Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
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Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
Detestava os Estados Unidos.
Gostava da música, no entanto. Até daquelas que tocavam em Elevador. Recentemente havia descoberto alguns bares com ritmo latino em bairros mais distantes o que, provavelmente, o tornava o primeiro japonês, morando nos Estados Unidos, que gostava de ouvir Rumba.
- Ichi!
Gostava dos parques também, não era como Okinawa, mas, ainda assim, era agradável. Gostava porque era um dos momentos em que, finalmente, conseguia esquecer um pouco. Ichi, seu cão Akita, uma das poucas lembranças de uma época que havia a muito ficado para trás, corria de um lado para o outro, brincando com um outro cão (ainda que, normalmente, o Akita era mais provocado a brincar do que qualquer outra coisa).
- É um belo cãozinho.
A voz feminina veio de uma jovem próxima que tinha, em suas mãos, a coleira que deveria servir para conduzir o mais novo e provocador amigo de Ichi. O oriental sorriu e fez uma cara de bobo, típica de turistas.
- I... not... speak... english.
Mentira. Falava. Mas seria um saco acabar com uma tarde tão agradável como aquela conversando com alguém.
Gostava da música, no entanto. Até daquelas que tocavam em Elevador. Recentemente havia descoberto alguns bares com ritmo latino em bairros mais distantes o que, provavelmente, o tornava o primeiro japonês, morando nos Estados Unidos, que gostava de ouvir Rumba.
- Ichi!
Gostava dos parques também, não era como Okinawa, mas, ainda assim, era agradável. Gostava porque era um dos momentos em que, finalmente, conseguia esquecer um pouco. Ichi, seu cão Akita, uma das poucas lembranças de uma época que havia a muito ficado para trás, corria de um lado para o outro, brincando com um outro cão (ainda que, normalmente, o Akita era mais provocado a brincar do que qualquer outra coisa).
- É um belo cãozinho.
A voz feminina veio de uma jovem próxima que tinha, em suas mãos, a coleira que deveria servir para conduzir o mais novo e provocador amigo de Ichi. O oriental sorriu e fez uma cara de bobo, típica de turistas.
- I... not... speak... english.
Mentira. Falava. Mas seria um saco acabar com uma tarde tão agradável como aquela conversando com alguém.
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
A menina o olhou por um momento, piscando algumas vezes, como quem fica sem jeito diante da informação. Era um turista. Ela, nativa de Nova Iorque - e com uma cara gritante de Nova Iorquina, tão gritante que até mesmo Kyriu provavelmente seria capaz de perceber, não conseguia nem mesmo chegar perto de entender o que um japonês - ou chinês, ou coreano, ou vietnamita, não fazia idéia - havia achado de interessante em Little Rocks para ter ido parar lá.
Devia ter perto de seus vinte e cinco anos, cabelos castanhos, nem bonita nem feia, mediana. " - Ahn.. Eu..." - ela disse, movendo os lábios, sem saber muito bem o que fazer. Mordeu a parte interna das bochechas.
Era um dia de sol. Não valia muita coisa dizer que era um dia de sol, considerando as pesadíssimas nuvens de poluição a sempre vagarem pelo céu da cidade, mas, hey, ainda assim, tinha sol: e alguns raios bravos conseguiam romper as nuvens, caindo por ali, um ou outro até mesmo refletindo-se no lago próximo, gerando uma paisagem razoavelmente bonita, que quase conseguia superar o impacto da plaquinha vermelha, proibindo a entrada e dizendo que a água era contaminada.
A menina parecia ter chegado a uma decisão. Juntou as mãos e os pés. " - Arigato, elesestãovindo, Sayonara!" - e curvou-se para frente. Parecia esperar que ele se curvasse também, por que continuou ali, inclinada, feito uma pateta.
Devia ter perto de seus vinte e cinco anos, cabelos castanhos, nem bonita nem feia, mediana. " - Ahn.. Eu..." - ela disse, movendo os lábios, sem saber muito bem o que fazer. Mordeu a parte interna das bochechas.
Era um dia de sol. Não valia muita coisa dizer que era um dia de sol, considerando as pesadíssimas nuvens de poluição a sempre vagarem pelo céu da cidade, mas, hey, ainda assim, tinha sol: e alguns raios bravos conseguiam romper as nuvens, caindo por ali, um ou outro até mesmo refletindo-se no lago próximo, gerando uma paisagem razoavelmente bonita, que quase conseguia superar o impacto da plaquinha vermelha, proibindo a entrada e dizendo que a água era contaminada.
A menina parecia ter chegado a uma decisão. Juntou as mãos e os pés. " - Arigato, elesestãovindo, Sayonara!" - e curvou-se para frente. Parecia esperar que ele se curvasse também, por que continuou ali, inclinada, feito uma pateta.
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
Kyriu ficou olhando para aquela cena. A garota, meio inclinada, esperando que ele se curvasse... quis rir daquela situação, mas achou que o esforço seria perdido.
Sem importar-se em ser rude, deu as costas para a mulher e, mais uma vez, chamou Ichi pelo nome. O cão, como se também houvesse se entediado com a brincadeira com aquele outro cachorro estúpido, deu as costas e aproximou-se de seu dono. Ambos passando a caminhar lado a lado.
Olhou para o relógio e o crepúsculo já ameaçava se quebrar sobre eles.
Sentou-se em um banco qualquer, ao lado de um jornal que haviam esquecido. Curioso, olhou as notícias de primeira página, enquanto Ichi sentava-se entre os seus pés.
Folheava o jornal, preguiçosamente, sem ler nada em particular.
Sem importar-se em ser rude, deu as costas para a mulher e, mais uma vez, chamou Ichi pelo nome. O cão, como se também houvesse se entediado com a brincadeira com aquele outro cachorro estúpido, deu as costas e aproximou-se de seu dono. Ambos passando a caminhar lado a lado.
Olhou para o relógio e o crepúsculo já ameaçava se quebrar sobre eles.
Sentou-se em um banco qualquer, ao lado de um jornal que haviam esquecido. Curioso, olhou as notícias de primeira página, enquanto Ichi sentava-se entre os seus pés.
Folheava o jornal, preguiçosamente, sem ler nada em particular.
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
O membro '25Slash7' realizou a seguinte ação: Roll
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
Era algo que a garota havia dito.
Algo que, em sua soberba, Kiryu havia deixado passar. Mas aquela sensação que ficou presa em seu cérebro, de que havia alguma coisa, alguma coisa que ele devia lembrar, mas que não lembrava. Alguma coisa que ele precisava saber.
E, pelos cantos dos olhos, Kiryu notou alguma coisa. Alguma coisa estranha, alguma movimentação estranha. O parque era um local gostoso de ficar, sim, ele sabia disso... Mas não haviam tantas pessoas alí, alguns minutos antes. E não haviam tantas pessoas assim perto dele, antes.
Num círculo com quinze metros de diâmetro, haviam seis pessoas ali perto. Um homem lendo um jornal, encostado numa árvore, a três metros de distância, atrás dele. Um casal que trocava gracinhas, passando na pista de caminhar com um carrinho de bebê. Mais adiante, a dez metros, um estudante estava sentado num banco, utilizando seu laptop. E uma mulher mexia no celular, a cerca de cinco metros a sua direita.
Algo que, em sua soberba, Kiryu havia deixado passar. Mas aquela sensação que ficou presa em seu cérebro, de que havia alguma coisa, alguma coisa que ele devia lembrar, mas que não lembrava. Alguma coisa que ele precisava saber.
E, pelos cantos dos olhos, Kiryu notou alguma coisa. Alguma coisa estranha, alguma movimentação estranha. O parque era um local gostoso de ficar, sim, ele sabia disso... Mas não haviam tantas pessoas alí, alguns minutos antes. E não haviam tantas pessoas assim perto dele, antes.
Num círculo com quinze metros de diâmetro, haviam seis pessoas ali perto. Um homem lendo um jornal, encostado numa árvore, a três metros de distância, atrás dele. Um casal que trocava gracinhas, passando na pista de caminhar com um carrinho de bebê. Mais adiante, a dez metros, um estudante estava sentado num banco, utilizando seu laptop. E uma mulher mexia no celular, a cerca de cinco metros a sua direita.
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
Kyriu olhou para o Akita. O cão o encarava com um olhar quase inteligente, solene. Seu focinho, que já estava meio branco a aquela altura, dava indícios da idade do animal.
Não precisou dizer nada. Ele entenderia que precisava tomar cuidado e que deveria permanecer por perto.
Era necessário preparar suas armas e foi, exatamente isto que ele fez. Kyriu disparou...
... disparou um sorriso largo, convicente e verdadeiro. Típico de um turista bobo que havia chegado em uma cidade que não conhecia e que estava empolgado. Qualquer pessoa que estivesse próximo, acreditaria, genuinamente, que o oriental estava apenas feliz em estar ali.
Puxou um biscoito de dentro do bolso interno do casaco.
- I-chaaaaaan! Vai! Vai! Pega biscoitinho!!
Seu inglês falso era digno de um ator do mais alto calibre. Jogou o biscoito que "sem querer" caiu em cima da mulher com o celular na mão. O cachorro não pensou duas vezes em se jogar, todo espalhafotoso, sobre o colo da mulher com o celular.
- Ooooh! Sorry! Sorry! Bad dog! Bad dog!
Enquanto encenava, seu cérebro se ativava:
15 metros
Alcance da arma? Ok.
Quantidade de pessoas: 6
Munição suficiente? Ok.
Incógnitas?
Carrinho de bebê.
Primeira ameaça?
Homem às seis horas, de pé. Casal às doze.
- I-Chaaaaan! Comi rir! Comi rir!
Como se estivesse envergonhado e com frio, colocou os braços ao redor do peito e correu na direção da garota que mexia no celular. Sem que percebesse, ele já tocava a empunhadura de Omi.
Não precisou dizer nada. Ele entenderia que precisava tomar cuidado e que deveria permanecer por perto.
Era necessário preparar suas armas e foi, exatamente isto que ele fez. Kyriu disparou...
... disparou um sorriso largo, convicente e verdadeiro. Típico de um turista bobo que havia chegado em uma cidade que não conhecia e que estava empolgado. Qualquer pessoa que estivesse próximo, acreditaria, genuinamente, que o oriental estava apenas feliz em estar ali.
Puxou um biscoito de dentro do bolso interno do casaco.
- I-chaaaaaan! Vai! Vai! Pega biscoitinho!!
Seu inglês falso era digno de um ator do mais alto calibre. Jogou o biscoito que "sem querer" caiu em cima da mulher com o celular na mão. O cachorro não pensou duas vezes em se jogar, todo espalhafotoso, sobre o colo da mulher com o celular.
- Ooooh! Sorry! Sorry! Bad dog! Bad dog!
Enquanto encenava, seu cérebro se ativava:
15 metros
Alcance da arma? Ok.
Quantidade de pessoas: 6
Munição suficiente? Ok.
Incógnitas?
Carrinho de bebê.
Primeira ameaça?
Homem às seis horas, de pé. Casal às doze.
- I-Chaaaaan! Comi rir! Comi rir!
Como se estivesse envergonhado e com frio, colocou os braços ao redor do peito e correu na direção da garota que mexia no celular. Sem que percebesse, ele já tocava a empunhadura de Omi.
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
Quando o biscoito atingiu a mulher com o celular, ela soltou uma expressão qualquer de surpresa, erguendo o rosto na direção do... Do maldito cão Akita que vinha correndo em sua direção! A mulher arregalou os olhos, derrubando o celular, cambaleando para trás quando o animal saltou sobre ela.
E Kyriu viu, enquanto corria na direção da mulher, nela caída, a camisa para o lado, uma arma. Em sua cintura. Em um coldre. Ela estava armada. E não era o tipo de "armada" que um civil usaria.
Diante da aproximação rápida de Kyriu, ele ouviu vozes altas. O estudante. O homem com o jornal. Era uma maldita emboscada. O homem com encostado na árvore gritou: - Ponha suas mãos onde eu possa vê-las!, enquanto sacava a própria arma.
O estudante com o laptop deixou o computador de lado, correndo em direção a ele também, sacando a arma. O casal havia largado o carrinho de bebê e movido-se em direções opostas. A mulher caída parecia assustada demais com o cachorro para fazer qualquer coisa.
O estudante gritou: - Akiyama Kiryu, você está preso pelos assassinatos de Akiyama Emi e Jessica Campbell, por conspiração e por formação de quadrilha! Ponha suas mãos onde possamos vê-las!
E Kyriu viu, enquanto corria na direção da mulher, nela caída, a camisa para o lado, uma arma. Em sua cintura. Em um coldre. Ela estava armada. E não era o tipo de "armada" que um civil usaria.
Diante da aproximação rápida de Kyriu, ele ouviu vozes altas. O estudante. O homem com o jornal. Era uma maldita emboscada. O homem com encostado na árvore gritou: - Ponha suas mãos onde eu possa vê-las!, enquanto sacava a própria arma.
O estudante com o laptop deixou o computador de lado, correndo em direção a ele também, sacando a arma. O casal havia largado o carrinho de bebê e movido-se em direções opostas. A mulher caída parecia assustada demais com o cachorro para fazer qualquer coisa.
O estudante gritou: - Akiyama Kiryu, você está preso pelos assassinatos de Akiyama Emi e Jessica Campbell, por conspiração e por formação de quadrilha! Ponha suas mãos onde possamos vê-las!
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
Uma emboscada. Era exatamente o tipo de coisa que Kyriu esperava naquela maldita cidade.
Se perguntava o que diabos era aquilo. Alguma espécie de jogo, talvez? Algum meio que os outros fugitivos haviam encontrado de manipular aqueles mortais em seu caminho.
O cão fazia bem o seu trabalho. Parecia inofensivo, meio desastrado, enquanto impedia a mulher de focar-se contra ele o que, por si só, já era uma vantagem.
Divertido. Mas entediante. Pensou em sacar suas armas. Na verdade, cada vislumbre do futuro que tinha, envolvia o saque de suas preciosas posses...
Mas ele não o fez.
- I-chaaaaan!!
E então o cão Akita parou. A expressão "bobinha" desapareceu e ele passou a ranger os dentes, enquanto permanecia sobre a mulher. Kyriu sorriu. Um sorriso largo, irônico.
Um sorriso sádico.
- Jessica Campbless? No, no, eu não matar Jessica Campbell. No, no. I-chan matar. I-chan. Vocês nunca ouviram?? - ele gesticulava com as mãos, seus dedos se movimentando em padrões quase hipnóticos, seus movimentos fluídos. E sua voz, ainda que mantivesse o sotaque forçado, convincente, reitere-se, passava ser permeada por uma estranha sensação. Uma sensação daquelas que você sente apenas quando o seu tio babaca senta na frente da fogueira e começar a contar histórias assustadoras. O tipo de sensação que você tem, quando se lembra quando o seu irmão mais velho fazia barulho na cozinha apenas para que você tivesse medo.
Sim, aquele tipo de sensação. Um medo infantil, apavorante. Bicho papão, o monstro dentro do armário, Bloody Mary. E agora...
- I-chan arrancou cabeça de Jessica! Oooh, iés, iés, iés, arrancou! Mastigou seus olhos e agora... oooh, I-Chan se tornou um demônio devorador de Olhos.... Luque, Luque!!
E apontou para o cachorro, cuja saliva escorria pelos dentes e respingava sobre a mulher. Ele arrancaria um pedaço do pescoço dela, caso ela tentasse algo e Kyriu mataria os outros dois, se eles tentassem algo. Se não houvesse agressão, continuaria a história.
- I-chan, I-chan, precisa de olhos, como o de vocês. Iés, iú! Quando os demônios chegam perto do mundo dos vivos, I-chan deixa que eles o possuam para manter o mundo a salvo. E quando isso acontece, ele devora olhos! OLHOS!!! E veja... veja! Acho que... Óu nou! Óu nou! I-Chan! I-chan! por favor! Volte!! Não! I-chan!!
E o homem caiu de joelhos, estendendo ambas as mãos.
- Fujam! Fujam! I-chan irá devorá-los! I-chan! I-chan! Can iú rir mi?!?!? I-CHAN!!!!
E então, como nas velhas histórias, o adorável Akita, passou a parecer uma terrível e assustadora máquina de devorar olhos. E inspirava tanto, mas tanto medo, que a única opção era fugir.
(Tales of Baba Yaga
Catch: Ameaça presente (o cão) sem custo de glamour.
Utilização de Glamour: 2 pts (+2 dados))
Se perguntava o que diabos era aquilo. Alguma espécie de jogo, talvez? Algum meio que os outros fugitivos haviam encontrado de manipular aqueles mortais em seu caminho.
O cão fazia bem o seu trabalho. Parecia inofensivo, meio desastrado, enquanto impedia a mulher de focar-se contra ele o que, por si só, já era uma vantagem.
Divertido. Mas entediante. Pensou em sacar suas armas. Na verdade, cada vislumbre do futuro que tinha, envolvia o saque de suas preciosas posses...
Mas ele não o fez.
- I-chaaaaan!!
E então o cão Akita parou. A expressão "bobinha" desapareceu e ele passou a ranger os dentes, enquanto permanecia sobre a mulher. Kyriu sorriu. Um sorriso largo, irônico.
Um sorriso sádico.
- Jessica Campbless? No, no, eu não matar Jessica Campbell. No, no. I-chan matar. I-chan. Vocês nunca ouviram?? - ele gesticulava com as mãos, seus dedos se movimentando em padrões quase hipnóticos, seus movimentos fluídos. E sua voz, ainda que mantivesse o sotaque forçado, convincente, reitere-se, passava ser permeada por uma estranha sensação. Uma sensação daquelas que você sente apenas quando o seu tio babaca senta na frente da fogueira e começar a contar histórias assustadoras. O tipo de sensação que você tem, quando se lembra quando o seu irmão mais velho fazia barulho na cozinha apenas para que você tivesse medo.
Sim, aquele tipo de sensação. Um medo infantil, apavorante. Bicho papão, o monstro dentro do armário, Bloody Mary. E agora...
- I-chan arrancou cabeça de Jessica! Oooh, iés, iés, iés, arrancou! Mastigou seus olhos e agora... oooh, I-Chan se tornou um demônio devorador de Olhos.... Luque, Luque!!
E apontou para o cachorro, cuja saliva escorria pelos dentes e respingava sobre a mulher. Ele arrancaria um pedaço do pescoço dela, caso ela tentasse algo e Kyriu mataria os outros dois, se eles tentassem algo. Se não houvesse agressão, continuaria a história.
- I-chan, I-chan, precisa de olhos, como o de vocês. Iés, iú! Quando os demônios chegam perto do mundo dos vivos, I-chan deixa que eles o possuam para manter o mundo a salvo. E quando isso acontece, ele devora olhos! OLHOS!!! E veja... veja! Acho que... Óu nou! Óu nou! I-Chan! I-chan! por favor! Volte!! Não! I-chan!!
E o homem caiu de joelhos, estendendo ambas as mãos.
- Fujam! Fujam! I-chan irá devorá-los! I-chan! I-chan! Can iú rir mi?!?!? I-CHAN!!!!
E então, como nas velhas histórias, o adorável Akita, passou a parecer uma terrível e assustadora máquina de devorar olhos. E inspirava tanto, mas tanto medo, que a única opção era fugir.
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
O membro '25Slash7' realizou a seguinte ação: Roll
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
E Kyriu viu, e notou, que eles estavam... Extremamente assustados. Era a idéia, não era? Era o plano, num geral. Assustá-los. Deixá-los aterrorizados, deixando que o glamour embuísse suas palavras, que o medo que ele próprio sentira, o medo da Corte do Outono, guiasse as tonalidades de sua voz e os levasse a loucura...
E funcionou. Mas, talvez, não tão bem quando Kyriu queria, pois o medo, meu amigo, o medo é como o fogo: você nunca sabe a que tipo de ação insana ele vai levar.
Houve um momento de silêncio enquanto a história terminava. Dos dois policiais ainda de pé, dois deles tremiam e tinham os olhos arregaladíssimos. Pareciam querer sair correndo. Mas pareciam furiosos, também. E Kyriu sentiu uma coisa ali: havia algo prendendo-os no lugar. Algo que os impedia de fugir. Algo que parecia ter tornado 'fugir' simplesmente contra sua realidade.
A mulher caida no chão, com o cachorro demoniaco sobre si, chorava. Estava desesperada. Nao sabia o que fazer.
O homem que havia se disfarçado de estudante - e que, agora era visível, devia ter quase trinta anos, o aspecto de juventude sendo criado por suas roupas e, talvez, um pouco de maquiagem - era o que mais tremia. E toda aquela tremedeira tornou-se extremamente óbvia quando, em um único gesto fluído, ele virou a arma para Ichi, o dedo movendo-se em direção ao gatilho...
Kyriu sabia o que ia acontecer. No momento em que o primeiro tiro fosse disparado, a atenção de qualquer viatura em modo de cobertura por toda a proximidade do paraque seria atraída para li. No momento em que o primeiro tiro deixasse a arma, outros tiros começariam a vir, e não levaria muito tempo para que ele e Ichi fossem duas poças de sangue no chão....
Mas algo aconteceu. Uma sombra castanha em calças de lycra veio do nada, tropeçando sobre os policiais como um rinoceronte cego. Um tiro foi disparado. Sangue no ar. Havia pego na menina. Era a mesma menina com quem havia falado antes. Ela tinha fone no ouvido. Havia gritado um "oh, merda, não vi...!" antes do tiro lhe acertar o estômago, antes de embolar-se no chão numa almondega humana junto com os dois policiais apavorados.
Ela tinha os olhos em Kyriu. Uma mensagem única: corre, seu viado, corre!..
E funcionou. Mas, talvez, não tão bem quando Kyriu queria, pois o medo, meu amigo, o medo é como o fogo: você nunca sabe a que tipo de ação insana ele vai levar.
Houve um momento de silêncio enquanto a história terminava. Dos dois policiais ainda de pé, dois deles tremiam e tinham os olhos arregaladíssimos. Pareciam querer sair correndo. Mas pareciam furiosos, também. E Kyriu sentiu uma coisa ali: havia algo prendendo-os no lugar. Algo que os impedia de fugir. Algo que parecia ter tornado 'fugir' simplesmente contra sua realidade.
A mulher caida no chão, com o cachorro demoniaco sobre si, chorava. Estava desesperada. Nao sabia o que fazer.
O homem que havia se disfarçado de estudante - e que, agora era visível, devia ter quase trinta anos, o aspecto de juventude sendo criado por suas roupas e, talvez, um pouco de maquiagem - era o que mais tremia. E toda aquela tremedeira tornou-se extremamente óbvia quando, em um único gesto fluído, ele virou a arma para Ichi, o dedo movendo-se em direção ao gatilho...
Kyriu sabia o que ia acontecer. No momento em que o primeiro tiro fosse disparado, a atenção de qualquer viatura em modo de cobertura por toda a proximidade do paraque seria atraída para li. No momento em que o primeiro tiro deixasse a arma, outros tiros começariam a vir, e não levaria muito tempo para que ele e Ichi fossem duas poças de sangue no chão....
Mas algo aconteceu. Uma sombra castanha em calças de lycra veio do nada, tropeçando sobre os policiais como um rinoceronte cego. Um tiro foi disparado. Sangue no ar. Havia pego na menina. Era a mesma menina com quem havia falado antes. Ela tinha fone no ouvido. Havia gritado um "oh, merda, não vi...!" antes do tiro lhe acertar o estômago, antes de embolar-se no chão numa almondega humana junto com os dois policiais apavorados.
Ela tinha os olhos em Kyriu. Uma mensagem única: corre, seu viado, corre!..
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
É. Era o que deveria ter feito, corrido.
Cada centímetro de sua condição humana dizia "corra". Estava cercado, suas palavras, que deveriam imbuir medo no coração, pouco lhe adiantaram, já que, o que ele havia, justamente, tentado evitar, ocorreu.
Um disparo. Um corpo.
É. Ele deveria ter corrido. Deveria ter aproveitado a deixa, disparado pelo parque e deixado tudo aquilo para trás.
Deveria.
Enquanto seus dedos ageis (Quick Drawn) deslizavam para dentro do casaco e tocassem as empunhaduras da armas, ele pensava como realmente deveria ter fugido.
Sim. Deveria.
Qualquer humano faria.
Mas ele. Ele não era um humano. Ele era uma criatura de sonhos e de lendas. Sua alma havia sido distorcida e fora transformado nas criaturas de majestade e terror que povoam as lendas da humanidade.
Lendas assustadoras. Mais tarde diriam como aquele oriental permaneceu frio, sereno, diante da imagem do vermelho carmim manchando o chão aos seus pés. Diriam, como ele sacou as duas armas, como se fossem dois raios, e disparou com ambas ao mesmo tempo contra o peito daquele que havia derrubado a menina (1. e 2. ataque).
Diriam, como seu braço direito se movimentou e, então, disparou um tiro contra cada um dos outros três (1.,2. e 3. ataque).
Diriam, porque ele era a vingança dos sonhos. Diriam, porque eles deveriam cair.
Porque de desonra, já bastava a sua própria. Não precisava do sangue de mais ninguém em suas mãos.
__
1. Ataque (Full Dicepool)
2. Ataque (-2 (offhand) e -1)
1. Ataque (Full Dicepool)
2. Ataque (-1)
3. Ataque (-2)
Parada de dados:
15/14/17/16/15
Cada centímetro de sua condição humana dizia "corra". Estava cercado, suas palavras, que deveriam imbuir medo no coração, pouco lhe adiantaram, já que, o que ele havia, justamente, tentado evitar, ocorreu.
Um disparo. Um corpo.
É. Ele deveria ter corrido. Deveria ter aproveitado a deixa, disparado pelo parque e deixado tudo aquilo para trás.
Deveria.
Enquanto seus dedos ageis (Quick Drawn) deslizavam para dentro do casaco e tocassem as empunhaduras da armas, ele pensava como realmente deveria ter fugido.
Sim. Deveria.
Qualquer humano faria.
Mas ele. Ele não era um humano. Ele era uma criatura de sonhos e de lendas. Sua alma havia sido distorcida e fora transformado nas criaturas de majestade e terror que povoam as lendas da humanidade.
Lendas assustadoras. Mais tarde diriam como aquele oriental permaneceu frio, sereno, diante da imagem do vermelho carmim manchando o chão aos seus pés. Diriam, como ele sacou as duas armas, como se fossem dois raios, e disparou com ambas ao mesmo tempo contra o peito daquele que havia derrubado a menina (1. e 2. ataque).
Diriam, como seu braço direito se movimentou e, então, disparou um tiro contra cada um dos outros três (1.,2. e 3. ataque).
Diriam, porque ele era a vingança dos sonhos. Diriam, porque eles deveriam cair.
Porque de desonra, já bastava a sua própria. Não precisava do sangue de mais ninguém em suas mãos.
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
O membro '25Slash7' realizou a seguinte ação: Roll
#1 'D10' : 7, 3, 3, 3, 2, 6, 3, 5, 4, 3, 2, 5, 6, 2, 3
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#2 'D10' : 9, 4, 5, 6, 2, 8, 6, 1, 1, 4, 1, 10, 7, 5
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#3 'D10' : 5, 3, 10, 6, 9, 8, 8, 3, 3, 8, 6, 3, 6, 2, 4, 8, 4
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#4 'D10' : 10, 9, 1, 5, 1, 10, 2, 6, 8, 4, 9, 8, 7, 4, 1, 8
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#5 'D10' : 9, 2, 2, 5, 9, 5, 5, 10, 5, 10, 4, 7, 2, 9, 1
#1 'D10' : 7, 3, 3, 3, 2, 6, 3, 5, 4, 3, 2, 5, 6, 2, 3
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#2 'D10' : 9, 4, 5, 6, 2, 8, 6, 1, 1, 4, 1, 10, 7, 5
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#3 'D10' : 5, 3, 10, 6, 9, 8, 8, 3, 3, 8, 6, 3, 6, 2, 4, 8, 4
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#4 'D10' : 10, 9, 1, 5, 1, 10, 2, 6, 8, 4, 9, 8, 7, 4, 1, 8
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Re: Memórias de uma Gei... mm?! De um Yakuza!
O membro '25Slash7' realizou a seguinte ação: Roll
#1 'D10' : 2
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#2 'D10' : 4
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#3 'D10' : 9
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#4 'D10' : 8
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