Introdução: O Paraíso Perdido
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Introdução: O Paraíso Perdido
Aqui nós podemos reinar seguramente; e na minha escolha
Reinar é uma ambição digna; ainda que no inferno
Melhor reinar no inferno do que servir no paraíso
Reinar é uma ambição digna; ainda que no inferno
Melhor reinar no inferno do que servir no paraíso
- John Milton ~Paradise Lost
- Você acordou... bom, bom. Temia que fosse demorar mais do que eu esperava. Muita coisa a fazer, muita coisa a fazer.
O homem de peito desnudado, tom de cobre, os olhos verdes sequer olhavam para a imagem atordoada do ser que acabara de emergir de dentro da Crysalis Grotesque.
- Isto? Ahn, nada, nada demais. É... é a carcaça do demônio que lhe encontrou. Ele te absorveu e você ficou dentro dele até surgir como uma bela borboleta - o demônio esboçou um agradável sorriso - cinco dias. Você esteve aí dentro por cinco dias.
A carcaça assemelhava-se a de um leão, cujo corpo não era coberto por pêlos, mas sim por músculos e tendões petrificados. Havia um rombo no lombo da "estátua", lugar de onde a ouvinte do demônio havia saído.
- Vozes. As vozes que você ouvir, talvez sejam deles. Sim, ele vai continuar existindo dentro de você... se você for legal, vai poder chamá-lo para passear, caso contrário... ele vai ser só uma vozinha irritante.
Olhou a volta. Estava, ao que parecia, em uma espécie de templo. Havia a imagem de um enorme dragão negro por trás de um altar, às suas costas, alguns bancos longos. Velas iluminavam muito parcamente o ambiente e, agora que prestou atenção, ela não via a imagem do dragão... apenas sentia. E quando houve essa sensação, deu-se conta que um brilho verde começou a emanar à sua volta, sendo ela própria a fonte. Brilhava, tocava cada canto e revelava a imagem do Dragão de Ébano. O demônio, como se em um ato respeitoso, curvou a cabeça.
- Vossa Excelência...
Estava atordoada e não pode se conter quando seus joelhos fraquejaram e ela caiu de joelhos. Apesar do tom respeitoso, a criatura não tentou auxilia-la.
- Eu sou Erenbeur, A Sombra que Perscruta a Terra. E me foi solicitado que a recebesse quando despertasse. Ah, não, não diga nada. Eu sei que a única memória que você tem é das crianças sendo devoradas enquanto você perdia a sua mente no meio da guerra. Sim, eu sei. Mas... elas morreram - alargou o sorriso - e você está viva. E você está viva, porque falhou em protegê-las. Falhou em proteger o seu irmão.
Sentiu seus olhos tornarem-se marejados.
- Eu ainda me sinto emocionado quando vejo uma Voz Dissonante chorar... vocês podem ser tão... sinceros. Ó veja... - ele aproximou-se e agachou a frente da criatura atordoada - seus olhos, seus olhos... suas lágrimas são esverdeadas, como o Vitriol. Mm... interessante, as mudanças que a passagem dentro da Crysalis Grotesque causam são sempre diferentes. Sente-se frustrada? Isso lhe causa alguma lembrança? Derrota...
E neste instante uma onda de memórias lhe invadiram a mente. Contorceu-se, gritou, levou as mãos a cabeça, bateu-a contra o solo. Imagens de traição, de sangue, de usurpação. Sonhos destruídos, depravações, crueldade, massacres, vaidades. Gritava, cada vez mais alto, enquanto que o seu interlocutor resumia-se a observar aquilo tudo sem nada dizer, sem nada fazer. Na verdade, para ele, havia um certo prazer naquilo tudo.
Em sua testa, ardia o símbolo de seu patrono. Ardia o símbolo dos Demônios. E as lágrimas esverdeadas não cessavam.
Paciente. Ele aguardou que ela se acalmasse. Seu peito não dava sinais de respiração, e ainda que a encarasse com compaixão, sabia que aquilo tudo era distante da realidade.
- E o que você viu... é o que lhe fizeram. E eu vou lhe dizer, quem você foi... e quem você é agora.
O homem de peito desnudado, tom de cobre, os olhos verdes sequer olhavam para a imagem atordoada do ser que acabara de emergir de dentro da Crysalis Grotesque.
- Isto? Ahn, nada, nada demais. É... é a carcaça do demônio que lhe encontrou. Ele te absorveu e você ficou dentro dele até surgir como uma bela borboleta - o demônio esboçou um agradável sorriso - cinco dias. Você esteve aí dentro por cinco dias.
A carcaça assemelhava-se a de um leão, cujo corpo não era coberto por pêlos, mas sim por músculos e tendões petrificados. Havia um rombo no lombo da "estátua", lugar de onde a ouvinte do demônio havia saído.
- Vozes. As vozes que você ouvir, talvez sejam deles. Sim, ele vai continuar existindo dentro de você... se você for legal, vai poder chamá-lo para passear, caso contrário... ele vai ser só uma vozinha irritante.
Olhou a volta. Estava, ao que parecia, em uma espécie de templo. Havia a imagem de um enorme dragão negro por trás de um altar, às suas costas, alguns bancos longos. Velas iluminavam muito parcamente o ambiente e, agora que prestou atenção, ela não via a imagem do dragão... apenas sentia. E quando houve essa sensação, deu-se conta que um brilho verde começou a emanar à sua volta, sendo ela própria a fonte. Brilhava, tocava cada canto e revelava a imagem do Dragão de Ébano. O demônio, como se em um ato respeitoso, curvou a cabeça.
- Vossa Excelência...
Estava atordoada e não pode se conter quando seus joelhos fraquejaram e ela caiu de joelhos. Apesar do tom respeitoso, a criatura não tentou auxilia-la.
- Eu sou Erenbeur, A Sombra que Perscruta a Terra. E me foi solicitado que a recebesse quando despertasse. Ah, não, não diga nada. Eu sei que a única memória que você tem é das crianças sendo devoradas enquanto você perdia a sua mente no meio da guerra. Sim, eu sei. Mas... elas morreram - alargou o sorriso - e você está viva. E você está viva, porque falhou em protegê-las. Falhou em proteger o seu irmão.
Sentiu seus olhos tornarem-se marejados.
- Eu ainda me sinto emocionado quando vejo uma Voz Dissonante chorar... vocês podem ser tão... sinceros. Ó veja... - ele aproximou-se e agachou a frente da criatura atordoada - seus olhos, seus olhos... suas lágrimas são esverdeadas, como o Vitriol. Mm... interessante, as mudanças que a passagem dentro da Crysalis Grotesque causam são sempre diferentes. Sente-se frustrada? Isso lhe causa alguma lembrança? Derrota...
E neste instante uma onda de memórias lhe invadiram a mente. Contorceu-se, gritou, levou as mãos a cabeça, bateu-a contra o solo. Imagens de traição, de sangue, de usurpação. Sonhos destruídos, depravações, crueldade, massacres, vaidades. Gritava, cada vez mais alto, enquanto que o seu interlocutor resumia-se a observar aquilo tudo sem nada dizer, sem nada fazer. Na verdade, para ele, havia um certo prazer naquilo tudo.
Em sua testa, ardia o símbolo de seu patrono. Ardia o símbolo dos Demônios. E as lágrimas esverdeadas não cessavam.
Paciente. Ele aguardou que ela se acalmasse. Seu peito não dava sinais de respiração, e ainda que a encarasse com compaixão, sabia que aquilo tudo era distante da realidade.
- E o que você viu... é o que lhe fizeram. E eu vou lhe dizer, quem você foi... e quem você é agora.
Última edição por Lancea et Sanctum em Ter Fev 02 2010, 08:15, editado 1 vez(es)
Re: Introdução: O Paraíso Perdido
O que você foi:
- Ouça, ouça bem o que vou lhe dizer... pois vou lhe falar de uma época de vitórias e conquista. Brilho e justiça.
"O mundo de onde você veio, a Criação, um dia pertenceu aos criadores de tudo: os Yozis. Eles, as sábias mentes que nos guiam e nos protegem aqui, no Malfeas, eles que são o início e o fim de todas as coisas, protegiam, defendiam e guiavam a Criação na direção de sua grandiosidade. E você... ou melhor, quem você foi fez parte disto."
"Entenda, entenda... quando eu digo que eles foram os Criadores, ou melhor, que eles SÃO os Criadores de todas as coisas, o genêsis de todos os fundamentos, eu digo no sentido literal."
Houve um momento de silêncio e o demônio ergueu o olhar para o alto, vendo a imagem do Dragão, ainda oculta pelas sombras. Voltou-se para a criatura assustada, que ainda estava de joelhos no chão, tentando recuperar o ritmo de sua respiração.
- Você... ou melhor, o poder dentro de você, foi uma ferramenta. Uma ferramenta dos deuses criados pelos Nossos Senhores. Sim, este poder que você carrega, o brilho que emana de você, foi uma arma para os deuses... uma arma para os malditos e traidores deuses... malditos traidores que através da força bruta, enfrentaram os Princípes e tomaram, usurparam, a Criação, condenando, matando ou aprisionando nossos mestres... você... ou o que você foi, fez parte desta traição.
Houve um momento de silêncio por parte do demônio. Como se, ele próprio, tivesse memórias do ocorrido naqueles tempos. Pareceu, até, respirar... irritar-se. Tocou o ombro da perturbada e frágil garota, cuja luz esverdeada agora havia sido reduzido a um símbolo disforme no centro de sua testa.
- Naqueles tempos de glória... os deuses comprometaram tudo, ao tomar, através da violência, o que era de nossos mestres, por direito. Os deuses permitiram, posteriormente, que os novos "governantes" da Criação, os Legisladores mergulhassem a Criação na depravação e corrupção. Mortes, doenças, sofrimento... isso é o que você foi. Agora... o que você é.
- Ouça, ouça bem o que vou lhe dizer... pois vou lhe falar de uma época de vitórias e conquista. Brilho e justiça.
"O mundo de onde você veio, a Criação, um dia pertenceu aos criadores de tudo: os Yozis. Eles, as sábias mentes que nos guiam e nos protegem aqui, no Malfeas, eles que são o início e o fim de todas as coisas, protegiam, defendiam e guiavam a Criação na direção de sua grandiosidade. E você... ou melhor, quem você foi fez parte disto."
"Entenda, entenda... quando eu digo que eles foram os Criadores, ou melhor, que eles SÃO os Criadores de todas as coisas, o genêsis de todos os fundamentos, eu digo no sentido literal."
Houve um momento de silêncio e o demônio ergueu o olhar para o alto, vendo a imagem do Dragão, ainda oculta pelas sombras. Voltou-se para a criatura assustada, que ainda estava de joelhos no chão, tentando recuperar o ritmo de sua respiração.
- Você... ou melhor, o poder dentro de você, foi uma ferramenta. Uma ferramenta dos deuses criados pelos Nossos Senhores. Sim, este poder que você carrega, o brilho que emana de você, foi uma arma para os deuses... uma arma para os malditos e traidores deuses... malditos traidores que através da força bruta, enfrentaram os Princípes e tomaram, usurparam, a Criação, condenando, matando ou aprisionando nossos mestres... você... ou o que você foi, fez parte desta traição.
Houve um momento de silêncio por parte do demônio. Como se, ele próprio, tivesse memórias do ocorrido naqueles tempos. Pareceu, até, respirar... irritar-se. Tocou o ombro da perturbada e frágil garota, cuja luz esverdeada agora havia sido reduzido a um símbolo disforme no centro de sua testa.
- Naqueles tempos de glória... os deuses comprometaram tudo, ao tomar, através da violência, o que era de nossos mestres, por direito. Os deuses permitiram, posteriormente, que os novos "governantes" da Criação, os Legisladores mergulhassem a Criação na depravação e corrupção. Mortes, doenças, sofrimento... isso é o que você foi. Agora... o que você é.
Re: Introdução: O Paraíso Perdido
O que você é:
- Olhe...
Ergueu o olhar na direção do dedo em riste do demônio e viu, ao longe, pela porta que dava acesso ao templo, o Sol. Não, não era o brilho dourado e rejuvenescedor do Agnis Divinis, mas, sim, a luz esverdeada de Ligier, o Sol Verde
- Você vai se lembrar das atrocidades que cometeu naqueles tempos antigos. Você vai se lembrar das dores que causou aos verdadeiros detentores do Mandato Celestial. Você, você é, exatamente, as dores que causou. E você, quando uniu-se ao demônio e aceitou a sua oferta, apenas reforçou isto.
"Você não é mais apenas mais um entre os mortais. Quando sair daqui, Excelência, será apresentado ao próprio Criador e ele lhe guiará na tarefa divina de trazer a Criação devolta ao seus verdadeiros donos. Você, mais uma vez, será seu instrumento... mas não mais o instrumento da traição, mas sim, da vontade cósmica. E sob o seu poder, você, que ostenta o Mandato Infernal, fará mortais e deuses prostarem de joelhos perante a sua força e caminhará entre os demônios como um rei dos reis. Ah, Excelência... levanta-te, levanta-te... sinto-me até animado, mas vai, caminha para fora, em direção ao Sol Verde, atravesse o Deserto de Cecelyne e vá encontrar o Criador. Pois eu não posso lhe dizer das vitórias que o destino lhe trará pelo simples fato de que você, como eu, não pertence ao destino..."
"Você, como eu, anda um caminho diferente. Você, como eu, pisa sobre o destino e caminha do inferno às estrelas..."
- Olhe...
Ergueu o olhar na direção do dedo em riste do demônio e viu, ao longe, pela porta que dava acesso ao templo, o Sol. Não, não era o brilho dourado e rejuvenescedor do Agnis Divinis, mas, sim, a luz esverdeada de Ligier, o Sol Verde
- Você vai se lembrar das atrocidades que cometeu naqueles tempos antigos. Você vai se lembrar das dores que causou aos verdadeiros detentores do Mandato Celestial. Você, você é, exatamente, as dores que causou. E você, quando uniu-se ao demônio e aceitou a sua oferta, apenas reforçou isto.
"Você não é mais apenas mais um entre os mortais. Quando sair daqui, Excelência, será apresentado ao próprio Criador e ele lhe guiará na tarefa divina de trazer a Criação devolta ao seus verdadeiros donos. Você, mais uma vez, será seu instrumento... mas não mais o instrumento da traição, mas sim, da vontade cósmica. E sob o seu poder, você, que ostenta o Mandato Infernal, fará mortais e deuses prostarem de joelhos perante a sua força e caminhará entre os demônios como um rei dos reis. Ah, Excelência... levanta-te, levanta-te... sinto-me até animado, mas vai, caminha para fora, em direção ao Sol Verde, atravesse o Deserto de Cecelyne e vá encontrar o Criador. Pois eu não posso lhe dizer das vitórias que o destino lhe trará pelo simples fato de que você, como eu, não pertence ao destino..."
"Você, como eu, anda um caminho diferente. Você, como eu, pisa sobre o destino e caminha do inferno às estrelas..."
Princípes do Sol Verde
- A Retomada. É assim que eles chamam...
O demônio permanecia de pé e encarava a imagem da mulher. Sabia que ela era aquela que deveria ocupar o lugar de capitã da guarda do próprio Dragão de Ébano ainda que, na verdade, sua exaltação viesse de Malfeas, A Cidade Demônio.
- Cada um dos arquitetos da Retomada criou a sua própria versão de Campeão. Cada um deles, transformou o seu desgraçado passado em uma versão divina de uma história deturpada e depravada. Castas. É assim que os 50 escolhidos para a Retomada são divididos, em castas. E cada Escolhido, além de fazer parte de uma casta, possui um Patrono Direto (O Yozi Responsável pela criação daquela casta) e um Patrono indireto (aquele que domina os seus instintos destrutivos).
CASTAS:
Casta: Slayers (Matadores) Patrono:Malfeas, A Cidade Demônio Destino: Violentos e Sanguinários, os Esquecidos são destinados a serem os Generais do inferno. São os Guerreiros e os Generais do exército dos Yozis. Escolhidos por Malfeas (o agonizante e enfurecido Rei Demônio), eles lutam na frente do campo de batalha, seguindo a vontade de seus mestres exilados. São as versões distorcidas dos Solares do Alvorecer, verdadeiras máquinas de combate sádicas e destrutivas. Cada um destes escolhidos é, naturalmente, um mestre do conflito e da violência. São tão aptos em liderar um exército quanto a encarar combates individuais. Normalmente são capazes de matar sem qualquer sentimento de misericórdia ou hesitação ainda que, contudo, não sejam amantes da destruição sem fundamento. Exaltação: A Exaltação de um Slayer procura aqueles que podem lutar e que não mostram respeito por honra e hierarquia, objetivando, apenas, a vitória. Associações: Tigres, Terra, cor Verde, Demônios que descendem do Malfeas, Bronze. Alcunha: Filhos da Cidade Demônio, Doombringers, Tigres de Latão, Espadas do Inferno, os Esquecidos. Mote: Esconder-se é inútil. Você fede a medo. |
Casta: Malefactor (Malfeitores) Patrono:Cecelyne Destino: Hipnóticos e fanáticos, os Blasfemos são destinados a serem os reis-sacerdotes do Inferno. São os reis-sacerdotes que servem a Yozi chamada de Ceceylne (o deserto infindável que cerca a cidade demoníaca Malfeas). Seus escolhidos, como sua patrona, tendem a ser caprichosos, orgulhosos e abusivos e são eles que levam e espalham a lei infernal. Como suas contrapartes, os Zênites, Malefactors possuem uma aptidão natural de carisma e liderança. Contudo, onde aqueles semeiam o virtuosismo, estes semeiam um culto de suas próprias personalidades. Cecelyne, orgulhosa como é, não permitiria que sua benção fosse estendida aos fracos. Ela passa aos seus escolhidos a sensação de que justiça é determinada por aqueles que a nomeiam e determinam o que sejam. Exaltação: A Exaltação dos Malefactors procura apenas estes que são orgulhosos e egoístas. Normalmente, uma capacidade latente de liderar existe nestes escolhidos, ainda que tendam a tornar-se verdadeiros ditadores e fascistas. Associações: Chacais, Areia, A estação do Fogo, Amarelo, Ouro, Demônios que Descendem de Cecelyne. Alcunha: Crianças do Deserto Infindável, Trovões Infernal, Búfalos de Quartzo, Martelos do Inferno. Mote: Esconder-se é inútil. Você fede a medo. |
Casta: Defiler (Profanadores) Patrono: She Who Lives In Her Name Destino: Brilhantes e depravados, os Impuros são destinados a remodelar a Criação como visionários do Inferno. Sábios e sacerdotes dos Infernais, os Defilers servem à brilhante e inquisitiva She Who Lives in Her Name (que incorpora a hierarquia e a lei do Reino Demônio). Como ela, possuem verdadeiros insights que os tornam capazes de influenciar o mundo a sua volta. Estes escolhidos são os acadêmicos que irão reconstruir a Criação à imagem do que os Yozis desejam. São eles, a contraparte dos escolhidos do Crepúsculo, que compreendem a verdade de sua patrona em um nível fundamental. Compreendem que a Criação, assim como todo o restante, deve ser reparada e, caso isso não seja possível, despedaçada e resposta. Em suas existências como mortais, Defilers normalmente foram traídos ou rejeitados pelo mundo a sua volta. Alguns tiveram idéias inovativas e foram tratados como hereges. Outros simplesmente tentaram viver vidas de fúria silenciosa, intuitivamente percebendo cada oportunidade perdida ou negada. Exaltação: A Exaltação dos Defilers escolhem esses que querem mudar o mundo, indiferente as conseqüência. Tendem a simplesmente ignorar qualquer tipo de grilhão moral que os impeça de utilizar o seu conhecimento. Associações: Corujas, Fogo, Vidro, A estação da água, cor branca, os demônios que descendem de She Who Lives in Her Name. Alcunha: Crianças do Princípio da Hierarquia, Raio Infernal, Aranhas de Vidro, Flechas Infernais, Os Impuros. Mote: Verdadeira genialidade não conhece limites. |
Casta: Scourge (Flagelos) Patrono:Adorjan Destino: Mestres enlouquecidos da furtividade e enganação. Os Miseráveis são destinados a assassinar silenciosamente como enviados de Adorjan. Espiões e Assassinos que servem Adorjan, o insano vento silenciosa que sopra sobre o Malfeas. Como seu patrono, estes escolhidos tendem a ser extremamente velozes e furtivos e caminham no mesmo limite de sanidade que Adorjan já trespassou a muito tempo. Enquanto os outros Príncipes do Sol Verde foram criados para expandir algum conceito metafísico de seus patronos - seja a destruição, dominação, conformidade ou corrupção - Adorjan sofre da falta de coerência de um propósito. Seus desejos mudam de uma hora para a outra, ainda que a intensidade de suas paixões nunca esmoreça. Muitos Flagelos provêm de antecedentes criminosos, enquanto outros são acadêmicos secretivos ou desonestas cortesãs. Exaltação: A Exaltação dos Scourge prefere estes que, de alguma forma, beiram o limiar da sanidade. Por outro lado, a qualidade absolutamente necessária é a total ausência de medo da morte. Seja causar ou sofrer. Associações: Urubus, Ventos, Basalto, A Estação do Ar, a Cor Vermelho, os demônios que descendem de Adorjan. Alcunha: Crianças do Vento Silencioso, Hushbringers, Lobos de Basalto, Adagas do Inferno, Os Miseráveis. Mote: O momento de atacar se aproxima. Lembrem-se homens... nenhum som e nenhum sobrevivente. |
Casta: Fiend (Demônios) Patrono:Ebon Dragon Destino: Manipuladores da diplomacia e das emoções, os Enganadores são destinados a moldar a sociedade divina e mortal de uma forma que alcance os propósitos dos advogados infernais. O Dragão de Ébano, a eterna entidade que incorpora a escuridão do Reino Demoníaco e cuja presente forma é a sombra daquela entidade que um dia ele foi, é o principal arquiteto da retomada. Quando Primordial, foi ele quem ajudou a planejar o destino e a própria Criação. Foi ele o inventor da traição. O típico demônio provém dentre aqueles que desafiam as tradicionais convenções sociais e moralidade. O Dragão de Ébano espera que, da mesma forma como ele rejeita a moralidade de Yu-Shan, vendo-a como um simples modo de controlar os humanos e mantê-los subservientes aos deuses, seus escolhidos façam o mesmo. Assim como os membros da Casta do Eclipse, Fiends são escolhidos dentre aqueles habilidosos nas interações sociais, capazes de espalhar a malícia do Dragão de Ébano. Como seu patrono, Fiends são os corruptores. Diplomatas, manipulativos, enganadores e péssimos em persuasão honesta. Os Fiend consideram a si mesmo como os primeiros entre os iguais. Exaltação: Escolhe os habilidosos dançarinos dos palcos sociais e que não possuem problemas em mentir para conseguir o que querem. Associações: Serpentes, Sombras, Obsídio, A Estação da Madeira, Calibração, a cor Preto, os demônios que descendem do Dragão de Ébano. Alcunha: Crianças da Sombra de Todas as Coisas, Vozes Dissonantes, Falcões de Vitriol, Aljavas do Inferno, os Enganadores. Mote: Nestes tempos de incerteza, o império pode fazer pouco para optar por um curso radical. Precisamos de uma deliberação mais proveitosa ao invés de optar por ações precipitadas. |
Re: Introdução: O Paraíso Perdido
E caminhou. Por cinco dias inteiros, ela caminhou o deserto de Cecelyne. Seu corpo desnudo estava cheio de pequenos cortes causados pelas tempestades de areia que fora obrigada a enfrentar. Ela não soube o que estava fazendo durante todo este tempo, apenas seguiu em frente, onde quer que "frente" estivesse localizado.
Após cinco dias de caminhada incessante, ela viu, ao longe, a imagem de uma criatura humanoíde, que trajava uma armadura de tom azul, ornada com detalhes dourados. A imagem era robusta, imponente, e estava solitária a frente de um arco estrutural e, atrás dele, a imagem de uma cidade.
- Bem Vinda... à Malfeas, Devoradora das Estrelas do Passado.
O tom era um tanto fúnebre e ainda que fosse respeitoso, ele não pareceu importar-se em transformar este respeito em gestos.
- Eu sou o Sacerdote Geharl, Criança do Deserto Infindável, Inquisidor da Fé Primordial e fui solicitado que a recepcionasse. Espero que Erenbeur tenha a tratado bem... adoraria ter uma razão para cortá-lo em pedaços...
O homem deu as costas e começou a caminhar. Então deteve-se.
- Pela glória dos Yozis... aquela criatura é um herege... mas eu estou observando. Como estarei observando a você.
Sentia-se cansada. Estava enfraquecida, óbvio, afinal, havia caminhado por cinco dias seguidos, sem descanso.
- Malfeas. A Cidade Demônio. É aqui que você está. – o homem, cuja face era coberta por uma máscara branca como marfim, pareceu sorrir por trás da ocultação – Malfeas... ah... é diferente de qualquer outro lugar. Mesmo em seus vários níveis, você só encontra diferença. Feudos governados por poderosos demônios, guetos, reinos decadentes. Um prisão cercada por um deserto. O inferno urbano coberto por pedra negra e latão. – ele ergueu o olhar e viu a imagem do Sol de cor de esmeralda que estava sobre suas cabeças – Não há água e é habitada pelos seres mais velhos da existência... seres que existiram antes dos deuses traidores. Uma cidade de demônios, criaturas de estranhas formas e desejos. Um asilo, uma prisão, incontáveis reinos tudo ao mesmo tempo. Isto é Malfeas.
O homem continuou. Cada passo seu, deixavam pegadas esverdeadas, que emanavam um cheiro agridoce.
- Malfeas é, na verdade, um lugar de vasto poder. Não é como as cidades humanas, construídas pelos homens... Malfeas é a alma de um das divinas entidades governantes por direito de todo o Universo. Lembre-se disto, criança... cada pedaço desta cidade, cada muro, é parte do corpo do Yozi. Malfeas, como qualquer cidade, vive, respira, move-se, cresce, muda, enfurece, odeias... ainda que num sentido literal. Enquanto nas outras cidades, há quem as defenda e trabalhe, Malfeas tem incontáveis seres que a servem e a teme.
Eles caminharam por mais alguns segundos. Ele não parecia preocupar-se com a situação da mulher. Eram, afinal, ambos Príncipes do Sol Verde e se ela não fosse capaz de superar uma caminhada de cinco dias, sequer valeria a pena mantê-la por perto.
Enquanto ouvia aquelas palavras, Ceres tentava compreender as imagens que eram firmadas em sua retina. Muros enegrecidos, demônios caminhando pelas ruas. Incontáveis demônios, como uma cidade humana mas... disforme. Viu a imagem de um enorme demônio de pedra, olhos amarelados e marcas de cortes negros na sua camada de pele, seguido por dois homens... homens, escravos mortais.
- A diferença é que... cidades comuns mantêm pessoas que querem viver juntas. Contudo, em Malfeas, não é assim... exatamente. Isto é uma prisão. Para os demônios, para os nossos eminentes senhores. Confinamento, medo e perigo são o que define a vida aqui.
Dois demônios pequenos, com cerca 50 cms de altura, aproximaram-se dos dois Infernals. Um deles agarrou-se a perna da mulher e fez um barulho estranho. Assustada, chegou a perder um pouco do equilíbrio e chacoalhou a perna, esperando que ele a soltasse, mas a criatura não o fez. Percebendo a bagunça às suas costas, o Inquisidor parou, olhou e viu o “pequeno problema”. Encarou-o e apenas isto foi o necessário para que o pequeno demônio saísse correndo em desespero, balançando os longos braços anêmicos para cima.
- Você é uma Escolhida. A vontade dos Yozis. Não permita que eles saibam da tua fraqueza, criança. Malfeas e seus habitantes são impiedosos com os fracos.
Música. Havia música próximo. Sons, celebrações. Aquilo parecia algo estranho de se ter em uma cidade como aquela.
- Há beleza, canção e celebração. Festivais, orgias, festas, reuniões...e ainda que você veja alegria e prazer... cada uma destas ocasiões terá um ar de desespero e ódio. Mas isto, criança, irá durar apenas até que sejamos capaz de rasgar o corpo ferido do Rei Demônio Malfeas e libertar a ele e aos outros mestres, aí você verá a verdadeira alegria e triunfo. – o homem deteve-se e sua mão tocou a superfície de uma construção – não permitirei, por mais muito tempo, que meu senhor consuma-se em inveja daqueles que são livres...
Ela parou de caminhar e sentiu um frio percorrer a sua espinha. O Inquisidor deveria ser um daqueles mais do que comprometidos com o seu trabalho. Com sua fé.
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