Por trás das linhas inimigas
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Above and Beyond :: Play By Post: Storyteller System (White Wolf) :: Exalted: Deuses e Homens :: Per Ardua Ad Astra (Cenário) :: 1ª Temporada: O Céu Inconquistado
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Re: Por trás das linhas inimigas
Vaan respirava agora com tranquilidade. Seu maior problema, seria, os bárbaros que se encontravam próximos à fogueira. Colocou um joelho sobre o chão e pareceu traçar um plano. Ainda escondida do destino dos homens, ela fechou os olhos e respirou fundo.
Ouvia as criança brincarem próximas a ela. Deu uma olhada para aquele lado, discretamente. Crianças brincando não seria o caminho mais fácil. Elas se jogam e pulam demais, na opinião da jovem. Vaan franziu a testa e andou até duas barracas mais ao norte, onde podia ver, se olhasse para o lado, as barracas de armazenagem e a pequena escola/igreja. Seu objetivo era, primeiramente, verificar as duas barracas que se distanciavam e protuberavam ao norte.
Quando despejou seus passos sobre a terra mais a frente, ouviu um pio longo de uma águia. Desviou seu olhar e qual foi a surpresa ao testemunhar o que caminhava o mesmo caminho que fizera! Ao ver que os homens se aproximavam numa droga de mamute, a menina viu que seu tempo era curto. Foi extremamente burra ao matar os dois guardas, quando poderia ter tentado passar por eles sem dificuldades. Amaldiçoou-se, mas agora não era hora para pensar no que havia passado.
"Não vou sair dessa porcaria sem nada!" - jurou, com o olhar em uma mistura de determinação e irritação. Parecia querer saltar no pescoço do primeiro selvagem que aparecesse. Entretanto, conteve-se
Com a coragem que tinha, entrou no acampamento. Primeiro, olhou em volta e localizou a barraca mais alta e branca. Ao avistá-la ao oeste mais ao sul de onde estava,Vaan começou a caminhar. Primeiro, passou pela barraca que se assemelhava a uma escola, na extremidade leste. Percebendo a movimentação, Vaan saltou para a cabeça da estátua de Sol Inconquistado, permanecendo lá até que o corredor a sua frente mostrasse menos movimento. Atentou-se também, por alguns segundos, se havia alguém na barraca ou algum culto. Talvez ouvisse algo...Porém, logo o corredor se mostrou menos movimentado. Os minutos corriam contra ela.
Quando aconteceu, a garota, que se movia silenciosa e graciosamente como um felino, pegou impulso na estátua e saltou para frente, acima das cabeças dos homens e mulheres. Deu uma cambalhota no ar e caiu de forma gentil no chão. Logo escondeu-se próxima a de uma barraca mais ao sudoeste. Uma mulher conversava com um velho dentro da mesma, perpendicular a uma fogueira onde bárbaros riam alto, ao sul. Vaan caminhou para o lado contrário da fogueira, um espaço em que uma mulher deixava seu bebê brincando com um graveto. Vaan saltou gentilmente o bebê e pousou ao lado da mulher. Ao passar por ela, o máximo que a jovem sentiu foi um vento frio, típico da região. Passou pelo corredor mais ao sudeste, após um homem da ronda caminhou, ajeitando as calças, depois de mijar. Fez uma careta de reprovação.
Escondeu-se próxima à barraca a frente. Deu um, dois passos para o próximo corredor ao sul e parou nele, olhando para os lados. Virada para o sul, ergueu seu rosto e viu a barraca branca ficar mais próximas, agora na sua direcional direita, para baixo. Vaan viu uma barraca a sua frente e atrás dela, uma fogueira. Era quase loucura, mas...Bem, os Escolhidos podiam fazer coisas absurdas e ela escolheu tentar. A leve Essência percorreu as pernas de Vaan até seus pés, como água refrescando os músculos. Deu uma leve corrida e saltou para os céus. Quando o fez, jogou o tronco para frente e pousou, gentilmente, suas mãos sobre o tronco central da barraca que visava a ultrapassar com seu salto. Pegou um leve impulso para aumentar distância percorrida e levemente a altura. No ar, girou sob seu eixo, para voltar sua frente para o chão. Passou encurvada no ar, enquanto saltava sobre a cabeça dos homens e da fogueira. Sentia o calor que ela emanava e via os bárbaros, ao chão, conversando. Pousou como um predador noturno, sem barulho, flexionando gentilmente seus joelhos.
Olhou em volta. Agora a barraca estava exatamente ao oeste, bem na sua frente. Avançou para a barraca da frente. Poucos metros a separavam da barraca principal, onde achava que iria encontrar algo.
Vaan tinha os olhos atentos e quando viu uma pedra maior deixando o corredor mais estreito, seu olhar passou de calmo e atento para algo que lembrava a raiva. O bárbaro vinha em sua direção. Assobiava. Não havia visto a menina, que desde sua entrada, escondia-se nas linhas do destino. Voltar não era uma opção. Não havia tempo e Vaan jamais, nunca, iria voltar de mãos abanando. Não faria isso pelo Legado, não faria isso por Iron, não faria isso por Archer, Faria por ela mesma. Correu com seus passos ligeiros e curtos, silenciosos. O bárbaro se aproximava da pedra. Teriam que passar quase no mesmo instante.
Estava cansada de ser a única a ser julgada não fazer nada para mudar alguma coisa. E daí que seus amigos podiam destruir uma montanha? Ela poderia fazê-la trocar de lugar, caso quisesse, mexendo apenas nas sutilezas das linhas do tear. Diziam...Diziam também que ela poderia mudar o destino, mas ninguém sequer estendeu a mão, pelo menos não de boa vontade. Iron, o Legado, Archer... Eram todos..Vaan não terminou o raciocínio. Ao invés de concentrar-se na raiva, deixou a Essência percorrer seu corpo, apenas para senti-lo mais leve, alimentado. A sensação de liberdade aumentava e Vaan aumentou um pouco a velocidade. No momento que o homem passou ao lado da pedra, Vaan também passou, mas passou correndo sobre a pedra. Seus pés davam passos rápidos, não querendo perder o atrito. No último passo, Vaan saltou e deu uma estrela no ar, girando depois seu corpo para frente, na direção da tenda branca. Havia feito isso para ver se, acima da casa, havia alguma entrada de ar, ou até, um lugar para alojar-se.
Ao pousar, correu na direção da tenda, furtiva, uma sombra. Parou onde haveria menos bárbaros e tentou ouvir alguma coisa. Teria que haver algo. Ela esperava por isso.
Ouvia as criança brincarem próximas a ela. Deu uma olhada para aquele lado, discretamente. Crianças brincando não seria o caminho mais fácil. Elas se jogam e pulam demais, na opinião da jovem. Vaan franziu a testa e andou até duas barracas mais ao norte, onde podia ver, se olhasse para o lado, as barracas de armazenagem e a pequena escola/igreja. Seu objetivo era, primeiramente, verificar as duas barracas que se distanciavam e protuberavam ao norte.
Quando despejou seus passos sobre a terra mais a frente, ouviu um pio longo de uma águia. Desviou seu olhar e qual foi a surpresa ao testemunhar o que caminhava o mesmo caminho que fizera! Ao ver que os homens se aproximavam numa droga de mamute, a menina viu que seu tempo era curto. Foi extremamente burra ao matar os dois guardas, quando poderia ter tentado passar por eles sem dificuldades. Amaldiçoou-se, mas agora não era hora para pensar no que havia passado.
"Não vou sair dessa porcaria sem nada!" - jurou, com o olhar em uma mistura de determinação e irritação. Parecia querer saltar no pescoço do primeiro selvagem que aparecesse. Entretanto, conteve-se
Com a coragem que tinha, entrou no acampamento. Primeiro, olhou em volta e localizou a barraca mais alta e branca. Ao avistá-la ao oeste mais ao sul de onde estava,Vaan começou a caminhar. Primeiro, passou pela barraca que se assemelhava a uma escola, na extremidade leste. Percebendo a movimentação, Vaan saltou para a cabeça da estátua de Sol Inconquistado, permanecendo lá até que o corredor a sua frente mostrasse menos movimento. Atentou-se também, por alguns segundos, se havia alguém na barraca ou algum culto. Talvez ouvisse algo...Porém, logo o corredor se mostrou menos movimentado. Os minutos corriam contra ela.
Quando aconteceu, a garota, que se movia silenciosa e graciosamente como um felino, pegou impulso na estátua e saltou para frente, acima das cabeças dos homens e mulheres. Deu uma cambalhota no ar e caiu de forma gentil no chão. Logo escondeu-se próxima a de uma barraca mais ao sudoeste. Uma mulher conversava com um velho dentro da mesma, perpendicular a uma fogueira onde bárbaros riam alto, ao sul. Vaan caminhou para o lado contrário da fogueira, um espaço em que uma mulher deixava seu bebê brincando com um graveto. Vaan saltou gentilmente o bebê e pousou ao lado da mulher. Ao passar por ela, o máximo que a jovem sentiu foi um vento frio, típico da região. Passou pelo corredor mais ao sudeste, após um homem da ronda caminhou, ajeitando as calças, depois de mijar. Fez uma careta de reprovação.
Escondeu-se próxima à barraca a frente. Deu um, dois passos para o próximo corredor ao sul e parou nele, olhando para os lados. Virada para o sul, ergueu seu rosto e viu a barraca branca ficar mais próximas, agora na sua direcional direita, para baixo. Vaan viu uma barraca a sua frente e atrás dela, uma fogueira. Era quase loucura, mas...Bem, os Escolhidos podiam fazer coisas absurdas e ela escolheu tentar. A leve Essência percorreu as pernas de Vaan até seus pés, como água refrescando os músculos. Deu uma leve corrida e saltou para os céus. Quando o fez, jogou o tronco para frente e pousou, gentilmente, suas mãos sobre o tronco central da barraca que visava a ultrapassar com seu salto. Pegou um leve impulso para aumentar distância percorrida e levemente a altura. No ar, girou sob seu eixo, para voltar sua frente para o chão. Passou encurvada no ar, enquanto saltava sobre a cabeça dos homens e da fogueira. Sentia o calor que ela emanava e via os bárbaros, ao chão, conversando. Pousou como um predador noturno, sem barulho, flexionando gentilmente seus joelhos.
Olhou em volta. Agora a barraca estava exatamente ao oeste, bem na sua frente. Avançou para a barraca da frente. Poucos metros a separavam da barraca principal, onde achava que iria encontrar algo.
Vaan tinha os olhos atentos e quando viu uma pedra maior deixando o corredor mais estreito, seu olhar passou de calmo e atento para algo que lembrava a raiva. O bárbaro vinha em sua direção. Assobiava. Não havia visto a menina, que desde sua entrada, escondia-se nas linhas do destino. Voltar não era uma opção. Não havia tempo e Vaan jamais, nunca, iria voltar de mãos abanando. Não faria isso pelo Legado, não faria isso por Iron, não faria isso por Archer, Faria por ela mesma. Correu com seus passos ligeiros e curtos, silenciosos. O bárbaro se aproximava da pedra. Teriam que passar quase no mesmo instante.
Estava cansada de ser a única a ser julgada não fazer nada para mudar alguma coisa. E daí que seus amigos podiam destruir uma montanha? Ela poderia fazê-la trocar de lugar, caso quisesse, mexendo apenas nas sutilezas das linhas do tear. Diziam...Diziam também que ela poderia mudar o destino, mas ninguém sequer estendeu a mão, pelo menos não de boa vontade. Iron, o Legado, Archer... Eram todos..Vaan não terminou o raciocínio. Ao invés de concentrar-se na raiva, deixou a Essência percorrer seu corpo, apenas para senti-lo mais leve, alimentado. A sensação de liberdade aumentava e Vaan aumentou um pouco a velocidade. No momento que o homem passou ao lado da pedra, Vaan também passou, mas passou correndo sobre a pedra. Seus pés davam passos rápidos, não querendo perder o atrito. No último passo, Vaan saltou e deu uma estrela no ar, girando depois seu corpo para frente, na direção da tenda branca. Havia feito isso para ver se, acima da casa, havia alguma entrada de ar, ou até, um lugar para alojar-se.
Ao pousar, correu na direção da tenda, furtiva, uma sombra. Parou onde haveria menos bárbaros e tentou ouvir alguma coisa. Teria que haver algo. Ela esperava por isso.
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Re: Por trás das linhas inimigas
André, rolei só Stealth + Destreza, pq não sabia o que mais rolar!
Eu condirei que continuava ainda escondida com o charm, ok?
Eu condirei que continuava ainda escondida com o charm, ok?
Valkyrja- Usuário
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Re: Por trás das linhas inimigas
O membro 'Valkyrja' realizou a seguinte ação: Roll
'D10' : 7, 5, 5, 1, 10, 2, 5, 2, 3, 3
'D10' : 7, 5, 5, 1, 10, 2, 5, 2, 3, 3
Re: Por trás das linhas inimigas
(Rolagem ok)
Saltou sobre uma das fogueiras
Era como um fantasma naquela noite. Seus movimentos eram rápidos, precisos, quase cirúrgicos. Em seu íntimo, sabia que haveriam por aí muitos outros cuja excelência ergueria-se muito acima da dela, mas ali, naquele momento, naquela noite, ela era a senhora do destino entre mortais.
Sua passagem deixava pouco mais do que arrepios na espinha daqueles deixados para trás.
Próxima, ouvia que eles conversavam sobre trivialidades. Falavam sobre ir para casa, mas sem dizer qualquer coisa que identificasse o lugar. Os soldados, cuja línguagem era mais difícil de entender, falavam sobre estarem prontos para atacar, demonstrando desejo pelo conflito.
- Vento gelado.
Um deles disse, quando Vaan saltou sobre a fogueira, abraçando a si próprio diante daquela estranha sensação.
Então, agora, era hora de aproximar-se da tenda branca. Não havia qualquer entrada por cima. Aproximou-se.
- Nós precisamos levar estes também.
Era uma voz feminina, agradável, angelical. Não conseguiu ver quem é, apenas, aparentemente, demonstrava haver uma mulher acompanhada por mais três pessoas, um deles envolto por um longo manto com adornos de sacerdócio.
- O Guardião do Norte deve ter tranquilidade, suporte de seu povo. Você entende, não entende, meu querido Adoran?
Estava à uma tenda de distância. Os dois guardas na entrada. Olhou para a direção contrária e viu uma criança correndo em sua direção e então... parando. A criança deteve-se e ficou olhando para Vaan. Depois olhou para os dois guardas, com uma expressão de estranheza. Olhou para Vaan novamente.
Um dos guardas notou. Ele não via Vaan porque havia uma tenda entre eles.
- Sherak!
O homem disse e sorriu. Começou a caminhar na direção da criança. Seria questão de tempo até passar por Vaan.
Saltou sobre uma das fogueiras
Era como um fantasma naquela noite. Seus movimentos eram rápidos, precisos, quase cirúrgicos. Em seu íntimo, sabia que haveriam por aí muitos outros cuja excelência ergueria-se muito acima da dela, mas ali, naquele momento, naquela noite, ela era a senhora do destino entre mortais.
Sua passagem deixava pouco mais do que arrepios na espinha daqueles deixados para trás.
Próxima, ouvia que eles conversavam sobre trivialidades. Falavam sobre ir para casa, mas sem dizer qualquer coisa que identificasse o lugar. Os soldados, cuja línguagem era mais difícil de entender, falavam sobre estarem prontos para atacar, demonstrando desejo pelo conflito.
- Vento gelado.
Um deles disse, quando Vaan saltou sobre a fogueira, abraçando a si próprio diante daquela estranha sensação.
Então, agora, era hora de aproximar-se da tenda branca. Não havia qualquer entrada por cima. Aproximou-se.
- Nós precisamos levar estes também.
Era uma voz feminina, agradável, angelical. Não conseguiu ver quem é, apenas, aparentemente, demonstrava haver uma mulher acompanhada por mais três pessoas, um deles envolto por um longo manto com adornos de sacerdócio.
- O Guardião do Norte deve ter tranquilidade, suporte de seu povo. Você entende, não entende, meu querido Adoran?
Estava à uma tenda de distância. Os dois guardas na entrada. Olhou para a direção contrária e viu uma criança correndo em sua direção e então... parando. A criança deteve-se e ficou olhando para Vaan. Depois olhou para os dois guardas, com uma expressão de estranheza. Olhou para Vaan novamente.
Um dos guardas notou. Ele não via Vaan porque havia uma tenda entre eles.
- Sherak!
O homem disse e sorriu. Começou a caminhar na direção da criança. Seria questão de tempo até passar por Vaan.
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Re: Por trás das linhas inimigas
" Mais um maldito corredor só!"
Gostava da sensação, do jogo de perigo. Vaan teve certeza, naquele momento, que desde sua consciência, não só nessa vida, mas desde que as senhoras deram essa bênção sobre sua alma, que ela estava destinada a excercer a palavra e ordens do Destino enquanto caminhava na escuridão. Sua mão era o punhal que cortava por entre os tecidos da Criação. Não se importou se lá fora haviam pessoas mais fortes. Quão fortes fossem, elas cairiam. Cairiam porque, simplesmente, ninguém escapa da morte. E ela era sua emissária.
Seu coração pulsava com calma em seu peito. A respiração era tranquila e seus movimentos, calculados. Suas roupas surradas pareciam mesclar-se com as cores das barracas. O corpo esbelto andava ainda curvado, seus passos rápidos sequer marcavam a pouca neve do local. Parou atrás da barraca e olhou de relance. Os olhos agora estavam tão afiados quanto uma lâmina. Tinha uma noção melhor de suas habilidades e dela mesma, após a visão que teve e o próprio batismo de fogo que se impora. Deu um sorriso tão desdenhoso que era difícil acreditar que ela conseguiria expressar tamanha indiferença. Agora, era tudo uma questão de cálculo, não de rastros de pequenas emoções. Sentia-se estranha consigo mesma, quae nãos e reconheceu. Não conseguiria ser fria, mas entendia, agora, o papel de um soldado, um espião, dentro de uma guerra. Nada lá dentro importava. Não existiam pessoas, existiam apenas soldados.
"Nomes nada significam em um campo de batalha. Depois de uma semana, ninguém tem um nome." - a lembrança de Iron veio como um reflexo no rio. Agora parecia entender aquelas sentenças.
Com a visão, vinha o sentimento de urgência, de necessidade. Iria afzer o que tivesse que fazer, independente das consequencias, até se isso significasse sua morte. Ficou admirada, pois isso com tanta clareza que não conseguia sentir medo, ou hesitação. Pensou se isso não seria uma herança de outra vida ou se ela havia agora despertado para o real significado de sua própria existência. Haveria nascido para isso, aquela que voltou com o destino quebrado por ter falhado justamente por ter visto cosias que não deveria? Vaan sorriu. O Destino era mesmo um filha da puta.
"Levar estes?..." - Vaan tenta raciocinar. 'Estes' poderiam ser tanto artefatos, comida ou até mesmo aquele exército. Ao ouvir sobre o rei do Norte, sentiu que mordera, de reflexo, seu lábio inferior. Escorregou o pé para a frente e quando ia começar a correr para seu objetivo e...A criança a olhou.
Os olhos de Vaan percorreram o jovem. Os olhos agora intensos e liláses foram ao encontro dos olhos azuis e inocentes daquele pequeno, tão inocente em sua corrida e sua dúvida. Vaan expremeu de leve seus olhos, em uma expressão de ousadia e divertimento. Ela deu um sorriso meigo ao menino e levou o dedo indicador para o lábio, pedindo silêncio.
- Você só achou que me viu, pequeno. - sussurrou, quase como uma ordem a ele.
[Blinding the Boar]
E assim que pronunciou a última sílaba da sentença, o símbolo de sua casta brilhou em sua testa. Por aqueles segundos seguintes, o menininho esfregou seus olhos, tentou ver aquela figura quase mágica. Era tão bonita, tão angelical, que ele poderia pensar que viu apenas uma fadas das histórias que sua mãe contava. A imagem de Vaan desapareceu, pouco a pouco, virando uma miragem apenas, o resto de um sonho há muito tempo esquecido, uma lenda que era passada através de canções. Será que foi real? Havia algum resquício do que era real? Nada... Apenas uma sensação vaga ficou. A menina havia sumido.
Vaan contornou a tenda, saindo do campo de visão do menino, deixando o rastro do irreal para trás. Oculta nas linhas de diversos destinos, era impossível distinguir qual era a imagem que se fazia real e presente, naquele acampamento. Como todos do seu tipo, sumia dentro da história, para reescrevê-la como desejasse.
Viu que a sua frente estava apenas a barraca branca. Olhou de relance e arqueou uma sobrancelha quando ouviu a voz do guarda se aproximando. Esperou, pacientemente, como um predador. Agora ela poderia tentar atravessar para ficar atrás da barraca, aproveitando a sombra que a própria faria.
Podia ver as formas dentro da mesma: a mulher e os três homens.
O som de um passo e uma voz. Sabia que o guarda estaria próximo ao menino. Agachou-se e seguiu para a parede lateral da barraca. Ajoelhou-se rapidamente, ouvindo um pouco mais.
Mais um suspiro, e Vaan caminhou rapidamente para atrás da mesma, protegendo-se na sombra dessa e de mais uma barraca a frente. Ajoelhou-se com um joelho e apoiou seu braço em uma das pernas. Sua expressão era fechada, carregada de uma seriedade que parecia não casar com o rosto jovial da garota. Os olhos agora tinham olheiras profundas, acentuadas pela falta de luz. Os olhos liláses brilhavam como os olhos de um lobo faminto. As botas estavam sujas de barro e geladas graças à neve fria que andara o caminho todo. Nas mãos, as unhas tinham restos de sangue. Ela passou a mão no rosto, sentindo as pontas dos dedos geladas. Os lábios roxos denunciavam que detestava o frio. Ergueu rapidamente seu olhar pesado para o alto da colina. Logo eles veriam os corpos.
"Merda." - foi o único pensamento que passou naquela mente agora fria, quase sem emoçõe, mas solitária.
Agora, apenas ouviria e rezaria para cosneguir algo bom. Tinha pouco tempo.
(andré, não sei se rolei certo. Qualqeur coisa, me fala! Rolei Stealth e o Blinding)
Gostava da sensação, do jogo de perigo. Vaan teve certeza, naquele momento, que desde sua consciência, não só nessa vida, mas desde que as senhoras deram essa bênção sobre sua alma, que ela estava destinada a excercer a palavra e ordens do Destino enquanto caminhava na escuridão. Sua mão era o punhal que cortava por entre os tecidos da Criação. Não se importou se lá fora haviam pessoas mais fortes. Quão fortes fossem, elas cairiam. Cairiam porque, simplesmente, ninguém escapa da morte. E ela era sua emissária.
Seu coração pulsava com calma em seu peito. A respiração era tranquila e seus movimentos, calculados. Suas roupas surradas pareciam mesclar-se com as cores das barracas. O corpo esbelto andava ainda curvado, seus passos rápidos sequer marcavam a pouca neve do local. Parou atrás da barraca e olhou de relance. Os olhos agora estavam tão afiados quanto uma lâmina. Tinha uma noção melhor de suas habilidades e dela mesma, após a visão que teve e o próprio batismo de fogo que se impora. Deu um sorriso tão desdenhoso que era difícil acreditar que ela conseguiria expressar tamanha indiferença. Agora, era tudo uma questão de cálculo, não de rastros de pequenas emoções. Sentia-se estranha consigo mesma, quae nãos e reconheceu. Não conseguiria ser fria, mas entendia, agora, o papel de um soldado, um espião, dentro de uma guerra. Nada lá dentro importava. Não existiam pessoas, existiam apenas soldados.
"Nomes nada significam em um campo de batalha. Depois de uma semana, ninguém tem um nome." - a lembrança de Iron veio como um reflexo no rio. Agora parecia entender aquelas sentenças.
Com a visão, vinha o sentimento de urgência, de necessidade. Iria afzer o que tivesse que fazer, independente das consequencias, até se isso significasse sua morte. Ficou admirada, pois isso com tanta clareza que não conseguia sentir medo, ou hesitação. Pensou se isso não seria uma herança de outra vida ou se ela havia agora despertado para o real significado de sua própria existência. Haveria nascido para isso, aquela que voltou com o destino quebrado por ter falhado justamente por ter visto cosias que não deveria? Vaan sorriu. O Destino era mesmo um filha da puta.
"Levar estes?..." - Vaan tenta raciocinar. 'Estes' poderiam ser tanto artefatos, comida ou até mesmo aquele exército. Ao ouvir sobre o rei do Norte, sentiu que mordera, de reflexo, seu lábio inferior. Escorregou o pé para a frente e quando ia começar a correr para seu objetivo e...A criança a olhou.
Os olhos de Vaan percorreram o jovem. Os olhos agora intensos e liláses foram ao encontro dos olhos azuis e inocentes daquele pequeno, tão inocente em sua corrida e sua dúvida. Vaan expremeu de leve seus olhos, em uma expressão de ousadia e divertimento. Ela deu um sorriso meigo ao menino e levou o dedo indicador para o lábio, pedindo silêncio.
- Você só achou que me viu, pequeno. - sussurrou, quase como uma ordem a ele.
[Blinding the Boar]
E assim que pronunciou a última sílaba da sentença, o símbolo de sua casta brilhou em sua testa. Por aqueles segundos seguintes, o menininho esfregou seus olhos, tentou ver aquela figura quase mágica. Era tão bonita, tão angelical, que ele poderia pensar que viu apenas uma fadas das histórias que sua mãe contava. A imagem de Vaan desapareceu, pouco a pouco, virando uma miragem apenas, o resto de um sonho há muito tempo esquecido, uma lenda que era passada através de canções. Será que foi real? Havia algum resquício do que era real? Nada... Apenas uma sensação vaga ficou. A menina havia sumido.
Vaan contornou a tenda, saindo do campo de visão do menino, deixando o rastro do irreal para trás. Oculta nas linhas de diversos destinos, era impossível distinguir qual era a imagem que se fazia real e presente, naquele acampamento. Como todos do seu tipo, sumia dentro da história, para reescrevê-la como desejasse.
Viu que a sua frente estava apenas a barraca branca. Olhou de relance e arqueou uma sobrancelha quando ouviu a voz do guarda se aproximando. Esperou, pacientemente, como um predador. Agora ela poderia tentar atravessar para ficar atrás da barraca, aproveitando a sombra que a própria faria.
Podia ver as formas dentro da mesma: a mulher e os três homens.
O som de um passo e uma voz. Sabia que o guarda estaria próximo ao menino. Agachou-se e seguiu para a parede lateral da barraca. Ajoelhou-se rapidamente, ouvindo um pouco mais.
Mais um suspiro, e Vaan caminhou rapidamente para atrás da mesma, protegendo-se na sombra dessa e de mais uma barraca a frente. Ajoelhou-se com um joelho e apoiou seu braço em uma das pernas. Sua expressão era fechada, carregada de uma seriedade que parecia não casar com o rosto jovial da garota. Os olhos agora tinham olheiras profundas, acentuadas pela falta de luz. Os olhos liláses brilhavam como os olhos de um lobo faminto. As botas estavam sujas de barro e geladas graças à neve fria que andara o caminho todo. Nas mãos, as unhas tinham restos de sangue. Ela passou a mão no rosto, sentindo as pontas dos dedos geladas. Os lábios roxos denunciavam que detestava o frio. Ergueu rapidamente seu olhar pesado para o alto da colina. Logo eles veriam os corpos.
"Merda." - foi o único pensamento que passou naquela mente agora fria, quase sem emoçõe, mas solitária.
Agora, apenas ouviria e rezaria para cosneguir algo bom. Tinha pouco tempo.
(andré, não sei se rolei certo. Qualqeur coisa, me fala! Rolei Stealth e o Blinding)
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Re: Por trás das linhas inimigas
O membro 'Valkyrja' realizou a seguinte ação: Roll
#1 'D10' : 10, 10, 7, 6, 7, 3, 5, 2, 10, 2
--------------------------------
#2 'D10' : 1, 2, 8, 2, 3, 7
#1 'D10' : 10, 10, 7, 6, 7, 3, 5, 2, 10, 2
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#2 'D10' : 1, 2, 8, 2, 3, 7
Re: Por trás das linhas inimigas
Quando o guarda se aproximou da criança, notou que estava olhava, quase como em um estado de catatonia, na direção onde Vaan estava.
- Sherak? Onde está sua mãe? - não houve resposta. O guarda aproximou-se mais e agachou-se a frente do pequeno - Sherak? O que houve?
O menino pareceu despertar. Chacoalhou a cabeça em negativo, franziu o cenho e murmurou.
- N-nda. - esfregou os olhos - Achei que... vi mamãe... ou a mana...
Quando o guarda olhou, não havia mais nada. A garota tinha desaparecido e a criança parecia confusa demais para ser capaz de dizer qualquer coisa que fizesse algum sentido.
De uma forma ou de outra, não foi naquele momento que o destino de Vaan se deparou com o de outra pessoa. As linhas permaneceriam intocadas.
Então veio o próximo passo, ficou atrás da barraca e permaneceu. Encontrou uma pequena fresta por onde foi capaz de ver o interior e lá...
.... a mulher era uma visão divina da perfeição feminina. Seu corpo parecia ter sido moldado pelos deuses em pessoa, ainda que tivesse um aspecto levemente mirrado, que dava uma impressão de fragilidade contrastante com seus olhos carmins, densos e serenos. Sua tez era pálida como a neve que os cercava e seu corpo era coberto por tatuagens em tons vermelhos como sangue, como riscos largos. Suas vestes acompanhavam aquela harmonia de cores, apenas branca e vermelha, nada além. Davam o aspecto de sacerdócio.
Quando a olhou, Vaan sentiu uma estranha sensação. Soube, quase de imediato, que aquele destino...
Os outros três eram bárbaros. Um deles foi tocado pelo caos, e suas mãos assemelhavam-se a garras de gelo. Utilizavam pele de animal como cobertura e traziam consigo lança e espada.
A tenda, um pouco mais ampla que as demais, possuia uma cama, uma mesa e cadeira com livros, além de um altar pequeno, onde a mesma imagem do homem de quatro braços estava. No extremo noroeste, um báu velho, com um cadeado.
- Senhora Samae... sua bondade inspira a todos nós. Contudo, ouvimos que os senhores do norte estão começando a montar um contraataque... e
- Eles não vão vencer. Você sabe disso.
E a palavra dela foi carregada com uma autoridade divina, uma tranquilidade carregada por quem tem certeza do destino.
- Nós iremos para a Morada da Mãe e lá, nós realizaremos a Convocação... exerceremos nossa autoridade... a autoridade que nos é de direito. Que conseguimos após a vitória sobre os Primordiais. Vocês... meus amados, compreendem isso?
Os homens ficaram em silêncio.
- Fal Grey sangra por nós. Sua carne mortal... sua centelha divina está construindo o nosso caminho. Nós... meus amados, tempos negros caminham em nossa direção. E essas tolices políticas perpetrada por seres inferiores.... sem direção. Não, basta, basta desse sofrimento. Nós retornaremos para a morada. Preparem as...
- Mãe de Todas as Tribos!
Alguém entrou na tenda. Os dois guardas da entrada foram encontrados mortos!
- Soe o alarme!
O mamute fez um som assustador, lá da direção da única entrada do acampamento. E todos souberam... impuros caminhavam entre eles.
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Re: Por trás das linhas inimigas
Vaan primeiro parou. Limpou o suor que escorria, frio, por sua têmpora. Seus olhos afiados e gelados como o Norte percorreram de um lado para o outro, apenas por precaução. Ela caminhou cuidadosamente por parte da superfície branca da barraca, atenciosa enquanto buscava uma fresta. Quando a encontro, não deu um sorriso, ou sequer demonstrou algum sentimento. Apenas aproximou seu olhar curioso e observou todos os presentes no novo show que se iniciava.
Uma mulher e mais três bárbaros. Todos terrivelmente confiantes. Não sabia se o Rei do Norte tirava sua confiança deles ou o contrário.
A mulher...Quando bateu o olho na bela mulher, Vaan pareceu sentir um peso em seu peito e estômago. Afastou o olhar, pensativa. Que tipo de destino era aquele? Seus olhos estavam cerrados, irritados com a visão perfeita que tinham. Vaan olhou novamente pela fenda e viu de novo a figura feminina divina. Era tão perfeita que ela duvidaria que alguém fosse capaz de levantar um dedo contra ela. E aquele destino...
"Fal Grey e sua turma do barulho. Cada vez mais interessante."
O Destino era algo que Vaan parecia não conseguir acompanhar. Era grandioso, talvez mais grandioso que Fal Grey e...Tinha a impressão de ser não ser mortal e se fosse, estava intimamente conectada com algo muito acima deles.
"Samae." - Não, ela não era como Vaan, sequer era como Fal Grey ou os outros do Legado. Vaan arqueou uma sobrancelha. Algo nela lhe lembrava Alfadur, mas de um jeito diferente. Era tocada pelo Caos, como se pudesse transformar-se ou até utilizá-lo. Quando olhou o selvagem com as mãos caóticas, a menina franziu sua testa e analizou suas armas. pensou que não queria confrontar-lhe de frente, nem hoje e, preferencialmente, nunca. Era estranhamente imponente. Eles permaneciam calados diante da autoridade da mulher, que falava como se ela mesma fosse uma das Senhoras do Destino.
"Hmm. Voltar para a morada? Primordiais?"
Lembrou-se de Remetheus. Ele é um primordial, mas que raios de guerra é essa que eles estão falando? E qual seria o lugar de direito?
"Se ela odeia política, espere até chegar a..." - Vaan ergueu ambas as sobrancelhas, em sinal de surpresa. Yu Shan era, afinal, o lar dos deuses. Se ela, Vaan, tinha o 'direito' de morar em Yu Shan, pessoas como Fal Grey poderiam também lá frequentar. Mas por que não estão lá?
Passou seu olhar pela sala e focou novamente no homem de mãos de gelo. 'Morada da Mãe'? Talvez a morada fosse também onde Alfadur tinha um refúgio, longe das bordas da Criação. Algo lhe disse que essa seria a opção mais correta.
"No meio do Caos é a tal 'Morada da Mãe'?"
Passou o olhar pelo quarto, tentando decorá-lo. Por um segundo, os olhos ficaram presos no tresouro. Gostaria de saber o que havia lá, tão bem guardado. Talvez, tivesse a chance de vasculhar o quarto, se eles saíssem de lá.
Esperou mais um pouco para ver se conseguiria outras informações importantes. Estava tão concentrada na cena e nas palavras que ouvia que lembrou-se apenas do mamute quando o guarda chamou por Samae e denunciava sua visita ao campo. Havia sido descoberta.
"A brincadeira acabou!" Vaan afastou-se lentamente da tenda, ocultando-se nas sombras. Agora sentiu seu coração palpitar rápido. Sua respiração estava quase descontrolada e sua visão pareceu ficar mais aguçada, assim como seus ouvidos. Sentia um tremor em todo o corpo. Não era medo, não era receio ou sequer escitação. Era apenas a vontade de terminar seu dever de forma espetacular, como seria exigido dela.
O Destino agora gritava o perigo em seus ouvidos. Seus pés pediam urgência para se mover, apesar das pernas ainda tensionadas. Ela olhou rapidamente para ambos os lados e para po sul. Nao havia outra saída. Deveria ir para lá, por onde havia chegado.
Contornou a barraca branca até sua face oeste. De lá, atravessou o pequeno corredor até ficar atrás da barraca em frente de onde estava. Sabia que agora seria muito mais difícil sair dalí, agora que sabiam que alguém estava lá. Seria caçada até a acharem, pegarem e os deuses sabem lá fazer o que.
"Se me acharem."
Ela caminhou em direção ao sul. Na segunda barraca que passou, Vaan passou o pé em uma das bases da barraca, apenas o suficiente para deixa-la bamba, caindo lentamente.
"Espero que achem que eu estou ali."
Sua testa brilhou e quando se preparou para saltar sobre a barraca seguinte, sempre ao sul, desapareceu novamente dentro das histórias contadas na Criação. Agora, saltava por em cima de cada barraca, usando seu topo como impulso para a próxima. Mesmo com a pressa, fazia com calma e destreza impressionantes. Seus saltos eram calculados e belos, tão leves que poderiam ser confundidos com o cair de pétalas sobre a água. Não havia som, não havia conturbação. Um simples passo leve, belo e romântico, como uma bailarina. Em um silêncio mortal, afastou-se do centro mais dois corredores para sudoeste e depois seguiu para o sul, visando à entrada. Percorria o acampamento inteiro dessa maneira: barraca por barraca, como uma águia passava por cima de suas presas. Evitava o chão. Mais bárbaros estariam lá embaixo, procurando pelo impuro que maculou seu sagrado acampamento. Usava o Destino como aliado, novamente. Usava-o como uma mãe zelosa, escondendo-se abaixo de sua asa maternal e aconchegante.
Quando chegasse ao extremo sul, decidiria como iria proceder para escapar das ordas dos bárbaros.
[Flashing passage]
Uma mulher e mais três bárbaros. Todos terrivelmente confiantes. Não sabia se o Rei do Norte tirava sua confiança deles ou o contrário.
A mulher...Quando bateu o olho na bela mulher, Vaan pareceu sentir um peso em seu peito e estômago. Afastou o olhar, pensativa. Que tipo de destino era aquele? Seus olhos estavam cerrados, irritados com a visão perfeita que tinham. Vaan olhou novamente pela fenda e viu de novo a figura feminina divina. Era tão perfeita que ela duvidaria que alguém fosse capaz de levantar um dedo contra ela. E aquele destino...
"Fal Grey e sua turma do barulho. Cada vez mais interessante."
O Destino era algo que Vaan parecia não conseguir acompanhar. Era grandioso, talvez mais grandioso que Fal Grey e...Tinha a impressão de ser não ser mortal e se fosse, estava intimamente conectada com algo muito acima deles.
"Samae." - Não, ela não era como Vaan, sequer era como Fal Grey ou os outros do Legado. Vaan arqueou uma sobrancelha. Algo nela lhe lembrava Alfadur, mas de um jeito diferente. Era tocada pelo Caos, como se pudesse transformar-se ou até utilizá-lo. Quando olhou o selvagem com as mãos caóticas, a menina franziu sua testa e analizou suas armas. pensou que não queria confrontar-lhe de frente, nem hoje e, preferencialmente, nunca. Era estranhamente imponente. Eles permaneciam calados diante da autoridade da mulher, que falava como se ela mesma fosse uma das Senhoras do Destino.
"Hmm. Voltar para a morada? Primordiais?"
Lembrou-se de Remetheus. Ele é um primordial, mas que raios de guerra é essa que eles estão falando? E qual seria o lugar de direito?
"Se ela odeia política, espere até chegar a..." - Vaan ergueu ambas as sobrancelhas, em sinal de surpresa. Yu Shan era, afinal, o lar dos deuses. Se ela, Vaan, tinha o 'direito' de morar em Yu Shan, pessoas como Fal Grey poderiam também lá frequentar. Mas por que não estão lá?
Passou seu olhar pela sala e focou novamente no homem de mãos de gelo. 'Morada da Mãe'? Talvez a morada fosse também onde Alfadur tinha um refúgio, longe das bordas da Criação. Algo lhe disse que essa seria a opção mais correta.
"No meio do Caos é a tal 'Morada da Mãe'?"
Passou o olhar pelo quarto, tentando decorá-lo. Por um segundo, os olhos ficaram presos no tresouro. Gostaria de saber o que havia lá, tão bem guardado. Talvez, tivesse a chance de vasculhar o quarto, se eles saíssem de lá.
Esperou mais um pouco para ver se conseguiria outras informações importantes. Estava tão concentrada na cena e nas palavras que ouvia que lembrou-se apenas do mamute quando o guarda chamou por Samae e denunciava sua visita ao campo. Havia sido descoberta.
"A brincadeira acabou!" Vaan afastou-se lentamente da tenda, ocultando-se nas sombras. Agora sentiu seu coração palpitar rápido. Sua respiração estava quase descontrolada e sua visão pareceu ficar mais aguçada, assim como seus ouvidos. Sentia um tremor em todo o corpo. Não era medo, não era receio ou sequer escitação. Era apenas a vontade de terminar seu dever de forma espetacular, como seria exigido dela.
O Destino agora gritava o perigo em seus ouvidos. Seus pés pediam urgência para se mover, apesar das pernas ainda tensionadas. Ela olhou rapidamente para ambos os lados e para po sul. Nao havia outra saída. Deveria ir para lá, por onde havia chegado.
Contornou a barraca branca até sua face oeste. De lá, atravessou o pequeno corredor até ficar atrás da barraca em frente de onde estava. Sabia que agora seria muito mais difícil sair dalí, agora que sabiam que alguém estava lá. Seria caçada até a acharem, pegarem e os deuses sabem lá fazer o que.
"Se me acharem."
Ela caminhou em direção ao sul. Na segunda barraca que passou, Vaan passou o pé em uma das bases da barraca, apenas o suficiente para deixa-la bamba, caindo lentamente.
"Espero que achem que eu estou ali."
Sua testa brilhou e quando se preparou para saltar sobre a barraca seguinte, sempre ao sul, desapareceu novamente dentro das histórias contadas na Criação. Agora, saltava por em cima de cada barraca, usando seu topo como impulso para a próxima. Mesmo com a pressa, fazia com calma e destreza impressionantes. Seus saltos eram calculados e belos, tão leves que poderiam ser confundidos com o cair de pétalas sobre a água. Não havia som, não havia conturbação. Um simples passo leve, belo e romântico, como uma bailarina. Em um silêncio mortal, afastou-se do centro mais dois corredores para sudoeste e depois seguiu para o sul, visando à entrada. Percorria o acampamento inteiro dessa maneira: barraca por barraca, como uma águia passava por cima de suas presas. Evitava o chão. Mais bárbaros estariam lá embaixo, procurando pelo impuro que maculou seu sagrado acampamento. Usava o Destino como aliado, novamente. Usava-o como uma mãe zelosa, escondendo-se abaixo de sua asa maternal e aconchegante.
Quando chegasse ao extremo sul, decidiria como iria proceder para escapar das ordas dos bárbaros.
[Flashing passage]
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Re: Por trás das linhas inimigas
Fateful Stealth Excellency - Essence Overwhelming x2
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Re: Por trás das linhas inimigas
O membro 'Valkyrja' realizou a seguinte ação: Roll
'D10' : 10, 10, 5, 8, 7, 2, 3, 8, 10, 10
'D10' : 10, 10, 5, 8, 7, 2, 3, 8, 10, 10
Re: Por trás das linhas inimigas
Vaan não foi vista. Deslocar-se pelas tendas, ocultar-se nas sombras... não, Vaan fazia parte de tudo aquilo enquanto avançava em direção a saída. Seus pés saltavam, seu joelho acompanhava o movimento, seu deslocamento era fluído. Não importava, aqueles bárbaros, tocados pela visão mundana e frágil, seriam incapazes de olhar, diretamente, para alguém cujo destino parecia contorcer-se para evitar tocar com qualquer outro.
Caiu com ambos os pés sobre uma das toras, ficando de pé e, por um momento, olhou por sobre o ombro... e quando olhou...
Uma coluna dourada se ergueu da tenda branca, como um farol. Uma energia pura, imaculada, divina. Vaan a reconheceu, reconheceu como a soberania inerente a um solar e, quando o fez, seu corpo estremeceu de pavor. A luz veio em sua direção, mas, em um salto quase desesperado, ela esquivou-se. E então, quando estava se aproximando da saída... a luz ali ficou.
Vaan não quis olhar para a direção, mas sabia que era Samea, a mulher da tenda. Sua energia apavorosa, envolta em um estranho manto de serenidade e paz. Seus olhos Inquisidores agora encaravam a única rota de fuga. E Vaan soube, que se andasse naquela direção, seria vista.
Enquanto a mulher permanecia parada, com o símbolo dourado de sua casta brilhando e emitindo aquela aterradora luz inquisidora, os bárbaros corriam, de um lado para o outro.
Vaan estava encostada na lateral de uma das barracas na ponta mais extrema.
Caiu com ambos os pés sobre uma das toras, ficando de pé e, por um momento, olhou por sobre o ombro... e quando olhou...
Uma coluna dourada se ergueu da tenda branca, como um farol. Uma energia pura, imaculada, divina. Vaan a reconheceu, reconheceu como a soberania inerente a um solar e, quando o fez, seu corpo estremeceu de pavor. A luz veio em sua direção, mas, em um salto quase desesperado, ela esquivou-se. E então, quando estava se aproximando da saída... a luz ali ficou.
Vaan não quis olhar para a direção, mas sabia que era Samea, a mulher da tenda. Sua energia apavorosa, envolta em um estranho manto de serenidade e paz. Seus olhos Inquisidores agora encaravam a única rota de fuga. E Vaan soube, que se andasse naquela direção, seria vista.
Enquanto a mulher permanecia parada, com o símbolo dourado de sua casta brilhando e emitindo aquela aterradora luz inquisidora, os bárbaros corriam, de um lado para o outro.
Vaan estava encostada na lateral de uma das barracas na ponta mais extrema.
25Slash7- Administrador
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Idade : 39
Re: Por trás das linhas inimigas
Foi tranquilo! Uma barraca passava abaixo dela. Na outra, ela sequer colocou o par, mas apenas um pé sobre a madeira da barraca. Saltou para o lado, dando uma cambalhota, depois foi para frente de novo.
Não, não só tranquilo. Foi muito fácil! Vaan tinha um leve sorriso em seus lábios enquanto passava, tenda por tenda, pelo acampamento antes tão simpático. Era divertido! Ver os bárbaros desesperadamente procurando o invasor de seu território, enquanto ela estava saltando, brincando, sobre suas cabeças. Ouvia os sons das vozes, os gritos de urgência, as ordens invocadas e o choro das crianças. Chegou a ter vontade de rir. Não dos bárbaros, mas sim da atividade. Sabia que não deveria ter essa postura, mas, afinal, Vaan ainda era, em partes, uma criança.
"Adorei visitar vocês e..." Um arrepio em sua espinha. Por um breve suspiro, Vaan sentiu que as linhas do Destino se contorceram e mexiam como teias de aranha ao vento. Ela observou com curiosidade, enquanto um sussurro de perigo dançava em seu ouvido. Algo não estava correto, algo..
"Mas que po.?!"
Vaan olhou por cima de seu ombro e viu a luz dourada se aproximar. O único movimento que conseguiu fazer foi jogar sua cabeça e tronco para o lado. Suas pernas acompanharam e ela conseguiu sair do campo de visão de...
"Samae!"
O nome da mulher já causava calafrios. Vaan estava próxima a barraca ao extremo sul. Seus olhos antes calmos e brincalhões agora tinham a expressão pesada e desgostosa. Seus dentes estavam cerrados e ela os rangia, em pura irritação. Era como se Samae tivesse tirado um doce, uma brincadeira. Estava tão próxima! Podia já sentir a liberdade soprando em seus ouvidos. Agora uma maldita barreira dourada a tirava de seu caminho. Como era burra! Burra por não ter visto que Samae era como Fal Grey!
"Tonta!"
Ficou ali, atrás da barraca do sul. Sabia que não poderia ficar por lá muito tempo. Não poderia jamais ficar parada.
'A inércia os esmagará!'
Vaan olhou o desfiladeiro. Seus olhos rápidos e liláses percorreram cada falha, cada passagem estreita que ele oferecia. Era assustador. Aquela parede negra parecia querer devora-la. Seria uma longa subida.
"Melhor começar agora!"
E Vaan correu, escodida no destino, percorria os metros que separavam ela e a parede com cuidado e foco. Dessa vez, o símbolo em sua testa sequer brilhou. Os olhos brilhantes e joviais eram tão sérios que pareciam pertencer a um senhor de idade. Sua Essência percorreu novamente os pés e sentiu que suas pernas ficavam mais quentes, os músculos retesados e os chackras estavam cada vez mais cheios de energia!
Quando chegou a poucos centímetros da parede do desfiladeiro, ela dobrou de leve seus joelhos e impulsionou-se para cima, como uma flecha silenciosa. Não houve barulho, não houve sequer explosão ou rastros de luz. Era apenas uma sombra, algo que deixou de existir. Vaan subiu pelo menos 12 metros com seu primeiro salto, e não havia sequer chegado a metade do paredão.
Quando sentiu sua velocidade diminuir, apoiou um dos pés na parede rochosa irregular. Deu um, dois, três passos, correndo na estrada negra que escolhera. Encolheu levemente os joelhos de novo. Mais um salto. Saltou primeiro 4 metros. Apiou-se numa linha azulada do destino. Pegou impulso e saltou novamente a mesma distância. Fez isso mais uma vez.
Dessa vez segurou em uma árvore que prendia-se na parede rochosa. Podia já ver a fim do desfiladeiro. O céu azul e sem nuvens que se desdobrava sem qualquer horizonte, qualquer limitação. Era assim que se sentia!
"Só mais um pouco!"
Segurou o vegetal com ambas as mãos e girou em torno dele. Fazia seu corpo girar com a força centrífuga que criava. No terceiro giro, quando seus pés estavam para cima, soltou a planta, indo como um foguete até a beira do precipício.Passou a borda. De cabeça para baixo, Vaan tinha a sua frente apenas a visão sem fim do branco puro, branco imaculado e belo. Por milhares de quilômetros, a neve cobria o solo, as florestas e nenhuma outra cor era permitida. O Branco predominava e não admitia nenhum rival. Os cabelos da garota voavam com o vento forte. A sideral permanecia no ar, vendo a beleza daquela terra esolada e entendeu porque Fal Grey queria tanto defendê-la. Ficou tocada, tamanha era a beleza daquela terra simples.
Girou em seu próprio eixo, como uma bailarina. Durante o giro, jogou suas pernas para baixo e pousou, casanda. Erauma ave de rapina sobre sua presa. Ficou assim por alguns segundos, com o corpo rígido, a respiração pesada e branca saindo de seu corpo. Era belo. Vaan era agora uma estátua. Uma estátua que parecia perdida no meio de um oceano de neve. Porém, uma estátua que exalava majestade, impunha-se contra aquela imensidão branca que tentava engoli-la.
Levantou-se devagar. Suas pernas ardiam em cansaço e a menina estava suja de suor e terra. O vento gelado percorria por entre seu casaco.
Havia saido de lá.
[Forgotten Earthx3]
[Aquele pra baixar o TN x2!]
Não, não só tranquilo. Foi muito fácil! Vaan tinha um leve sorriso em seus lábios enquanto passava, tenda por tenda, pelo acampamento antes tão simpático. Era divertido! Ver os bárbaros desesperadamente procurando o invasor de seu território, enquanto ela estava saltando, brincando, sobre suas cabeças. Ouvia os sons das vozes, os gritos de urgência, as ordens invocadas e o choro das crianças. Chegou a ter vontade de rir. Não dos bárbaros, mas sim da atividade. Sabia que não deveria ter essa postura, mas, afinal, Vaan ainda era, em partes, uma criança.
"Adorei visitar vocês e..." Um arrepio em sua espinha. Por um breve suspiro, Vaan sentiu que as linhas do Destino se contorceram e mexiam como teias de aranha ao vento. Ela observou com curiosidade, enquanto um sussurro de perigo dançava em seu ouvido. Algo não estava correto, algo..
"Mas que po.?!"
Vaan olhou por cima de seu ombro e viu a luz dourada se aproximar. O único movimento que conseguiu fazer foi jogar sua cabeça e tronco para o lado. Suas pernas acompanharam e ela conseguiu sair do campo de visão de...
"Samae!"
O nome da mulher já causava calafrios. Vaan estava próxima a barraca ao extremo sul. Seus olhos antes calmos e brincalhões agora tinham a expressão pesada e desgostosa. Seus dentes estavam cerrados e ela os rangia, em pura irritação. Era como se Samae tivesse tirado um doce, uma brincadeira. Estava tão próxima! Podia já sentir a liberdade soprando em seus ouvidos. Agora uma maldita barreira dourada a tirava de seu caminho. Como era burra! Burra por não ter visto que Samae era como Fal Grey!
"Tonta!"
Ficou ali, atrás da barraca do sul. Sabia que não poderia ficar por lá muito tempo. Não poderia jamais ficar parada.
'A inércia os esmagará!'
Vaan olhou o desfiladeiro. Seus olhos rápidos e liláses percorreram cada falha, cada passagem estreita que ele oferecia. Era assustador. Aquela parede negra parecia querer devora-la. Seria uma longa subida.
"Melhor começar agora!"
E Vaan correu, escodida no destino, percorria os metros que separavam ela e a parede com cuidado e foco. Dessa vez, o símbolo em sua testa sequer brilhou. Os olhos brilhantes e joviais eram tão sérios que pareciam pertencer a um senhor de idade. Sua Essência percorreu novamente os pés e sentiu que suas pernas ficavam mais quentes, os músculos retesados e os chackras estavam cada vez mais cheios de energia!
Quando chegou a poucos centímetros da parede do desfiladeiro, ela dobrou de leve seus joelhos e impulsionou-se para cima, como uma flecha silenciosa. Não houve barulho, não houve sequer explosão ou rastros de luz. Era apenas uma sombra, algo que deixou de existir. Vaan subiu pelo menos 12 metros com seu primeiro salto, e não havia sequer chegado a metade do paredão.
Quando sentiu sua velocidade diminuir, apoiou um dos pés na parede rochosa irregular. Deu um, dois, três passos, correndo na estrada negra que escolhera. Encolheu levemente os joelhos de novo. Mais um salto. Saltou primeiro 4 metros. Apiou-se numa linha azulada do destino. Pegou impulso e saltou novamente a mesma distância. Fez isso mais uma vez.
Dessa vez segurou em uma árvore que prendia-se na parede rochosa. Podia já ver a fim do desfiladeiro. O céu azul e sem nuvens que se desdobrava sem qualquer horizonte, qualquer limitação. Era assim que se sentia!
"Só mais um pouco!"
Segurou o vegetal com ambas as mãos e girou em torno dele. Fazia seu corpo girar com a força centrífuga que criava. No terceiro giro, quando seus pés estavam para cima, soltou a planta, indo como um foguete até a beira do precipício.Passou a borda. De cabeça para baixo, Vaan tinha a sua frente apenas a visão sem fim do branco puro, branco imaculado e belo. Por milhares de quilômetros, a neve cobria o solo, as florestas e nenhuma outra cor era permitida. O Branco predominava e não admitia nenhum rival. Os cabelos da garota voavam com o vento forte. A sideral permanecia no ar, vendo a beleza daquela terra esolada e entendeu porque Fal Grey queria tanto defendê-la. Ficou tocada, tamanha era a beleza daquela terra simples.
Girou em seu próprio eixo, como uma bailarina. Durante o giro, jogou suas pernas para baixo e pousou, casanda. Erauma ave de rapina sobre sua presa. Ficou assim por alguns segundos, com o corpo rígido, a respiração pesada e branca saindo de seu corpo. Era belo. Vaan era agora uma estátua. Uma estátua que parecia perdida no meio de um oceano de neve. Porém, uma estátua que exalava majestade, impunha-se contra aquela imensidão branca que tentava engoli-la.
Levantou-se devagar. Suas pernas ardiam em cansaço e a menina estava suja de suor e terra. O vento gelado percorria por entre seu casaco.
Havia saido de lá.
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Re: Por trás das linhas inimigas
O membro 'Valkyrja' realizou a seguinte ação: Roll
'D10' : 1, 5, 3, 7, 2, 6, 3, 6, 4, 9
'D10' : 1, 5, 3, 7, 2, 6, 3, 6, 4, 9
Re: Por trás das linhas inimigas
Rolagens da subida
Stunt: Penalidades diminuidas em 2.
Stunt: Penalidades diminuidas em 2.
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Re: Por trás das linhas inimigas
O membro 'Valkyrja' realizou a seguinte ação: Roll
#1 'D10' : 2, 4, 5, 4, 7, 6, 2
--------------------------------
#2 'D10' : 1, 4, 2, 4, 1, 7
--------------------------------
#3 'D10' : 6, 3, 1, 3, 10
#1 'D10' : 2, 4, 5, 4, 7, 6, 2
--------------------------------
#2 'D10' : 1, 4, 2, 4, 1, 7
--------------------------------
#3 'D10' : 6, 3, 1, 3, 10
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Re: Por trás das linhas inimigas
O membro '25Slash7' realizou a seguinte ação: Roll
'D10' : 6, 2, 5, 2, 10, 4, 9, 10, 10, 7
O único caminho que a garota via era escalar pela encosta. Não trazia, consigo, qualquer equipamento de escalada. Como se não bastasse, estava escuro e o clima úmido em nada ajudava.
E então, ela deu o primeiro avanço. Tentava manter a graciosidade de outrora, mas, o fato, é que era difícil. Suas mãos não tinham firmeza, seus pés escorregavam e, as vezes, mal sabia onde estava se metendo. Quando girou no alto... a queda foi inevitável.
O corpo pequeno de Vaan despencou de uma altura de 10 metros. Tentou manobrar, girar, conseguir algum meio de amortecer, evitar a queda, mas tudo o que conseguiu foi ralar a palma de ambas as mãos e cortar os antebraços. Quando seu corpo se chocou contra o chão, a dor foi insuportável.
- ALI! Ouvi um barulho!!
Vaan estava atrás de uma das barracas. Suas pernas fraquejaram e a sua consciência oscilou por um instante.O grande "farol" que emanava da testa da solar, agora focava-se na direção de onde o barulho da queda havia surgido.
Mesmo tonta, ela sentiu que os bárbaros avançavam em sua direção pelos caminhos em ambas as diagonais superiores (direita e esquerda). Poderia correr em direção ao norte ou ao sul, mas havia grandes chances de se deparar com outros vigilantes. Sem contar que, agora, o "sol" a olhava diretamente. E ainda que fosse incapaz de ver através das tendas, aparentemente, o menor sinal a frente da Solar e ela se revelaria.
(3 de dano Bashing. Adicione ao dano já recebido para contar a penalidade total.)
'D10' : 6, 2, 5, 2, 10, 4, 9, 10, 10, 7
O único caminho que a garota via era escalar pela encosta. Não trazia, consigo, qualquer equipamento de escalada. Como se não bastasse, estava escuro e o clima úmido em nada ajudava.
E então, ela deu o primeiro avanço. Tentava manter a graciosidade de outrora, mas, o fato, é que era difícil. Suas mãos não tinham firmeza, seus pés escorregavam e, as vezes, mal sabia onde estava se metendo. Quando girou no alto... a queda foi inevitável.
O corpo pequeno de Vaan despencou de uma altura de 10 metros. Tentou manobrar, girar, conseguir algum meio de amortecer, evitar a queda, mas tudo o que conseguiu foi ralar a palma de ambas as mãos e cortar os antebraços. Quando seu corpo se chocou contra o chão, a dor foi insuportável.
- ALI! Ouvi um barulho!!
Vaan estava atrás de uma das barracas. Suas pernas fraquejaram e a sua consciência oscilou por um instante.O grande "farol" que emanava da testa da solar, agora focava-se na direção de onde o barulho da queda havia surgido.
Mesmo tonta, ela sentiu que os bárbaros avançavam em sua direção pelos caminhos em ambas as diagonais superiores (direita e esquerda). Poderia correr em direção ao norte ou ao sul, mas havia grandes chances de se deparar com outros vigilantes. Sem contar que, agora, o "sol" a olhava diretamente. E ainda que fosse incapaz de ver através das tendas, aparentemente, o menor sinal a frente da Solar e ela se revelaria.
(3 de dano Bashing. Adicione ao dano já recebido para contar a penalidade total.)
Re: Por trás das linhas inimigas
Nunca sentira tanto medo, nem mesmo quando saltara de Pedra que Voa. Tentou acionar novamente sua Essência, tentou tatear algum linha perdida de destino, mas nada. Vaan via o chão aproximar-se com rapidez. Tentou segurar-se, tentou girar, porém, seu corpo pareceu não obedecer seus comandos. Quando atingiu o chão, o som foi oco.
-AaaaAAAaarght!!!...- segurou com força suas costelas. Podia jurar que alguma estava quebrada. O grito foi abafado, mas cheio de dor. Seus pés se mexiam no chão, como se a movimentação fizesse a dor diminuir. segurou uma lágrima de dor, amaldiçoando as brincadeiras dos deuses. Malditos! Iria dar um tapa em cada um, se fosse a Yu Shan!
Ela se levantou com cuidado, com a cabeça, pernas, todo o corpo latejando. Estava cansada e agora, ferida.
Ajoelhou-se por um segundo, para tentar controlar o próprio corpo. Sentia os bárbaros chegando, ouvia suas vozes, sentia seu cheiro. Se fosse pega, sabia que seu melhor destino era ser morta. Engoliu em seco. Pela primeira vez, parecia um pouco perdida. Não sabia, exatamente, como sair dali. Subir já provou-se quase impossível. Agora machucada, seria o dobro do esforço.
Agora, Vaan sentiu algo que se assemelhava ao medo: suas pernas pesavam e seu estômago se embrulhava. Mas não poderia ficar parada, e também, não ficaria ali! Sairia de lá!
Ela correu rapidamente até uma tenda vazia. Com a luz da solar, Vaan poderia pelo menos ver em qual tenda poderia entrar. Entrou em uma e através da pele, via o que acontecia. Respirou. Tudo doía demais.
Com uma careta, Vaan esperava o momento certo para passar para a próxima barraca vazia. O coração batia rápido em seu peito, sentia a situação começara pesar sem piedade sobre seus pequenos ombros. Tentava afastar esse pensamento. Manter a mente limpa era sua maior vantagem agora. Uma mulher passava entre as barracas, desesperada. Temia por ela e seu filho. Afinal, um lobo estava solto no acampamento.
Esperou a mulher entrar na frente da visão da solar. Segurava a criança chorando em seus braços. O suor escorria sobre a testa de Vaan e caiu no chão. Era um movimento ousado, mas não tinha muitas opções. Usando ela como escudo, Vaan passou para a outra barraca, mais próxima ao centro e ao sul.
As mãos trêmulas denunciavam seu nervosismo. Por mais que a garota fosse controlada, algumas coisas estavam fora de seu controle. Faria mais uma vez o movimento. Três barracas estavam dispostas em um triângulo, uma perto da outra. Vaan saiu da ponta ao norte e passou para a barraca mais ao sul, usando a barraca na ponta do triângulo como proteção.
As mãos suavam. Podia ver o final do acampamento, sua saída. Seus olhos se abriram mais, atenta a sua volta. Não poderia, agora, colocar tudo a perder. Sua testa brilhou levemente. Rezou, pedindo ajuda ao destino.
Era sua última chance. Sentia o corpo mal, sentia já o cnasaço. Sabia que não conseguiria ir muito mais. Ao ver o mamute tão próximo, a menina deixou sua Essência fluir. Sentia-se, agora, mais forte, mais preparada, como quem pudesse, novamente, mudar o destino. Seus chackras estavam fortes, recebiam a Essência.
"Que as aranhas ouçam minhas preces."
E sumiu novamente, correndo na direção sul, querendo sair daquele inferno. vaan correu o mais rápido que poia, ficando a uma distância segura do mamute. Agora, seria tudo ou nada.
[Fateful Stealth Excellency - Essence Overwhelming x2]
[Flashing Passage]
-AaaaAAAaarght!!!...- segurou com força suas costelas. Podia jurar que alguma estava quebrada. O grito foi abafado, mas cheio de dor. Seus pés se mexiam no chão, como se a movimentação fizesse a dor diminuir. segurou uma lágrima de dor, amaldiçoando as brincadeiras dos deuses. Malditos! Iria dar um tapa em cada um, se fosse a Yu Shan!
Ela se levantou com cuidado, com a cabeça, pernas, todo o corpo latejando. Estava cansada e agora, ferida.
Ajoelhou-se por um segundo, para tentar controlar o próprio corpo. Sentia os bárbaros chegando, ouvia suas vozes, sentia seu cheiro. Se fosse pega, sabia que seu melhor destino era ser morta. Engoliu em seco. Pela primeira vez, parecia um pouco perdida. Não sabia, exatamente, como sair dali. Subir já provou-se quase impossível. Agora machucada, seria o dobro do esforço.
Agora, Vaan sentiu algo que se assemelhava ao medo: suas pernas pesavam e seu estômago se embrulhava. Mas não poderia ficar parada, e também, não ficaria ali! Sairia de lá!
Ela correu rapidamente até uma tenda vazia. Com a luz da solar, Vaan poderia pelo menos ver em qual tenda poderia entrar. Entrou em uma e através da pele, via o que acontecia. Respirou. Tudo doía demais.
Com uma careta, Vaan esperava o momento certo para passar para a próxima barraca vazia. O coração batia rápido em seu peito, sentia a situação começara pesar sem piedade sobre seus pequenos ombros. Tentava afastar esse pensamento. Manter a mente limpa era sua maior vantagem agora. Uma mulher passava entre as barracas, desesperada. Temia por ela e seu filho. Afinal, um lobo estava solto no acampamento.
Esperou a mulher entrar na frente da visão da solar. Segurava a criança chorando em seus braços. O suor escorria sobre a testa de Vaan e caiu no chão. Era um movimento ousado, mas não tinha muitas opções. Usando ela como escudo, Vaan passou para a outra barraca, mais próxima ao centro e ao sul.
As mãos trêmulas denunciavam seu nervosismo. Por mais que a garota fosse controlada, algumas coisas estavam fora de seu controle. Faria mais uma vez o movimento. Três barracas estavam dispostas em um triângulo, uma perto da outra. Vaan saiu da ponta ao norte e passou para a barraca mais ao sul, usando a barraca na ponta do triângulo como proteção.
As mãos suavam. Podia ver o final do acampamento, sua saída. Seus olhos se abriram mais, atenta a sua volta. Não poderia, agora, colocar tudo a perder. Sua testa brilhou levemente. Rezou, pedindo ajuda ao destino.
Era sua última chance. Sentia o corpo mal, sentia já o cnasaço. Sabia que não conseguiria ir muito mais. Ao ver o mamute tão próximo, a menina deixou sua Essência fluir. Sentia-se, agora, mais forte, mais preparada, como quem pudesse, novamente, mudar o destino. Seus chackras estavam fortes, recebiam a Essência.
"Que as aranhas ouçam minhas preces."
E sumiu novamente, correndo na direção sul, querendo sair daquele inferno. vaan correu o mais rápido que poia, ficando a uma distância segura do mamute. Agora, seria tudo ou nada.
[Fateful Stealth Excellency - Essence Overwhelming x2]
[Flashing Passage]
Última edição por Valkyrja em Seg Jun 25 2012, 16:53, editado 1 vez(es)
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Re: Por trás das linhas inimigas
O membro 'Valkyrja' realizou a seguinte ação: Roll
'D10' : 7, 10, 7, 5, 3, 2, 7, 2
'D10' : 7, 10, 7, 5, 3, 2, 7, 2
Re: Por trás das linhas inimigas
E naquele momento ela havia se tornado um chafariz. O barulho, o som da dor... aqueles bárbaros pressentiram aquilo e guiados ppela luz dourada, olhavam na direção e avançavam. Em instantes cercariam onde a garota estava e a veriam. Precisava sair dali. Rápido.
E naquele instante ela deixou que seu destino acompanhasse o mesmo ritmo dos outros. Seus pés leves voltaram a responder e ainda que seu corpo inteiro doesse, ela fez o que deveria fazer.
Em mais de uma ocasião, viu-se quase surpreendida por um dos guardas. Os transeuntes, utilizados como "escudo" olhavam ao redor quando Vaan deixava nada para trás além de um frio vento noturno. Naquela forma, naquela cuidadosa e perigosa dança, ela deslizou pela escuridão. Cada movimento uma dor, cada movimento um incômodo, mas cada movimento...
E então ficou próxima da saída. Olhou para trás e viu a luz solar, tão poderosa, tão majestosa, na direção de onde a instantes atrás ela estava. Novamente encarou o mamute e decidiu que era hora de avançar, contudo...
... uma explosão. O armazém ao fundo agora queimava e toda a atenção se afastou naquela direção e criou tempo o suficiente para que a garota escapasse. Sua passagem ignorada pelo mundo.
Correu, o mais rápido que pôde. Quando alcançou cerca de 1 km de distância, ela parou, cansada, exausta. Tombou sobre a neve. Seus ossos ardendo como se estivessem sendo retorcidos. Olhou ao redor novamente, procurando por alguma movimentação. Ao notar que não havia nada, sorriu satisfeita. Não foi a infiltração mais perfeita que um Sidereal já havia feito, mas, com certeza, não foi de todo mal.
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E naquele instante ela deixou que seu destino acompanhasse o mesmo ritmo dos outros. Seus pés leves voltaram a responder e ainda que seu corpo inteiro doesse, ela fez o que deveria fazer.
Em mais de uma ocasião, viu-se quase surpreendida por um dos guardas. Os transeuntes, utilizados como "escudo" olhavam ao redor quando Vaan deixava nada para trás além de um frio vento noturno. Naquela forma, naquela cuidadosa e perigosa dança, ela deslizou pela escuridão. Cada movimento uma dor, cada movimento um incômodo, mas cada movimento...
E então ficou próxima da saída. Olhou para trás e viu a luz solar, tão poderosa, tão majestosa, na direção de onde a instantes atrás ela estava. Novamente encarou o mamute e decidiu que era hora de avançar, contudo...
... uma explosão. O armazém ao fundo agora queimava e toda a atenção se afastou naquela direção e criou tempo o suficiente para que a garota escapasse. Sua passagem ignorada pelo mundo.
Correu, o mais rápido que pôde. Quando alcançou cerca de 1 km de distância, ela parou, cansada, exausta. Tombou sobre a neve. Seus ossos ardendo como se estivessem sendo retorcidos. Olhou ao redor novamente, procurando por alguma movimentação. Ao notar que não havia nada, sorriu satisfeita. Não foi a infiltração mais perfeita que um Sidereal já havia feito, mas, com certeza, não foi de todo mal.
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Re: Por trás das linhas inimigas
Seus pés ardiam por causa do cansaço e da neve. Seu corpo estava em um estado letárgico. Cada passo era um movimento sem noção, sem pensamento. Vaan estava tão cansada, tão sem forças, mas mesmo assim corria. A respiração rápida, o palpitar do coração, a visão turva. Não havia espaço para nenhum pensamento em sua cabeça, era apenas o êxtase da movimentação.
Tudo era turvo, era uma miragem dentro de um oceano seco de sensações, de lembranças que percorriam a mente. Correu até não aguentar mais.
Tombou e olhou ao redor assustada. Ao ver que não havia ninguém, percebeu que...Olhou fixamente para a neve, depois suas mãos afundadas na mesma. Ardiam. Estava viva. Conseguiu, em partes, o que havia se proposto a fazer. Deu um leve sorriso e chegou a rir. Com o esforço da alegria, a dor veio. Os ossos se partiam e o pulmão não cabia no peito. Caiu, deitada na neve, ainda pensando na experiência que acabara de ter. Sem perceber, os olhos se fecharam.
----------------------------------------------------------------------------------------
A menininha de cabelos longos e de um castano bem claro, que às vezes puxava para o rosado, presos em um delicado rabo-de-cavalo, permanecia parada diante do homem alto e austero a sua frente. Ela olhava, curiosa e com uma cara emburrada, a cicatriz em sua bochecha. Como raios ele tinha feito aquilo?
- Costas eretas! Olhar fixo e firme. Respiração lenta. - a voz era sem sentimento.
A jovem fez o que foi ordenado. Sua postura ficou rígida e bela. Nada parecia ser capaz de tirá-la de lá. Seu olhar transparecia calma. As mãos a frente a cintura, de punhos cerrados.
-Primeiro movimento da sequência TaeGuk Il-jan. Agora!
A movimentação era leve, com movimentos precisos. No final, sua base era forte e o ataque rápido e executado com força.
-Péssimo! Faça de novo!
Novamente o movimento foi executado e...
-De novo!
Um suspiro de revolta. O homem se aproximou e deu-lhe um tapa na nuca.
-De...Novo!
E prosseguiram durante a tarde inteira. No começo da noite, Vaan já tinha feito quatro movimentos da sequência. Estava nessa sequência fazia pelo menos duas semanas. Durante o treino, Iron permanecia com o rosto coberto de desapontamento.
Estava ficando irritada. Ergueu os olhos para Iron, que comia uma maçã preguiçosamente, esticado em um galho de árvore. Ao perceber a irritação de sua pupila, ela fez alguma expressão. Vaan achou que fosse um sorriso. Ela cortou o silêncio.
-Eu acho que nunca vou conseguir fazer essa sequência inteira! Está sempre errado e...
Deu a última mordida na fruta e desceu da árvore. Do alto da encosta, podiam ver a lua nascendo.
- O que? Errado? Quando eu disse que estava errado?
Ele parou ao lado da menina, sem passar seus olhos por ela. Parecia não acha-la digna de seu esforço para virar a visão em sua direção.
-Não pode confiar sempre no que vê, Vaan. Tudo é uma interpretação. - supirou. - Aprenda a ver através do véu. Não há verdades, apenas suposições, mas nem elas são supremas.
Ela não o olhou. Ele arqueou uma sobrancelha, pensando se uma criança poderia entender o que havia dito.
- Aliás, sua sequência estava perfeita. Exijimos dos outros o que eles podem nos dar. Eu sei que você, pequena, sei que pode me dar mais que isso.
Agora ele conseguiu que ela o olhasse. Seus olhos infantis bem abertos expressavam alegria. Mas ela não sorriu.
- Nós nascemos para algo maior, Vaan. E para termos direito a esse legado, nós temos os maiores fardos. Evolua, aprenda com sua volta e seus erros. Trilhe e chute pedras, mas jamais deixe que as grandes te impeçam se avançar.
E ele bocejou.
-Falhar é aceitável. O inaceitável é a inércia.
E a visão sumira. Iron desaparecia com o que lembrava um olhar cheio de esperança e força. A calmaria desaparecera e só o que restou foi o vazio.
--------------------------------------------
O corpo de Vaan foi despertando gentilmente. Primeiro a menina sentiu sua consciência voltar de uma época passada e querida, onde o tempo era ameno e as responsabilidades quase nulas. Abriu seus olhos prateados gentilmente, dando duas piscadelas. Não moveu seu corpo, que ainda doía. Tentou levantar-se, mas ainda sentia a dor. Sentiu-se fraca e a cosnciência sumiu de novo, em um sono leve.
Tudo era turvo, era uma miragem dentro de um oceano seco de sensações, de lembranças que percorriam a mente. Correu até não aguentar mais.
Tombou e olhou ao redor assustada. Ao ver que não havia ninguém, percebeu que...Olhou fixamente para a neve, depois suas mãos afundadas na mesma. Ardiam. Estava viva. Conseguiu, em partes, o que havia se proposto a fazer. Deu um leve sorriso e chegou a rir. Com o esforço da alegria, a dor veio. Os ossos se partiam e o pulmão não cabia no peito. Caiu, deitada na neve, ainda pensando na experiência que acabara de ter. Sem perceber, os olhos se fecharam.
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A menininha de cabelos longos e de um castano bem claro, que às vezes puxava para o rosado, presos em um delicado rabo-de-cavalo, permanecia parada diante do homem alto e austero a sua frente. Ela olhava, curiosa e com uma cara emburrada, a cicatriz em sua bochecha. Como raios ele tinha feito aquilo?
- Costas eretas! Olhar fixo e firme. Respiração lenta. - a voz era sem sentimento.
A jovem fez o que foi ordenado. Sua postura ficou rígida e bela. Nada parecia ser capaz de tirá-la de lá. Seu olhar transparecia calma. As mãos a frente a cintura, de punhos cerrados.
-Primeiro movimento da sequência TaeGuk Il-jan. Agora!
A movimentação era leve, com movimentos precisos. No final, sua base era forte e o ataque rápido e executado com força.
-Péssimo! Faça de novo!
Novamente o movimento foi executado e...
-De novo!
Um suspiro de revolta. O homem se aproximou e deu-lhe um tapa na nuca.
-De...Novo!
E prosseguiram durante a tarde inteira. No começo da noite, Vaan já tinha feito quatro movimentos da sequência. Estava nessa sequência fazia pelo menos duas semanas. Durante o treino, Iron permanecia com o rosto coberto de desapontamento.
Estava ficando irritada. Ergueu os olhos para Iron, que comia uma maçã preguiçosamente, esticado em um galho de árvore. Ao perceber a irritação de sua pupila, ela fez alguma expressão. Vaan achou que fosse um sorriso. Ela cortou o silêncio.
-Eu acho que nunca vou conseguir fazer essa sequência inteira! Está sempre errado e...
Deu a última mordida na fruta e desceu da árvore. Do alto da encosta, podiam ver a lua nascendo.
- O que? Errado? Quando eu disse que estava errado?
Ele parou ao lado da menina, sem passar seus olhos por ela. Parecia não acha-la digna de seu esforço para virar a visão em sua direção.
-Não pode confiar sempre no que vê, Vaan. Tudo é uma interpretação. - supirou. - Aprenda a ver através do véu. Não há verdades, apenas suposições, mas nem elas são supremas.
Ela não o olhou. Ele arqueou uma sobrancelha, pensando se uma criança poderia entender o que havia dito.
- Aliás, sua sequência estava perfeita. Exijimos dos outros o que eles podem nos dar. Eu sei que você, pequena, sei que pode me dar mais que isso.
Agora ele conseguiu que ela o olhasse. Seus olhos infantis bem abertos expressavam alegria. Mas ela não sorriu.
- Nós nascemos para algo maior, Vaan. E para termos direito a esse legado, nós temos os maiores fardos. Evolua, aprenda com sua volta e seus erros. Trilhe e chute pedras, mas jamais deixe que as grandes te impeçam se avançar.
E ele bocejou.
-Falhar é aceitável. O inaceitável é a inércia.
E a visão sumira. Iron desaparecia com o que lembrava um olhar cheio de esperança e força. A calmaria desaparecera e só o que restou foi o vazio.
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O corpo de Vaan foi despertando gentilmente. Primeiro a menina sentiu sua consciência voltar de uma época passada e querida, onde o tempo era ameno e as responsabilidades quase nulas. Abriu seus olhos prateados gentilmente, dando duas piscadelas. Não moveu seu corpo, que ainda doía. Tentou levantar-se, mas ainda sentia a dor. Sentiu-se fraca e a cosnciência sumiu de novo, em um sono leve.
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Re: Por trás das linhas inimigas
As sensações foram vindo pouco a pouco. Primeiro era aquele céu cinzento e imenso de onde pequenos flocos de neve caiam. Depois foi o cheiro úmido que entrava pela suas narinas e congelava as vias respiratórias. Depois foram os dedos, as pontas frias pelo contato com a neve e... pêlos havia um casaco de pêlos de animais sobre o seu corpo. Sua visão direita pegou uma estranha iluminação próxima e, quando olhou, percebeu que havia ali uma fogueira, cuja chama crepitava determinada diante da friagem.
- Quem é Iron?
Talvez falasse enquanto dormia, o que poderia significar que Archer estivera ali por um bom tempo. Olhou ao redor e viu que haviam três cadáveres de bárbaros amontoados, praticamente sem roupas.
Vaan esfregou os olhos e procurou a direção de onde o som veio e deparou-se, justamente, com aquela imagem familiar, que com tanta frequência a provocava. Viu, ainda, uma cabaça ser arremessada em sua direção, mal tendo tempo para segurá-la no ar.
- Beba. Vai te esquentar.
O cheiro era forte (Vodka) e apenas senti-lo, fazia se aquecer.
- Apenas não exagere.
Estava sentado sobre uma pedra, os braços apoiado nos joelhos e tinha um desses casacos sobre às costas. Estendeu as mãos em direção a fogueira.
- O que achou? Não. Não estou falando da bebida.
Não precisava dar a ela tempo para descansar. Queria saber qual foi a sua visão do papel que havia desempenhado. Archer deveria tê-la encontrado e carregado para longe, mas, provavelmente, não tão longe. Os bárbaros estariam em algum lugar, talvez os caçando.
- Quem é Iron?
Talvez falasse enquanto dormia, o que poderia significar que Archer estivera ali por um bom tempo. Olhou ao redor e viu que haviam três cadáveres de bárbaros amontoados, praticamente sem roupas.
Vaan esfregou os olhos e procurou a direção de onde o som veio e deparou-se, justamente, com aquela imagem familiar, que com tanta frequência a provocava. Viu, ainda, uma cabaça ser arremessada em sua direção, mal tendo tempo para segurá-la no ar.
- Beba. Vai te esquentar.
O cheiro era forte (Vodka) e apenas senti-lo, fazia se aquecer.
- Apenas não exagere.
Estava sentado sobre uma pedra, os braços apoiado nos joelhos e tinha um desses casacos sobre às costas. Estendeu as mãos em direção a fogueira.
- O que achou? Não. Não estou falando da bebida.
Não precisava dar a ela tempo para descansar. Queria saber qual foi a sua visão do papel que havia desempenhado. Archer deveria tê-la encontrado e carregado para longe, mas, provavelmente, não tão longe. Os bárbaros estariam em algum lugar, talvez os caçando.
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Re: Por trás das linhas inimigas
Os olhos demoraram para focar no cinza sem graça e oco do céu. Os flocos caiam preguiçosa e lentamente. Ficou um tempo contando a quantidade de pontos brancos que podia ver em contraste com o cinza. Ao longe, ouvia uma fogueira crepitar.
"Fui pega?..." Foram as palavras que nadavam na cabeça semi-desperta da menina. Sentia-se tonta e as costelas pareciam ter dados um tempo. Não sentia mais tanta dor quanto antes. Respirar, por mais que o ar estivesse gelado e desse a sensação de falta dele, estava menos dificil. Piscou os olhos e percebeu a fogueira brilhante e bela, dando cor ao ambiente. Se Archer não tivesse falado, Vaan poderia jurar que fora capturada. Se não estivesse tão tonta pela sonolência, teria feito uma careta.
-Iron? Como..? - Deve ter falado quando dormiu. Não sentia muita vontade de responder, mas ao notar a pilha de cadáveres, o cobertor e a fogueira...Bem, Vaan teve que admitir que Archer cuidara dela e merecia uma resposta. Piscou os olhos e os esfregou. Sua voz era rouca como o habitual e falava pausado.
- Ele foi responsável pela minha tutela. Digo, para me tornar uma Sideral.
A cabaça quase acertou seu rosto. Vaan lançou um olhar irritado a Archer. Terminou de acordar e chegou a sentar-se. Ele nunca poderia ser um pouco menos bruto? Revirou seus olhos vermelhos e abriu a cabaça, sentindo o cheiro forte da bebida. Teve uma leve ânsia de vômito quando o alcool subiu por suas narinas, só de imaginar-se bebendo aquilo.
-Hm! - torceu o nariz diante do cheiro, mas fez como o homem mandara. Quando o líquido tocou sua língua, Vaan teve dificuldade em engoli-lo. Bebeu três goles e sentiu sua garganta arder.
-Gasp! - tossiu de leve, mas instantaneamente sentia-se mais quente.
Limpou a boca com as costas da mão e olhou as costas do menino, com uma expressão séria e pesada. Respirou fundo e soltou, meio a contra-gosto:
-Obrigada.
Ajeitava-se sentada, cobrindo o corpo pequeno com a manta que julgava ter sido tirada de um dos selvagens.
- Acho que eu poderia ter sido melhor. Bem melhor. Por idiotice, deixei de ver outras cosias que poderiam nos dar mais informações. Nunca deveria ter matado aquelas duas bestas na entrada. - foi fria como o tempo em sua análise. Bebeu mais um gole, fazendo uma careta horrível depois.
- Mas também acho que foi quase revelador. Eu tive uma visão, sabe? Uma mulher que corria e matava a todos, sem ser vista. Era uma sombra! Quando vi aquilo, eu meio que.. - parou e pensou se deveria continuar. Sentia-se uma idiota. - Que era o que eu deveria fazer. Que era eu, em outra época. Eu não sou forte como os outros, mas eu descobri que minha força não é a física. Na verdade, eu gostei do que fiz. Uma pena não ter sido do jeito que eu queria, mas foi algo que me senti útil fazendo. Eu espero poder melhorar para atuar assim de novo.
Falava com ânimo. Naquela altura, estava pouco se importando se Archer risse dela. Queria dizer aquilo para ficar gravado para ela própria.
-Sobre o acampamento em si. - Olhou diretamente a fogueira e pensou em se aproximar. Ainda sentia frio e as mãos doiam. Se bebesse mais, logo iria estar fora de si.
-Eles têm uma mulher lá. Samae. A Mãe de Todas as Tribos.
Sua voz indicava esforço. Vaan se levantou e espreguiçou-se. Ouviu seu pescoço estalar.
-Outch! - irritada, aproximou-se da fogueira, sem olhar Archer. Enrolou-se no manto.
- Ela é como Fal Grey. Têm a benção do Sol e aquela energia divina. - Apontou a própria testa.
Antes que Archer pudesse perguntar como ela sabia da "benção do Sol", ela completou:
- Eles têm uma estátua de Quatro Braços, então...Havia também um homem tocado pelo caos, junto com ela. Eles querem pegar o lugard e direito depois da "Guerra dos Primordiais" e diziam que Fal grey estava abrindo o caminho para eles.
Parou de falar e franziu a testa, com uma expressão curiosa e irritada. Inocentemente lançou a pergunta.
-O que é isso? - encolheu os ombros, em sinal de irritação. Detestava não ter as respostas. - Também disseram que iam voltar para a Morada da Mãe e fazer uma tal Convocação!
Ela mesma esticava as mãos na direção da fogueira, tentando aquecer-se. esperava Archer comentar alguma coisa.
-Acho que ela tá usando Fal Grey. O único norte que ela quer defender são suas costas.
E arqueou uma sobrancelha, vendo o fogo lançar as labaredas para cima.
"Fui pega?..." Foram as palavras que nadavam na cabeça semi-desperta da menina. Sentia-se tonta e as costelas pareciam ter dados um tempo. Não sentia mais tanta dor quanto antes. Respirar, por mais que o ar estivesse gelado e desse a sensação de falta dele, estava menos dificil. Piscou os olhos e percebeu a fogueira brilhante e bela, dando cor ao ambiente. Se Archer não tivesse falado, Vaan poderia jurar que fora capturada. Se não estivesse tão tonta pela sonolência, teria feito uma careta.
-Iron? Como..? - Deve ter falado quando dormiu. Não sentia muita vontade de responder, mas ao notar a pilha de cadáveres, o cobertor e a fogueira...Bem, Vaan teve que admitir que Archer cuidara dela e merecia uma resposta. Piscou os olhos e os esfregou. Sua voz era rouca como o habitual e falava pausado.
- Ele foi responsável pela minha tutela. Digo, para me tornar uma Sideral.
A cabaça quase acertou seu rosto. Vaan lançou um olhar irritado a Archer. Terminou de acordar e chegou a sentar-se. Ele nunca poderia ser um pouco menos bruto? Revirou seus olhos vermelhos e abriu a cabaça, sentindo o cheiro forte da bebida. Teve uma leve ânsia de vômito quando o alcool subiu por suas narinas, só de imaginar-se bebendo aquilo.
-Hm! - torceu o nariz diante do cheiro, mas fez como o homem mandara. Quando o líquido tocou sua língua, Vaan teve dificuldade em engoli-lo. Bebeu três goles e sentiu sua garganta arder.
-Gasp! - tossiu de leve, mas instantaneamente sentia-se mais quente.
Limpou a boca com as costas da mão e olhou as costas do menino, com uma expressão séria e pesada. Respirou fundo e soltou, meio a contra-gosto:
-Obrigada.
Ajeitava-se sentada, cobrindo o corpo pequeno com a manta que julgava ter sido tirada de um dos selvagens.
- Acho que eu poderia ter sido melhor. Bem melhor. Por idiotice, deixei de ver outras cosias que poderiam nos dar mais informações. Nunca deveria ter matado aquelas duas bestas na entrada. - foi fria como o tempo em sua análise. Bebeu mais um gole, fazendo uma careta horrível depois.
- Mas também acho que foi quase revelador. Eu tive uma visão, sabe? Uma mulher que corria e matava a todos, sem ser vista. Era uma sombra! Quando vi aquilo, eu meio que.. - parou e pensou se deveria continuar. Sentia-se uma idiota. - Que era o que eu deveria fazer. Que era eu, em outra época. Eu não sou forte como os outros, mas eu descobri que minha força não é a física. Na verdade, eu gostei do que fiz. Uma pena não ter sido do jeito que eu queria, mas foi algo que me senti útil fazendo. Eu espero poder melhorar para atuar assim de novo.
Falava com ânimo. Naquela altura, estava pouco se importando se Archer risse dela. Queria dizer aquilo para ficar gravado para ela própria.
-Sobre o acampamento em si. - Olhou diretamente a fogueira e pensou em se aproximar. Ainda sentia frio e as mãos doiam. Se bebesse mais, logo iria estar fora de si.
-Eles têm uma mulher lá. Samae. A Mãe de Todas as Tribos.
Sua voz indicava esforço. Vaan se levantou e espreguiçou-se. Ouviu seu pescoço estalar.
-Outch! - irritada, aproximou-se da fogueira, sem olhar Archer. Enrolou-se no manto.
- Ela é como Fal Grey. Têm a benção do Sol e aquela energia divina. - Apontou a própria testa.
Antes que Archer pudesse perguntar como ela sabia da "benção do Sol", ela completou:
- Eles têm uma estátua de Quatro Braços, então...Havia também um homem tocado pelo caos, junto com ela. Eles querem pegar o lugard e direito depois da "Guerra dos Primordiais" e diziam que Fal grey estava abrindo o caminho para eles.
Parou de falar e franziu a testa, com uma expressão curiosa e irritada. Inocentemente lançou a pergunta.
-O que é isso? - encolheu os ombros, em sinal de irritação. Detestava não ter as respostas. - Também disseram que iam voltar para a Morada da Mãe e fazer uma tal Convocação!
Ela mesma esticava as mãos na direção da fogueira, tentando aquecer-se. esperava Archer comentar alguma coisa.
-Acho que ela tá usando Fal Grey. O único norte que ela quer defender são suas costas.
E arqueou uma sobrancelha, vendo o fogo lançar as labaredas para cima.
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Re: Por trás das linhas inimigas
- Iron... - o nome foi sussrrado com um tom quase fûnebre - Sombra do Guardião Escarlate...
Archer jogou uma pedrinha em direção ao fogo. Aquele título era um do qual dizia-se que Iron não o aceitava. Foi dado a ele após realizar missões que mesmo os mais sábios e conhecedores do futuro, julgavam impossíveis. Cego, pois o destino não podia ser lido nas estrelas dos demônios e dos mortos, Iron era uma verdadeira lenda.
- Isso explica alguma coisa. Não explica, por exemplo, porque diabos você não terminou seu treinamento em Yu-Shan. Se o teu destino era Exaltar, Iron deveria saber. E se ele não estava ao teu lado durante a sua exaltação...
Não continuou. Eram perguntas demais as quais ele não tinha a menor idéia como responder. Ignorou o obrigada dela, mantendo seu olhar fixo nas chamas.
- Sim. Você errou. Seu trabalho foi mal feito. Se fosse matar um, deveria ter matado todos e não, simplesmente, iniciado algo que não teve o estomago para concluir.
E então vieram os relatos dela sobre as imagens que viu e, enquanto ela falava, Archer resumiu-se a apenas ouvir. Compreendia aquela sensação, o potencial para tomar o destino para si era maravilhoso. Conteve um sorriso diante das memórias.
Quando Vaan se levantou e aproximou-se da fogueira, Archer esticou o braço e ergueu-se o suficiente para alcançar a cabaça com a bebida. Puxou para si e deu um drink. Fez uma careta quando terminou e secou os lábios com o antebraço.
- O homem dourado de quatro braços é o Sol Inconquistado... Sol Invictus, Ignis Divines... como preferir chamá-lo. É o patrono dos Solares e o deus que conduziu a guerra contra aqueles que vieram antes deles. Os Primordiais. - ouviu sobre Samae e a Morada. Deu de ombros - Não tenho a menor idéia do que se trata... ou quem ela é.
E deixou no ar. Esperava que a garota desse o próximo passo.
- Talvez ela esteja usando. Mas o que isso significa? O que ela quer? Se Fal Grey luta por um objetivo que não é dele, por que o faz? Sua afirmação traz apenas mais dúvidas.
Jogou outra pedrinha no fogo.
- O que sugere?
Archer jogou uma pedrinha em direção ao fogo. Aquele título era um do qual dizia-se que Iron não o aceitava. Foi dado a ele após realizar missões que mesmo os mais sábios e conhecedores do futuro, julgavam impossíveis. Cego, pois o destino não podia ser lido nas estrelas dos demônios e dos mortos, Iron era uma verdadeira lenda.
- Isso explica alguma coisa. Não explica, por exemplo, porque diabos você não terminou seu treinamento em Yu-Shan. Se o teu destino era Exaltar, Iron deveria saber. E se ele não estava ao teu lado durante a sua exaltação...
Não continuou. Eram perguntas demais as quais ele não tinha a menor idéia como responder. Ignorou o obrigada dela, mantendo seu olhar fixo nas chamas.
- Sim. Você errou. Seu trabalho foi mal feito. Se fosse matar um, deveria ter matado todos e não, simplesmente, iniciado algo que não teve o estomago para concluir.
E então vieram os relatos dela sobre as imagens que viu e, enquanto ela falava, Archer resumiu-se a apenas ouvir. Compreendia aquela sensação, o potencial para tomar o destino para si era maravilhoso. Conteve um sorriso diante das memórias.
Quando Vaan se levantou e aproximou-se da fogueira, Archer esticou o braço e ergueu-se o suficiente para alcançar a cabaça com a bebida. Puxou para si e deu um drink. Fez uma careta quando terminou e secou os lábios com o antebraço.
- O homem dourado de quatro braços é o Sol Inconquistado... Sol Invictus, Ignis Divines... como preferir chamá-lo. É o patrono dos Solares e o deus que conduziu a guerra contra aqueles que vieram antes deles. Os Primordiais. - ouviu sobre Samae e a Morada. Deu de ombros - Não tenho a menor idéia do que se trata... ou quem ela é.
E deixou no ar. Esperava que a garota desse o próximo passo.
- Talvez ela esteja usando. Mas o que isso significa? O que ela quer? Se Fal Grey luta por um objetivo que não é dele, por que o faz? Sua afirmação traz apenas mais dúvidas.
Jogou outra pedrinha no fogo.
- O que sugere?
25Slash7- Administrador
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Re: Por trás das linhas inimigas
-Então você conheceu ele!
Vaan tinha a voz um pouco mais animada. Disparou assim que Archer terminou suas suposições sobre Iron. Queria saber mais de seu meste. Ao ver a expressão fechada do garoto, porém, perdeu a esperança de saber alguma coisa mais. Baixou seus olhos para o chão, pensativa. Ainda doía falar de Iron e a perda de seu destino. Ergueu os olhos sérios para a fogueira. Engolia a pontada de dor que sentia ao relembrar do abandono.
-Não sei. Quando acordei em Haafingar, eu acho que ele estava lá. Ele disse que eu havia rompido meu destino e que ele deveria ir para Yu-Shan. Disse que algo iria acontecer e que aqui, era inutil.
Ergueu rapidamente os olhos para Archer e depois desviou para a fogueira. Ficou em silêncio por um minuto.
-Sim, eu sei. Foi uma bagunça. - deu os ombros. Ele estava certo, afinal. Não havia desculpa. - Uma merda.
Espirrou. Começou a notar que ficava com fome.
- Falhar uma vez é aceitável. Falhar a segunda é tão inaceitável quanto a inércia. - falava para si. Seu olhar ficou mais calmo e passou a ser sonolento.
-Sol Invictus, hun? Eles ganharam a guerra? Por que não vejo muitos solares por aí. Só esses dois e a Niume. - lembrou-se da companheira. Ela tinha partículas douradas e flechas feitas de pura energia imaculada.
- Bem, se os solares lideraram a guerra contra os tais Primordiais, que imagino serem mais poderosos que eles, o lugar de direito que eles querem é o de vencedor, ou seja, mandar nessa joça chamada Criação.
Ergueu os olhos pra Archer.
-Não é?
Ao ouvir sobre Samae, Vaan recuou. Ela precisava das respostas das perguntas que fizera agora para terminar de esclarecer seu ponto a Archer.
-Não acho que Fal Grey não lute por seu objetivo. Acho que ele acha que luta. Ter esse exército deve ajudar Samae a abrir o caminho dela pra onde ela quer ir. Mas onde é a questão! Se ela quer tomar o lugar de direito e os solares lutaram numa guerra, eles querem é o lugar de liderança. Onde a gente controla essa joça? Os deuses ficam em Yu-Shan...Seria lá?
Sentiu um arrepio subir por sua espinha. Como ela pretendia chegar a Yu-Shan? Será que ela conseguiria derrubar os Guardiões do Destino com o exército que estavam criando? Engoliu em seco.
-Bem, mas agora ela quer ir pra essa Morada da Mãe!
Deu os ombros. Por enquanto, seus planos não pareciam tão grandes.
-Que infelizmente não tenho ideia de onde seja também. - pensou mais um pouco.
-Hmmm..Archer. - olhou o menino com uma expressão um tanto sem graça.
-Você pode nos levar pra Yu-Shan? Se lá não é a Morada da Mãe, acho que é bem perto. E aliás, acho que só o Samae e seu trio do barulho sabem onde fica a Morada. Duvido que os bárbaros saibam. Além do mais, se eles querem tomar a liderança, temos que avisar o que eles pretendem.Quem sabe, descobrir o que é essa Convocação e acabar com ela. Se ela, Solar, quer seu lugar de direito, liderar; vai precisar mais do que um exército de bárbaros.
Arriscou:
-E ainda completo. Acho que ela quer é acabar conosco, Siderais, e tomar aquela porcaria!
Vaan tinha a voz um pouco mais animada. Disparou assim que Archer terminou suas suposições sobre Iron. Queria saber mais de seu meste. Ao ver a expressão fechada do garoto, porém, perdeu a esperança de saber alguma coisa mais. Baixou seus olhos para o chão, pensativa. Ainda doía falar de Iron e a perda de seu destino. Ergueu os olhos sérios para a fogueira. Engolia a pontada de dor que sentia ao relembrar do abandono.
-Não sei. Quando acordei em Haafingar, eu acho que ele estava lá. Ele disse que eu havia rompido meu destino e que ele deveria ir para Yu-Shan. Disse que algo iria acontecer e que aqui, era inutil.
Ergueu rapidamente os olhos para Archer e depois desviou para a fogueira. Ficou em silêncio por um minuto.
-Sim, eu sei. Foi uma bagunça. - deu os ombros. Ele estava certo, afinal. Não havia desculpa. - Uma merda.
Espirrou. Começou a notar que ficava com fome.
- Falhar uma vez é aceitável. Falhar a segunda é tão inaceitável quanto a inércia. - falava para si. Seu olhar ficou mais calmo e passou a ser sonolento.
-Sol Invictus, hun? Eles ganharam a guerra? Por que não vejo muitos solares por aí. Só esses dois e a Niume. - lembrou-se da companheira. Ela tinha partículas douradas e flechas feitas de pura energia imaculada.
- Bem, se os solares lideraram a guerra contra os tais Primordiais, que imagino serem mais poderosos que eles, o lugar de direito que eles querem é o de vencedor, ou seja, mandar nessa joça chamada Criação.
Ergueu os olhos pra Archer.
-Não é?
Ao ouvir sobre Samae, Vaan recuou. Ela precisava das respostas das perguntas que fizera agora para terminar de esclarecer seu ponto a Archer.
-Não acho que Fal Grey não lute por seu objetivo. Acho que ele acha que luta. Ter esse exército deve ajudar Samae a abrir o caminho dela pra onde ela quer ir. Mas onde é a questão! Se ela quer tomar o lugar de direito e os solares lutaram numa guerra, eles querem é o lugar de liderança. Onde a gente controla essa joça? Os deuses ficam em Yu-Shan...Seria lá?
Sentiu um arrepio subir por sua espinha. Como ela pretendia chegar a Yu-Shan? Será que ela conseguiria derrubar os Guardiões do Destino com o exército que estavam criando? Engoliu em seco.
-Bem, mas agora ela quer ir pra essa Morada da Mãe!
Deu os ombros. Por enquanto, seus planos não pareciam tão grandes.
-Que infelizmente não tenho ideia de onde seja também. - pensou mais um pouco.
-Hmmm..Archer. - olhou o menino com uma expressão um tanto sem graça.
-Você pode nos levar pra Yu-Shan? Se lá não é a Morada da Mãe, acho que é bem perto. E aliás, acho que só o Samae e seu trio do barulho sabem onde fica a Morada. Duvido que os bárbaros saibam. Além do mais, se eles querem tomar a liderança, temos que avisar o que eles pretendem.Quem sabe, descobrir o que é essa Convocação e acabar com ela. Se ela, Solar, quer seu lugar de direito, liderar; vai precisar mais do que um exército de bárbaros.
Arriscou:
-E ainda completo. Acho que ela quer é acabar conosco, Siderais, e tomar aquela porcaria!
Valkyrja- Usuário
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