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Onde sempre chove. (Alima Adila A’ishah)

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Onde sempre chove. (Alima Adila A’ishah) Empty Onde sempre chove. (Alima Adila A’ishah)

Mensagem por Narrador Cyberpunk Seg Jul 13 2009, 20:41

Quase sempre usava o SimStim. As vezes gostava de fazer do jeito antigo, mas na maioria nem queria ver a cara dos clientes. Não queria lembrar de nada. Ligava o programa, e quando acordava estava sozinha. Era só se arrumar e ir embora. E assim que aquela noite foi.

Havia recobrado a consciência, estava nua num pequeno quarto iluminado pelas frestas da venezianas pó alguma luz de propaganda que vinha de fora. O chão era forrado com um tipo de espuma, como um tatame, o lugar não tinha mais que 9m², havia um frigobar e um terminal de telefone/ computador/TV o resto era só o monte de roupas amarrotadas dela e uma garrafa de bebida barata vazia.

O terminal tocou, a luz do telefone piscava com um led verde.
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Onde sempre chove. (Alima Adila A’ishah) Empty Re: Onde sempre chove. (Alima Adila A’ishah)

Mensagem por Valkyrja Qui Jul 16 2009, 00:02

E assim que seu aparelho lhe retornou a consciência que muitas vezes Alima desejava perder, ela pegou em seu criado mudo o último cigarro que tinha em seu maço, acendendo-o com dificuldade com o velho isqueiro palestino que ainda funcionava a gás. Muitas vezes apenas as fagulhas de fogo saíam e só na quarta tentativa, Alima conseguiu o fogo. Acendeu sem cigarro e deu uma forte tragada, como se fosse enlouquecer sem aquela pequena escapada. As fumaças faziam sua rota de fuga e logo se acabavam antes de subir alguns centímetros.

Alima deu mais um longo trago e levantou-se preguiçosamente da cama,coçando seu cotovelo esquerdo. Caminhou até suas roupas amontoadas e colocou-as sem pressa,enquanto passava a mão em seu cabelo descolorido. Tinha uma expressão melancólica enquanto fazia a atividade, que parecia nunca deixar o rosto da bela moça. Colocou o micro short jeans e seu top sobre o corpo,ajeitando os cabelos.

Porém, antes que pudesse sair, reparou na luz verde do telefone, e sua curiosidade despertou. Achando que poderia ser algo importante, Alima virou-se e foi até o telefone, apertando o botão e ouvindo a mensagem, ou a pessoa do outro lado da linha, antes de calçar suas botas.
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Onde sempre chove. (Alima Adila A’ishah) Empty Re: Onde sempre chove. (Alima Adila A’ishah)

Mensagem por Narrador Cyberpunk Qui Jul 16 2009, 10:13

Pegou o fone e posicionou na orelha para ouvir uma voz feminina macia avisando que o quarto deveria ser desocupado em 10 minutos.

Sempre era a mesma coisa, nem sabia mais por que atendia o terminal. Talvez por que no fundo sempre esperasse que acontecesse algo. Mesmo que fosse algo ruim, mas que simplesmente acontecesse.

Colocou o fone no gancho. Assim que encostou a luz se ascendeu e o toque eletrônico soou novamente. Ainda com o fone na mão Alima voltou ele no ouvido, desta vez ouve um chiado, como nos velhos modens de computador e então uma voz falou.

-Saia dai imediatamente. Não vá para o elevador siga direto para o quarto 307 a porta esta destrancada, conte até vinte e dois então saia direto para o elevador, desça até o térreo vá para o bar Delicatessen nesta mesma rua.

Então houve o clique de desligar a linha ficou muda e a luz no terminal se apagou.
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Onde sempre chove. (Alima Adila A’ishah) Empty Re: Onde sempre chove. (Alima Adila A’ishah)

Mensagem por Valkyrja Qui Jul 16 2009, 22:36

Estava já acostumada àquelas gravações do telefone e se surpreendeu por ter ficado tanto tempo dentro do quarto, já que geralmente saía antes do habitual aviso daquelas motéis baratos e quase caindo aos pedaços.

Desde sua infância, ela sempre acreditou, mesmo diante das grandes explosões no Mar de Vidro que banhava sua terra, que algo aconteceria e sua vida daria uma grande reviravolta, podendo ser dificil no começo, mas depois ela conseguiria sair de seus problemas e viver bem...Pelo menos melhor do que do jeito que vivia antes. Mas sonhava, afinal, conseguira escapar do Oriente.

Ela virou-senovamente e atendeu o telefone, levando o aparelho devagar até a orelha, em suspense, sonhadora. Encostou e disse um baixo e longo "Alô",esperando a resposta. Ao ouvir aquelas palavras rápidas e baixas, Alima nãod eixou de erguer uma sobrancelha, tentando imaginar do que se tratava. Pensava que era apenas uma brincadeira, mas sua imaginação e curiosidade forçaram a jovem a sair lentamente de seu quarto e olhar para ambos os lados, semantes, claro,esquecer de pegar sua bolsa.

Ao ver que estava tudo normal,saiu trotando rapidamente até o local onde fora instruída: quarto 307. Tentou abrir aporta e ela cedeu, e a moça primeiro espiou, depois entrou, contou até 22 - pensava porque ser 22 - e depois saiu, pegando o elevador e foi até o bar, andando de uma maneira menos chamativa na rua. Olhou para os lados e foi atélá,sentando-se em alguma mesa.
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Onde sempre chove. (Alima Adila A’ishah) Empty Re: Onde sempre chove. (Alima Adila A’ishah)

Mensagem por Narrador Cyberpunk Qui Jul 16 2009, 23:24

Saiu do quarto.

Não sabia porque mas um sentimento de urgência tomava conta do ambiente. Quando passou pela porta jurava ter sentido um cheiro acre, estranho ao lugar. Um cheiro de produto químico.

Começou a andar para o quarto, o som do elevador vibrava o andar, alguém estava chegando pelo elevador era óbvio.

A maçaneta do quarto 307 girou suavemente abrindo a porta, o quarto estava escuro e vazio. Somente a iluminação externa, a mesma que iluminava o quarto anterior.

Os segundos se arrastaram enquanto ouvia passou no corredor. - quinze...- Entãoouviu uma porta se abrir e fechar. - vinte e dois -

Saiu do quarto para o elevador, lá estava ele ainda parado no andar. Esperando por Alima. Não sabia dizer em qual quarto alguem havia entrado.

Entrou e aperto o térreo. Ele desceu sem paradas.

Atravessou o hall direto para a rua, cobriu a cabeça com o capuz, por que para variar chovia. Avistou o neon escrito Delicatessen em letras de mão. Desviando de alguns transeuntes entrou pelas portas sendo recepcionado com um bafo quente de fumaça de cigarro e cheiro de bebida.

Olhou em volta procurando algo que nem sabia o que.

O lugar estava cheio, havia alguns bancos vazios no balcão e apenas uma mesa vazia.
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Onde sempre chove. (Alima Adila A’ishah) Empty Re: Onde sempre chove. (Alima Adila A’ishah)

Mensagem por Valkyrja Seg Jul 20 2009, 11:20

O salto alto de Alima batia contra o chão oco do velho motel e fazia com que o som ecoasse, dando à mulher a sensação de que a urgência cada vez aumentava e seu coração batia depressa dentro do peito que já começava a arfar. Ela olhou para os lados e dentro do quarto, franziu as sobrancelhas, levando uma de suas mãos até seu coração.

Contou...Contou e quando chegou ao 22, saiu às pressas e caminhou a passos curtos e firmes até o elevador. Alima entrou na cabine e apertou o térreo, segurando suas mãos na frente do corpo enquanto olhava os números decrescerem no painel do mesmo, com seus olhos brilhantes e curiosos.

Não falou com ninguém quando saiu do hotel, mesmo que chamasse atenção por onde andava graças a suas roupas curtas e a bela postura que a moça tinha. Com certeza não era uma postura de prostituta. Alima se destacava justamente por ter uma postura nobre, quase comos e não tivesse peso em sua alma.

Entrou no local e logo sentiu o bafo quente e de cigarro. Parou por um instante e olhou o local, segurando sua bolsa firme. Deu os primeiros passos e os outros em direção à mesa vaga foram fáceis. Sentou-se lá e ficou procurando com a boca entre-aberta não sabia o quê.

Deveria esperar?
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