliminando bárbaros e reunindo os mercenários em direção ao norte, onde deteriam o avanço. Parecia um ótimo plano. Na teoria, pelo menos. Não sabia que eram mercenários. Não sabia que eram civis. De longe, não tinha como - era um grupo menor, e um grupo maior. Estavam em uma missão de resgate. Pela lógica, deveriam ajudar a minoria.
- HROTHGAR! - urrou, girando o martelo, enquanto entrava em conflito com o primeiro círculo barbárico.
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