Above and Beyond
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A Caminho da Fortaleza Vermelha

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A Caminho da Fortaleza Vermelha Empty A Caminho da Fortaleza Vermelha

Mensagem por 25Slash7 Dom Fev 26 2012, 16:34

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A Caminho da Fortaleza Vermelha Empty Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha

Mensagem por Sarx Dom Fev 26 2012, 17:02

E, finalmente, haviam deixado a cidade de Haafingar para trás, as duas mais novas aberrações - entre tantas outras que também haviam surgido por ali. Hector manteve-se em silêncio por alguns segundos depois de começarem a cavalgar, até que, finalmente, voltou a falar.

- Conseguiu suprimentos para quantos dias de viagem? - ele perguntou, olhando-a brevemente. A viagem até Stormgale durava, geralmente, cerca de um dia, mas se pegassem um tempo muito ruim talvez fossem obrigados a ir mais devagar. - Considerando que teremos que alimentar os cavalos, se a neve congelar o gramado.

Achava que era bom, falar sobre aquele tipo de coisa. Eram problemas com os quais teriam que lidar, obviamente, e também tiraria suas mentes de toda a história de serem... Bom. De terem se tornado pequenas aberrações, de alguma forma.
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Mensagem por Rosenrot Dom Fev 26 2012, 17:16

Charlie estava um bocado pensativo acerca daquela cauda, daquela coisa esquista que movia-se às vezes, quando estava irritada. Como se movia agora, brevemente. Tinha um monte de coisas na cabeça, enquanto tentava reorganizar as ideias e lembranças. Quando Hector falou, Charlie levantou o rosto, buscando o grandalhão com o olhar.

– Acho que temos o suficiente... – Comentou. Dando uma olhada em volta. Neve era bom, não precisariam se preocupar com água.
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Mensagem por Sarx Dom Fev 26 2012, 17:38

- Bom, bom. - ele respondeu. Se teriam provisões o suficiente, aquilo era ótimo. Hector respirou fundo.

- O que você viu? - ele perguntou. - Naquela hora em que todo mundo começou a ter visões.
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Mensagem por Rosenrot Dom Fev 26 2012, 17:51

Charlie como sempre, não parecia muito apta a conversas, quanto mais aquele tipo de conversa. Tinha o olhar, às vezes no caminho que faziam e às vezes em Hector. Quando ele perguntou, Charlie não demorou para responder.

– Eu matei a todos. Queimei tudo. Tirei sua família da história e finquei as cabeças em estacas frente a fortaleza. – Ele falou, molhando os lábios com a língua. Não era como se fosse esconder aquilo, ou ocultar o que tinha visto e sentido. Fazia parte de si, e assim sendo, era algo que estaria sempre presente.
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Mensagem por Sarx Dom Fev 26 2012, 17:54

Ele acenou afirmativamente com a cabeça. Era a mesma coisa que havia visto, não era? Resumidamente. Não dava detalhes, não citava nome, mas era a mesma coisa. Hector olhou para a menina-gato ao seu lado.

- O que acha de ficar com a Fortaleza Vermelha? - ele perguntou, subitamente.
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Mensagem por Rosenrot Dom Fev 26 2012, 18:00

E venho o silêncio, do qual Charlie apreciou por um momento, chegou a fechar os olhos, de maneira quase sonhadora até que Hector voltou a falar. Charlie arqueou uma das sobrancelhas, voltando o olhar para o homem grandalhão um pouco a sua frente.

– Por que estamos indo para sua casa? – Ele questionou. Hector não tinha exatamente explicado qual era sua intenção em fazê-lo. Em voltar para o ninho de cobras da família.
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Mensagem por Sarx Dom Fev 26 2012, 18:22

Ele virou o rosto para Charlie, sorrindo de canto, como quem se surpreende por ela não ter, até aquele momento, notado o óbvio. - Estamos indo matar meu pai, oras. - ele disse.

Hector ainda não sabia, exatamente, de onde viera aquela vontade súbita. Havia considerado a visão daquele gigante, o Rei da Coroa Ensanguentada, como uma espécie de mostra de seu destino, do que deveria fazer.. De como precisava erguer-se acima dos que o humilhavam e enchotavam e tomar o que era seu por direito. Literalmente, uma mensagem de seus próprios ancestrais.

A visão da morte, sem dúvida, também lhe ajudara. A visão de ser morto.. A morte do último protetor do reino dos homens. Não podia deixar aquilo acontecer, podia? Precisava protegê-los. E como poderia fazer parte de uma família que apoiava tão drasticamente os Dragon Blood, um dos principais inimigos dos homens, que os atormentavam de tal forma?

Mas ainda assim... Hector sabia que aquilo não seria o suficiente para colocá-lo no rumo em que agora estava. Mas nele estava, e tinha certeza que estava fazendo o certo. Mas... porquê?

- Vamos para Stormgale conseguir roupas e montar uma pequena comitiva. E de lá para a Fortaleza Vermelha, quando matarei meu pai e reinvidicarei o trono. Stormgale se tornará a fortaleza principal dos Hrothgar, e, caso deseje, lhe darei o controle da Fortaleza.
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Mensagem por Rosenrot Dom Fev 26 2012, 19:57

– E por que você quer matar seu pai? – Charlie perguntou. Ela tinha os motivos dele, ainda que não pudesse realmente explicar de maneira clara quais eram, porque odiava tanto aquela família a ponto de querê-la morta. Mas Hector... Hector nunca havia demonstrado nada disso, nem de longe.

Charlie respirou fundo por um momento, alisando a crina do animal qual montava, observando as garras estranhas em seus dedos. – Não vejo em que a Fortaleza pode ser útil para mim. – Comentou, suspirando. – Faça alguma coisa útil dela.
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Mensagem por 25Slash7 Dom Fev 26 2012, 23:26

Vindo em direção contrária, um grupo de homens e mulheres caminhavam. Maltrapilhos, alguns pareciam feridos, marcados pelo sangue ou reflexos de algum combate desesperados que havia sido travado para que ganhassem o direito de retornar para qualquer lugar que fosse. Qualquer lugar que não fosse para onde eles iam.

Ao ver a imagem do gigante, muitos assustaram-se e recuaram, deixando clara a expressão de medo em seus olhos. Silenciosos, eles esperavam passar despercebido, sem que o "monstro" os atacasse por um puro impulso sádico.

Eram fugitivos do caos. E fugitivos fazem isso: fogem.

Um olhar atento, revelaria sinais de fumaça espalhado por diversos cantos da direção de onde Hector e a Charlie iam.
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Mensagem por Sarx Dom Fev 26 2012, 23:57

Hector ficou em silêncio por um momento, como se não soubesse o que responder - e, de fato, não sabia. Haviam tantos motivos, tantos, mas nenhum deles parecia, realmente, ser o que lhe motivara, definitivamente. Mas parecia tão certo.. - Eu sinto em meus ossos, - ele disse, - Que é o que preciso fazer.

- Você enchê-la de ratos para caçar. Ou comprar milhões de gatinhos e dar um quarto para cada um deles. - sugeriu, com ares de piadista. - Talvez dê para um dos meus tios. Ou para meu irmão, se ele sobreviver. Vá saber... - e ele diria, sem dúvida, alguma coisa a mais, mas ouviu o que acontecia, a multidão que se aproximava, fugida... E subitamente notou as chamas.

Sua respiração travou, indicando para Charlie. Pareceu ignorar o medo das pessoas, se o percebeu. - Sou Hector Hrothgar! Em nome dos Hrothgar, diga-me o que aconteceu para que possa ajudá-los. - gritou, para nenhum em particular.
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Mensagem por Rosenrot Seg Fev 27 2012, 12:37

- O que você sente nos seus ossos é velhice. - Ele respondeu, naquela rabugentisse tão costumeira dela. Respirou fundo, dando-se um momento. - Eu juro pelo fio das minhas lâminas... - Falou, ainda que não mostrasse tons de nervosismo e nem piadista. - Que se você fizer outra piadinha sobre gatos, vou cumprir aquela madltia visão. - Calou-se para esperar uma resposta que não viria.

Charlie levou a mão à espada, atenta aos movimentos dos fugitivos, estava pronto para sacar a arma e mantinha um claro olhar desconfiado em direção a eles. Mas Hector ainda era aquele grandalhão gentil.

Desviou o olhar por um momento, fremindo as narinas. Charlie ficou de pé no cavalo, para tentar ver de onde e do que vinha a fumaça.
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Mensagem por 25Slash7 Qui Mar 01 2012, 10:47

E o grito, talvez, teria sido para qualquer um, para ninguém. Pareceram ouvir, mas, de início, nada falaram. Temiam o homem, como temeriam qualquer outro que estivesse ali, portando uma arma. Não temeriam a criatura de traços felinos porque, afinal, estavam nos limites da Criação. Haviam tribos com características bem mais transtornantes que aquela.

Eles seguiram o seu caminho e, então, uma senhora aproximou-se. Tinha as bochecas murchas, com pelancas de pele espalhada pelos braços. Trajava um manto feito de pele de algum animal do norte, provavelmente um veado ou o que fosse. Oferecia pouca proteção para dias frios como aquele. Falava com dificuldade.

- Ah senhor, senhor... a profecia, senhor, senhor... dez dias um homem atravessou o frio em direção as tribos, dez dias, senhor, senhor e ele uniu as tribos, sim, uniu, uniu. E agora eles marcham. Em dez dias, senhor, senhor. Sua espada dourada atravessou montanhas e seu ssangue dourado chama as tribos, senhor, senhor. Nós fugimos, fugimos da guerra e dos ventos negros... ah... os ventos, os ventos. O Grande Inverno uiva de dor, senhor, senhor, e quando ele uiva, todo o restante se curva.

A mulher falava rápido, com pressa e, as vezes, era difícil entender, ainda mais pelo fato de que sua fala era prejudicada pela falta de dentes na boca. Apoiou ambas as mãos sobre o dorso do cavalo e agora esperava que o senhor lhe desse algo em troca das informações.
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Mensagem por Sarx Qui Mar 01 2012, 18:51

Hector ouviu o que a mulher dizia, quando ela finalmente apareceu, com a calma que lhe era natural, com o mesmo ar de preocupação, com o mesmo cenho franzido e aquele aspecto protetor que lhe era comum.

E isso durou mais ou menos até a metade da frase, quando a feição do grande homem alterou-se de uma dura preocupação urgente para uma indiferença curiosa - tão urgente quanto a primeira. O garanhão negro que ele montava relinchou, como se estivesse desconfortável, como se notasse alguma coisa estranha, mas manteve-se sob controle.

E, quando a mulher terminou, Hector abaixou-se sobre o pescoço do cavalo, esticando um dos braços imensos, agarrou a idosa pelas vestes esfarrapadas, erguendo-a do chão como quem ergue um saco de batatas. Quando falou, sua voz ainda era a de rochas se partindo - mas parecia extremamente gelada. - Explique o que aconteceu de uma maneira compreensível pelos que ainda tem algum tanto de sanidade, ou a criança ao meu lado lhe transpassa com uma flecha.

E ele estava falando sério. Hector Hrothgar, o gigante gentil, sempre tão doce, estava falando mortalmente sério, ao ameaçar uma senhora idosa.
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Mensagem por 25Slash7 Sex Mar 02 2012, 13:37

E então todos eles pararam. A mulher gritava, desesperada, se debatia.

Um homem magricela, com uma expressão cansada e cheia de raiva, separou-se do grupo de fugitivos.

- Estamos cansados. Cansados...

Tinha poucos dentes na boca e sua mão esquerda havia sido decepada, provavelmente vítima de alguma gangrena.

- Solte-a ou mate-nos!

A mulher continuava a gritar e chorar. E, enqunato isso acontecia, alguns poucos começaram a ficar ao lado do desafiante.

Hector teria de soltá-la e seguir seu caminho.
Ou cometer um massacre.
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Mensagem por Rosenrot Dom Mar 04 2012, 18:24

Charlie estava prestando atenção na fumaça, os olhos meio que perdidos lá no horizonte esquecido. Sinceramente não se interessava em ajudar aquela gente, e se questionava do porque de Hector ter pará-lo para fazê-lo. Sequer tinha ouvido quando ele ameaçou a velha mulher usando-se dele.

Mas ouviu o grito, o que a fez olhar na direção de Hector, e arquear brevemente uma das sobrancelhas ao notar o que estava acontecendo, ainda que não entendesse exatamente o que se passava. Charlie porém tinha menos compaixão que Hector.

Pegou o arco. A primeira flecha foi contra a cabeça do homem magricela que falou. A segunda, Charlie lançou contra a velha que gritava. Charlie pegou mais uma flecha, e acertá-las-ia em todos os presentes, se nada, ou ninguém lhe impedisse.
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Mensagem por Sarx Dom Mar 04 2012, 19:03

Quando a flecha foi disparada por Charlie contra o homem a gritar, Hector arregalou os olhos - mesmo na frieza súbita, uma parte de si ainda se rebelava contra aquele ato, contra aquela execução sumária... E então a próxima flecha, e a velha, assassinada, foi arrancada de suas mãos, caindo como um saco de batatas no chão.

A multidão ficaria furiosa, ele tinha certeza.

Pensou em parar Charlie. Claro que pensou. Mas havia alguma coisa... Alguma coisa em Hector que simplesmente não deixou. Alguma coisa que o levou, carregado na adrenalina, no desejo de se impor, de conquistar, de criar respeito e de gerá-lo, que o fez levar a mão a sela do cavalo, puxando de lá o grande martelo de ferro, e erguê-lo no ar, preparando-o para esmagar o crânio de quem quer que se aproximasse.

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Mensagem por 25Slash7 Seg Mar 05 2012, 07:35

Rolagem de Compassion:
Charlie
http://invisiblecastle.com/roller/view/3401976/

Hector
1d10=7, 1d10=8, 1d10=2

Ataques Charlie:

Attack 1

1d10=5, 1d10=4, 1d10=1, 1d10=1, 1d10=10, 1d10=8, 1d10=10, 1d10=8

Attack 2

1d10=5, 1d10=10, 1d10=9, 1d10=3, 1d10=6, 1d10=7, 1d10=1





E então Charlie deu o primeiro passo em direção ao seu destino sombrio. Com um movimento rápido, preparou a sua arma e disparou duas vezes (limite de ataques do arco) contra aqueles fugitivos de tempos problemáticos.

Não houve compaixão. Não houve hesitação. Ele simplesmente permitiu que as setas zunissem no ar e rasgassem a carne. Os dois pobres coitados cairam: o homem e a velha que a pouco havia prestado informações. Enquanto isso, Charlie sentia aquele sopro de vida que matar lhe proporcionava, uma experiência que, naquele instante, era vivenciada de um jeito diferente: pelos olhos de uma arma dos deuses.

Hector, por sua vez, reagiu de maneira diferente. Quando Charlie atacou, de início ele sentiu um baque achando se tratar de bondade, mas, aquele impulso, ele resistiu. O que veio em seguida foi algo diferente, um incômodo profundo que lhe ordenava que fizesse algo, que tomasse as rédeas da situação. Em sua alma, Hector ouviu "São TEUS servos. Cabe a VOCÊ e apenas a VOCÊ decidir quem deve morrer.".

Logo, uma sensação de obsessão começou a tomar-lhe. Uma sensação que, em outros tempos, seria chamado de compaixão.

"Um Rei cuja voz é incapaz de demandar justiça não é um rei"

E quando ele olhou novamente, os 5 restantes corriam na direção de Charlie e tudo aconteceu rápido demais.

Dois deles pegaram nas pernas da mulher e então a puxaram com força, jogando-a contra o chão. Um terceiro avançou, com uma faca em mãos e tentou apunhá-la, mas Charlie girou no chão habilmente, deixando com que a arma cravasse no solo gélido. Um quarto, talvez levado pela loucura, enfiou os dedos no olho do cavalo enquanto gritava "Comida, comida". Tudo o que se ouviu em seguida foi o som de seus ossos se partindo quando o animal deu um coice no pobre coitado.

Charlie começava a recuperar-se do impacto inicial e prepara-se para defender-se mas... um dos camponeses veio por trás dela e encravou um cutelo de açougueiro em suas costelas. Segurou a garota pelo gorro e riu. Riu como se a mesma loucura que havia tomado Charlie ao atacar aqueles homens, houvessem tomado ele também:

- Reis caem os homens ficam...

Ele cantou baixinho, enquanto torcia a arma.

Cinco atacaram. Hector procurou pelo sexto.
E ele veio. Com uma ferramenta de arar, ele bateu com tudo contra as pernas do Garanhão de Hector. O cavalo começou a relinchar e a pular, batendo em tudo e qualquer coisa que estivesse próximo.

Hector manteve-se firme o suficiente para não cair.


(PS: Eu descrevo as esquivas de maneira simples. Vocês podem reescrevê-las, desde que o resultado seja o mesmo.)




Ataque dos Camponeses:


Ataque dos camponeses.

Hector:
Soak: 8/5
Dodge Value: 4

Charlie:
Soak: 7/4
Dodge: 2(-2)

1d10=6, 1d10=9, 1d10=4, 1d10=7, 1d10=3, 1d10=9: 3

1d10=2, 1d10=7, 1d10=4, 1d10=8, 1d10=2, 1d10=1: 2

1d10=7, 1d10=9, 1d10=5, 1d10=1, 1d10=1, 1d10=6: 1

1d10=10, 1d10=6, 1d10=5, 1d10=8, 1d10=6, 1d10=2: 3

1d10=1, 1d10=8, 1d10=9, 1d10=7, 1d10=1: 3

1d10=7, 1d10=3, 1d10=5, 1d10=8, 1d10=10: 4

Dano em Charlie:

1d10=3, 1d10=10, 1d10=9, 1d10=8, 1d10=10, 1d10=3, 1d10=10, 1d10=8: 9-4=5

Rolagem de Ride (Hector):

1d10=9, 1d10=6, 1d10=7, 1d10=4, 1d10=7, 1d10=10
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Mensagem por Sarx Ter Mar 06 2012, 21:03

Hector sabia que aquilo não ia dar certo. Em algum lugar, um lugar muito, muito longe da sua consciência atual, do estado mental que o tomava, ele sabia que aquilo não ia dar certo, que aquilo não ia ter um final realmente agradável para qualquer um dos envolvidos.

Os corpos assassinados por Charlie lhe causaram um desconforto profundo. De quem eram aquelas terras, afinal de contas? A quem pertencia a vida e a segurança daqueles homens? Não a Charlie! Pertencia a ele. Por direito, por direito, aquelas vidas eram suas, e apenas ele deveria poder possuir o poder de decretar quem deveria morrer. Odiou pensar estas coisas no instante seguinte. Em que diabos estava se transformando...?

Gritou, quando viu Charlie ser derrubada daquele jeito, levando o cutelo nas costas. - CHARLIE! - urrou, sua voz cavernosa soando preocupada... e furiosa. Viu o modo como o cavalo, José, era atingido e ferido pelo arado, mas, por mais que aquilo fosse enfurecê-lo em qualquer outro momento, naquele instante, tinha apenas olhos para Charlie, sua criança, seu filho e irmã, ferido daquela forma.

E então sua visão foi roubada, levada e direcionada para outros lugares, para outras cenas. Para felinos que corriam - seria Charlie? Estaria ela morrendo? Seria aquele seu espírito? - Não! - exclamou, engolindo em seco.. E então ouviu. Canção do Silêncio. O felino espreitava. Não estava morto, mas espreitava. Caçava alguém. Caçava a Canção? Algo sobre primordias. Sombras. Um exército de sombras. A guerra vindoura...

De volta ao mundo, Hector sacudiu a cabeça. Apertou os calcanhares com força no cavalo, murmurando, em pensamentos, um pedido de desculpa ao animal, enquanto atiçava-o contra o homem com o arado, antes de, literalmente, jogar-se de cima do ernome garanhão, buscando atingir o homem com o cutelo com o corpo, o martelo nas mãos.

Ergueu a criatura andrógina e felina, envolvendo seu corpo magro com a mão esquerda, apertando-o contra si, protegendo-a com o próprio corpo e vendo os cinco com quem estava. Seu coração gélido piscou, de medo, por um instante. Era um contra cinco. Seis, se o homem do arado sobrevivesse. Em seus melhores dias, talvez houvesse conseguido derrubar três, ao mesmo tempo. Mas.. seis?

Franziu o cenho, bnuscando parecer intimidador. - Pelo poder e pelo Martelo dos Hrothgar, parem agora, ou serão executados! - ameaçou.

Caso não funcionasse, Hector, o homem religioso que era, fecharia os olhos por um momento, em uma prece baixa, que, na língua dos Primeiros Homens, como a proferiu, poderia ter sido traduzida como: - Ao Rei da Coroa Ensanguentada, ao passado, ao homem, ao Deus e a Fera... - não entendia o que havia acontecido, mas sentira um poder tão, tão grande, quando fora destruído e reconstruído. E precisava daquilo agora. - Juntemo-nos de novo. Estende-me a mão eterna de gelo e sangue. Me entrega o poder.


[ Hector está tentando ativar seu Anima. ]
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A Caminho da Fortaleza Vermelha Empty Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha

Mensagem por Rosenrot Qui Mar 08 2012, 20:00

Não houve riso, ou sorriso ou qualquer sinal que demonstrasse que Charlie tinha gostado, que apreciava a sensação da morte. De matar por si. Com aquilo parecia diferente das outras vezes, havia um prazer estranho, uma sensação nova. Como uma nova droga.

E talvez esse momento de êxtase tenha lhe custado a queda. Quando deu por si, sentiu os pés serem puxados, Charlie tentou se agarrar as rédeas, mas não conseguiu. Rolou para o lado, por puro instinto quando foi jogado no chão daquele jeito, e notara que aquela coisa... Aquela cauda, trazia parte do seu equilíbrio agora. Começou a se levantar.

Então veio a dor.

E junto da dor aquelas... Imagens.

Charlie cambaleou para à frente, ouviu, muito, muito longe as palavras do homem, levou uma das mãos ao ferimento, sentindo o sangue quente....

Quente e....

Doce.

Sorriu.

Tinha os olhos fixos à frente, na imagem, na visão, em algo que não compreendia, mas que sentia fazer parte.

Matar.

O felino era.... O felino era.... Perfeito. Pensou Charlie. Um predador perfeito: silencioso, voraz e certeiro. Charlie fechou a mão que não apertava a ferida, e sentiu as garras machucarem a palma. Deu um passo à frente, as cegas, movendo a mão no ar afim de acertá-las em qualquer um.

Charlie sentia, como poucas vezes o fazia, um ódio profundo, um desejo cada vez maior por sangue.

Então Hector lhe agarrou. Rosnou de leve, incomodada.

– Me deixa ir. – Disse, numa voz esquisitinha. – E eu vou caçá-los igual a ratos.
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A Caminho da Fortaleza Vermelha Empty Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha

Mensagem por 25Slash7 Dom Mar 11 2012, 23:55

E então lá estava Hector, de pé, segurando Charlie em seus braços e preparado para combater aqueles homens que, tão desesperadamente, lutavam contra o que quer que estivesse os oprimindo.

O gigante permanecia com o seu martelo em mãos, bradando e preparado para um combate que teria sido eminente.

"Você... falhou em protegê-la".

"Você... falhou em exercer a sua autoridade..."

"...sobre teus servos."

"Um rei... cujos servos não se curvam..."

"Incapaz de impedir que a sua arma ataque..."

"Quantos reis este mundo não viu cair..."

"Quantas fraquezas..."

"Fraco."

"Sente medo?"

E sentia. Aquela sensação de medo começou como uma pequena centelha dentro do coração de Hector. Mas, pouco a pouco, começou a espalhar-se dentro de sua alma. Quando ele fechou os olhos e buscou a imagem do majestoso Rei em seu espírito, tudo o que encontrou foi o seu medo. Foi a sua falha. Sua miséria.

Abriu os olhos e viu Charlie, estendido no chão, com o peito dilacerado.

Um piscar e, quando abriu os olhos novamente, estava encarando aqueles cinco. Em sua testa o símbolo esverdeado que emanava como uma chama do próprio inferno.

"Este mundo irá se desfazer perante seus olhos... enquanto você faz de conta que é um rei que não"

"Precisa que alguém lhe estenda a mão, pequeno rei?"

E o medo lhe tomou, envolveu, embalou, enquanto Hector sentia suas pernas fraquejaram. Sua face tornou-se uma visão de terror.

E tudo ficou escuro.












A neve caia sobre o corpo de ambos.

Ao redor deles, apenas os cadáveres. E o reflexo da degeneração de Hector e Charlie.
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A Caminho da Fortaleza Vermelha Empty Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha

Mensagem por Sarx Seg Mar 12 2012, 16:23

- Nunca. - Hector decretou para Charlie, para a criança em seus braços que pedia para ser solta, para que a permitisse atacar, rasgar, dilacerar e dar vasão a seus tão, tão violentos instintos.

Não o soltaria. E por que haveria de fazê-lo, afinal de contas? Que tipo de homem deixava que uma criança, que seu protegido, se ferisse na batalha que ele havia provocado, que ele havia iniciado? Se os camponeses o atacavam, era por sua culpa, e de mais ninguém. Era por culpa sua que não o respeitavam, que não respondiam suas perguntas - o massacre era culpa sua, assim como Charlie e seu peito ensanguentado.

Apertou mais a protegida contra o peito, enquanto os olhos buscavam os outros. Sentiu a garganta fechar, o medo que começava sutil e se espalhava, o desespero destruidor a minar-lhe as forças. Ouviu a voz. Aqueles susurros que o provocavam, que o atiçavam..

- NÃO! - ele gritou, os olhos umedecidos. O mundo não se desfaria em frente a seus olhos. Não permitiria isso. Jamais, jamais, jamais poderia permití-lo. Hector rugiu, brandindo o martelo no ar com a mão livre, como se buscasse acertar qualquer que fosse a criatura invísivel a lhe proferir provocações, a lhe atiçar, a buscar atiçar-lhe o desespero como quem atiçava o forna-lha qualquer.

- DÊ-ME SUA MÃO, MALDITO, E ARRANCO-A COM OS DENTES! - trovejou, mascarando o medo terrível com uma fúria que não sentia de verdade, enquanto continuava a brandir o martelo para todos os lados, na vã esperança de que fosse se livrar de sua desgraça.

Mantinha Charlie bem preso a si, quando suas pernas fraquejaram de vez, e o homem ensancedido caia para frente com um grito que morria em sua garganta, sem nucna ganhar voz, caindo no chão sobre seu protegido.

[...]

Quando a sua consciência voltou, Hector psicou algumas vezes, erguendo-se, olhando em volta... E, quando viu os corpos, arregalou os olhos.

[b] - Meu deus.. [b] - murmurou, vazio de palavras.
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A Caminho da Fortaleza Vermelha Empty Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha

Mensagem por Rosenrot Seg Mar 12 2012, 22:32

Às vezes Charlie achava que Hector estava começando a perder a sanidade, não que ela seguisse algum padrão do que era ou não sã. Mas a sociedade em si o fazia, não fazia? O sangue real de Hector fazia. Charlie achava que ele havia cruzado uma linha, uma linha perigosa de se estar do outro lado, a linha que o próprio Charlie gostava de desafiar.

Rosnou, num som típico de um felino cativo, quando lhe foi negada a liberdade, e o sangue, e a morte. Mas de algum jeito, Charlie era incapaz de ir contra a vontade de Hector, em toda sua loucura, sua vontade e seus desejos, existia a lealdade ao gigante.

Tentou levantar a cabeça, quando o homem gritou em negativo, sem entender o que acontecia. Charlie achou que estavam de novo, sendo atacados pelos fugitivos e buscava uma visão, uma tentativa de enxergar os acontecimentos. Tentou até mesmo alcançar a adaga, tentativa falha.

Então a coisa toda mudou. Não entendia com quem Hector gritava – para o que ele gritava -, mas bem sabia que o homem já estava fora de si.

Foram flashes, pequenos momentos de visão do que acontecia, e sentia-se estranho, sentia-se parte daquilo, ainda que não realmente fizesse. Charlie sorriu por um segunda vez naquele dia, antes de sentir o peso do homem sobre si.

– Hector! – Gritou, perdendo o ar, Charlie o empurrou com as mãos, sentido mais dores do que antes, enquanto escapava pelas laterais, conseguiu tirar boa parte do corpo, considerando o modo como o homem havia caído e sua pequena habilidade felina para esgueirar-se para fora dele. Por último, puxou a cauda presa.

Sentia dor, e agora um pouco de frio também. Charlie amarrou um pedaço de couro abaixo do corte, para que sangrasse menos, e pensava em como faria para aguentar até chegaram a qualquer tipo de civilização, o cavalo de Hector não parecia bem e aquilo provavelmente atrasaria a viagem, podia ver sua montaria ao longe, provavelmente fugida da pequena carnificina que Hector promoveu.

Quando o gigante recuperou a consciência, Charlie voltou o rosto para ele. – Precisamos ir. – Decretou, pouco se importando com os malditos corpos.
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A Caminho da Fortaleza Vermelha Empty Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha

Mensagem por Sarx Ter Mar 13 2012, 15:13

Hector parecia... parecia uma criança. Uma criança assustada, no final das contas - não entendia absolutamente nada do que vinha acontecendo, das mudanças súbitas em seu comportamento, e agora... agora aquilo. Havia ouvido vozes, escutado provocações, desmaiado... E agora aquilo.

Olhou para Charlie, trêmulo. A criança parecia estar com dor, mas bem. Pelo menos... Pelo menos isso.

- Charlie. - disse, a voz tremendo. Ergueu as mãos ensanguentadas, derrubando o martelo avermelhado no chão. Olhou-as. - Que diabos... Que.. Que eu fiz, Charlie?
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A Caminho da Fortaleza Vermelha Empty Re: A Caminho da Fortaleza Vermelha

Mensagem por Rosenrot Qua Mar 14 2012, 09:11

Charlie tentou se levantar, mas desistiu no meio do processo. Olhou em volta, tentando localizar o cavalo mais uma vez. Levou os dedos a boca, e com algum esforço conseguiu assoviar para o animal. Aguardou, o lento aproximar do animal.

- Você fez o que tinha que ser feito. Matou. - Usou do apoio do animal para se erguer, sentia o sangue gelado lhe empapar as roupas e o latejar constante dos ferimentos.

- Seu cavalo está ferido. O que vai fazer com ele? Talvez não aguente continuar. - E não se importava sinceramente com as mortes.[/b]
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